Como estudar direito nos estados unidos

695 instituições oferecendo cursos de Direito nos Estados Unidos

695 instituições com diplomas e cursos : de Direito. Paneje seus estudos no exterior!


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Conteúdo do curso (100% digital)

Este curso foi feito pra mim! Quando eu decidi estudar nos EUA, foi muito difícil encontrar informações. Em nenhum lugar encontrei alguém que fizesse um compilado tão completo quanto este curso! Que explica desde como encontrar bolsas, até como estudar para as provas de admissão. Esse é o curso que eu queria ter assistido quando eu estava tão confuso com tantas informações. Esse é o curso que reúne todo o meu conhecimento na prática sobre esses assuntos e para que você não passe o mesmo sufoco que eu passei.

Nesta coluna, o Prof. Jordão apresenta um interessante panorama acerca do que é estudar Direito nos Estados Unidos. Se você tem esse objetivo (ou quer saber mais sobre isso), não deixe de ler o texto – que vai até te explicar porque a Faculdade de Direito lá é chamada de “School”! Boa leitura.

Luiz Dellore

por [1] Jordão Violin

Olá, pessoal. No meu último texto por aqui, deixei uma pergunta: o que determina a qualidade de um curso de Direito? E apontei cinco elementos que, juntos, formam a cultura acadêmica de um país: alunos, professores, método, estrutura e incentivos.

Hoje, começamos a analisar como são esses cinco pilares nas faculdades de Direito norte-americanas. E começamos pelo primeiro deles: os alunos. Obviamente, já aviso, diferentes instituições podem ter variações significativas em um ou outro ponto. Mas o quadro-geral é, de fato, este que descreverei.

Nos Estados Unidos, o curso de Direito é uma espécie de pós-graduação. Somente quem já possui um curso superior pode candidatar-se à admissão numa escola de Direito. Aliás, esse fato explica por que é raro o uso da expressão “College of Law”. Ela existe, mas é incomum. O Direito não é uma faculdade, mas um curso de três anos que pode ser feito após a graduação. Por isso, o termo “Law School” é mais usual.

Em regra, não se exige que a graduação seja relacionada à área jurídica. São admitidos alunos com formação em ciências afins ao Direito, como economia, ciência política, filosofia, jornalismo, psicologia, assim como alunos com formação em biologia, música, física nuclear e outras artes e ciências sem uma conexão evidente com o fenômeno jurídico.

Graduar-se numa área conexa pode dar ao candidato uma vantagem competitiva no processo seletivo para admissão no curso de Direito. O mercado norte-americano, atento a esse fato, oferece graduações bastante incomuns, destinadas ao público que deseja posteriormente ingressar numa Law School. É possível, por exemplo, encontrar cursos de graduação em criminal law. Assim, curiosamente, o aluno obtém um bacharelado numa área específica – o Direito Penal –, para só depois ingressar no curso de Direito e obter sua formação jurídica generalista.

Estudantes com diferentes formações ajudam a oxigenar o estudo do Direito. E essa talvez seja a maior vantagem do sistema norte-americano. A interdisciplinaridade é bem-vinda e bem aproveitada. Um aluno graduado em economia, por exemplo, tende a compilar dados sobre processos e realizar pesquisas empíricas sobre acordos com maior facilidade e consistência. Já um estudante com formação em psicologia é capaz de analisar os perfis dos ministros da Suprema Corte e desenvolver modelos para predizer suas decisões. O mesmo vale para a ciência política, a sociologia ou o jornalismo. Cada ciência pode contribuir de um modo para a compreensão e a crítica do Direito.

Ter em seus bancos alunos já graduados e capazes de aplicar seu conhecimento técnico-científico em favor do Direito faz da Law School um ambiente propício à construção de novos conhecimentos, não só ao estudo dos clássicos.

