Com base em nossos estudos e no texto acima explique a importância da infraestrutura


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Atividades

Anote as respostas no caderno.

Sistematizando o conhecimento

1. Quais as mudanças ocorridas na produção industrial com o advento da indústria moderna?

2. De acordo com nossos estudos: "não é exagero dizer que a configuração do espaço geográfico contemporâneo resulta, em grande medida, do avanço da atividade industrial ao longo dos últimos dois séculos". Dê exemplos que confirmem essa afirmação envolvendo matérias-primas, transportes e urbanização.

3. Como a Revolução Industrial alterou as características do processo industrial?

4. Descreva as características das indústrias de acordo com os bens produzidos e dê exemplos:

a) bens de produção ou de base;

b) bens intermediários e de capital;

c) bens de consumo.

5. Caracterize o modo de industrialização:

a) clássica ou original;

b) planificada;

c) tardia ou periférica.

6. Cite os principais fatores que influenciam na instalação de uma indústria em determinado local.

Expandindo o conteúdo

7. Leia e interprete o texto a seguir.

O relevo econômico do interior

O processo de desconcentração industrial no estado de São Paulo, iniciado na década de 1970, alterou profundamente seu mapa e território: a mancha metropolitana da capital se expandiu em direção ao Vale do Paraíba, Sorocaba e às regiões de Campinas e Ribeirão Preto, conglomerados urbanos especializados se formaram ao longo de uma densa malha rodoviária e as cidades médias assumiram a liderança do mercado em seu entorno. "O interior não é mais um espaço plano. Tem 'relevo' econômico", afirma Eliseu Savério Sposito, do Departamento de Geografia da Faculdade de Ciência e Tecnologia (FCT) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Presidente Prudente.

À frente de um grupo de pesquisadores, Sposito coordenou um projeto que mapeou o movimento e as características do processo de desconcentração da indústria no estado. Eles constataram, por exemplo, que muitas empresas deslocaram fábricas para o interior, mas mantiveram a sede, assim como o seu board, na cidade de São Paulo. [...]

Os fatores determinantes da nova geografia econômica do estado, os eixos de desenvolvimento em torno dos quais se aglomeraram indústrias migrantes e nova conformação das cidades foram analisadas no âmbito do projeto O novo mapa da indústria no começo do século XXI: novas dinâmicas industriais e o território, coordenado por Sposito, que começou em 2006 e foi concluído em 2011. [...]

Assim, a atual configuração geográfica do estado não descreve um território homogêneo: revela uma Região Metropolitana "transbordada" em direção a quatro regiões administrativas - Campinas, São José dos Campos, Sorocaba e Santos -, que mantém centralidade em relação às demais áreas de produção e de consumo do estado [...].

A nova cartografia se traduz num mapa recortado por eixos de desenvolvimento orientado pela malha rodoviária e infoviária, corredores ferroviários e uma hidrovia, em torno dos quais se aglutinam grandes empresas industriais com acesso ao mercado nacional e global por meio de quatro aeroportos de carga e o porto de Santos.

Glossário:

Board: conselho de administração, responsável pelos processos de gestão.

Fim do glossário.

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[...]


A descentralização da indústria amparou-se nos investimentos públicos, principalmente estaduais, na reorganização do território para atender às demandas corporativas e permitir maior fluidez e competitividade territorial das empresas, analisa Márcio Rogério da Silveira, que foi docente da Unesp, no estudo sobre os sistemas de transporte e logística no estado de São Paulo. Em 2007, a malha rodoviária paulista somava mais de 198 mil quilômetros. Deste total, 5 mil quilômetros de rodovias - exatamente aquelas com maior fluxo de transportes, traçados em mão dupla e conectados à capital - já eram operados por concessionárias privadas. "As rodovias são o esqueleto do crescimento econômico do estado", enfatiza Sposito. O estado conta ainda com quatro grandes aeroportos, por meio dos quais circulam passageiros e cargas de maior valor agregado. O de Viracopos, em Campinas, é o segundo maior terminal de cargas do país.

[...]


