Em que consistem os estudos linguísticos que recobrem a designação estruturalismo

ESTRUTURALISMO LINGUÍSTICO

MARIA DE LURDES DA SILVA*,

SUELEN CAMPOS GARCIA*.

RESUMO

O presente artigo tem como objetivo debater a história da linguística, tendo como foco a corrente linguística estrutural, conceituando e contextualizando-a com o intuito de mostrar a historicidade e a importância da escola estrutural. Desse modo,este trabalho cientifico, privilegiará o processo de enriquecimento do nosso conhecimento linguístico. O postulado de que a língua tem uma função, representou um grande avanço no estudo da Linguística na medida em que foi incorporando fatores extralinguísticos na análise linguística. Desta forma, a língua é aqui um sistema orientado para uma finalidade que é a da comunicação, ou seja, a língua possui funções. A função foi definida como a tarefa atribuída a um elemento linguístico estrutural para atingir um objetivo no quadro da comunicação humana.

Palavras Chaves: Linguística Estrutural. Linguística. Historicidade.

RESUMEN

Este artículo pretende discutir la historia de La lingüística, se centra em La lingüística estructural actual, conceptualizar y contextualizar en el fin de mostrar la historia y La importancia de La estructura de La escuela. Por lo tanto, este trabajo científico, reforzar el proceso de enriquecimiento de nuestros conocimientos de La lengua. La suposición de que el lenguaje tiene una función, represento um gran avance em El estudio de La lingüística, ya que incorpora factores extralingüísticos en el análisis lingüístico. Por lo tanto, el lenguaje es un sistema impulsado por aqui con un propósito, que es La comunicación, es decir, el lenguaje tiene funciones. La función se define como latare a asignada a un elemento estructural de La lengua para lograr un objetivo en el marco de La comunicación humana.

Palabras clave: La lingüística estructural. Lingüística. Historicidad

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*Acadêmicas do Curso de Licenciatura Plena em Letras pela Universidade Vale do Acaraú sob orientação da ProfªDrª Rosângela Lemos da Silva.

1 INTRODUÇÃO

Nesse artigo será efetuada uma breve abordagem sobre o contexto histórico e suas funcionalidades estruturais da língua no decorrer da história; onde a linguagem apresenta diversos planos de estruturação.Partindo do principio que a expansão da língua e sua diversidade de influência possam contribuir para o progresso de compreensão dos fragmentos linguísticos ao longo dos séculos.

No plano do saber histórico, não contamos somente com fatos linguísticos, mas também com outras tradições ligadas a coisas ou ao mundo extralinguístico, onde os discursos e texto podem aparecer mais de uma língua, essa língua nos remete para um plano funcional principalmente quando se muda as circunstâncias e fatos, todo falante de uma língua histórica é plurilíngue que domina ativa ou passivamente mais de uma língua denominamos funcional ou estruturalista em Seu contexto metodológico ou histórico.

Toda essa enculturação da linguagem faz parte da realidade, de pesquisa onde exploram os textos bibliográficos e correlacionados, mas sempre tendo como função estrutural uma reflexão preexistente que venha a esclarecer toda concepção criativa que a língua por si só exerce na sua estrutura funcional e ao longo de seu contexto linguístico.

A Teoria Estruturalista representa um desdobramento da Teoria da Burocracia e uma leve aproximação à Teoria das Relações Humanas. Representa também uma visão extremamente crítica da organização formal. O movimento estruturalista teve um caráter mais filosófico na tentativa de obter a interdisciplinaridade das ciências. Parte do conceito de estrutura, como uma composição de elementos visualizados em relação à totalidade da qual fazem parte. Portanto, por sua natureza todas as partes estão estruturadas (subordinadas uma a outra) de tal forma que alterações em qualquer delas implica em rever o todo. As origens da Teoria Estruturalista na Administração foram as seguintes: A oposição surgida entre a Teoria Tradicional e a Teoria das Relações Humanas incompatíveis entre si.

