Quais problemas que mais da metade da população mundial enfrenta e por quê?

Embora a taxa global de pobreza tenha caído em mais de metade desde 2000, uma em cada dez pessoas nas regiões em desenvolvimento ainda vive com menos de 1,90 dólar por dia (valor fixado para definir as pessoas que vivem na pobreza extrema) e milhões de outras vivem com pouco mais do que esta quantia diária. Registaram-se progressos significativos em muitos países do Leste e Sudeste da Ásia mas, ainda assim, 42% da população da África subsariana continua a viver abaixo do limiar de pobreza.

Quais problemas que mais da metade da população mundial enfrenta e por quê?
Mensagens de pessoas com ideias para acabar com a pobreza. A iniciativa faz parte de uma campanha da ONU. Foto: Banco Mundial/ Simone D. McCourtie

O que é pobreza?

A pobreza envolve mais do que a falta de recursos e de rendimento que garantam meios de subsistência sustentáveis. A pobreza manifesta-se através da fome e da malnutrição, do acesso limitado à educação e a outros serviços básicos, à discriminação e à exclusão social, bem como à falta de participação na tomada de decisões.

Hoje, mais de 780 milhões de pessoas vivem abaixo do Limiar Internacional da Pobreza (com menos de 1,90 dólar por dia). Mais de 11% da população mundial vive na pobreza extrema e luta para satisfazer as necessidades mais básicas na esfera da saúde, educação e do acesso à água e ao saneamento. Por cada 100 homens dos 25 aos 34 anos, há 122 mulheres da mesma faixa etária a viver na pobreza, e mais de 160 milhões de crianças correm o risco de continuar na pobreza extrema até 2030.

Números:

  • 783 milhões de pessoas vivem abaixo do Limiar Internacional da Pobreza de 1,90 dólares por dia.
  • Em 2016, quase 10% dos trabalhadores e famílias viviam com menos de 1,90 dólares por pessoa por dia.
  • A maioria das pessoas que vive abaixo do Limiar Internacional da Pobreza vive em duas regiões: a Ásia meridional e a África subsaariana.
  • As altas taxas de pobreza são frequentemente encontradas em países pequenos, frágeis e afetados por conflitos.
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Uma criança usa sandálias demasiado grandes para o seu tamanho. Foto: Banco Mundial/Mano Strauch

Pobreza e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)

  • Acabar com a pobreza em todas as suas formas é o primeiro dos 17 Objetivos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. 
  • A principal referência dos ODS para combater a pobreza é feita na meta 1.A: “Garantir uma mobilização significativa de recursos de uma variedade de fontes, inclusive através do reforço da cooperação para o desenvolvimento, proporcionando meios adequados e previsíveis para que os países em desenvolvimento (em particular, os países menos desenvolvidos) possam implementar programas e políticas para acabar com a pobreza em todas as suas dimensões.”
  • Caso não sejam tomadas medidas para melhorar a saúde e a educação até 2030, cerca de 167 milhões de crianças vão viver na pobreza extrema.
  • Os ODS pretendem criar estruturas de políticas sólidas a nível nacional e regional, com base em estratégias de desenvolvimento favoráveis ​​aos pobres e sensíveis ao género. Um dos objetivos passa por, até 2030, garantir que todos os homens e mulheres tenham direitos iguais e acesso aos serviços básicos, à propriedade, recursos naturais, novas tecnologias e serviços financeiros como o microfinanciamento.
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Um homem canta e toca o acordeão nas ruas da Arménia. Foto: Banco Mundial/Yuri Mechitov

Medindo a pobreza

Nas últimas décadas, houve um progresso acentuado na redução da pobreza em todo o mundo. De acordo com as estimativas mais recentes, em 2013, 10,7% da população mundial vivia com menos de 1,90 dólar por dia, em comparação com os 35% em 1990 e os 44% em 1981.

Acabar com a pobreza está ao nosso alcance. Em abril de 2013, o Banco Mundial estabeleceu uma nova meta para acabar com a pobreza: que não haja mais de 3% da população mundial a viver com apenas 1,90 dólares por dia até 2030. Medir a pobreza e avaliar a eficácia dos programas que a combatem, é essencial para encontrar estratégias e soluções duradouras.

