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Pré-visualização | Página 4 de 10oxidação de ácidos graxos (Burke et al., 2011). Conclusão, devemos priorizar carboidratos de baixo índice glicêmico Objetivo1: indivíduos suscetíveis à queda da glicemia não devem ingerir carboidratos de alto índice glicêmico para evitar a Hipoglicemia Reativa. Objetivo 2: níveis elevados de insulina inibem a Lipólise, o que reduz a mobilização de ácidos graxos livres do tecido adiposo, e, ao mesmo tempo, promovem aumento do catabolismo dos carboidratos. Isto contribui para a depleção prematura do glicogênio e fadiga precoce. OBS: o consumo de alimentos muito doces também pode provocar, enjoos e diarreia. Recomendações durante o exercício Quantidade: 30-60g de carboidrato/hora (ADA, 2009; Driskell, 2000); 0,7g de carboidrato/kg/hora (ADA, 2009). Objetivo 1: manter o suprimento de 1g de carboidrato/minuto, retardando a fadiga em, aproximadamente, 15-30 min, por poupar os estoques de glicogênio. Objetivo 2: manter a glicemia, prevenindo dores de cabeça, náuseas, etc. “A Gliconeogênese pode suprir glicose numa taxa de apenas 0,2-0,4g/min, quando os músculos podem estar consumindo glicose a uma taxa de 1-2g/min” (Powers & Howley, 2000). 12 “A suplementação de carboidratos durante o exercício é muito eficiente na prevenção da fadiga, porém deve ser ingerida durante todo o tempo em que a atividade está sendo realizada ou, pelo menos, 35 minutos antes da fadiga devido à velocidade do esvaziamento gástrico” (El-Sayed et al.,1995). Quando o consumo de carboidratos durante o exercício se faz necessário? “Após 2 horas de exercício aeróbio de alta intensidade poderá haver depleção do conteúdo de glicogênio do fígado e especialmente dos músculos que estejam sendo exercitados” (Burke & Deakin, 1994; Mcardle, 1999) Segundo Bucci (1989), o consumo de carboidratos durante a atividade física só aumentará efetivamente o rendimento se a atividade for realizada por mais de 90 minutos a uma intensidade superior a 70% do VO2 máx. De acordo com Driskell (2000) o consumo de carboidrato parece ser mais efetivo durante atividades de endurance que durem mais de 2 horas. O consumo de carboidratos durante o exercício parece ser ainda mais importante quando atletas iniciam a atividade em jejum, quando estão sob restrição alimentar visando a perda de peso ou quando os estoques corporais de carboidratos estejam reduzidos ao início da atividade (Neufer et al., 1987; ADA, 2009). Nestes casos, a suplementação de carboidratos pode aumentar o rendimento durante atividades com 60 minutos de duração. Qual a melhor fonte de carboidrato a ser utilizada durante o exercício? “Muitos estudos demonstram que glicose, sacarose e maltodextrina parecem ser igualmente efetivos em melhorar a performance” (Driskell, 2000). Segundo a ADA (2009), o consumo durante o exercício deve ser, preferencialmente, de produtos ou alimentos com predominância de glicose; a frutose pura não é eficiente e pode causar diarreia, apesar da mistura glicose com frutose ser bem tolerada. Burke et al. (2011) sugerem que produtos contendo blends de diferentes tipos de carboidratos podem maximizar a absorção deste nutriente. Segundo Jeukendrup (2004) isso se deve ao fato de combinações de carboidrato utilizarem diferentes transportadores para absorção intestinal, o que parece resultar em taxas de oxidação de 20 a 50% mais elevadas. Já o ACSM (2016) considera prematuro este tipo de recomendação. Recomendações pós-exercício Quantidade: 1,0 a 1,5g de carboidrato/kg de peso nos primeiros 30 minutos e novamente a cada 2 horas, durante as 6 horas que sucedem o término do exercício (ADA, 2009). Objetivo: facilitar a ressíntese de glicogênio. Segundo Williams (1999) durante 24 horas, a taxa de recuperação do glicogênio é de aproximadamente 5- 7%/hora. MAIS RECENTEMENTE: 1,0 a 1,2g de carboidrato/kg de peso/h, durante as 4-6 horas que sucedem o término do exercício (ACSM, 2016). Qual o melhor intervalo de tempo para o consumo de carboidrato após o exercício? O consumo de carboidrato dentro da “janela da oportunidade” (nas primeiras 2 horas) resulta em um aumento significativamente maior dos estoques de glicogênio. Assim, o não consumo de carboidrato na fase inicial do período de recuperação pós-exercício retarda a recuperação do glicogênio (Ivy et al., 1988). Respeitar este intervalo será importante quando existir um intervalo de 6-8 horas entre sessões, mas