Quais são os critérios para um esporte fazer parte dos Jogos Olímpicos *?

Quais são os critérios para um esporte fazer parte dos Jogos Olímpicos *?
Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

História

Na classificação das grandes invenções da humanidade, o arco e flecha ocupa posição de destaque. Com registros que remontam à Pré-História, essa ferramenta permitiu ao homem ampliar a capacidade de caça e, posteriormente, mudou a forma dos combates nas guerras, passando a ser utilizada como uma das principais armas durante séculos.

Com a descoberta da pólvora e o desenvolvimento de armas mais poderosas, o arqueirismo se transformou em esporte e passou a ser praticado em vários países. Em 1828, foi fundada, nos Estados Unidos, a Associação Nacional de Arquerismo, que, em 1879, organizou o primeiro Campeonato Americano da modalidade. Em 1884, realizou-se o 1º Campeonato Inglês de Tiro com Arco.

Em 1930, foi fundada a Federação Internacional de Tiro com Arco (FITA), que agiu rápido e organizou no ano seguinte o primeiro Campeonato Mundial, na Polônia.

Na trajetória dos Jogos Olímpicos, o arco e flecha foi incluído na disputa muito antes da fundação da FITA. Na edição de Paris, em 1900, houve competição da modalidade pela primeira vez, tendo se repetido nos Jogos de St. Louis-1904, Londres-1908, e Antuérpia-1920. Entre os anos de 1924 e 1968, o tiro com arco deixou de fazer parte do programa olímpico, tendo retornado apenas em 1972, em Munique, de forma permanente até os dias de hoje.

O tiro com arco chegou ao Brasil na década de 1950, pelas mãos de Adolpho Porta, um comissário de vôo da Panair do Brasil. À época, ele estava baseado em Lisboa, onde se encantou pelo esporte. Em 1955, quando retornou ao Brasil, desembarcou no Rio de Janeiro trazendo na bagagem alvos, arcos e flechas, além de um regulamento da Federação Internacional.

Em 19 de novembro de 1958, foi fundada a Federação Metropolitana de Arco e Flecha, no Rio de Janeiro. Em 1991, nasceu a Federação Brasileira de Tiro com Arco, mas a primeira participação do Brasil em Olimpíadas ocorreu bem antes disso, em 1980, nos Jogos de Moscou.

A disputa

O campo de competição deve ser plano e sem obstáculos para os arqueiros. Somente esse tipo de categoria (outdoor) e o arco recurvo ou olímpico fazem parte dos Jogos Olímpicos e Pan-Americanos. Nas Olimpíadas, ocorrem disputas apenas na prova FITA Olympic Round – 70m individual e por equipes, no masculino e no feminino.

Curiosidades

Robin Hood

O lendário herói da Idade Média empresta seu nome a uma das jogadas mais raras do tiro com arco: aquela em que o atleta consegue acertar a parte de trás de uma flecha que já está fincada no alvo e, assim, partir a flecha em questão. Quando isso ocorre, a jogada é chamada de Robin Hood e o atleta pode levar a flecha para casa para guardá-la como troféu de seu feito.

Recorde de medalhas

O belga Hubert Van Innis detém o recorde de medalhas conquistadas no tiro com arco em Olimpíadas. Nos Jogos de Paris-1900, ele faturou duas medalhas de ouro e uma da prata. Vinte anos depois, nas Olimpíadas da Antuérpia, em 1920, conquistou quatro medalhas de ouro e duas de prata.

Domínio coreano

Os atletas da Coreia do Sul dominam o tiro com arco no cenário internacional. Das quatro medalhas de ouro em disputa nas Olimpíadas de Londres-2012 (FITA Olympic Round – 70m individual e por equipe, masculino e feminino), os coreanos faturaram três.

 

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Acesse também

Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTArco)
Site: www.cbtarco.org.br
E-mail:
Federação Internacional de Tiro com Arco: www.worldarchery.org

Como já sabemos, nem todo esporte é olímpico. Quem decide se uma modalidade pode ou não ser considerada olímpica é o COI (Comitê Olímpico Internacional), que tem adotado políticas mais flexíveis para a inclusão de novos esportes na competição.

Redação TorcedoresTextos publicados pela Redação do Torcedores.com.Contato:

Categoria: Esportes Olímpicos

Quais são os critérios para um esporte fazer parte dos Jogos Olímpicos *?