Requereu uma posição que pudesse abranger os aspectos que eram considerados por uma e omitidos pela outra e vice-versa. Busca ser uma síntese da Teoria Clássica (formal) e da Teoria das Relações Humanas (informal). A necessidade de visualizar "a organização como uma unidade social grande e complexa, onde interagem grupos sociais". Precisam compartilhar alguns dos objetivos da organização (como a viabilidade econômica da organização), mas que podem incompatibilizar com outros (como a maneira de distribuir os lucros da organização).

A influência do estruturalismo nas ciências sociais e sua repercussão no estudo das organizações. O Conceito Estruturalismo é a teoria que se preocupa com o todo e com o relacionamento das partes na constituição de um todo. A totalidade, a interdependência das partes e o fato de que o todo é maior do que a simples soma das partes são suas características básicas. As Organizações são uma forma de instituição, predominante em nossa sociedade altamente especializada e interdependente. Elas passam por todos os aspectos da vida moderna e envolvem atenção, tempo e energia de numerosas pessoas e possuem uma estrutura interna e interagem com outras organizações.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DO ESTRUTURALISMO LINGUÍSTICO

Os intelectuais da época não ficaram indiferentes ao mundo que os circundava. Na França, poderiam ser encontrados os mais brilhantes pensadores do século XX. Paris mais parecia à capital intelectual da Europa. Estavam em pleno ativismo político figuras como Sartre, Althusser, Foucault, Deleuze, Pêcheux, Lacan, Lévi-Strauss, Barthes, Derrida, Bourdieu, Todorov, Benveniste e Castoriadis, para não citar outros. Debatiam sobre todos os assuntos,principalmente os que gravitavam em torno do estruturalismo e do marxismo. “Duas grades de leitura sem as quais é impossível entender os caminhos percorridos pela análise do discurso francesa”. De todos os países europeus, a França foi aquele em que o estruturalismo teve maior ressonância, um fenômeno que culminou no final dos anos 1960, num momento em que vários movimentos de contestação política chegaram a colocar em crise uma série de valores estabelecidos, naquele país. As duas guerras mundiais fizeram ruir os valores e tradições que apoiavam o mundo moderno. As teses iluministas, aos poucos, foram deixadas de lado.

A razão humana havia produzido uma era de catástrofes. O progresso tecnológico serviu para o extermínio de milhares de pessoas e devastar a natureza. O otimismo das Luzes foi substituído pelo medo e pela insegurança do pós-guerra. Como Hobsbawm explica, “não era a crise de uma forma de organizar sociedades, mas de todas as formas tudo que era sólido parecia “se desmanchava no ar”“. Foi uma crise das crenças e supostos sobre os quais se apoiava a sociedade moderna desde que os Modernos ganharam sua famosa batalha contra os Antigos, no início do século XVIII, uma crise das teorias racionalistas e humanistas abraçadas tanto pelo capitalismo liberal como pelo comunismo.

Naqueles anos, ficou evidente a necessidade de se fazer rupturas com dezenas de conceitos, até então, inquestionáveis. “O movimento de maio de 68 e as novas interrogações que surgiram de súbito no âmbito das ciências humanas foram decisivos para subverter o paradigma então reinante”. No final dos anos 1960, começam a aparecer às primeiras fissuras na hegemonia do estruturalismo. O ideal de cientificidade requeria de qualquer disciplina uma primorosa delimitação do objeto, a ponto de evidenciar suas leis de invariância. Saussure precisou encontrar na heteroclicidade da linguagem, algo sistêmico e homogêneo. O famoso “corte saussuriano” veio solucionar esse impasse.

