Como a disciplina de educação e meio ambiente pode contribuir para a minha prática docente?

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1. Introdu��o

1.1. O Tema: origem, justificativa e quest�es norteadoras deste estudo

    A tem�tica definida para a consecu��o deste estudo n�o � apenas fruto de estudos acad�micos desenvolvidos no decorrer do Programa de Mestrado em Educa��o Ambiental na Funda��o Universidade de Rio Grande. �, antes, o produto das inquieta��es profissionais surgidas, especialmente, ao longo dos anos de atua��o como professor universit�rio, junto ao curso de Gradua��o em Educa��o F�sica na UFPEL, portanto, atuando na forma��o inicial de professores de Educa��o F�sica.

    A insatisfa��o perante os ideais inatingidos na minha pr�tica pedag�gica, com professores e futuros professores de Educa��o F�sica, derivou na necessidade de refletir criticamente os conhecimentos t�cnicos e os adquiridos com a experi�ncia docente, de modo a melhor compreender as a��es cotidianamente desenvolvidas. Isto se acentuou ainda mais ante a complexidade de minhas reflex�es frente �s quest�es relativas � �tica, ao meio ambiente, ao papel social do professor, entre outras.

    O papel do professor deve ser analisado permanentemente e revisto com profundidade em uma sociedade em aceleradas mudan�as e com contrastes muito marcantes. O professor pode ser o respons�vel, ainda que n�o direta ou individualmente, por uma concep��o de desenvolvimento que esteja direcionado �s finalidades �mais ou menos humanas�. Por isso � preciso oportunizar ao professor uma reflex�o mais profunda, s�ria e compromissada do seu papel social, da sua a��o pedag�gica. Isto implica necessariamente que como formadores de professores analisemos e assumamos uma forma��o docente que preencha as necessidades e exig�ncias de transforma��o da sociedade que idealizamos.

    A alus�o principal deste estudo � destacar a import�ncia de se desenvolver ou implementar a dimens�o ambiental atrav�s de interven��es alternativas no curso de gradua��o em Educa��o F�sica, na Escola Superior de Educa��o da Universidade Federal de Pelotas (ESEF/UFPEL).

1.2. Objetivo

    As quest�es apresentadas em rela��o � tem�tica proposta configuram o objetivo preliminar e norteador desta proposi��o de trabalho.

Apresentar poss�veis conex�es entre a Educa��o F�sica e � Educa��o Ambiental.


2. Referencial te�rico

2.1. Contextualiza��o da Educa��o Ambiental

    A Educa��o Ambiental deve estar presente em todos os espa�os que educam o cidad�o e a cidad�. Desta forma, ela pode estar presente nas Escolas, nas Associa��es de Bairro, nas Universidades, nos Meios de Comunica��o de Massa, Sindicatos, Parques e Reservas Ecol�gicas, enfim... de modo que cada um desses contextos possa contribuir com suas peculiaridades para a diversidade e criatividade da mesma, na busca de solu��es poss�veis para a problem�tica do meio ambiente.

    Segundo Reigota (1994), a escola pode ser considerada como um dos locais privilegiados para a consecu��o da Educa��o Ambiental, que com a perspectiva de educa��o, deve permear todas as disciplinas, enquanto enfocar as rela��es entre a humanidade e o meio natural. Cada disciplina tem sua contribui��o a dar nas atividades de Educa��o Ambiental, envolvendo professores de todas as �reas de conhecimento. Entretanto, a busca de solu��es de problemas ambientais carece de uma maior integra��o interdisciplinar para a busca do conhecimento.

    Percebe-se que esta concep��o pedag�gica (interdisciplinaridade) ainda necessita de um maior entendimento para ser efetivada e produzir a consecu��o dos objetivos da EA. O que se espera, pelo menos, � a produ��o de um conhecimento que n�o esteja fragmentado e que contribua para a solu��o da problem�tica ambiental e uma qualifica��o da vida planet�ria.