IZIQUE, Claudia. O relevo econômico do interior. Pesquisa Fapesp on-line, São Paulo, jul. 2012. Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br/2012/07/16/o-relevo-economico-do-interior/. Acesso em: 14 out. 2015.

FONTE: ATLAS geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. p. 143. 1 atlas. Escalas variam. CRÉDITO: E. Cavalcante

LEGENDA: Vista panorâmica do entroncamento entre as rodovias Rodoanel Mário Covas e Raposo Tavares, que promove a interligação entre a região metropolitana de São Paulo e o interior do estado, em foto de 2014.

CRÉDITO: Delfim Martins/Pulsar

a) Como o processo de desconcentração industrial alterou o território do estado de São Paulo?

b) O texto menciona a redução de custos como um fator da desconcentração industrial. Que custos têm onerado e que problemas têm se agravado, prejudicando a atividade industrial nas grandes metrópoles?

c) Qual o papel dos incentivos fiscais no processo de desconcentração industrial?

d) Com base em nossos estudos e no texto acima, explique a importância da infraestrutura de transportes e comunicações nesse processo de desconcentração industrial.

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Ampliando seus conhecimentos

Geografia, ciência e cultura

Samba, prego e parafuso

No Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira, "parafuso" não é o artefato industrial em forma de cilindro e sulcado em espirais, mas um dos passos do frevo e do extinto maxixe. O verbete ainda designa um tipo de samba cantado e dançado em roda [...].

As coreografias do samba de roda, frevo e maxixe não são as únicas referências do cancioneiro nacional à atividade fabril. Um breve levantamento do dicionário da MPB indica o registro de pelo menos 30 músicas [...] com temas ligados à indústria e ao trabalho, compostas no século passado, quando o país se industrializou e a música popular tornou-se elemento da identidade nacional.

[...]

Uma sociologia da música poderia explicar essas citações, entre outros motivos, pela própria origem de cantores e compositores. Muitos artistas antes de serem impressos em acetato na fábrica de discos se empregaram na indústria como operários. [...]

Elza Soares e Elizeth Cardoso trabalharam em fábrica de sabão. [...] Nelson Cavaquinho, em 1928, foi morar em uma vila operária no bairro da Gávea, onde começou a tocar o instrumento nas rodas de choro dos empregados de uma fábrica de tecido do bairro, quando surgiu o sobrenome "Cavaquinho". [...]

Adoniram Barbosa varreu chão de fábrica, foi tecelão e metalúrgico. [...]

COSTA, Gilberto. Samba, prego e parafuso. Indústria brasileira. Brasília, ano 4, n. 39, maio 2004, p. 46-50.

Entre tantas músicas, uma que se destaca em tratar do tema indústria certamente é "Três apitos", composta por Noel Rosa, em 1933. Na letra dessa canção, o compositor descreve sua paixão por uma operária que trabalhava em uma indústria do Rio de Janeiro. Veja.

Atenção professor: A proposta de estudo com a letra do samba "Três apitos" proporciona um diálogo com a disciplina de Arte, enfocando aspectos históricos da expressão artística e cultural brasileira. O tema pode ser ampliado com a realização de pesquisas sobre a chamada "era de ouro" da música brasileira, que teve início com a popularização do rádio na primeira metade do século XX. Os alunos também podem pesquisar outras letras de músicas que tenham como tema o trabalho operário no interior das fábricas, ou, ainda, criar suas próprias composições inspiradas no mesmo tema, mas em outros gêneros musicais (rock, funk, hip-hop, MPB etc.). Fim da observação.

CRÉDITO: Poliana Garcia

Quando o apito

Da fábrica de tecidos

Vem ferir os meus ouvidos,

Eu me lembro de você.

Mas você anda

Sem dúvida bem zangada

E está interessada

Em fingir que não me vê.

Você que atende ao apito

De uma chaminé de barro

Por que não atende ao grito tão aflito

Da buzina do meu carro?

Você no inverno

Sem meias vai pro trabalho

Não faz fé com agasalho,

Nem no frio você crê,

Mas você é mesmo

Artigo que não se imita,

Quando a fábrica apita

Faz reclame de você.

