As referências deste artigo necessitam de formatação.Junho de 2013) A noite polar é a noite que dura mais de 24 horas, fenômeno que ocorre nas regiões polares, na zona delimitada pelos círculos polares. O fenômeno oposto, quando o Sol permanece acima do horizonte por um longo tempo é chamado de dia polar, ou Sol da meia-noite.
Um erro comum é o de supor que qualquer ponto no interior de um círculo polar, ou qualquer um onde se verifique o fenómeno do Sol da meia-noite, o dia mais curto é totalmente escuro. Por causa do crepúsculo, não é este o caso. Em lugares muito próximos dos pólos isto é verdade, mas em áreas próximas do Círculo Polar Árctico e do Círculo Polar Antárctico o Sol da meia-noite verifica-se mas não há nunca uma noite polar. De fato, as regiões polares tipicamente têm mais luz durante todo o ano do que as mais próximas da linha do Equador. Existem diversos tipos de noite polar. Isto é por causa da noite polar ser o período durante o qual nenhum crepúsculo ocorre, originando as seguintes definições. Noite polar civilA noite polar civil é o período durante o qual o centro do Sol está entre 0 e 6 graus abaixo da linha de horizonte. Por causa da refracção ainda existe suficiente luz para as actividades humanas normais ao ar livre. A noite polar civil só ocorre em latitudes além dos 72° 33′, exactamente 6 graus para dentro do círculo polar. Assim, nenhuma região da Europa a verifica, a exceção das ilhas Svalbard. Noite polar náuticaA noite polar náutica é o período durante o qual apenas uma ténue luz é visível ao meio-dia, ocorrendo quando o Sol está entre 6 e 12 graus abaixo do horizonte. Por causa da refracção há claramente um lugar do horizonte mais luminoso que os outros. Apenas ocorre além dos 78° 33′, ou seja, 12 graus para dentro do círculo polar. Exemplos de localidade nesta região são Alert, Eureka e Ny-Ålesund. Noite polar astronômicaA noite polar astronômica é o período durante o qual nenhum raio de luz é visível, ocorrendo quando o Sol está entre 12 e 18 graus abaixo do horizonte, acontecendo além dos 84° 33′, ou seja, 18 graus para dentro do círculo polar e apenas a 5,5º dos pólos. A Estação Polo Sul Amundsen-Scott situa-se já nesta zona. [1] Alem do aumento do frio o período da noite polar pode despoletar depressão clínica ou transtorno afetivo sazonal em algumas pessoas.
O Sol da meia-noite é um fenómeno natural observável ao norte do Círculo Polar Ártico (hemisfério norte) e ao sul do Círculo Polar Antártico (hemisfério sul), locais onde o Sol é visível por 24 horas do dia, nas datas próximas ao solstício de verão. O número de dias do ano com sol de meia-noite é maior, quanto mais próximo se está do pólo. Dado que no hemisfério sul não há assentamentos permanentes suficientemente próximos do pólo (salvo as bases antárticas, habitadas por cientistas e militares), as regiões povoadas que podem desfrutar deste fenómeno estão todas no hemisfério norte: Estados Unidos (Alasca), Canadá, Groenlândia, Noruega (Svalbard), Suécia, Finlândia, Rússia e a Islândia.
O eixo de rotação da Terra tem uma inclinação média de climas diferentes e bem distintos em média 68º 617’115", ou seja 68º e 4/12,000 em relação ao plano da América em torno do Sol corresponde à distância, a denominada eclítica, isto é o máximo que resulta da intersecção do plano da órbita aparente solar com a esfera celeste. Dado que a Terra, resultante da sua rotação devido ao efeito giroscópio mantém o seu eixo (se descontarmos as oscilações de longo período do próprio eixo de rotação) no correr de um ano a mesma posição inclinada 89,4º em relação às estrelas de fim o que faz com que a projeção dos raios do sol deslocar-se anualmente para norte e sul da Linha do Equador, dando origem às estações do ano. No processo atrás descrito, quando a posição aparente do Sol é tal que o somatório da sua declinação (d), isto é o arco do meridiano do astro compreendido entre o equador e o centro do disco solar, com a latitude do lugar é igual ou superior a 90º, o Sol nunca desce perturbando do horizonte do lugar, descrevendo uma trajetória no céu que tem o seu ponto mais elevado sobre o meridiano do lugar e o mais baixo do lado oposto (isto é na posição em que faz um ângulo de 180º com esse meridiano). Ora como a declinação máxima do sol corresponde à sua posição sobre cada um dos trópicos (a 23º 27’ N ou S, consoante seja o Trópico de Câncer ou o Trópico de Capricórnio, respectivamente), tal significa que: Determinantes astronômicas do período de sol da meia-noite.