2.2. Sobre a forma��o de professores

    Embora possamos descrever sobre diversas abordagens relativas a forma��o de professores, aludiremos nesta oportunidade ao conceito de forma��o de professores a que se refere Marcelo:

�Forma��o de Professores � o campo de conhecimentos, investiga��o e de propostas te�ricas e pr�ticas, que dentro da Did�tica e Organiza��o Escolar, estuda os processos mediante os quais os professores - em forma��o ou em exerc�cio - se implicam individualmente ou em equipe, em experi�ncias de aprendizagem atrav�s das quais adquirem ou melhoram seus conhecimentos, destrezas e disposi��es, o que lhes permite intervir profissionalmente no desenvolvimento de seu ensino, do curr�culo e da escola, com o objetivo de melhorar a qualidade da educa��o que recebem os alunos�(Marcelo, 1995, p 193).

    Para Sucena (1998) a relativa � forma��o docente tem se configurado num grande desafio atual. As redes de forma��o tiveram sua amplia��o em curto espa�o de tempo, exigindo, como conseq��ncia, a necessidade de amplia��o dos quadros de professores. Por outro lado, ainda � muito baixa a consci�ncia pol�tica em rela��o � import�ncia social dos professores no cen�rio de desenvolvimento do pa�s. Em decorr�ncia parece haver um descaso com as possibilidades de carreira e um descuido quanto � sua forma��o, seja ela inicial ou mesmo continuada.

    Reflex�es em torno do estudo de Sucena (1998), demonstram o despreparo de professores para enfrentar as dificuldades do cotidiano escolar. Suscita-se um baixo n�vel de comprometimento pol�tico, tanto na forma��o de alunos capazes de pensar, agir e viver a sua cidadania, bem como na compet�ncia t�cnica dos mesmos, aliados � falta de avalia��o de sua pr�tica escolar. Como Sucena diz:

�O educador deve ter consci�ncia dos valores e concep��es que transmite em suas aulas, em seu relacionamento com os alunos e outros integrantes da comunidade escolar e que compreenda como se articulam com a quest�o da cidadania�. (Sucena ,1998 p.22)

    Para dinamizar seu trabalho dentro da �tica de quest�es atuais, como meio ambiente, �tica, sa�de, pluralidade cultural, orienta��o sexual, trabalho e consumo, � necess�rio mais do que uma forma��o especializada. Necessita o professor-educador, seja em forma��o inicial ou continuada, ter a compreens�o destas quest�es e das discuss�es sobre elas, considerando as posi��es apresentadas pela sociedade.

    Para atuar dentro desta compreens�o � fundamental que os professores j� formados, bem como os em forma��o, desenvolvam suas atitudes coerentes com os pressupostos �ticos fundamentais das pr�ticas educativas. J� n�o basta a elabora��o destes objetivos fundamentais � luz da Constitui��o Federal ou mesmo em legisla��es espec�ficas. � preciso reorientar a �pr�xis� (consci�ncia e pr�tica dos direitos e deveres) para a constru��o da verdadeira atitude cidad�.

    A forma��o de professores, do nosso ponto de vista, � um campo de estudos muito abrangente, fazendo-se necess�rio explicitar ainda mais a delimita��o que pretendemos fazer em nosso estudo, que apontar� para a forma��o inicial de professores.

    De acordo com Marcelo (citado por Marcelo, 1995, p. 184), consideramos esta etapa de forma��o profissional como a que se processa formalmente em uma institui��o espec�fica de forma��o de professores, na qual o futuro professor adquire conhecimentos pedag�gicos de disciplinas acad�micas, assim como efetua pr�ticas de ensino.

2.3. Sobre a Educa��o Ambiental e a forma��o de professores

    A forma��o e a capacita��o de docentes para a Educa��o Ambiental �, na atualidade, objetivo reconhecido e inclusive priorit�rio de muitas administra��es educativas assim como de numerosas institui��es e organismos, oficiais ou n�o, sens�veis a esta necessidade. Trata-se, de acordo com Marcelo (1999), de uma tarefa complexa que n�o pode ser abordada sem contextualiz�-la nos problemas gerais do sistema educativo, nas pol�ticas de desenho de curr�culos e nas espec�ficas caracter�sticas da Educa��o Ambiental.

