Como a extinçao de animais prejudica a população

Animais ameaçados de extinção são aqueles que correm risco de desaparecer de maneira definitiva do nosso planeta, ou seja, de tornarem-se extintos. Apesar de ser relativamente comum na natureza, atualmente, o processo de extinção tem sido intensificado pelo homem.

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Tópicos deste artigo

→ Animais ameaçados de extinção no mundo

Várias espécies estão ameaçadas de extinção no mundo em decorrência da destruição do ambiente, mudanças climáticas, caça e pesca predatórias, poluição, entre outros fatores. Conheça a seguir algumas espécies que correm risco de entrar em extinção e sua classificação de acordo com a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, da IUCN:

  • Coala (Phascolarctos cinereus): Os coalas estão classificados como vulneráveis. Atualmente, a população desses animais está diminuindo.

Como a extinçao de animais prejudica a população

Os coalas estão classificados como vulneráveis.

  • Baleia-azul (Balaenoptera musculus): A baleia-azul está classificada como espécie em perigo. Atualmente, sua população está aumentando.

  • Urso-polar (Ursus maritimus): O urso-polar está classificado como vulnerável. Sua tendência populacional atual é desconhecida.

  • Kakapo (Strigops habroptilus ): Os kakapos são aves que estão classificadas como criticamente em perigo. Atualmente, de acordo com dados da IUCN, a população desses animais está aumentando.

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Os kakapos estão criticamente em perigo.

  • Pinguim-africano (Spheniscus demersus): O pinguim-africano está classificado como em perigo. Atualmente, sua população está diminuindo.

→ Animais ameaçados de extinção no Brasil

No Brasil, várias espécies também encontram-se ameaçadas de extinção ou, até mesmo, extintas no ambiente natural. Conheça a seguir algumas espécies ameaçadas de extinção e sua situação atual de acordo com a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN:

  • Tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla): O tamanduá-bandeira é um animal que está classificado como vulnerável. Atualmente, a população de tamanduás-bandeira está diminuindo.

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O tamanduá-bandeira é um animal nativo da América que está classificado como vulnerável.

  • Ararinha-azul (Cyanopsitta spixii): A ararinha-azul está classificada como possivelmente extinta na natureza. Atualmente, existem exemplares dessas aves criados em cativeiro.

  • Onça-pintada (Panthera onca): A onça-pintada está classificada como quase ameaçada de extinção. Atualmente, observa-se um decréscimo nas populações desses animais.

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A onça-pintada está quase ameaçada de extinção. Um dos fatores que contribuíram para isso é a destruição de seu habitat.

  • Tatu-bola (Tolypeutes tricinctus): O tatu-bola, atualmente, está classificado como vulnerável. Sua população também apresenta uma tendência de diminuição.

  • Mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia): O mico-leão-dourado é uma espécie classificada como em perigo. Sua tendência populacional atual é considerada estável.

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O mico-leão-dourado está classificado como em perigo, ou seja, apresenta risco aumentado de entrar em extinção no ambiente.

  • Ariranha (Pteronura brasiliensi): Atualmente, essa espécie encontra-se em perigo. Observa-se que a população desses animais está diminuindo.

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A extinção é um processo natural que aconteceu com diversas espécies ao longo da história do nosso planeta. As espécies que vemos hoje, por exemplo, são completamente diferentes daquelas encontradas há 100 milhões de anos.

As causas das extinções são variadas, porém, atualmente, vemos que o homem tem tido papel decisivo nesse processo. Entre os principais fatores que podem levar uma espécie à extinção, podemos citar:

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A poluição pode causar danos graves aos animais, contribuindo para o processo de extinção.

  • Destruição de habitat: Uma espécie está bem-adaptada ao seu habitat quando encontra nele os recursos necessários para sua sobrevivência. Ao ter seu habitat destruído, uma espécie pode não ser capaz de encontrar os recursos necessários em outra área, correndo o risco de morrer e, posteriormente, ser extinta.

  • Poluição: Assim como a destruição de habitat, a poluição afeta negativamente a sobrevivência dos seres vivos, criando condições não toleradas pela espécie.

  • Caça e pesca: Muitas vezes, a caça e a pesca são tão intensas que ocorrem em velocidade maior que uma espécie consegue reproduzir-se e, consequentemente, recuperar sua população. Desse modo, muitas espécies entram em extinção em decorrência dessas atividades.

  • Mudanças climáticas: As mudanças climáticas também podem levar ao decréscimo de uma população e, consequentemente, à sua extinção. Observamos claramente como as mudanças climáticas afetam as espécies quando analisamos alguns anfíbios, que são altamente afetados por aumentos na temperatura e pela frequência de chuvas. Um artigo publicado na revista Ecology and Evolution mostrou que as mudanças climáticas poderão levar à extinção 42 espécies de anfíbios anuros na Mata Atlântica e no Cerrado entre 2050 e 2070.

  • Catástrofes ambientais: Catástrofes ambientais também podem causar a extinção de várias espécies. Vulcões, terremotos, maremotos, glaciações e impactos de meteoritos, por exemplo, podem causar a morte de várias espécies. No final do período Cretáceo, a queda de um meteorito foi, provavelmente, responsável pela extinção dos dinossauros.

Leia também: Aquecimento global e extinção de espécies

→ Extinção em massa

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Os dinossauros acabaram seu domínio na Terra após uma grande extinção em massa.

Muitos animais foram extintos em processos conhecidos como extinções em massa, que são momentos em que a taxa de extinção eleva-se abruptamente em um curto período de tempo. Uma das extinções em massa mais conhecidas ocorreu no final do período Cretáceo, há aproximadamente 65,5 milhões de anos, e foi responsável pelo fim do domínio dos dinossauros.

A extinção em massa do Cretáceo dizimou quase metade das espécies marinhas, além de várias espécies terrestres, como a maioria dos dinossauros. Provavelmente, essa extinção ocorreu em virtude de uma grande nuvem de poeira que se espalhou pela atmosfera do planeta após a queda de um meteorito. Essa nuvem causou um bloqueio da luz solar, levando várias plantas à morte em decorrência da redução das taxas fotossintéticas. Consequentemente, houve alterações na cadeia alimentar e no clima do planeta.

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Apesar de a extinção em massa mais conhecida ser a do Cretáceo, a do Permiano foi muito mais drástica. Nessa extinção, cerca de 96% das espécies marinhas foram extintas, além das espécies terrestres que também foram afetadas. Uma das explicações para essa extinção é o intenso vulcanismo na época.

Pelo fato de o homem afetar negativamente o ambiente, causando a extinção de várias espécies, muitos autores acreditam que estamos caminhando para uma extinção em massa. Estima-se que mais de mil espécies foram extintas nos últimos 400 anos, um valor bastante alto em relação à história da vida no planeta. Assim, analisar nossas atitudes e criar políticas que visem à presevação do meio ambiente são fundamentais.

Por Ma. Vanessa Sardinha dos Santos