Outra vantagem desse sistema é o fato de que os alunos ingressam no curso de Direito mais velhos e mais maduros. Afinal, todos já passaram por pelo menos uma graduação. Boa parte deles, inclusive, já teve alguma experiência no mercado de trabalho. A experiência profissional dos alunos, inclusive, é um fator com bastante peso nos processos seletivos. Quanto mais rica sua experiência, maior a chance de ele ser selecionado por uma boa universidade. Tudo isso molda o comportamento dos estudantes em sala e fora dela. É absolutamente atípico ver alunos atrasados, despreparados ou alheios à aula. Nenhum estudante de Direito, nos Estados Unidos, veio diretamente das carteiras do ensino médio. Os colegas são vistos como competidores. Isso motiva cada um a, diariamente, dar o seu melhor.

Outra característica (não necessariamente boa) explicada pelo fato de o Direito ser uma pós-graduação é a curta duração do curso. Como os discentes já passaram por uma primeira faculdade, todos eles, em tese, já estudaram as matérias propedêuticas necessárias à formação jurídica. Por isso, o curso de Direito dura breves três anos. Mas não se engane com esse número. São três anos em período integral, com dedicação exclusiva. O número de horas-aula pode ser inferior ao modelo brasileiro, mas, na ponta do lápis, a carga de leitura, de trabalhos e de preparação para as aulas superam com folga a quantidade de trabalho e de leitura que nossos estudantes, no Brasil, diluem em cinco anos.

Mas, se há vantagens em fazer do Direito um curso posterior à graduação, há também suas consequências indesejáveis. A primeira delas é o custo. As carreiras jurídicas exigem que o profissional se afaste por pelo menos três anos do mercado de trabalho, volte a ser estudante e, adicionalmente, pague pesadas mensalidades à instituição de ensino. Assim, apenas uma pequena parcela da população, que pode contar com o auxílio da família, tem acesso à Law School. A outra alternativa é encarar os temidos financiamentos universitários, que não estão disponíveis a todo o público. São comuns os casos de estudantes que saem da Universidade com dívidas de sete dígitos. Esse sistema encarece o serviço jurídico.

Advogados estão entre os profissionais mais caros do mercado norte-americano. Em parte, o custo está relacionado à necessidade de o profissional recuperar o alto investimento em sua formação educacional. E isso, em regra, leva anos.

A segunda consequência é corolário da primeira. O alto custo associado ao estudo do Direito faz dele um curso de elite. Pessoas pobres dificilmente conseguem ingressar e se manter nos bancos de uma Law School. Há programas de bolsa e de inclusão, mas seu impacto não é tão significativo.

Pelo mesmo motivo, o curso atrai pessoas interessadas em ampliar seus rendimentos. Obviamente, ninguém vai investir cifras altíssimas para continuar ganhando o mesmo que já ganhava em seu antigo emprego. O estudante de Direito norte-americano, em geral, não é idealista. Não é alguém que, apaixonado por uma causa ou indignado por uma injustiça, resolveu dedicar-se ao Direito para mudar o mundo.

O modelo norte-americano atrai pessoas pragmáticas, que visualizam a possibilidade de, após um período de pesados investimentos e de árdua dedicação, aumentarem significativamente o valor de sua hora de trabalho. Por isso, disciplinas consideradas abstratas ou humanitárias atraem sistematicamente menos alunos que aquelas voltadas ao mercado, como Direito desportivo ou Direito do entretenimento – essas, sim, áreas que movimentam bilhões de dólares em contratos.

E você, o que acha do modelo norte-americano de seleção de alunos? É bom ou ruim selecionar estudantes já formados em outras áreas? Nas próximas semanas, vamos analisar os outros quatro elementos essenciais: professores, método, estrutura e incentivos. Acompanhe!