    O PRONEA (Programa Nacional de Educa��o Ambiental), em sua linha de a��o que trata da educa��o ambiental atrav�s do ensino formal, tem como objetivo:

�Capacitar o sistema de educa��o formal, supletivo e profissionalizante, em seus diversos n�veis e modalidades, visando a forma��o da consci�ncia, a ado��o de atitudes e a difus�o do conhecimento te�rico e pr�tico, voltados para a prote��o do meio ambiente e a conserva��o dos recursos naturais�. (BRASIL, 1997, p. 18).

    Entre as a��es estrat�gicas do PRONEA (Brasil, 1997), no que se refere ao ensino formal, podemos observar uma preocupa��o com a capacita��o de docentes e t�cnicos de ensino, atrav�s de cursos de atualiza��o e p�s-gradua��o, para atuarem como multiplicadores do processo de Educa��o Ambiental nos sistemas de ensino; o apoio de projetos no �mbito de cada Estado, que estejam voltados para o desenvolvimento de a��es que integrem os curr�culos dos diferentes graus e modalidades de ensino ao Programa de Educa��o Ambiental, como atualiza��o de docentes em todos os n�veis com vistas ao desenvolvimento da educa��o ambiental nas escolas, apoiando projetos de pesquisa, com o intuito de produzir instrumentos e metodologias voltadas para a abordagem da dimens�o ambiental nos curr�culos integrados dos diferentes graus e modalidades de ensino.

    Antes de falarmos mais sobre esta perspectiva educativa na forma��o docente, � necess�rio que precisemos com clareza a problem�tica ambiental planet�ria, alicer�ada na concep��o de meio ambiente e de educa��o ambiental na qual nos apoiamos para desenvolver esta tem�tica.

    A quest�o central da problem�tica ambiental pode ser considerada mais como um desafio pol�tico do que de desenvolvimento tecnol�gico, pois como diz Reigota, o problema est� mais no excessivo consumo dos recursos naturais, para alimenta��o, vestimentas e moradias de uma reduzida parcela da sociedade, bem como no desperd�cio e produ��o de artigos in�teis e nefastos � qualidade de vida, do que na quantidade de pessoas que necessita consumir cada vez mais estes recursos. (1994, p. 9)

    Embora essas quest�es sejam extremamente importantes e devam ser consideradas, aliadas � garantia de preserva��o dos recursos naturais e determinadas esp�cies animais e vegetais, � priorit�rio que sejam focalizadas as quest�es econ�micas e culturais entre a humanidade e a natureza e entre os homens, fazendo-nos entender a educa��o ambiental como formadora de cidadania nacional e planet�ria, fundamentando as rela��es sociais e com a natureza na �tica, portanto, uma educa��o ambiental como educa��o pol�tica (Reigota, 1994, p. 10).

    Entendendo que toda a educa��o veicula, mais ou menos explicitamente, um conjunto de valores e preceitos, portanto uma �tica, esta deve ser considerada como pedra fundamental para a consecu��o de uma educa��o ambiental enquanto dimens�o norteadora da forma��o docente.

    De acordo com Gr�n (1996), a crise ecol�gica, enquanto um sintoma da crise da cultura ocidental tem articulado uma ampla investiga��o a respeito dos valores que sustentam nossa cultura e, embora a multiplicidade de facetas apresentadas, j� � poss�vel delinear com certa seguran�a algumas de suas principais caracter�sticas.

    Bijos citado por Gr�n (1996) aponta para quatro caracter�sticas fundamentais que alicer�aram historicamente a Educa��o Ambiental: crescimento populacional exponencial; deple��o da base de recursos naturais; sistemas produtivos que utilizam tecnologias poluentes e de baixa efici�ncia energ�tica; sistemas de valores que propiciam a expans�o ilimitada do consumo material. O que nos leva a concluir para um ponto convergente: a insustentabilidade de nossa sociedade se mantidos os nossos atuais sistemas de valores.