A oposição langue e parole constituiu a primeira “bifurcação” de seu construto teórico. Essa é a primeira bifurcação que se encontra quando se procura estabelecer a teoria da linguagem. Cumpre escolher entre dois caminhos impossíveis de trilhar ao mesmo tempo; devem ser seguidos separadamente. Pode-se, a rigor, conservar o nome de Linguística para cada uma dessas duas disciplinas e falar de uma Linguística da fala. Será, porém, necessário, não confundi-la com a linguística propriamente dita, aquela cujo objeto é a língua. Segundo Saussure: O estudo da linguagem comporta, portanto, duas partes: um, essencial, tem por objeto a língua, que é social em sua essência e independente do indivíduo; esse estudo é unicamente psíquico; outra, secundária, tem por objeto a parte individual da linguagem, vale dizer, a fala, inclusive à fonação e a psicofísica. Os estruturalistas consideram a língua como um sistema de relações ou mais precisamente como um conjunto de sistemas ligado uns aos outros, cujos elementos (fonemas, morfemas, palavras, etc.).

(...) primeiro por conceber a linguagem como um instrumento de interação social, e segundo por buscar no contexto discursivo a motivação para os fatos da língua. Para esses estudiosos a estrutura gramatical depende do uso que se faz da língua, ou seja, a estrutura é motivada pela situação comunicativa. Nesse sentido, a estrutura é uma variável dependente, pois os usos da língua, ao longo do tempo, é que dão forma ao sistema. (OLIVEIRA, 2006, p. 98).

Com o corte da língua e fala e os conceitos de sistema e sincronia, Saussure elimina da linguística científica a fonologia, o enunciado, o referente, o sujeito, a cultura e a história. Essas “exclusões” vão ser incluídas no debate linguístico por volta dos anos 1950, por vários estudiosos, que vão ficar conhecidos como estruturalistas. “Embora reconhecendo o valor da revolução linguística provocada por Saussure, logo se descobriram os limites dessa dicotomia pelas consequências advindas da exclusão da fala do campo dos estudos linguísticos”. O conceito clássico de estrutura é o seguinte: “um conjunto de elementos entre os quais existem relações, de forma que toda modificação de um elemento ou de uma relação acarreta a modificação dos outros elementos e relações”. Como se percebe, é um conceito muito próximo ao de sistema. Há certa vulgata no uso frequentemente indiferenciado dos termos sistema e estrutura.

Entretanto, eles não recobrem necessariamente os mesmos dados, mesmo se eles são indissociavelmente ligados do ponto de vista teórico. É fato que a afirmação do conceito de sistema remete frequentemente àquele de estrutura, tanto que existe de um a outro uma dinâmica de mútua remissão. É preciso lembrar aqui que na teoria linguística, a circulação do conceito de sistema precede o emprego do conceito de estrutura. O método saussuriano encontrou no antropólogo francês Lévi-Strauss o seu mais contundente divulgador. Foi a partir de então que o método originalmente linguístico se estendeu para outras disciplinas, de modo que hoje, não dá mais para se falar de um único estruturalista.

(“...) Chamamos estruturalismos os esforços de aplicação (ou de elaboração) de métodos originalmente concebidos em linguística, e que atingem hoje qualquer um dos campos das ciências humanas” (LEPARGNEUR, 1973, p. 4).

Assim, o estruturalismo é a modalidade de pensar e um método de análise praticado nas ciências do século XX, especialmente nas áreas das humanidades.

2.1. O CURSO DE SAUSSURE

Ferdinand de Saussure é geralmente visto como o iniciador do estruturalismo, especificamente em seu livro de1916 'Curso de Linguística Geral'. Ainda que Saussure fosse, assim como seus contemporâneos, interessado em linguísticas históricas, desenvolveu no Curso uma teoria mais geral de (estudo dos signos).

