Cite as evidências observadas no experimento que justifique a resposta anterior

O experimento de Redi foi um trabalho que permitiu que as pessoas compreendessem melhor o processo de geração dos seres vivos. Diante de uma sociedade que acreditava firmemente na teoria da abiogênese, o trabalho de Redi mostrou que a vida, para surgir, necessita de uma vida preexistente. Apesar do seu experimento não ter derrubado definitivamente a ideia da abiogênese, foi importante para abrir espaço para o aprofundamento sobre essa questão.

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Resumo sobre experimento de Redi

  • O experimento de Redi foi um passo importante para a derrubada da ideia da geração espontânea.

  • Redi colocou carne em recipientes e deixou alguns abertos e outros cobertos.

  • Após algum tempo, surgiram larvas apenas na carne presente em recipientes abertos, os quais eram frequentemente visitados por moscas.

  • Redi então percebeu que as larvas não surgiam da carne e eram um estágio do desenvolvimento das moscas.

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Abiogênese e biogênese

Atualmente, parece bastante claro para todos nós que um ser vivo precisa de outro para que seja originado. Um rato, por exemplo, só surge se nascer de outro. Entretanto, essa ideia não era bem compreendida na Antiguidade, uma vez que os processos reprodutivos não eram conhecidos e havia muitos erros nas observações sobre diferentes fenômenos observados na natureza.

Na Antiguidade e até meados do século XIX, uma ideia bastante difundida era a da abiogênese (do grego a, “negação”, bio, “vida” e gênesis, “origem”) ou teoria da geração espontânea. Defendida, por exemplo, por Aristóteles, essa teoria afirmava que um ser vivo era capaz de surgir da matéria sem vida. Um exemplo muito famoso dela dizia que os ratos poderiam ser criados, por exemplo, de um pouco de trigo e roupas sujas.

Essa ideia só foi derrubada depois da realização de diferentes experimentos que comprovaram que uma vida só se origina de outra preexistente (biogênese). Um desses experimentos foi realizado por Francesco Redi (1626-1697), um importante médico italiano.

  • Videoaula sobre abiogênese e biogênese

Experimento de Redi

Como salientado, por muito tempo, a ideia de que um ser vivo poderia surgir de matéria inanimada foi a mais aceita, porém Redi queria provar de forma científica se essa ideia era realmente correta. Para isso ele elaborou um experimento simples, porém muito eficiente para testar sua hipótese.

Redi separou diferentes frascos e colocou pedaços de carne em seus interiores. Alguns frascos foram cobertos com gaze fina, enquanto outros foram deixados abertos. O experimento então foi exposto ao ambiente externo.

Redi percebeu que os frascos abertos eram frequentemente visitados por moscas, as quais entravam em contato direto com os pedaços de carne. Esse contato não era possível, no entanto, nos recipientes fechados com a gaze.

Após algum tempo, larvas foram observadas na carne que estava nos frascos abertos, o que não foi observado nas carnes que estavam no interior dos frascos fechados. Se a teoria da abiogênese estivesse correta, a carne deveria ter originado larvas independentemente do frasco onde ela estava inserida.

Redi então observou que, provavelmente, as larvas eram um estágio do desenvolvimento de moscas, as quais visitaram a carne e colocaram ali seus ovos. Como as larvas não surgiram nos frascos tampados, elas não poderiam ter se originado da carne.

Cite as evidências observadas no experimento que justifique a resposta anterior
Observe o esquema do experimento de Redi. Perceba que as moscas só são capazes de entrar em contato com a carne presente em recipientes abertos.

Apesar de o experimento de Redi provar que a vida não poderia surgir de matéria inanimada, algumas situações ainda eram consideradas inexplicáveis para as pessoas da época. O surgimento de micro-organismos e a presença de vermes intestinais, por exemplo, continuou a ser explicado pela ideia da geração espontânea, sendo Redi, inclusive, um dos pesquisadores que aceitavam essa ideia em determinadas situações.

O trabalho de Redi, apesar de não refutar definitivamente a teoria da geração espontânea, representou um importante passo no processo de consolidação da biogênese.

Videoaula sobre Francesco Redi

Em 1911, o físico neozelandês Ernest Rutherford (1871-1937) realizou uma experiência com o objetivo de aprofundar os conhecimentos sobre o modelo atômico até então adotado, que era o de Thomson; no qual o átomo seria uma esfera de carga elétrica positiva, não maciça, incrustada de elétrons (negativos), de modo que sua carga elétrica total seria nula.

Para realizar tal experimento ele bombardeou uma finíssima folha-de-ouro (espessura de aproximadamente 10-4 mm), por um feixe de partículas alfa (α), vindo de uma amostra de polônio. Conforme o esquema abaixo, o polônio estava dentro de um bloco de chumbo, com um orifício, por onde apenas seria permitida a saída das emissões de partículas alfa.

Além disso, foram colocadas placas de chumbos com orifícios em seus centros, que orientariam o feixe na direção da lâmina de ouro. E, por fim, colocou-se atrás da lâmina um anteparo recoberto com sulfeto de zinco, que é uma substância fluorescente, onde era possível visualizar o caminho percorrido pelas partículas alfa.

Ao final deste experimento, Rutherford notou que a maioria das partículas alfa atravessava a lâmina, não desviava, nem retrocedia. Algumas partículas alfa se desviavam, e muito poucas retrocediam.

Baseando-se nestes dados, Rutherford concluiu que, ao contrário do que Dalton pensava o átomo não poderia ser maciço. Mas, na verdade, grande parte do átomo seria vazio e ele conteria um núcleo muito pequeno, denso e positivo, conforme a figura abaixo mostra.

Cite as evidências observadas no experimento que justifique a resposta anterior

Comportamento das partículas alfa na lâmina de ouro

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Em razão de o átomo ter sua maior parte vazia, a maioria das partículas não sofreu alteração no seu percurso.

Além disso, visto que as partículas alfa são positivas – da mesma forma que os núcleos dos átomos que compõem a lâmina de ouro – ao passarem próximas a estes núcleos, elas se desviavam. Estes núcleos seriam muito pequenos, por isso a incidência deste fato era menor. E quando as partículas alfa se chocavam diretamente com os núcleos dos átomos (incidência menor ainda), eles se repeliam e por isso poucas retrocediam.

Desse modo, Rutherford criou um modelo atômico que seria semelhante ao sistema planetário: o Sol seria o núcleo, e os planetas seriam os elétrons girando ao redor do núcleo.

Cite as evidências observadas no experimento que justifique a resposta anterior

Modelo de Rutherford para o átomo

No entanto, surge a pergunta: se carga de sinais iguais se repelem, como poderia o átomo permanecer estável se no núcleo só haviam partículas positivas, denominadas prótons?

Esta pergunta obteve uma resposta satisfatória quando, em 1932, houve a descoberta da terceira partícula subatômica: o nêutron (partícula sem carga elétrica que ficaria no núcleo, isolando os prótons uns dos outros, evitando que houvesse possíveis repulsões e que o núcleo desmoronasse).