Quais as consequências de não nos comportamos corretamente no trânsito?

Em setembro ocorre a Semana Nacional do Trânsito, com sete dias dedicados a conscientizar e incentivar as pessoas a serem mais responsáveis no trânsito, seja como motoristas, motociclistas ou como pedestres.

Como você bem deve saber, todos os dias acidentes ocorrem nas ruas e estradas de todo o Brasil, deixando pessoas feridas e, infelizmente em alguns casos, tirando a vida delas. Mas poderia ser diferente se todos agíssemos com mais responsabilidade.

E para dar nossa contribuição nessa campanha, resolvemos fazer uma lista com as atitudes mais irresponsáveis que alguém pode ter no trânsito. Lembre-se: no trânsito não existe isso de “é só dessa vez”, um erro pode afetar a vida de muitas pessoas.

Confira a lista abaixo

1 - Desrespeitar a sinalização

As placas estão lá por duas razões muito importantes: orientar sobre as regras de trânsito de uma determinada localidade e contribuir para um transporte seguro. Mas isso se torna inviável se você ignorar a mensagem estão passando.

Deixar de parar antes de entrar numa via ou ultrapassar os limites de velocidade pode ter consequências graves para todos. Sendo assim, nunca deixe de conferir e respeitar as placas das ruas, avenidas e estradas pelas quais você passa.

2 - Deixar de sinalizar manobras

A gente sabe que às vezes o trânsito é muito intenso, exigindo muito da nossa coordenação ao volante. Mas isso não é desculpa para deixar de indicar adequadamente quando vai fazer uma curva ou quando vai parar.

Uma seta que você esquece de dar antes de virar pode dar início a um acidente. Quando a segurança de todos está em suas mãos, não dá para esquecer ou deixar de sinalizar.

3 - Ficar mexendo ou falando ao celular

Quando estiver no trânsito, suas duas mãos devem ficar no volante. Afinal, se algum imprevisto acontecer, você vai precisar de ambas para assumir o controle da situação. Sabemos que algumas mensagens ou ligações podem ser importantes, mas elas podem esperar. Se for o caso, estacione o carro para responder.

O mesmo vale para os pedestres. Nada de atravessar a rua enquanto mexe no smartphone e nem de ouvir música tão alto a ponto de não conseguir ouvir um carro ou uma moto buzinando.

4 - Ignorar as regras de ultrapassagem

Na rua ou na estrada, realizar a ultrapassagem de um veículo é algo que deve ser feito com muito cuidado. Como vários fatores precisam ser levados em conta durante a ultrapassagem (velocidade, posição, espaço, etc.), os condutores dos veículos precisam estar com toda a sua atenção voltada para a situação.

Um pequeno deslize coloca em risco a segurança de todos.  

5 - Deixar de se proteger adequadamente

Tudo que foi dito até agora serve para garantir a sua segurança, mas algumas pessoas parecem se esquecer até mesmo do básico. Acidentes devem ser evitados a todo custo, mas, se por algum acaso, eles acontecerem, é bom que você esteja bem protegido.

Não tem problema se o cinto de segurança deixa a sua roupa amassada, se você vai atrasar por esperar o semáforo para pedestres ficar verde ou se o capacete desarruma seu cabelo, são problemas pequenos se comparados a tudo que pode acontecer num acidente.

6 - Não fazer a manutenção do seu veículo

Muitos acidentes acontecem por conta de freios, aceleradores e faróis que não estão funcionando corretamente. Os cuidados para um trânsito mais seguro devem começar antes mesmo de você colocar seu carro ou sua moto nas ruas.

Ouviu algum barulho estranho ou notou que alguma peça não está funcionando como deveria? Não deixe para depois, leve seu veículo para o conserto quanto antes.

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Com a sua ajuda, o trânsito pode ser um lugar mais seguro para todos!

Campo Grande (MS) - Nos últimos anos, o trânsito tem se tornado um dos fatores mais preocupantes da sociedade. O crescimento da frota, a falta de tolerância, de consciência, está na maioria das vezes acompanhados de buzinas, discussões, crises nervosas, deixando cada vez mais as pessoas vulneráveis ao estresse, o que ocasiona um desgaste físico e mental.

O que devemos levar em consideração é que o ato de dirigir, vai muito além da habilidade motora, envolve também regras de comportamento. O motorista deve ser capaz de ajustar seus sentimentos e habilidades, para encontrar um ponto de equilíbrio em situações atípicas no trânsito.

Segundo o psicólogo Renan Soares Junior - especialista em psicologia do Trânsito, o comportamento das pessoas no trânsito é igual ao comportamento em qualquer outro ambiente social. “A personalidade não muda em decorrência do ambiente, a personalidade da pessoa em casa, no trabalho, no trânsito é a mesma, os valores são os mesmos. Ela vai se comportar sempre tendo os mesmos valores morais e as mesmas questões éticas sendo colocadas, a diferença é que as vezes no trânsito ela se sente mais pressionada e essa agressividade aflora”, explica.

Diante desta pressão

Ainda de acordo com Renan, hoje as pessoas têm menos contato direto, quando estão na rua o trânsito se torna apenas um ambiente de passagem, cada um fica isolado no seu veículo. “Esse pensamento leva a pessoa a não ter a visão do seu semelhante, ela não consegue utilizar a empatia, que é a mesma coisa que acontece nas redes sociais por exemplo, ali o indivíduo expõe questões, ofende pessoas, fala o que não teria coragem de falar pessoalmente”, ressalta.

O Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MS) desenvolve ações educativas reforçando a mudança de comportamento, de respeito no trânsito. Com a premissa de que educar para o trânsito é educar para a vida. Sendo que, algumas ações são desenvolvidas desde as séries iniciais nas escolas municipais, estaduais e particulares, com o intuito de formar os futuros motoristas.

“Devemos pensar o coletivo, de como nossas ações vão refletir no coletivo, e esse pensamento está presente em outras questões epidemiológicas, inclusive nesta época, quando discutimos a dengue, ou seja, eu devo cuidar do meu quintal, não só por mim, mas por todos que fazem parte da sociedade”, observa Renan.

Para mudarmos as estatísticas relacionadas a brigas e acidentes de trânsito, devemos nos sensibilizar quanto ao nosso comportamento individual, para gerar uma mudança social, e assim fazermos um trânsito melhor para todos.

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