Nos meus olhos você lê

Que eu sofro cruelmente

Com ciúmes do gerente impertinente

Que dá ordens a você.

Sou do sereno,

Poeta muito soturno.

Vou virar guarda-noturno

E você sabe por quê,

Mas você não sabe

Que, enquanto você faz pano,

Faço junto do piano

Estes versos pra você.

ROSA, Noel. Três apitos. Coleção MPB Compositores. Noel Rosa. nº 3. Editora Globo, 1997.

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A Geografia no cinema

Germinal


CRÉDITO: Filme de Claude Berri. Germinal. França. 1993

Título: Germinal

Diretor: Claude Berri

Principais atores: Renaud, Jean Carmet, Judith Henry, Jean-Roger Milo e Gerard Depardieu

Ano: 1993

Duração: 160 minutos

Origem: França.

O filme se passa na França, durante o século XIX, em um momento que antecede a Revolução Industrial. A história retrata as péssimas condições de trabalho vividas por um grupo de trabalhadores de uma mina de carvão. Sofrendo com as condições de trabalho, os trabalhadores iniciam os primeiros passos de um movimento grevista.

Baseado na obra de Emile Zola, Germinal é considerado uma das melhores adaptações literárias da história do cinema.

Para assistir

- A MODERNIDADE chega a vapor. Ministério da Educação (MEC). Brasil, 2002. O filme retrata as transformações ocorridas no Brasil com o desenvolvimento da atividade industrial no século XX.

Ao longo do documentário é possível verificar que nem todas as regiões do país foram beneficiadas com o desenvolvimento da atividade industrial.

Para ler

- BECKOUCHE, Pierre. Indústria: um só mundo. Tradução Isa Mara Lando. 5ª ed. São Paulo: Ática, 1998.

- CARLOS, Ana Fani A. Espaço e indústria. São Paulo: Contexto, 1997.

- DECCA, Edgar de; MENEGUELLO, Cristina. Fábricas e homens: a revolução industrial e o cotidiano dos trabalhadores. 5ª ed. São Paulo: Atual, 2011.

- MARCOLI, Neldson. Eco da Revolução Industrial. Pesquisa Fapesp. 193ª ed. mar. 2012. Disponível em: http://tub.im/g3okhz. Acesso em: 6 out. 2015.

- MENDONÇA, Sonia Regina de. A industrialização brasileira. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 2004.

- TEIXEIRA, Francisco M. P. Revolução Industrial. 12ª ed. São Paulo: Ática, 2004.

Para navegar

- COMISSÃO Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL). Disponível em: http://tub.im/ug5tn5. Acesso em: 18 set. 2015.

- FEDERAÇÃO das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). Disponível em: http://tub.im/h5p7kk. Acesso em: 18 set. 2015.

- PORTAL da Indústria Brasileira. Disponível em: http://tub.im/n46p8p. Acesso em: 18 set. 2015.

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Questões do Enem e Vestibular

Anote as respostas no caderno.

1. (UFSC-SC) Identifique a(s) proposição(ões) CORRETA(S), sobre as características dos países em fase de industrialização acelerada.

(01) Uma forte arrancada industrial é seguida sobretudo por uma intensa urbanização, privilegiando a lógica da acumulação capitalista e criando desigualdades urbanas locais.

(02) Uma característica comum é a mão de obra qualificada, fruto de investimentos em educação e alta automação, exigindo, portanto, menos treinamento para os trabalhadores urbano-industriais.

(04) Nesses países a agricultura não se subordina à indústria, pois esta tem seus próprios meios de conseguir matérias-primas vitais para a produção.

(08) Parcela significativa desses países tem necessidade de atrair investimentos estrangeiros devido ao seu alto grau de dependência para alavancar seus processos de desenvolvimento econômico e social.

(16) Esses países estruturam-se sobre a produção agrícola que utiliza modernas técnicas de produção em todos os setores.

(32) Esses países, como o Brasil, expandem-se nos mesmos moldes dos países capitalistas industriais mais avançados, dominando econômica e politicamente os países mais atrasados, como China, Canadá e África do Sul.