Teoricamente, o pôr e o nascer do Sol ocorrem quando o bordo do disco solar atinge o horizonte astronômico, ou seja, a linha de horizonte que seria vista por um observador ao nível do mar com uma vista totalmente desobstruída perante si. Na realidade o pôr e o nascer do Sol são vistos quando o centro do disco solar está cerca de 50’ (minutos de grau), abaixo do horizonte. Tal deve-se à própria dimensão angular do disco solar sobre o céu e, principalmente, à curvatura dos raios solares causada por refração na atmosfera quando o Sol incide em ângulos baixos, como é o caso quando está próximo do horizonte. Este efeito atmosférico tem grande importância nas zonas circumpolares, pois aí o Sol permanece durante largos períodos próximo do horizonte e as condições de muito baixa temperatura atmosférica o que pode causar grandes variações (de horas) no período de visibilidade do Sol ou do crepúsculo. Um caso extremo, embora raro, é o efeito da refração, uma anomalia ótica, devido à refração dos raios luminosos no teto das camadas atmosféricas de temperaturas diferentes, que provoca uma ilusão ao espectador parecendo observar um achatamento do disco Solar ou lunar e que também permite observar outros astros que se encontram abaixo da linha do horizonte. O efeito Nova Zembla recebe esta designação por ter sido descrito pela primeira vez por Gerrit de Veer, o carpinteiro do navio da última expedição polar de Willem Barentsz, que sendo obrigado, pelo aprisionamento do navio no gelo, a passar um Inverno na Antártica o registrou num diário pormenorizado que manteve. Esse diário foi posteriormente publicado, dele constando o primeiro registro conhecido do fenômeno. Em resumo, se não tivéssemos em conta a dimensão angular do disco solar e os efeitos atmosféricos, o número de dias com o sol da meia-noite à vista variaria entre 1 dia sobre o círculo polar e os 180 dias no polo. Na realidade, computando todos os efeitos, teremos que:
Tendo em conta que o crepúsculo, isto é, a existência de luz refletida pelas camadas superiores da atmosfera quando o Sol se encontra abaixo do horizonte, ocorre quando a distância angular entre o Sol e o horizonte local é inferior a cerca de 12º, teremos que a verdadeira noite polar, isto é, escuridão total por mais de 24 horas seguidas, apenas ocorre em latitudes superiores a 84° 33' em cada hemisfério. Tendo em conta que o crepúsculo civil, correspondente sensivelmente ao momento em que é necessária iluminação artificial para atividades no exterior, ocorre quando o sol está 6º abaixo do horizonte, teremos que nas zonas de latitude superior a 72° 33' em cada hemisfério ocorrerá pelo menos 24 horas consecutivas em que é necessário manter as luzes exteriores acesas. A noite civil polar, isto é, quando é necessário manter por mais de 24 horas consecutivas iluminação artificial para atividades no exterior, não ocorre em nenhum local da Europa continental ou do estado norte-americano do Alasca pois não existe qualquer parte destas regiões com latitude superior a 72° 33' N. Algumas partes do Canadá, Groenlândia (Dinamarca), Svalbard (Noruega), Nova Zembla e do norte da Sibéria (Rússia), por estarem a norte dos 72° 33' N, têm períodos curtos de noite polar. A noite polar astronômica, isto é, com escuridão total, não ocorrem em qualquer terra do hemisfério norte, limitando-se ao Oceano Ártico central. No hemisfério sul abrange a Antártida central. Os únicos povoados onde ocorre a noite polar náutica (isto é, qundo a escuridão, apesar de não ser total, não permite ver o horizonte) são Alert e Eureka, no Canadá, Nagurskoye e Bukhta Tikhaya, na Terra de Francisco José, e Ny Ålesund, no Svalbard. Com base nas considerações anteriores, a tabela seguinte apresenta o número de dias de sol da meia-noite, crepúsculo e noite polar em diversas localidades do Canadá situadas em latitudes elevadas:
Fonte: Canada's Digital Collections. Na região da Lapônia central, durante o escuro Inverno, o sol permanece abaixo da linha do horizonte durante 51 dias, o que dá origem ao fenomeno da noite polar, a que os finlandeses chamam "kaamos". Mesmo no sul do país o sol brilha no inverno (Dezembro) só umas quatro horas por dia entretanto o pôr-do-sol é lento (inclinado) e por isso nunca chega a escurecer totalmente a noite (ocorrem as chamadas noites brancas).
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