[1] JORDÃO VIOLIN – Doutor e mestre em Direito Processual Civil pela UFPR. Tem LL.M. em direito norte-americano pela Syracuse University (EUA). Advogado e professor dos cursos de graduação e pós-graduação da PUC/PR

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A faculdade de direito é, ao lado de medicina e administração de empresas (business school), uma das mais procuradas por alunos estrangeiros nos EUA. O presidente dos EUA, Barack Obama, frequentou a Harvard Law School (faculdade de direito de Harvard), Fidel Castro frequentou a escola de direito de Havana, Gandhi estudou direito na University College London em Londres. Aposto que você não sabe que os cantores Andrea Bocelli e Julio Iglesias estudaram direito também!

Em primeiro lugar, é preciso compreender que nos EUA, Direito é um curso de “pós-graduação” no sentido “Brasileiro” de compreender o sistema educacional. O que isso quer dizer? Quer dizer que o aluno nos EUA não pode entrar na faculdade de Direito vindo direto do ensino médio, como ocorre no Brasil. O que conhecemos no Brasil como “graduação” é nos EUA, subgraduação, chamada de “undergraduate”, enquanto as escolas como direito e medicina são chamadas de “graduate” ou “grad school”.

Por que não? É assim que funciona com praticamente todas as “escolas” (como são chamados os cursos) profissionalizantes: medicina, farmácia, arquitetura, odontologia, administração de empresas (com algumas exceções), entre outros cursos, exceto engenharia, que é um único curso de alto nível profissionalizante que o aluno entra “fresco” do segundo grau. Nos EUA, os alunos saem do ensino médio e vão para o chamado “college” tirar um bacharelado (como no Brasil), um curso de 4 ou 5 anos que dará ao aluno iniciação científica, conhecimento cultural em áreas como filosofia, psicologia e artes ou para quem quer seguir carreiras nas ciências, esse bacharel pode ser focado em áreas biológicas, com bastante aulas nos laboratórios e pesada em matemática, física e química. O bacharel em artes é chamado de BA e o bacharel em ciência é o BS.

É só depois dessa iniciação na ciência e/ou nas artes (filosofia, psicologia, literatura, etc.) que considera-se que o aluno tem embasamento cultural e científico para fazer um curso superior como direito ou medicina.

Na prática, isso significa que você precisa fazer um curso superior primeiro, QUALQUER UM, para depois se candidatar a uma vaga (o que se chama “aplicação”) a uma das escolas de nível superior. Você pode fazer esse curso superior no Brasil, logo depois do segundo grau, ou você pode ir fazer College nos EUA. Se você já cursou uma faculdade, você já está apto a cursar direito nos EUA.

Para direito, você pode ter feito QUALQUER faculdade, não importa qual o seu bacharelado, desde que você tenha um. A faculdade de direito nos EUA é super, hiper, concorrida. O processo de avaliação para entrada em Direito constitui dos seguintes elementos:

– Seu diploma de bacharelado e histórico escolar (suas notas devem ter sido exemplares, muitos 7s e 6s e esqueça direito!). Para universidades como Harvard, Yale e Columbia, seu desempenho acadêmico deve ter sido perfeito ou muito perto disso. O GPA (um cálculo de média de notas) médio dos alunos que entram nessas universidades para estudar direito é de 3.7 (o máximo é 4.0), ou seja, esses cabras nunca tiraram abaixo de 8.5 no curso de graduação! Para universidades menos conceituadas, há uma possibilidade para alunos com desempenho mais fraco.

– A nota em um teste chamado LSAT – cada curso de nível superior nos EUA tem um tipo de ENEM que é aplicado aos candidatos. Medicina tem o MCAT, administração tem o GMAT, psicologia (e outras áreas biológicas e comportamentais) tem o GRE e assim por diante. Esse teste é aplicado ao longo do ano por diversas entidades, então é possível prestá-lo até mesmo no Brasil (se informe! Não pergunte para mim porque eu não sei!). As notas devem ser enviadas pela entidade reguladora do LSAT direto para as universidades que você está aplicando. Neste caso, você pega o código de cada instituição (dado que tem no site de cada uma) e informa ao organizador do LSAT que as notas devem ser enviadas para as instituições com esses códigos. As notas são enviadas lacradas direto para as universidades para evitar qualquer tipo de fraude.