Ação Global

A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável promete não deixar ninguém para trás. Cumprir esta ambiciosa agenda de desenvolvimento requer a execução de políticas extraordinárias para um crescimento económico sustentável, inclusivo e equitativo, suportado pelo emprego digno, pela integração social, diminuição da desigualdade e pelo aumento da produtividade. Na Agenda 2030, o Objetivo 1 reconhece que acabar com a pobreza em todas as suas formas e em todos os lugares é o maior desafio que o mundo enfrenta e um requisito indispensável para o desenvolvimento sustentável.

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A fotografia mostra um homem à frente da sua casa improvisada, na Eslováquia . Foto: Banco Mundial/Mano Strauch

A persistência da pobreza extrema continua a ser uma grande preocupação no continente africano, nos países em desenvolvimento, nos Estados insulares e em países em situação de conflito.

À luz destas preocupações, a Assembleia Geral, durante a septuagésima segunda sessão, decidiu proclamar a “Terceira Década das Nações Unidas para a Erradicação da Pobreza (2018 – 2027) ”. O objetivo é o de apoiar, de maneira eficiente e coordenada, as metas de desenvolvimento relacionadas à erradicação da pobreza, também consagrada nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Departamento de Assuntos Económicos e Sociais

Em 1995, a Cimeira Mundial para o Desenvolvimento Social, realizada em Copenhaga, identificou três questões centrais que podem contribuir para a construção de sociedades seguras, justas, livres e harmoniosas, com oportunidades e padrões de vida mais elevados: a erradicação da pobreza, a criação de empregos e a integração social.

Dentro do sistema das Nações Unidas, a Divisão de Políticas Sociais e Desenvolvimento (DSPD) do Departamento de Assuntos Económicos e Sociais (DESA) atua como Ponto Focal para a Década das Nações Unidas para a Erradicação da Pobreza. Esta divisão realiza atividades que auxiliam os governos na implementação efetiva dos compromissos adotados na Declaração de Copenhaga sobre Desenvolvimento Social e das iniciativas sobre o Desenvolvimento Social, aprovadas na 24ª Sessão Extraordinária da Assembleia Geral.

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Retrato de três crianças., Índia. Foto: Banco Mundial / Curt Carnemark

Dia Internacional da Erradicação da Pobreza

Através da resolução 47/196, adotada em 22 de dezembro de 1992, a Assembleia Geral declarou 17 de outubro como o Dia Internacional da Erradicação da Pobreza.

A celebração do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza remonta a 17 de outubro de 1987. Neste dia, mais de cem mil pessoas reuniram-se em Paris, onde foi assinada a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) para homenagear as vítimas da pobreza, violência e fome. Neste dia a pobreza foi proclamada como uma violação dos direitos humanos. Desde então, pessoas de todas as origens e crenças juntam-se, nesse mesmo dia, para renovar o seu compromisso e solidariedade para com os mais pobres.

O que mais da metade da população mundial enfrenta?

O bem-estar de centenas de milhões de pessoas está a ser comprometido pelo aumento de tempestades de areia, incêndios florestais, quebras de produção agrícola, deslocamentos e conflitos. Nos meados deste século, três quartos das pessoas poderão estar a viver em situação de seca.

Quais são as principais consequências que a população do Brasil enfrenta por ter uma média de apenas 53 2 do esgoto coletado nas residências do país?

Consequência da falta de saneamento básico: riscos à saúde da população. As doenças com maiores incidências devido a exposição a esses ambientes são: Leptospirose, Disenteria Bacteriana, Esquistossomose, Febre Tifóide, Cólera, Parasitóides, além do agravamento das epidemias tais como a Dengue.

Quais são os problemas causados pela falta de saneamento básico?

Em sua maioria, as patologias estão relacionadas ao contato com a água contaminada, seja pela ausência de abastecimento de água potável ou de coleta e tratamento do esgoto. O esgoto residencial é composto por uma mistura da água proveniente dos banhos, da limpeza de louças e roupas e da descarga do vaso sanitário.

Quantas pessoas no mundo não tem acesso à saúde?

ONU destaca que metade da população mundial não tem acesso a serviços de saúde. Mais de 800 milhões de pessoas, quase 12% da população mundial, gastaram pelo menos 10% dos seus orçamentos familiares para pagar os cuidados de saúde.