Essa abordagem se concentrava em examinar como os elementos da semiologia linguagem se relacionavam no presente ('sincronicamente' ao invés de 'diacronicamente'). Assim ele focou não no uso da linguagem (o falar, ou a parole), mas no sistema subjacente de linguagem (idioma, ou a langue) do qual qualquer expressão particular era manifestação. Enfim, ele argumentou que sinais linguísticos eram compostos por duas partes, um 'significante' (o padrão sonoro da palavra, seja sua projeção mental - como quando silenciosamente recitamos linhas de um poema para nós mesmos - ou sua realização física como parte do ato de falar) e um 'significado' (o conceito ou o que aquela palavra quer dizer). Era totalmente diferente das abordagens anteriores à linguagem, que se focavam no relacionamento entre palavras e as coisas que elas denominavam no mundo. Concentrando-se na constituição interna dos sinais ao invés da sua relação com os objetos no mundo, Saussure fez da anatomia, estrutura da linguagem, algo que pode ser analisado e estudado.

3 ORIGENS E CONCEPÇÕES DO ESTRUTURALISMO LINGUÍSTICO

O estruturalismo linguístico nasceu quando Ferdinand de Saussure pretendeu atingir leis gerais do funcionamento de uma língua. O estruturalismo etnológico nasceu quando Claude Lévi-Strauss pretendeu atingir as leis gerais do funcionamento de certas estruturas culturais, especificamente aquelas que regem os sistemas de parentesco ou as que regem a produção dos mitos em culturas arcaicas. Para Barthes, o objetivo da atividade estruturalista: “é reconstituir um objeto, de modo a manifestar nessa reconstituição as regras de funcionamento (as funções) desse objeto”.

O estruturalista toma a estrutura pelo real. Recompondo o objeto para fazer aparecer suas funções, pensa, na verdade, estar encontrando as funções do real a que a estrutura pertence. Já para Lepargneur, o trabalho do estruturalista consiste em “descobrir, por trás das aparências, além da organização aparente do objeto, estruturas inteligíveis que expliquem certo funcionamento, e isso num campo que se relaciona com a atividade humana”.

De acordo com Gregolin(2004, p.21) o estruturalismo chega à França em consequência do encontro de Roman Jakobson com Lévi-Strauss nos EUA. “A partir deles, deu-se a chegada das ideias estruturalistas na França, no início dos anos 1950”.

O estruturalismo é uma abordagem que veio tornar um dos métodos mais extensamente utilizados para analisar a língua,e a sociedade na segunda metade deum dos pioneiros do pensamento estruturalista foi Saussure, ao formular uma abordagem da Linguística onde a língua se apresenta como um sistema estruturado. Esta linha foi m passou a ser chamado de Semiótica, através de autores como Roland Barthes. Também se apoiando no caminho aberto por Saussure e aplicando-o ao estudo dos mitos, Lévi-Strauss apresenta-se como o grande nome associado à antropologia estrutural. Já no século xx. Entretanto, "estruturalismo" não se refere a uma "escola" claramente definida de autores, embora o trabalho de Ferdinand de Saussure seja geralmente considerado um ponto de partida. O estruturalismo é mais bem visto como uma abordagem geral com muitas variações diferentes. Como em qualquer movimento cultural, as influências e os desenvolvimentos são complexos.

(...) a língua não é um conglomerado de elementos heterogêneos; é um sistema articulado, onde tudo está ligado, onde tudo é solidário e onde cada elemento tira seu valor de sua posição estrutural (SAUSSURE apud LEROY, 1971, p. 91).

Quando se refere à posição estrutural, fala-se da língua culta, que precisa ser bem administrada, no qual Saussure organiza a linguística verificando a importância da língua e da fala.

3.1. AS DICOTOMIAS ENUNCIADAS POR SAUSSURE:

3.1.1 Língua X Fala

Saussure também efetua, em sua teorização, uma separação entre língua e fala. Para ele, a língua é um sistema de valores que se opõem uns aos outros e que está depositado como produto social na mente de cada falante de uma comunidade, possui homogeneidade e por isto é o objeto da linguística propriamente dita. Diferente da fala que é um ato individual e estão sujeito a fatores externos, muitos desses não linguísticos e, portanto, não passíveis de análise.