– Cartas de recomendação – Conta muito o que os outros (com mais credibilidade que você) dizem a seu respeito. Essas cartas devem ser (muito bem) escritas em Inglês por pessoas quem conhecem bem você e têm autoridade para comentar a seu respeito. Essas pessoas podem ser empregadores (ou ex-patrões oou superiores), professores (ou ex-professores) ou pessoas que tiveram alguma ascendência sobre você e podem discorrer acerca do seu desempenho, potenciais e demais qualidades como pessoa.

– Sua experiência de vida – Quando academicamente os alunos começam a ficar “muito parecidos”, o que naturalmente ocorre em universidades extremamente competitivas, é preciso criar outros critérios para separar o joio do trigo. O que isso significa? Numa universidade como Harvard, por exemplo, que recebe aplicações de alunos super qualificados no mundo todo, há uma quantidade muito grande de alunos com desempenho escolar perfeito (GPA acima de 3.7) e notas bem altas no LSAT e mesmo assim, o número de vagas é menor do que a quantidade de alunos muito bons. O que fazer então? Bem, o que eles fazem é começar a analisar cada aluno individualmente, procurando ver quais, dentre aqueles que já são perfeitos “no papel”, são também desejáveis no “mundo real”. Aí entram atividades voluntárias, envolvimento com causas sociais, empreendedorismo (principalmente empreendedorismo social), prêmios arrecadados durante a vida escolar, que podem ser desde medalha de xadrez até prêmio por melhor redação da escola e principalmente em escolas como direito, medicina e administração: potencial de liderança! Até mesmo ter sido representante de classe na sexta série conta! Eles olham tudo o que possa mostrar que você é um indivíduo especial, singular, que você se destaca na multidão e não é um “bobão vai com os outros” que só faz o que lhe é solicitado. As melhores universidades como Harvard, Yale, Princeton, Columbia, Brown, Stanford e Dartmouth querem ensinar pessoas que vão cuidar do mundo do futuro, líderes que não só desejam fazer a diferença, mas já mostraram até então que não são de conversa mole e já fizeram coisas “especiais” para provar isso.

– Essay – E por último, o famoso “essay” ou o artigo sobre a sua vida. O essay tem o objetivo de contar para a equipe de seleção (admissions office) sua história e porque você quer fazer direito. O essay conta MUITO na seleção final e pinçagem dentre alunos “empatados”, então aqueles que possuem uma história comoventes ou são bons contadores de história, ganham a parada.

Isso é um pouco complicado na verdade para o aluno Brasileiro. O aluno Norte-Americano já nasce sabendo que se ele quer um dia entrar em direito, medicina ou odonto, ele vai precisar passar por esse processo seletivo. Os pais já preparam o terreno, já inscrevem os filhos em feiras de ciências, trabalhos voluntários, já vão incentivando a criança a tecer um currículo de destaque, antes mesmo que o jovem entre em seu primeiro curso superior, o college.

No Brasil, isso não existe, você faz um teste e lá está você estudando direito, odonto, medicina, arquitetura… Eu sinceramente, prefiro o modelo Brasileiro, é mais democrático, engloba qualquer um que se dê o trabalho de estudar e ralar um pouquinho, não importa o quanto a pessoa “vagabundeou” quando era mais jovem. Nos EUA, o jovem que relaxou em sua vida escolar está danado para o resto da vida. Ele nunca vai fazer um college decente e consequentemente, nunca vai ser aceito em uma grad school, como medicina e direito, de ponta. Suas opções se resumem a escolas “B” ou até mesmo “C”, a não ser que ele esteja disposto a começar tudo de novo.