terá menos impacto quando existir um período grande de recuperação (24-48 horas). Segundo a ADA (2009) para atletas que treinam intensamente em dias alternados, o intervalo de tempo ideal para ingestão de carboidrato parece ter pouca importância, quando quantidades suficientes de carboidrato são consumidas nas 24 horas após o exercício. Razões para uma mais rápida recuperação das reservas de glicogênio, mediante o consumo de carboidrato logo após o término do exercício: maior fluxo sanguíneo para os músculos, aumentando a captação de glicose pela célula muscular; 13 maior sensibilidade dos receptores celulares de insulina, promovendo maior influxo de glicose e síntese de glicogênio; maior atividade da enzima glicogênio sintase, favorecendo o acúmulo de glicogênio na célula. CONCLUSÃO: RECOMENDAÇÕES ANTES, DURANTE E APÓS OS TREINOS Estratégias para reposição aguda Situação Recomendação Recomendações gerais Treino com duração < 90min 7 a 12g/kg durante 24h Carga de carboidrato Treino intermitente > 90min 10 a 12g/kg/dia durante 36 a 48h Rápida reposição Quando houver < 8h de recuperação entre sessões que demandem reposição 1 a 1,2 g/kg/h durante as primeiras 4h que sucederem o término do treino Reposição antes dos treinos > 60min antes do treino 1 a 4g/kg consumidas de 1 a 4h antes do treino Durante os treinos < 45min Não é necessária Treino de alta intensidade com duração 45 a 75min Pequenas porções incluindo bochechos(*) Treino de endurance 30 a 60g/h Exercício de ultra endurance com duração > 2,5 a 3h Até 90g/h Fonte: Burke et al., 2011; ACSM, 2016. BOCHECHOS DE CARBOIDRATO Bochechos de carboidratos têm sido sugeridos como uma das estratégias para reposição energética durante a atividade física. Em geral os estudos testam bochechos de soluções contendo cerca de 6% de carboidratos, durante 5 segundos (Carter, Jeukendrup, Jones, 2004; Rollo et al., 2008). Entretanto, ainda precisa-se investigar mais: a) quais seriam as respostas frentes à soluções contendo maiores concentrações de carboidrato?; b) quais seriam as respostas obtidas com bochechos mais longos?; c) os bochechos são mais ou menos eficientes do que a deglutição das soluções?; d) qual a interferência da periodicidade dos bochechos para obtenção de melhores resultados? SINCLAIR J et al. The effect of diferente durations of carbohydrate mouth rinse on cycling performance. European Journal of Sports Science, v. 14, n. 3, p. 259-264, 2014 Resultado: ciclistas percorreram distância maior quando uma solução contendo 6,4% de carboidratos esteve na boca por 10 segundos versus 5 segundos. Leitura complementar sugerida: POTTIER A et al. Mouth rinse but not ingestion of carbohydrate solution improves 1-h cycle time trial performance. Scand J Med Sci Sports, v. 20, p. 105-111, 2010. Portaria no 222 de 24 de março de 1998 Resolução no 18 de 27 de abril de 2010 Repositores Energéticos para Atletas Suplementos Energéticos para Atletas Definição: produtos formulados com nutrientes que permitam o alcance e ou manutenção do nível apropriado de energia para atletas. Definição: produtos destinados a complementar as necessidades energéticas. Carboidratos: Como recuperar o glicogênio muscular?Alguns alimentos auxiliam na reposição do glicogênio muscular. Isso é possível por meio da ingestão de frutas como banana, manga e melão, assim como mandioca, arroz, pão, aveia, batata-doce, massas e batata inglesa — são várias as opções de alimentos que fornecem o carboidrato.
Quais são os fatores que influenciam na reposição dos estoques de glicogênio muscular?A velocidade de reposição de glicogênio imediatamente após o exercício prolongado portanto é modulada por três estímulos primários que aumentam a captação de glicose pela célula muscular esquelética: a própria contração muscular, a concentração de insulina e a disponibilidade de carboidratos (CARTEE et al., 1989; ...
Qual componente alimentar promove a rápida recuperação dos estoques de glicogênio?Carboidrato é o principal substrato energético do músculo durante a atividade física, utiliza reservas de glicogênio hepáticas ou musculares como fonte de energia.
Qual o principal nutriente para a recuperação do glicogênio muscular?Após o exercício, o fornecimento de carboidratos tem objetivo de fornecer energia para a restauração do glicogênio muscular e hepático e proporcionar uma rápida recuperação dos estoques de energia.
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