Crédito: Crédito da foto: Divulgação/Rio 2016

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De acordo com a Carta Olímpica, um esporte só pode participar dos Jogos se este, após ser recomendado pela Comissão três anos antes da próxima competição, obtiver um maior número de votos na Sessão da COI. Porém, para que a inclusão da modalidade seja aprovada, o Comitê considera diversos critérios. Listamos os mais recentes deles, que serão analisados para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020:

  1. Atratividade do esporte para os veículos de comunicação.
  2. Relação que o esporte possui com o país sede da competição (por exemplo, há uma grande possibilidade de Tóquio 2020 ter a participação do beisebol e do softbol, por ser muito popular no Japão).
  3. Valor que o esporte acrescenta para a população.
  4. Interesse que o esporte desperta na mídia e no público em geral.
  5. Apelo da juventude.
  6. Igualdade de gênero.
  7. Mínimo impacto do esporte sob a infraestrutura da competição e a complexidade dos custos operacionais.
  8. O esporte precisa ser regido por uma Federação Internacional (que é o núcleo de cada modalidade, como a aquática por exemplo, que rege todos os esportes praticados na água).
  9. O esporte deve ser praticado na maioria dos países do mundo.
  10. O esporte deve seguir as regras do Código Mundial Anti-Doping, e respeitar a Carta Olímpica.

Além disso, para evitar um número gigantesco de modalidades e consequentemente de atletas – inviabilizando a organização dos Jogos -, a COI estabelece uma hierarquia de esportes, disciplinas e eventos.

Diante dessas considerações, todos nos perguntamos o porquê de o futsal não ser considerado um esporte olímpico. A resposta é: política. Por trás de todo o critério e burocracia, os negócios impedem que um esporte praticado quase no mundo todo esteja presente na competição. Isso porque a COI só aceita a inclusão do futsal, caso as seleções principais disputem o futebol de campo nas Olimpíadas – o que hoje não acontece por determinação da Fifa, que autorizou a participação de apenas três atletas acima de 23 anos nos Jogos, com o objetivo de não ofuscar a Copa do Mundo.

Após a determinação das novas regras regidas pela Comissão em julho de 2007, Golfe e Rugby retornaram para as Olimpíadas Rio 2016, totalizando 42 modalidades olímpicas para esta edição, que são:

Atletismo;  Badminton; Basquetebol; Boxe; Canoagem (canoagem slalom e canoagem velocidade);  Ciclismo (ciclismo BMX, ciclismo de estrada, ciclismo de pista e ciclismo montain bike); Esgrima; Futebol; Ginástica (ginástica artística, ginástica rítmica e ginástica de trampolim); Golfe; Handebol; Levantamento de Peso (Halterofilismo); Hipismo (hipismo adestramento, hipismo CCE e hipismo salto); Hóquei sobre grama; Judô; Luta Olímpica (estilo livre e luta greco-romana); Maratonas aquáticas; Natação; Nado Sincronizado;    Saltos Ornamentais; Pólo Aquático; Pentatlo Moderno; Remo; Rugby; Taekwondo; Tiro com arco; Tiro Esportivo; Tênis; Tênis de Mesa; Triatlo; Vela; Voleibol; e Vôlei de Praia.

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Quais são os critérios para um esporte fazer parte das Olimpíadas?

Basicamente, um esporte é considerado olímpico se for praticado por homens em 75 países, no mínimo, e em quatro continentes. Já no caso das mulheres, se é praticado em 40 países, no mínimo, e em três continentes.

Como um jogo se torna um esporte?

O jogo é uma atividade recreativa e suas regras podem ser criadas ou modificadas pelos próprios participantes. O esporte é uma atividade física institucionalizada, com objetivos lúdicos ou profissionais, e que possui regras definidas por instituições regulamentadoras. É uma atividade espontânea e de regras flexíveis.

O que são necessários para uma modalidade esportiva?

O esporte precisa ser regido por uma Federação Internacional (que é o núcleo de cada modalidade, como a aquática por exemplo, que rege todos os esportes praticados na água). O esporte deve ser praticado na maioria dos países do mundo.

Quais os três critérios para participar dos Jogos Olímpicos antigos?

Só podiam participar dos Jogos Olímpicos cidadãos nascidos em alguma das cidades-estado que formavam a Grécia Antiga. Eram proibidos de competir os estrangeiros, chamados de bárbaros, os escravos e as mulheres.