    Gr�n considera, ainda, que muitos autores t�m relacionado � crise ecol�gica a uma crise da cultura ocidental e diz:

�De todas as crises ecol�gicas j� ocorridas a que vivemos hoje guarda uma especificidade: � a primeira vez que os seres humanos s�o a causa principal de uma crise ecol�gica�. (Gr�n, 1996, p.22).

    Considerando-se que a degrada��o ambiental est� alicer�ada numa �tica antropoc�ntrica, onde o homem � o centro de todas as coisas e que tudo o mais, al�m do homem, existe em fun��o dele, parece-nos que um dos pontos de partida para a consecu��o de uma educa��o ambiental poder� estar focalizado para a tematiza��o a respeito dos valores que orientam as a��es humanas no que se refere � rela��o com a natureza.

    Compreende-se que uma educa��o ambiental cr�tica implica necessariamente numa dimens�o �tica da mesma, exigindo-se posicionamento epistemol�gico, pois o pensamento cient�fico moderno tem-se apresentado como impossibilitador de uma educa��o verdadeiramente ambiental.

    Para Reigota (1994), uma educa��o ambiental cr�tica, desta forma, apresenta-se impregnada da utopia de mudar de forma radical as rela��es que hoje conhecemos, tanto entre a humanidade, como entre esta e a natureza. Trata-se , portanto, de uma educa��o de natureza pol�tica, onde se enfatiza antes a quest�o �porque� fazer do que �como� fazer.

2.4. Sobre a Educa��o F�sica e a forma��o de professores

    No que se refere especificamente � forma��o de um profissional que tenha como objetivo o desenvolvimento de atua��o em situa��es de ensino, e que utilize movimentos corporais, portanto do corpo, como seu objeto de aten��o e aplica��o, � a quest�o que pretendemos discutir no espa�o presente. Imediatamente reporta-se a uma Educa��o F�sica tradicional, que apresenta um reducionismo dicot�mico entre corpo e mente, produto cultural do cartesianismo, com preocupa��o exclusiva � melhoria da capacidade funcional, o que dificulta a justifica��o na forma��o de um profissional que possua como objetivo atuar em um �nico aspecto da pedagogia geral.

    Para fins de consecu��o desta proposta de investiga��o o termo Educa��o F�sica ser� compreendido como uma pr�tica social que trata de um dado conhecimento que se enra�za na atividade humana numa �rea que pode ser denominada de cultura corporal (Soares, 1995).

    Tojal (1995) aceita que seja formado um profissional de motricidade humana que, al�m de aspectos gerais da sociedade, cultura e individualidade do humano, tenha sua preocupa��o voltada para o corpo, numa vis�o de integralidade, com suas possibilidades de adapta��o e diferentes situa��es de viv�ncia e conviv�ncia, que poder� ocorrer por uma das vertentes de habilita��o deste profissional, no caso a vertente pedag�gica. A educa��o motora deve preparar o profissional para atuar com ensino tanto na escola como na natureza.


3. Considera��es finais

    O entrela�amento da EA com os mais diversos ramos do saber torna-se cada vez mais urgente. A necessidade e urg�ncia deste tipo de forma��o t�m sido alvo, desde h� muito anos, �s distintas administra��es educativas, bem como de diversas institui��es internacionais. Isto se deve, com certeza, a crescente consci�ncia da problem�tica do meio ambiente e a constata��o de que desde o sistema educativo podem ser estabelecidas respostas ao desafio de solucionar tal problem�tica de forma eficiente. Isto tem levado, desde h� d�cadas, a introdu��o da EA e a conseguinte necessidade de forma��o do professorado.

    Parece evidente que uma das chaves para o desenvolvimento da EA est� na forma��o de educadores. Entretanto, um dos desafios mais dif�ceis desta forma��o � a de que, devido � natureza transversal da EA, todo o professorado � afetado.

    Para Gonz�lez Mu�oz (1999), n�o se trata de formar ou reciclar professores de Ci�ncias da Natureza, de Matem�tica ou de Tecnologia, sen�o a todos e a todas, superando a id�ia de que s� afeta aos primeiros, que habitualmente vem sendo os que mais aten��o tem recebido sobre o assunto.

