Como ocorreu o processo de entrada dos povos germânicos no Império Romano?

Como ocorreu o processo de entrada dos povos germânicos no Império Romano?

Quando se iniciou o contato entre romanos e povos germânicos?

Os primeiros contatos dos germanos com os romanos ocorreram na época de Júlio César (séc. I a.C.). Nessa ocasião, as tribos germânicas viviam em aldeias rudimentares, praticando uma economia comunal baseada na agricultura, na pecuária e nas pilhagens.

Como foram os primeiros contatos entre romanos e bárbaros?

Inicialmente, a aproximação entre os romanos e bárbaros ocorreu de maneira pacífica ao longo da fronteira natural estabelecida pelo Rio Reno. ... Ao mesmo tempo, os povos que habitavam a fronteira foram reconhecidos como federados, tendo a função de evitar que outros povos estrangeiros adentrassem os domínios romanos.

Como os germanos venceram os romanos?

Saqueando e devastando as tribos que encontravam pelo caminho, os hunos fizeram com que os germanos adentrassem as fronteiras romanas, agindo também com violência contra os civilizados. ... Em 476, o líder dos hérulos, Odoacro, comandou a invasão e o saque de Roma, destronando o último imperador romano Rômulo Augusto.

Quais as consequências da presença germânica para o latim e a Igreja Católica?

Essa transformação proporcionou o aparecimento da vindoura e predominante classe servil da Idade Média. A partir do entrecruzamento dessas características dos povos romanos e germânicos temos uma compreensão maior de como a Idade Média e as práticas feudais se instituíram durante determinado período histórico.

Quais foram os povos germânicos que invadiram a Gália?

Suevos, alanos, burgúndios, francos, vândalos e visigodos penetraram, saquearam e ocuparam a Gália, a Península Ibérica, a África e a península Itálica.

Como aconteceu a entrada dos germanos no Império Romano?

O processo de entrada dos povos germânicos no Império Romano ocorreu de forma gradual, inicialmente. A nordeste da Península Itálica, as fronteiras do Império Romano tinham como limite os rios Danúbio e Reno. Os povos e tribos que habitavam para além desses rios eram considerados pelos romanos como germanos.

Como ocorreu a entrada dos povos germânicos no Império Romano?

  • O processo de entrada dos povos germânicos no Império Romano ocorreu de forma gradual, inicialmente. A nordeste da Península Itálica, as fronteiras do Império Romano tinham como limite os rios Danúbio e Reno.

Quando começou o contato romano com os romanos?

  • O contato mais intenso com os romanos ocorreu no século I, acelerando o processo de transformação já em andamento devido o aumento populacional e às guerras de conquistas. Em um primeiro momento, as terras se concentravam nas mãos dos chefes, que instituíram a propriedade particular, fazendo com que os clãs entrassem em declínio.

Como os germânicos invadiram o Império Romano?

  • No século V, os povos germânicos do Leste invadiram o Império Romano, estimulados pelos hunos, da Ásia Central. Tais invasões provocaram guerras violentas.

Qual a origem dos povos romanos?

  • Desde a época de César que os romanos tinham conhecimento da existência desses povos. Eles eram organizados em clãs, desconheciam uma instituição estatal como a romana, suas leis eram baseadas na tradição, sendo transmitidas oralmente, e não de forma escrita; além de se dedicarem ao pastoreio e à agricultura.

Os povos germânicos constituem um conjunto de tribos, unidas pela língua e costumes comuns, que no decorrer do século V conquistam grande parte da Europa Central.
Grande parte das informações de que dispomos acerca deste povo são de origem romana, pelos Comentários de Júlio César e Germânia de Cornélio Tácito. Os povos germânico e romano vão enfrentar-se no século V, resultando deste encontro a mudança da capital do Império Romano de Roma para Constantinopla e a ocupação por parte dos germanos de quase toda a Europa Central, assumindo o poder na parte ocidental do Império Romano.
Desta forma, os povos germânicos sofrem grande influência da cultura greco-latina, bem como da ideologia cristã. Desde a conversão do Império Romano ao cristianismo, o bispo - representante de Pedro e Paulo, e senhor máximo da hierarquia cristã - habita em Roma, junto do imperador, onde se vão construindo e instituindo as fundações da Igreja. Quando a corte e o imperador partem para Constantinopla, o bispo permanece em Roma, sendo a autoridade religiosa em toda Europa Central e Ocidental, e iniciando o processo de criação do Papado.
A Igreja de Roma tem assim ao seu alcance um vastíssimo território, onde as religiões existentes são pagãs, de ideologia pouco profunda e de cultos fracamente arreigados. São religiões politeístas, de povos bárbaros e guerreiros, sem um clero organizado. Se, por um lado, a doutrina de Cristo implica a evangelização e a pregação, por outro, a sobrevivência e desenvolvimento do Papado tornam vital essa mesma evangelização junto do invasor. A cristianização do Ocidente é assim marcada pelo crescimento do Papado e pelas invasões germânicas. Tudo se conjuga de forma favorável, e Clóvis I, rei dos Francos, torna-se no primeiro rei de tradição germânica a converter-se ao cristianismo.
Clóvis I - também por influência da esposa, Clotilde, que é cristã - é batizado segundo o ritual cristão e com ele mais de três mil dos seus soldados. Entre o século V e o século VI, os povos germânicos adotam o cristianismo, e, no seio da sua civilização, fundem-no com a cultura germânica e com a cultura greco-latina, lançando as bases da cultura europeia ocidental.
Em 507, Clóvis vai inclusivamente entrar em guerra contra os visigodos arianos, com quem combate defendendo os valores da ortodoxia cristã.
A influência de Constantinopla sobre o Império Romano no Ocidente vai decaindo até quase não existir, e em 800 é criado um novo império na Europa: o Sacro Império Romano-Germânico, sob o comando de Carlos Magno, rei dos francos e senhor da cristandade. Carlos Magno foi no dia de Natal desse ano de 800 coroado imperador em Roma, pelo Papa Leão III, constituindo-se aqui a primeira associação clara entre a Igreja e o Estado, entre a religião e a política, entre o poder espiritual e o poder temporal.
Esta associação manter-se-á durante séculos, permitindo aos papas a expansão quase global do cristianismo e aos reis a justificação total do seu poder e das suas ações. Contudo, muitos conflitos se geram na tentativa de delimitar as competências e jurisdições dos dois poderes. Na verdade, os problemas nascem logo nos primeiros reinados da dinastia Carolíngia, em torno das questões de unificação ou divisão do Império.
O latim torna-se a língua oficial litúrgica, literária e institucional em todo o Império, havendo povos que inclusivamente substituem integralmente as suas línguas nacionais pelo latim, durante o processo de cristianização; é o que acontece com os francos e os povos ibéricos.
O Papado de Roma vai, ao longo dos tempos, expandindo a sua religião, instituindo uma hierarquia cada vez mais organizada e complexa, assumindo o controlo da educação, e ganhando ascendente político junto dos estados cristianizados.
A cristianização dos povos germânicos e da Europa Ocidental foi um processo longo mas seguro que, ao contrário do que acontece no Oriente, não encontra grandes resistências, e marca o início de uma nova fase, em que surgem novas formas de organização política - tal como o feudalismo - e religiosa, lançando as bases da civilização ocidental.