Você já ouviu falar do programa Estratégia de Saúde da Família? Show
Caso a sua resposta seja negativa, não tem problema. Neste artigo, vamos falar bastante sobre o programa. Mas, antes de mais nada, você precisa ser sincero: quando se trata de saúde, a sua atitude é correr ao médico somente quando apresenta determinados sintomas e sente algum problema? Ou tem o hábito fazer check-ups regulares e investir na prevenção? Não precisa responder agora. Apenas reflita sobre o assunto. Depois, você vai entender a relação desse questionamento com a Estratégia de Saúde da Família. Aproveite para conferir este texto até o final. Boa leitura! O que é Estratégia de Saúde da Família?Estratégia de Saúde da Família (ESF) é um projeto do Ministério da Saúde criado em 1994, ainda com o nome de Programa Saúde da Família (PSF). A iniciativa foi organizada com o intuito de promover a qualidade de vida da população brasileira, atacando potenciais causadores de doenças, como o sedentarismo, a má alimentação e o tabagismo. A proposta tem como principal objetivo reorganizar o atendimento primário à sociedade, seguindo as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). Ou seja, ela pretende, de certa forma, mudar o regime assistencial vigente, que se preocupa muito mais em tratar doenças em vez de preveni-las. De acordo com um recente levantamento feito pelo Ministério da Saúde, atualizado em junho de 2018, o programa atende cerca de 135 milhões de pessoas em 5.598 municípios do país. Ou seja, chega a aproximadamente 65% dos brasileiros. Como funciona o programa?O Estratégia de Saúde da Família conta com uma equipe de trabalho multidisciplinar que atua em uma região geograficamente delimitada, com um número máximo de pacientes (4 mil). O ideal é que a média fique em torno de 3 mil atendimentos por equipe. Mas é claro que isso depende de outros fatores, como o grau de vulnerabilidade. A atuação dos profissionais de saúde da família vai muito além de fornecer consultas e um atendimento protocolar. Cabe à junta multidisciplinar, também, a realização de campanhas de prevenção, ações de promoção e recuperação de agravos, além da reabilitação de doenças frequentes na região. Conforme o Ministério da Saúde, atualmente, existem 43 mil equipes espalhadas por todo o território nacional. Apesar do número elevado, ainda há uma certa distância (não física) entre a população e as unidades de atendimento. Ou seja, um grande grupo que ainda não aproveita os serviços disponíveis. Para diminuir esse espaço, o programa conta com um suporte muito importante: os Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Eles são profissionais da saúde que fazem parte da comunidade, o que acaba auxiliando na criação de um vínculo afetivo entre pacientes e as equipes médicas. O diálogo fica muito mais fácil e direto e, consequentemente, as abordagens (tratamentos, medidas preventivas e ministração de medicamentos) tornam-se mais efetivas. Qual a importância da Estratégia de Saúde da Família?Qual a importância da Estratégia de Saúde da Família?Quando você estabelece uma relação mais próxima com a comunidade, fica muito mais fácil entender quais são as ameaças às quais os moradores da região estão expostos. Portanto, é possível fornecer uma assistência médica mais assertiva. Com um cadastramento bem-feito e um diagnóstico completo das características epidemiológicas, demográficas e sociais do local onde os pacientes vivem, é mais viável prestar uma assistência integral e fazer os encaminhamentos devidos. Somam-se a esses benefícios o serviço oferecido por uma equipe multidisciplinar, que presta à comunidade um atendimento mais completo. Isso sem falar que a atenção primária é a porta de entrada para o SUS, que, em lugares mais remotos, é o único acesso à saúde que uma comunidade tem. Objetivos da Estratégia de Saúde da FamíliaConforme mencionado anteriormente, o Estratégia de Saúde da Família é um projeto que não se propõe a fazer um atendimento tradicional às comunidades. Vai além e busca melhorar a qualidade de vida dos pacientes locais. Nesse sentido, separamos alguns dos principais objetivos das equipes do ESF, segundo a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB). Confira:
Como é composta a equipe do Estratégia de Saúde da Família?Como é composta a equipe do Estratégia de Saúde da Família?Já sabemos que as equipes do programa Estratégia de Saúde da Família são multidisciplinares. Mas quais são, exatamente, as especialidades que fazem parte desse time de profissionais? Veja a seguir! Médico do Estratégia de Saúde da FamíliaToda equipe precisa contar com pelo menos um médico que, de preferência, seja especialista em saúde da família. No entanto, clínicos gerais também podem liderar os demais profissionais. Conforme a PNAB, cabe ao médico do Estratégia de Saúde da Família:
Enfermeiro do Estratégia de Saúde da FamíliaO mesmo vale para o enfermeiro. O ideal é que ele seja especializado em saúde da família, mas esse pré-requisito nem sempre consegue ser atingido. São atribuições do enfermeiro do Estratégia de Saúde da Família:
Técnico de Enfermagem do Estratégia de Saúde da FamíliaO enfermeiro do Estratégia de Saúde da Família pode contar com o suporte de técnico ou auxiliar de enfermagem, que deve ser seu subordinado. Agentes comunitários de saúdeOs agentes comunitários de saúde exercem um papel fundamental dentro do ESF e, por isso, é permitida a presença de até 12 deles em cada equipe. O objetivo é que a quantidade seja suficiente para atender a comunidade em sua totalidade. Outra recomendação do programa é que um agente fique responsável por, no máximo, 750 pessoas. Os agentes comunitários de saúde também possuem uma lista de atribuições previstas pela Política Nacional de Assistência Básica:
Equipe de saúde bucalAs equipes do Estratégia de Saúde da Família também oferecem serviços odontológicos. O comando desse segmento fica por conta de um cirurgião-dentista que, assim como os outros profissionais, recomenda-se que tenha especialização em saúde da família. O dentista pode contar com o suporte de auxiliares e técnicos em saúde bucal. Assim como para os demais especialistas, a PNAB também enumera as suas responsabilidades:
Já aos técnicos em saúde bucal cabe:
Núcleos de Apoio à Saúde da FamíliaNúcleos de Apoio à Saúde da FamíliaAliado a todos esses profissionais, desde 2008, o Ministério da Saúde aprovou a criação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), que, como o próprio nome já diz, oferece suporte às equipes do ESF. Aos especialistas já citados, juntam-se ainda:
Essa leva de profissionais oferece um apoio muito bem-vindo que, além de aumentar o rol de especialidades e a abrangência no atendimento, busca oferecer soluções personalizadas e facilita a pesquisa por soluções conjuntas. Com mais especialistas envolvidos, é possível discutir diagnósticos, comparar históricos e resultados e ter segundas e terceiras opiniões em casos clínicos mais complicados. É bem verdade que os profissionais integrantes dos NASFs variam conforme a necessidade da comunidade. Por isso, a fim de evitar desperdícios e focar no que realmente a população precisa, os gestores municipais é que avaliam as prioridades. Por exemplo, se foi verificado que boa parte dos problemas de saúde da região se devem à má alimentação e ao sedentarismo, uma boa saída pode ser investir em educadores físicos e nutricionistas. Agora, se os problemas de ordem mental são a principal preocupação, psiquiatras e psicólogos são prioridade. Pós-graduação em Estratégia de Saúde da FamíliaSem dúvidas, o Estratégia de Saúde da Família exerce um papel social muito importante para a população brasileira, oferecendo uma atenção primária de qualidade às comunidades. Para fazer parte dessa equipe multidisciplinar, no entanto, você precisa se capacitar. E, nesse sentido, nada melhor do que optar por estudar em uma instituição de quase meio século de tradição e compromisso com a educação de qualidade. A UPIS – Faculdades Integradas conta com 86 cursos entre graduação, pós-graduação, extensão e mestrado. Além disso, conquistou a certificação internacional de qualidade ISO 9001. Voltando a falar sobre o tema deste artigo, o Estratégia de Saúde da Família, a UPIS oferece uma pós-graduação exclusiva que prepara os profissionais para atuar nesse projeto. O curso Programa Estratégia Saúde da Família tem 420 horas/aula com uma grade curricular completa, que traz conteúdos como:
Tudo isso e muito mais para oferecer a você a melhor formação possível. Está esperando o quê? Acesse agora mesmo o nosso site, confira as opções de cursos disponíveis e construa uma carreira de sucesso. ConclusãoEste artigo tratou sobre a Estratégia de Saúde da Família, um projeto do Governo Federal que tem como objetivo oferecer atenção primária de qualidade à comunidade. Com a lógica de que é melhor prevenir do que remediar, a iniciativa completa, em 2019, 25 anos de serviços prestados. Ao longo dessas mais de duas décadas, foram diversas conquistas, sendo os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASFs) uma das principais delas. Com o suporte de mais de um time de especialistas somados ao conhecimento das ESFs e a integração feita pelos agentes comunitários, o trabalho realizado passou a ser ainda mais assertivo, mostrando-se uma verdadeira porta de entrada para o SUS. É claro que ainda há muito o que ser melhorado. Segundo a Sala de Apoio à Gestão Estratégica do Ministério da Saúde (Sage), algumas regiões precisam de mais unidades de atendimento. Você, por exemplo, já conhecia o Estratégia de Saúde da Família? Deixe um comentário logo abaixo! Tire as suas dúvidas, elogie, critique e também sugira temas. Sua participação faz toda a diferença. Aproveite para compartilhar este conteúdo com seus amigos, nas suas redes sociais. Outras pessoas também podem se interessar pelo tema. E, antes de ir embora, não deixe de dar uma passadinha no site da UPIS para conferir todas as opções de cursos para você, tanto na graduação quanto pós e mesmo oportunidades de extensão. Como é formada a equipe da estratégia saúde na família?As equipes dessa estratégia são compostas, no mínimo, pelo profissional médico e enfermeiro, preferencialmente especialistas em saúde da família; pelo auxiliar e/ou técnico de enfermagem e pelo agente comunitário de saúde (ACS).
Como é formada a equipe de saúde?Composição das equipes
É recomendável que a equipe de uma unidade de Saúde da Família seja composta, no mínimo, por um médico de família ou generalista, enfermeiro, auxiliar de enfermagem e Agentes Comunitários de Saúde (ACS).
Como é formada a equipe da saúde na família tanto no formato mínimo quanto no formato ampliado?As equipes são compostas, no mínimo, por um médico de família, preferencialmente generalista, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e seis (6) agentes comunitários de saúde, o número de agentes deverá ser suficiente para cobrir 100% da população cadastrada, com um máximo de 750 pessoas por agente comunitário e de 12 ...
Quais os profissionais que compõem a equipe de saúde na atenção básica?§1º As equipes mínimas de eAB deverão ser compostas por médicos (preferencialmente da especialidade medicina de família e comunidade), enfermeiro (preferencialmente especialista em saúde da família), auxiliares e/ou técnicos de enfermagem, podendo contar com cirurgião-dentista (preferencialmente especialista em saúde ...
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