    Uma forma��o que se diz ambiental trata de superar uma orienta��o voltada a refor�ar apenas os conhecimentos ecol�gicos ou a promover algumas atividades naturalistas, de an�lises de diversos problemas: a contamina��o, a �gua, etc., pela cren�a de que a an�lise ambiental requer uma abordagem desde disciplinas espec�ficas como a Biologia e a Ecologia.

    Entendemos que as recomenda��es s�o insistentes em inferir que o importante � a supera��o das simples atividades ecol�gicas. Estas n�o s�o consideradas suficientes para ambientalizar um curr�culo ou desenhar uma EA. Neste sentido � preciso que a biodiversidade social e humana seja valorizada, considerando-se que a crise ambiental � uma crise cultural e civilizat�ria (BRASIL, 1997), da qual o antropocentrismo tem sido o principal causador. Desta forma � preciso uma reorienta��o das pr�xis humana para o restabelecimento de um meio ambiente mais "inteiro".

    Os futuros professores de Educa��o F�sica, que atuam diretamente com movimento humano, em especial com as praticas corporais, utilizando-as como fonte de educa��o, n�o podem estar exclu�dos, de forma alguma, dos estado atual e emergente que abarcam tamb�m a cultura do movimento e que tem como fundamenta��o prec�pua � dimens�o ambiental.

    � preciso uma reorienta��o das pr�ticas corporais �s finalidades mais humanas, permitindo que a grande margem dos exclu�dos, como os deficientes f�sicos e pobres, por exemplo, possam ter acesso ao conhecimento e as oportunidades oferecidas por atividades esportivas e de lazer, que tem sido privil�gio das minorias com poder econ�mico e que, deste modo, conseguem lutar contra os males da vida moderna, que se acentuam sobremaneira pela industrializa��o sem limites: o estresse, o sedentarismo que provoca a obesidade, os problemas card�acos, de postura corporal, entre outros. Por outro lado, a EF tem se apresentado para muitos apenas pelos esportes veiculados atrav�s dos meios de comunica��o de massa, onde a maior parte das pessoas passa de praticante a espectador.

    Um outro paradigma apresentado � o do esporte de "alto n�vel", onde os meios t�m constantemente justificado os fins. O resultado na competi��o � visto seja atrav�s da destrui��o do advers�rio pela viol�ncia que � impelida contra o mesmo (visto como inimigo), seja nas diversas formas pol�ticas de comand�-lo, seja ainda na forma de ver os �rbitros (ju�zes), por exemplo, como os principais inimigos que se apresentam �queles que pretendem acirrar uma disputa que se diz leal, ou que em princ�pio deveria apresentar esta forma.

    Os exemplos aqui apresentados, longe de serem apenas exemplos que se configuram no campo das disputas profissionais, t�m se refletido tamb�m no meio escolar, visto a acessibilidade das informa��es pela televis�o, onde na maior parte das vezes os �dolos dos estudantes apresentam condutas que in�meras vezes s�o uma verdadeira afronta � moral e � �tica que se sup�e deveriam estar presentes nas a��es educativas.

    Grande parte dos profissionais/professores de EF que atuam no meio escolar t�m alcan�ado um relativo status profissional, em grande parte pela capacidade t�cnico-profissional apresentada, e outra boa parte pelos resultados apresentados em competi��es ou jogos escolares, que longe de serem integradores ou formadores de car�ter, ou ainda respons�veis pelo crescimento humano, educadores de atitudes saud�veis da pr�tica corporal ou de desenvolvimento de valores sociais (solidariedade, coopera��o, respeito � diversidade biol�gica, psicol�gica, t�cnica, etc.), tem sido alvo de discrimina��o (os melhores s�o selecionados para participar das equipes das escolas e as escolas s�o melhores pelos resultados alcan�ados nas competi��es).

    Outro fator comumente apresentado � a separa��o por sexo. H� pr�ticas corporais que s�o exclusivas de meninos e outras exclusivas das meninas. Al�m disso, as pr�ticas que s�o comuns aos dois sexos s�o efetuadas, freq�entemente, em separado, um problema mais para o desenvolvimento da diversidade e respeito m�tuo.