Para o Brasileiro que já fez um curso superior e quer fazer direito nos EUA, é preciso determinar algumas coisas: qual foi seu desempenho médio no curso superior que você fez? Quais escolas especificamente você está pensando em se candidatar nos EUA? Você tem domínio completo e total (fluente e erudito) da língua inglesa? Você tem um histórico de vida (excluindo emprego formal) que mostre que você não é um “pacato cidadão”?!

A GRANDE vantagem de ser Brasileiro é que os EUA é um país ultra politicamente correto, cujas faculdades são cheias de cotas que eles devem preencher. Há cotas para mulheres, negros, as mais diversas etnias, incluindo “latinos” o que inclui os Brasileiros. Então Brasileiros sempre podem se beneficiar do fato de que podem furar a fila pegando uma vaga de cota, seja isso ético ou não… É claro que não é o aluno que escolhe isso, você é Brasileiro e isso você não pode mudar, então se tiver alguma cota para ser preenchida, você é candidato automático daquela cota e pronto, nada que você possa fazer…

Outro benefício de ser Brasileiro é que o Brasil é um “país de terceiro mundo” e nos olhos dos EUA, um “paisinho pobrezinho, coitadinho!” hehe (mas é verdade!). Você pode tirar vantagem disso, tecendo uma história em seu essay que conta sobre suas dificuldades para viver e estudar em uma pais tão “coitadinho” como o Brasil! Seus pais foram pobres? Ótimo! Você teve que trabalhar enquanto estudava? Excelente! Você ou alguém de sua família (pais e irmãos) enfrentou alguma doença muito séria como câncer? E por aí vai… Qualquer coisa que você possa contar (que seja verdade, é claro!) que mostre o quanto sua vida foi difícil e o quanto você se empenhou para chegar onde está mostra para a equipe de avaliação que você é uma pessoa “especial” e logo, digna de cursar a univerdade deles.

Isso me lembra muito a competição The Voice nos EUA! Cada candidato conta uma história de superação de alguma coisa difícil, bizarra ou chocante e em cada episódio, a edição nos lembra da “história” do participante, o tal fato difícil acaba sendo o que define a pessoa na competição. Na edição atual (enquanto estou escrevendo este artigo em 2014) um perdeu um olho em um jogo de paintball, outra perdeu o pai recentemente, outro trabalha na TSA (segurança dos aeroportos) e estava presente quando um aeroporto foi atacado por terroristas e um colega dele foi morto, e por aí vai. Os Americanos vão muito atrás disso, qual a sua história de superação de vida? O que aconteceu de tão f… na sua vida que te motivou a seguir o caminho que você seguiu? Um dos seus pais faleceu quando você era criança? Você sofreu um acidente sério de carro quando tinha 10 anos de idade? Gente, isso parece bizarro, mas qualquer coisa que você contar “pesa” pois a mentalidade do Americano gira em torno disso, a “superação de obstáculos” parece a coisa mais “encantadora” do mundo para eles. Se você contar uma história de como você é uma pessoa de sorte, nasceu em uma família de classe média, seus pais sempre foram muito encorajadores e sempre apoiaram seus estudos, você estudou em uma escola particular ótima e sempre teve amigos 10… Essa história é capaz de não garantia sua vaga nem em uma universidade “C”! Sad, but true!

Para entrar em direito então, você precisará de um currículo muito bom academicamente, mas melhor ainda em experiência de vida (ou comovente o suficiente!).

Se você já fez uma faculdade e seu desempenho não foi dos melhores, você pode considerar fazer outra até mesmo nos EUA, se preparando especificamente para o LSAT e para a entrada em direito, o que é bem comum. Cursos oferecidos por programas não-tradicionais em faculdades de ponta como Harvard Extension School e Columbia General Studies, são focados em preparar os alunos para entrar em cursos de graduação como direito e medicina. Muitos alunos na Columbia GS já possuem um diploma e estão cursando este curso, que é em sua maioria noturno para acomodar as necessidades de pessoas mais velhas, que já trabalham e possuem responsabilidades familiares, mas precisam lapidar seu currículo antes de tentar entrar em direito, medicina, odonto ou até mesmo um doutorado.