(64) Em seus territórios nacionais há grande concentração de empresas transnacionais, inclusive bancos estrangeiros atuantes.

Resposta correta: (01), (08) e (64). Total: 73.

2. (UEM-PR) Sobre os diferentes tipos de indústrias e a sua dinâmica espacial, identifique o que for CORRETO.

(01) As indústrias de bens de produção ou de base produzem bens para outras indústrias, gastam muita energia e transformam grandes quantidades de matérias-primas. São exemplos desse tipo de indústrias: petroquímicas, metalúrgicas, siderúrgicas, entre outras.

(02) As indústrias de bens de capital ou intermediárias produzem máquinas, equipamentos, ferramentas ou autopeças para outras indústrias, como, por exemplo, as indústrias dos componentes eletrônicos e a de motores para carros ou aviões.

(04) As indústrias de ponta estão ligadas ao emprego de alta tecnologia, elevado capital e de número grande de trabalhadores qualificados. Elas dependem de inovações constantes para que sejam possíveis modificações rápidas no processo de produção.

(08) A partir de 1990, intensificou-se no Brasil o processo de desconcentração industrial, ou seja, muitas indústrias deixaram áreas tradicionais e instalaram unidades fabris em novos espaços na busca de vantagens econômicas, como incentivos fiscais, menores custos de produção, mão de obra mais barata, mercado consumidor significativo e atuação sindical fraca.

(16) As indústrias de bens de consumo estão divididas em duráveis e não duráveis. A primeira se refere à indústria de automóveis, eletrodomésticos e móveis. Já as não duráveis estão ligadas ao setor de vestuário, alimentos, remédios e calçados.

Resposta correta: (01), (02), (04), (08) e (16). Total: 31.

3. (UDESC-SC) São exemplos da indústria de bens de consumo (ou leve):

a) Indústria de autopeças e de alumínio.

b) Indústria de automóveis e de eletrodomésticos.

c) Indústria de plásticos e borracha e de alimentos.

d) Indústria de máquinas e de aço.

e) Indústria de ferramentas e chapas e ferro.

Resposta correta: B.

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4. (AMAN-RJ)

"A guerra da concorrência tem início quando os empresários industriais tomam as decisões relativas à localização das suas fábricas".

(Magnoli & Araújo, p. 142, 2005)

Sobre a localização industrial, ao longo dos últimos séculos, leia as alternativas a seguir:

I. Nas últimas décadas do século XX, estabeleceu-se uma nova lógica mundial de localização industrial: a produção em larga escala, com elevada automação, é realizada nos países desenvolvidos e as indústrias de tecnologia de ponta concentram-se nos países subdesenvolvidos, onde a mão de obra é mais barata.

II. Com a Revolução Tecnológica ou Informacional, as grandes indústrias deixaram de ter o espaço local e regional como principal base de produção, ultrapassando as fronteiras nacionais.

III. Ao longo do século XX, acentuou-se o processo de concentração industrial, em consequência da crescente elevação dos custos de transferência de matéria-prima e de produtos industrializados.

IV. Nos países desenvolvidos, as antigas concentrações industriais vêm perdendo terreno para as novas regiões produtivas, as quais são marcadas pela presença de centros de pesquisa e de universidades.

V. As economias de aglomeração presentes nas grandes metrópoles mundiais reforçam a tendência, cada vez maior, de concentração espacial da indústria.

Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas CORRETAS.

a) I e II.

b) I e V.

c) II e IV.

d) II, III e IV.

e) III, IV e V.

Resposta correta: C.

5. (PUC-MG) Com o avanço do processo de globalização, a industrialização estendeu-se a vários países e regiões do mundo, levando à superação do modelo clássico da Divisão Internacional do Trabalho, em que cabiam aos países ricos a produção e a exportação de manufaturados e aos países pobres a produção e a exportação de matérias-primas. No modelo atual, há uma tendência clara de deslocamento de alguns tipos de indústrias para países periféricos, atendendo a interesses econômicos e estratégicos das grandes corporações.