    � preciso ambientalizar os curr�culos de EF, n�o apenas praticar atividades de sa�das de campo: trilhas ecol�gicas, pr�ticas de gin�stica ao ar livre, excursionar, etc. Mais do que isto � preciso educar em valores. A ambientaliza��o das aulas de EF passa pela �tica como proposi��o fundamental da EA, no intuito de educar em valores. Valores que suplantam os m�ritos das vit�rias esportivas, mas do "verdadeiro esp�rito desportivo", que pressup�e respeito, oportunidade, acesso ao conhecimento relativo �s pr�ticas corporais como fator indispens�vel �s rela��es entre os seres humanos e destes com a natureza, propiciando uma melhor qualidade de vida para a popula��o.


Refer�ncias bibliograficas

  • BRASIL. Minist�rio do Meio Ambiente, dos Recursos H�dricos e da Amaz�nia Legal. Programa Nacional de Educa��o Ambiental, 1997, 32p.

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  • GONZ�LEZ MU�HOZ, Maria Del Carmen. Principales tendencias y modelos de la Educaci�n Ambiental en el sistema escolar. Revista Iberoamericana de Educaci�n. Espanha, OEI, n. 11, 1999.

  • GUERRA, Martha de Oliveira, CASTRO, Nancy Campi de. Como fazer um projeto de pesquisa. 2 ed. Juiz de Fora: EDUFJF, 1994, 46 p.

  • GR�N, Mauro. �tica e Educa��o Ambiental: a conex�o necess�ria. S�o Paulo: Papirus, 1996, 120p. (Cole��o Magist�rio: Forma��o e Trabalho Pedag�gico)

  • REIGOTA, Marcos. O que � Educa��o Ambiental. S�o Paulo: Brasiliense, 1994, 62 p.

  • SOARES, Carmem L�cia. Sobre a forma��o do profissional em Educa��o F�sica: algumas anota��es. In.: DE MARCO, Ademir (Org.). Pensando a educa��o motora. Campinas: Papirus, 1995. p. 133-38. (Cole��o corpo e motricidade)

  • SUCENA, Maria da Gra�a Teixeira. Forma��o de professores e educa��o ambiental: um estudo nas s�ries iniciais. Rio Grande, 1998. 237 p. Disserta��o (Programa de Mestrado em Educa��o Ambiental) - FURG.

  • TOJAL, Jo�o Batista Andretti Gomes. Educa��o motora: que profissional formar? In.: DE MARCO, Ademir (Org.). Pensando a educa��o motora. Campinas: Papirus, 1995. p. 139-47. (Cole��o corpo e motricidade)

Como a educação pode contribuir com o meio ambiente?

Entende-se que a Educação Ambiental pode mudar hábitos, transformar a situação do planeta terra e proporcionar uma melhor qualidade de vida para as pessoas. E isso, só se fará com uma prática de educação ambiental, onde cada indivíduo sinta-se responsável em fazer algo para conter o avanço da degradação ambiental.

Como você irá integrar a educação ambiental em suas práticas pedagógicas?

São três conceitos principais:.
Reciclar. ... .
Reduzir. ... .
Reutilizar. ... .
Desenvolvendo a responsabilidade social dos alunos. ... .
Incluindo educação ambiental nas salas de aula. ... .
Oferecendo atividades práticas e oficinas. ... .
Incentivando projetos sustentáveis..

Qual é o papel dos professores no contexto da educação ambiental?

O papel do professor é de vital importância. Através dele, mudanças, práticas, estratégias e didáticas interdisciplinares são traçadas, promovendo um desenvolvimento integral e em equipe, criando métodos para o exercício prático da cidadania, sintetizando as dimensões do processo socioambiental.

Qual a principal função de uma prática educativa voltada para a educação ambiental?

A Educação Ambiental é um aprendizado voltado para a formação da consciência sobre a postura do homem em relação ao meio ambiente, informar e sensibilizar as pessoas sobre os problemas ambientais buscando novas soluções, transformando o individuo em participante nas decisões de sua comunidade.