Se você ainda é bem jovem e ainda não terminou o ensino médio, mas tem olhos na faculdade de direito nos EUA, planeje bem seus próximos passos! Comece a se envolver com atividades sociais, voluntariado (até mesmo ajudar no asilo de velhinhos vale), comece uma empresa (um negócio na internet é uma boa) para mostrar senso empreendedor e principalmente, aprenda MUITO BEM inglês! O LSAT é um teste dificílimo que envolve principalmente o teste de quão boa é sua comunicação ERUDITA na língua inglesa! E veja que eu disse erudita! Se você não sabe o que essa palavra significa, tá aí um bom começo, vá procurar! Até mesmo os nativos Americanos têm dificuldade com essa prova, pois eles não têm vocabulário suficiente para compreender a linguagem e exigência do teste.

Agora um outro comentário: Brasileiro faz cursinho de inglês e acha que fala bem! Mas não é bem assim quando você precisa prestar um teste como o LSAT, que de todos os testes de escolas superiores, é o mais exigente na língua inglesa. Advogado precisa ser articulado e falar muito bem, usando “palavras difíceis” e dominando a arte de se comunicar. Se virar muito bem em viagens internacionais não é o suficiente! Para quem quer fazer direito nos Estados Unidos, o inglês precisa ser pra lá de fluente, pois fluentes todos os Americanos nativos são, não é mesmo?! Contudo, a maioria deles tira nota baixa no LSAT por causa do “inglês ruim”! Como eu disse, o nível precisa ser erudito, culto, você precisa ter domínio absoluto da gramática Inglesa, escrever MUITO BEM, e ter um nível de vocabulário que muitos Americanos “normais” não têm. Isso cursos de inglês não suprem, pois a professorinha não passaria nem no GRE, quanto mais no LSAT! (a maioria não passaria nem no inglês do SAT, equivalente ao ENEM!) Para isso, você precisará ser autodidata e estudar sozinho. Baixe livros piratas (em PDF) em sites de torrents, por exemplo, ou compre versões Kindle na Amazon. Há inúmeros livros digitais disponíveis (em inglês, é óbvio) para quem quer estudar para o LSAT e muitos com dicas extensivas para todo os outros elementos da aplicação para a faculdade de direito. Para quem prefere livros impressos, a Amazon envia os livros para o Brasil (mas é super caro!), por isso eu sempre indico digital mesmo que você encontra até de graça para baixar. O principal é você ter a proatividade de correr atrás de informação e ser autodidata para estudar sozinho (pois seus concorrentes com certeza estão fazendo justamente isso!). Busque mais informações nos sites de cada universidade que você está interessado – cada uma delas dá informações detalhadas de como funciona seu processo de avaliação e escolha dos alunos. Existem também diversos sites que oferecem simulados (muitos deles pagos!) do LSAT para você ter uma ideia de como se sairia no teste. Se você não tem iniciativa para fazer isso e correr atrás de informação, me desculpe, mas as chances de você entrar em direito nos EUA são perto de zero!

Se seu inglês não é dos melhores, eu recomendaria ir fazer intercâmbio de 1 ano nos EUA para estudar só a língua ou fazer um curso superior lá antes de tentar entrar em direito. Se não for um curso superior completo, que sejam aulas soltas em colleges ou faculdades que permitam isso como a Harvard Extension School. Nem tente entrar em direito sem um inglês absolutamente perfeito!

Como estudar direito nos estados unidos

Diego Meille é orientador vocacional. Diego já trabalhou com seleção e orientação de alunos na Universidade de Harvard e contribui hoje com o Guia da Vida escrevendo sobre escolha profissional e educação.