São exemplos de indústrias que, no processo de desconcentração industrial, privilegiaram sua localização em alguns países periféricos da Ásia e América Latina, EXCETO:

a) indústrias de base, como as siderúrgicas, metalúrgicas ou petroquímicas, pelas vantagens locacionais oferecidas próximo às áreas produtoras das matérias-primas.

b) indústrias de bens de consumo não duráveis ou semiduráveis, como as indústrias de alimentos, bebida ou de vestuário, em virtude da elevada disponibilidade de mão de obra barata e da proximidade dos mercados consumidores.

c) indústrias de alta tecnologia, vinculadas a setores como a informática, telecomunicação por satélites e produtos aeroespaciais, que exigem mão de obra altamente qualificada e vinculação estreita com grandes centros de pesquisa e universidades.

d) indústrias de bens de consumo duráveis como móveis, eletrodomésticos e automóveis, que, apesar de destinarem-se a um mercado consumidor mais amplo, favoreceram-se de benefícios fiscais e de parcerias locais.

Resposta correta: C.

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6. (PUC-MG) Em decorrência do avanço tecnológico e do processo de globalização, a distribuição espacial da indústria tem sofrido alterações significativas nas últimas décadas, sendo INCORRETO afirmar:

a) A revolução tecnológica e das comunicações possibilitou desvincular a localização do processo produtivo da gerência industrial.

b) Os polos industriais, antes influenciados pela economia das aglomerações, hoje se direcionam para localizações estratégicas de produção/mercado.

c) A dispersão da produção induziu a dispersão dos polos de pesquisas e projetos para os novos aglomerados industriais.

d ) A modernização dos transportes tem favorecido a dispersão das atividades produtivas para tecnópoles e/ou cidades médias, oferecendo eficiência e maiores vantagens, inclusive de custos.

Resposta correta: C.

7. (CEFET-MG) Com relação às indústrias dinâmicas no período atual do capitalismo, agregador de um conteúdo cada vez mais tecnológico, é CORRETO afirmar que:

a) se concentram nas tradicionais regiões fabris dos países, diante do baixo custo de produção desses espaços.

b) se instalam em áreas com o maior número de fatores locacionais, indispensáveis à produção e comercialização de seus produtos.

c) demandam mão de obra numerosa, vinculada ao sistema taylorista, além de infraestrutura de transportes e comunicação.

d ) necessitam de elevado capital para o emprego de recursos avançados em seu processo produtivo, acrescida de mão de obra qualificada.

e) possuem localização restrita nos países centrais, como Japão, Alemanha e Estados Unidos, devido às condições favoráveis de matéria-prima e energia.

Resposta correta: D.

8. (PUC-SP) As potências econômicas mundiais não têm, na atualidade, o predomínio da produção industrial. Ao contrário, nas últimas décadas, a descentralização das atividades industriais pelo mundo promoveu uma reorganização do espaço que apresenta, entre outras características:

a) o crescimento generalizado das economias capitalistas, o que fez diminuir as diferenças existentes entre o centro e a periferia do sistema no período do pós-Guerra.

b) as ampliações do número de transnacionais que, para se expandirem espacialmente, passaram a se dividir em setores cada vez mais especializados.

c) a redução da dependência tecnológica dos novos países industrializados porque ao lado dos parques industriais foram criados, também, centros de pesquisa.

d) o aumento da participação de alguns países subdesenvolvidos no comércio mundial de produtos industriais, principalmente, bens de consumo duráveis.

e) a diminuição do comércio mundial de matérias-primas minerais, pois vários dos grandes produtores de minérios passaram a industrializar seus recursos.

Resposta correta: D.

9. (PUC-MG) No mundo capitalista, a industrialização contemporânea apresenta certa dispersão do processo produtivo em áreas que oferecem maiores vantagens econômicas. Entre os reflexos dessa realidade nos países periféricos, assinale a afirmação INCORRETA.

a) Ocorre implantação de avanços tecnológicos e expansão da produção em países periféricos, como estratégias instituídas pelo modelo industrial vigente, para ampliar seus mercados.

b) Existe incentivo ao consumo dos produtos disponibilizados pela indústria moderna, alterando hábitos culturais nos países periféricos e atendendo ao sistema de capital mundial.

c) Há discrepância entre o setor público dos países periféricos, com pouca capacidade de investimento, e o da iniciativa privada internacional e/ou nacional, que investe, cresce e se globaliza em diversos setores.

d) Há uma ordem preestabelecida para o acesso a uma vida mais digna, favorecida pela expansão do processo de produção em países periféricos.