3.1.2 Sincronia X Diacronia

Ferdinand de Saussure enfatizou uma visão sincrônica, um estudo descritivo da linguística em contraste à visão diacrônica do estudo da linguística histórica, estudo da mudança dos signos no eixo das sucessões históricas, a forma como o estudo das línguas era tradicionalmente realizado no século XIX. Com tal visão sincrônica, Saussure procurou entender a estrutura da linguagem como um sistema em funcionamento em um dado ponto do tempo (recorte sincrônico).

3.1.3 Sintagma X Paradigma

O sintagma, definido por Saussure como “a combinação de formas mínimas numa unidade linguística superior”, e surge a partir da linearidade do signo, ou seja, ele exclui a possibilidade de pronunciar dois elementos ao mesmo tempo, pois um termo só passa a ter valor a partir do momento em que ele se contrasta com outro elemento. Já o paradigma é, como o próprio autor define, um "banco de reservas" da língua fazendo com que suas unidades se oponhampois uma exclui a outra. Pois, o signo linguístico constitui-se numa combinação de significante e significado, como se fossem dois lados de uma moeda.

4. OS HISTORIADORES PIONEIROS DO ESTRUTURALISMO LINGUÍSTICO

4.1. FERDINAND SAUSSURE

Saussure éum dos pioneiros do pensamento estruturalista, ao formular uma abordagem da Linguística onde a língua se apresenta como um sistema estruturado.A linguística de Saussure deu o "pontapé" inicial para que os estudiosos desenvolvessem novas pesquisas e teorias. Antecipa os princípios da ciência linguística do Século XX, com sua análise sobre a estrutura da linguagem. Nasceu em Genebra, em uma família de intelectuais e cientistas, e estuda linguística em Leipzig e Berlim, na Alemanha.

Enquanto se especializa no grupo linguístico indo-europeu, publica ainda estudante, em 1879, o único livro que escreve de próprio punho: Memória sobre o Sistema das Vogais nas Línguas Indo-europeias. A obra precoce revoluciona o entendimento da estrutura vocal do indo-europeu e o faz conhecido e admirado pelos especialistas. De 1880 a 1891 leciona na Escola de Altos Estudos de Paris. A partir de 1891, torna-se professor de linguística indo-europeia, sânscrito e linguística geral na Universidade de Genebra. Suas ideias estão expostas no livro Curso de Linguística Geral (1916), organizado por Charles Bally, Albert Sechehaye e Albert Riedlinger, com base nas anotações de aulas feitas pelos alunos de Saussure.:

(...) A língua é um fato social, que faz parte da vida da pessoa humana, e esta pautada na visão estruturalista de vários, onde é importante pesquisar que esse dinamismo deve inserir significados e significantes (SAUSSURE, 1999, p.24).

A obra apresenta a teoria do signo linguístico, resultante da combinação entre um significante (o componente sonoro) e um significado (o conceito).Mediante a exposição do autor, podemos notar que a linguagem contribui para a evolução da mente humana.

4.2. LEONARD BLOOMFIELD

O historiador Leonard Bloomfieldé considerado o fundador do linguístico estrutural norte americano.Nasceu em Chicago e se formou como bacharel na Universidade Harvard no ano de 1906, recebendo o doutorado na Universidade de Chicago em 1909. Em 1917 pesquisou o Tagalog e outros idiomas extensivamente, e na década de 1920 trabalhou no agrupamento dos idiomas Nativos americanos. Teve um papel fundamental ao fundar a SociedadeLinguística da América, em 1924. Bloomfield é mais conhecido pelo seu compromisso com a linguística como uma ciência independente, e sua insistência no uso de procedimentos científicos.

