1. A construção do navio começa com partes menores, as chapas e perfis. As chapas são placas de aço com cerca de 12 metros de altura por 3 de largura, e espessura mínima de 6 milímetros. Na caldeiraria do estaleiro, são marcadas e cortadas em tamanhos e formatos já definidos em projeto. Os perfis, também de aço, são como vigas que são soldadas às chapas e percorrem todas as suas dimensões para dar resistência 2. Chapas e perfis são soldados e
encaixados, formando um bloco, caixa grande que pesa entre 50 e 300 toneladas e tem várias funções. Por exemplo, se ele for um compartimento de carga, o bloco vai ser mais vazio por dentro e pesará “apenas” 100 toneladas. Se for um quarto, terá um desenho mais sofisticado e receberá depois os móveis feitos na carpintaria do estaleiro. As paredes do bloco têm espaços destinados à passagem de fios e tubulações 3. Com cada bloco finalizado, a construção passa a ser como um jogo de montar. Os
blocos são erguidos e alinhados com guindastes e, seguindo a planta do navio, são soldados uns aos outros. Para dar o acabamento, os pontos de solda são lixados com uma máquina e a estrutura é jateada com granalhas – bolinhas de aço que tiram as rugosidades da superfície. Por fim, o navio é revestido com uma tinta anticorrosão 4. A ordem em que os blocos são montados depende da função. A casa de máquinas, por exemplo, costuma ficar na parte de trás do navio – assim, o eixo que liga o motor
à hélice é menor, evitando vibrações indesejadas. Em cima dela fica a casaria, onde estão as cabines e salas de controle. Essa localização é estratégica: como em geral as cargas são retiradas por cima, a casaria fica ali para não atrapalhar o acesso dos guindastes aos porões de carga 5. A parte elétrica funciona com geradores movidos a diesel e um complexo emaranhado de fios que alimentam sistemas de navegação, aquecimento, bombas e, no caso de navios multifuncionais, como os
transatlânticos, até elevadores e piscinas aquecidas. Já os motores principais são movidos a um tipo de óleo combustível chamado bunker, um derivado de petróleo. Já embarcações menores podem ser movidas a diesel Continua após a publicidade 6. Já imaginou quanta sujeira as pessoas produzem em um navio como o Panamax, com até 300 metros de comprimento? O lixo sólido, como papéis e restos de comida, é guardado para ser jogado no lixão em terra firme. Já o xixi e o cocô saem dos banheiros, passam pelo sistema hidráulico do navio e são temporariamente armazenados em tanques especiais. Tudo é jogado no mar, de acordo com rígidas normas de órgãos internacionais Marinheiro de primeiro viagem MAR ADENTRO Uma das estratégias para botar o navio no mar é fazer um dique, que nada mais é que uma piscina seca abaixo do nível do mar. O navio é contruído ali dentro e, quando fica pronto, válvulas são abertas, a água do mar entra e o navio começa a flutuar. Aí é só abrir as comportas e a embarcação está pronta para sair navegando LADEIRA ABAIXO Para embarcações menores, é usado o método de “carreira”. O navio é construído sobre trilhos de aço, que acompanham seu tamanho e ficam em uma área levemente inclinada próxima ao mar. A embarcação é presa por cabos de aço ou freios até ficar pronta. É quando soltam-se as amarras e ela escorrega para o mar Continua após a publicidade
Mundo Estranho, Tecnologia Como se constrói um navio? 1. A construção do navio começa com partes menores, as chapas e perfis. As chapas são placas de aço com cerca de 12 metros de altura por 3 de largura, e espessura mínima de 6 milímetros. Na caldeiraria do estaleiro, são marcadas e cortadas em tamanhos e formatos já definidos em projeto. Os perfis, também […] Superinteressante pelo menor preço do ano!PRORROGAMOS A BLACK FRIDAY! *Acesso digital ilimitado aos sites e às edições das revistas digitais nos apps: Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Placar, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH. **Pagamento único anual de R$52, equivalente à R$1 por semana. Estaleiro é considerado o lugar onde se constroem ou reparam navios ou, ainda, o lugar e o conjunto de meios utilizados na execução de uma obra de construção.[1] Um estaleiro naval é considerado o local onde se constroem, guardam e se desenvolvem grandes reparações em embarcações ou seus derivados, para todos os fins, militares, transporte, polícia, lazer, pesca, como por exemplo, quando se quer “aumentar o tamanho de um navio” (transformando-o como se
costuma dizer, numa quase-nave), divide-se então, ao meio o dito – navio e “se – reconstrói”, com a “ampliação – do – meio”, naturalmente, que depois de muito Cálculo e Matemática, de “exames – em – protótipos e/ou modelos”, se o Projeto é viável ou não. O primeiro estaleiro brasileiro foi construído pelo Barão de Mauá em Niterói, quando o então governo brasileiro fez um empréstimo, a ser pago em onze anos em 1846 para tal finalidade. Teve seu primeiro navio construído em 1850. Até 1961 já
havia construído 72 navios (metade militar e metade civil). Após essa empreitada inicial só em 1950 é que o Brasil realiza mais incentivos através do Governo de Kubitschek. Foi criado o Fundo da Marinha Mercante (FMM). Com esse fundo, o Brasil alcançava em 1972 o segundo parque industrial de navios mercantes do mundo perdendo apenas para o Japão. O Brasil não possuía exportações mundiais como o Japão e dependia exclusivamente das encomendas internas e as dos militares. Sendo assim acaba
saído do cenário mundial. Até hoje os estaleiros brasileiros dependem exclusivamente do FMM e de um tributo específico intitulado Adicional de Frete da Renovação da Marinha Mercante (AFRMM), cobrado sobre os fretes em águas nacionais. Wikipedia O que pode ser construído no estaleiro?Estaleiros são instalações industriais destinadas à construção e ma- nutenção de todos os tipos de embarcações, sejam elas de finalidade militar – fragatas, corvetas, porta-aviões e submarinos, por exemplo – ou finalidade civil – como as embarcações para transporte de carga, de passageiros, turismo, balsas, lanchas, ...
O que costuma ser conservado num estaleiro?A atividade de construção naval em um estaleiro sofreu importantes trans- formações ao longo de sua história e, mesmo com o advento e aperfeiçoa- mento dos métodos industriais de produção, conserva sua principal caracte- rística: o uso de mão de obra intensiva.
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