Resposta correta: D.

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10. (ENEM-MEC) A evolução do processo de transformação de matérias-primas em produtos acabados ocorreu em três estágios: artesanato, manufatura e maquinofatura.

Um desses estágios foi o artesanato, em que se:

a) trabalhava conforme o ritmo das máquinas e de maneira padronizada.

b) trabalhava geralmente sem o uso de máquinas e de modo diferente do modelo de produção em série.

c) empregavam fontes de energia abundantes para o funcionamento das máquinas.

d ) realizava parte da produção por cada operário, com uso de máquinas e trabalho assalariado.

e) faziam interferências do processo produtivo por técnicos e gerentes com vistas a determinar o ritmo de produção.

Resposta correta: B.

11. (UFF-RJ)

O economista grego Arghiri Emanuel forneceu um retrato realista do processo histórico de industrialização no Terceiro Mundo, tomando como exemplo o caso indiano. O autor constata que a Índia, quando era ainda colônia britânica, limitava-se à produção de algodão e comprava os tecidos da Grã-Bretanha; em etapa posterior, passou a produzir tecidos, mas comprava as máquinas de tecelagem na antiga metrópole; mais tarde, passou a produzir ela mesma essas máquinas, enquanto a Grã-Bretanha e outros países desenvolvidos forneciam equipamentos e financiavam a industrialização.

Fonte DOWBOR. Ladislau. A Formação do Terceiro Mundo, São Paulo. Brasiliense, 1981, p. 69. Adaptado.

O aspecto da industrialização periférica evidenciado na situação retratada é a:

a) dominação político-ideológica das elites.

b) exploração de recursos naturais.

c) desigualdade social dos trabalhadores.

d) cooperação técnica das empresas.

e) dependência da produção tecnológica.

Resposta correta: E.

12. (CEFET-MG) A indústria brasileira enfrenta vários problemas, que aumentam seus custos e dificultam uma maior participação no mercado externo, tais como:

I. os baixos investimentos públicos e privados em desenvolvimento tecnológico;

II. as barreiras tarifárias e não tarifárias impostas por outros países à importação de produtos brasileiros;

III. a maior dispersão espacial dos estabelecimentos industriais em regiões historicamente marginalizadas;

IV. as deficiências dos transportes acarretadas pela má conservação das rodovias e ferrovias. Pode-se concluir que são CORRETOS apenas os itens:

a) I, II e III.

b) I, II e IV.

c) I, III e IV.

d) II, III e IV.

e) N.D.A.

Resposta correta: B.




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Qual é a importância da infraestrutura para o desenvolvimento econômico do país?

Investir em infraestrutura possibilita a atração de investimentos, a geração de empregos, o crescimento econômico, o aumento na competitividade do país frente a mercados internacionais e a melhoria em serviços públicos à sociedade.

Por que é importante que o país tenha uma boa infraestrutura de transporte?

Uma infraestrutura de transportes de qualidade é primordial para o desenvolvimento da economia. Boas estradas reduzem o custo de transportes e, portanto, o preço final dos produtos, tornando-os acessíveis ao consumidor e mais competitivos.

O que é a infraestrutura dos transportes?

Infraestrutura de Transporte é a engenharia que cria e constrói sistemas que transportam pessoas e bens de consumo de um ponto a outro: rodovias, ferrovias, aeroportos, hidrovias, canais, tubulações e terminais de embarque e desembarque.

Quais são os elementos básicos da infraestrutura econômica no país?

Os principais elementos que compõem a infraestrutura de um lugar são: a geração de energia, o sistema de transporte, as telecomunicações e outros serviços considerados fundamentais, tais como o saneamento, presença de instituições educacionais e de saúde, entre outros.