No início de sua carreira foi influenciada pelo Behaviorismo, uma escola psicológica baseada no estudo objetivo do comportamento. Ele fundamentou seu trabalho, especialmente pela aproximação do significado com os princípios behavioristas. Seu trabalho principal, Language (Linguagem) (1933), é considerado por muitos como o texto clássico de linguística estrutural, também tida com o próprio estruturalismo. O livro sintetizou a teoria e prática de análise linguística. Na verdade, Bloomield, junto com Edward Sapir foi um precursor do Estruturalismo Americano.Seguido por seu discípulo ZelligHarris, foi quem orientou Noam Chomsky Noam em sua tese de doutorado em linguística no ano de 1955, na Universidade da Pensilvânia. Chomsky, por sua vez, colocou em xeque todo o fundamento da linguística estrutural desenvolvida por Bloomfield, opondo à visão behaviorista deste, uma visão menta lista da língua.

(...) A Linguística nasceu da Filologia e dela não pode prescindir. Só agora, depois dos estruturalismos, vem reivindicando lugar à parte e superior. Mas aqui e noutros países já se entendeu por Filologia o estudo científico da língua, ficando o texto em segundo plano. E filólogo era o especialista que tratava da língua, um como gramático mais categorizado, menos severo, mais arejado, com nível, atitude e métodos científicos. Hoje isto é matéria do linguista, quando maneja a Linguística Aplicada. (MELO, 1981: p.10).

Deduz – se que o papel do filólogo não se difere do papel do linguista, daí a confusão no que diz respeito às diferenças no estudo da língua e da linguística.

CONSIDERAÇOES FINAIS

O estruturalismo de Saussure foi um grande corte com as tradições linguísticas anteriores, ampliando os conhecimentos dos linguistas que assim tiveram novos subsídios teóricos para formular seus próprios métodos.

A corrente teórica acerca da lingüística moderna foi de grande valia para a elucidação do fenômeno humano que é a linguagem.Esta corrente estabeleceu novos métodos de análise e estudo dentro da ciência da linguística, exercendo ainda hoje um papel de suma importância no estudo da linguística. A linguística representa hoje um campo aberto e em contínuarenovação, cujos estudos, a partir de perspectivas diferentes, contribuem para a construção de modelos cada vez mais amplos que considerem os elementos constituintes do fenômeno linguístico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PAVEAU, Marie-Anne & SARFATI, Georges-Elia. As grandes Teorias da Linguística:da Gramática Comparada à Pragmática. São Carlos, Clara Luz, 2006.

WEEDWOOD, Bárbara. A linguística no século XX. In: História concisa da linguística. (tradução de Marcos Bagno) São Paulo, Parábola Editorial, 2002.

LEPSCHY, C. G. A linguística estrutural. São Paulo: Perspectiva, 1975.

LEROY, M. As grandes correntes da linguística moderna. Rio de Janeiro: Cultrix, 1971.

SAUSSURE, F. de. Curso de lingüística geral. São Paulo: Cultrix, 1969.

O que é o estruturalismo na linguística?

Corrente teórica da linguística baseada nos princípios do Cours de Linguistique Générale (1916) de Ferdinand de Saussure, que se desenvolveu na Europa e nos Estados Unidos da América a partir dos anos 30 do século XX.

Que tipo de estudos sobre a linguagem recobrem a designação estruturalismo?

O estruturalismo é um método de estudos das ciências humanas e linguísticas que entende que há uma base estrutural que precisa ser compreendida para se compreender a ciência.

Qual é o método de estudo do estruturalismo?

O método estruturalista é a análise da realidade social baseado na construção de modelos que expliquem como se dão as relações a partir do que chamam de estruturas. A estrutura é um sistema abstrato em que os fatos não são isolados e dependem entre si para determinar o todo.

Qual a principal característica do estruturalismo?

Principais características do estruturalismo: - Entendimento de que o significado é produzido e reproduzido no interior de uma cultura através de várias práticas, fenômenos, ações sociais e atividades que funcionam como sistemas de significação.