Qual a diferença da páscoa judaica para a páscoa cristã

A festa da Páscoa (do hebraico Pessach, que significa passagem) é a mais importante do ano, tanto para os cristãos quanto para os judeus. Contudo, você sabia que as duas religiões a celebram por motivos e em datas diferentes?

Para os judeus, ela representa a travessia pelo Mar Vermelho, quando o povo liderado por Moisés passou da escravidão do Egito para a liberdade na Terra Prometida. A Páscoa judaica tem início na primeira lua cheia do equinócio de outono (hemisfério sul).   Já para os cristãos, a Páscoa tem um sentido mais metafísico e ocorre no primeiro domingo de lua cheia do mesmo equinócio. “Ela representa a passagem de Cristo pela morte”, afirma o teólogo Fernando Altmeyer Júnior, da PUC de São Paulo, referindo-se à ressuscitação de Jesus no terceiro dia após a sua crucificação.

Segundo Altmeyer, a Páscoa cristã recebeu o nome da comemoração judaica porque a Paixão de Cristo aconteceu no início do Pessach – a festa judaica dura sete dias em Israel e oito em outros lugares. A cerimônia conhecida como Última Ceia teria sido um Seder, o tradicional jantar realizado na véspera do início da Páscoa judaica.

Apesar de receberem o mesmo nome mesmo com origens diferentes, ambas, porém, tem um sentido em comum. Tanto para judeus quanto14 para cristãos, a Páscoa é uma data marcante porque significa a vitória sobre a dor e reativa a esperança por uma vida melhor. Em tempos tão atribulados, individualistas e de mitos passageiros, ambas ensejam a união e o encontro familiar, seja pela fé ou pela tradição.

Fonte: MetrôNews, Oi Educa, Revista Superinteressante

Entendendo a Páscoa

Embora ambos os feriados religiosos ocorram na mesma época na primavera, não há muitas semelhanças verdadeiras entre a Páscoa (Pessach) e a Páscoa cristã. A Páscoa (Pessach), para os judeus, é um momento de lembrança e celebração comunal de quando Deus libertou os israelitas da escravidão do Egito. Grande parte da celebração, incluindo a refeição do Seder da Páscoa, é altamente simbólica do evento em Êxodo. Antes de Deus ferir todos os primogênitos do Egito, Ele prometeu “passar por cima” das casas daqueles que pintaram o sangue de um cordeiro sacrificado em suas portas. Este relato histórico pode ser encontrado em Êxodo 12.

Um cordeiro melhor

A Páscoa cristã é a celebração da morte de um cordeiro diferente e melhor – Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus. Domingo de Páscoa é quando os cristãos celebram formalmente a ressurreição de Jesus dentre os mortos. No entanto, a boa notícia de que Jesus está vivo é uma verdade que todo o cristão celebra diariamente. Além disso, os cristãos celebram um tipo diferente de Êxodo. Em vez de lembrar nossa libertação da escravidão do Egito, celebramos a libertação da escravidão de nosso próprio pecado através da morte sacrificial de Cristo. Romanos 5:9 diz: “Portanto, já que agora fomos justificados pelo seu sangue, muito mais seremos por ele salvos da ira de Deus”. Qualquer um que colocar sua fé no sacrifício expiatório de Jesus Cristo por seus pecados não perecerá, mas terá a vida eterna (João 3:16).

Liberdade para todos

Devemos orar para que nossos amigos judeus conheçam a verdadeira liberdade e esperança oferecidas em Cristo. Jesus é o maior e melhor Moisés (Hebreus 3:3). Moisés ajudou a tirar o povo do Egito, mas não conseguiu impedi-los de murmurar e se rebelar contra Deus (Hebreus 3:16-17). Só Jesus pode mudar o coração de uma pessoa; Ele já mudou o seu? Se sim, celebre com alegria hoje, querido irmão ou irmã. Se não, “hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações” (Hebreus 3:7). Ele quer te libertar!

Ambas celebram "passagens": a primeira, da morte para a vida; a segunda, da escravidão para a liberdade

sexta-feira, 26 de março de 2021

por Jornal A Voz da Serra

Qual a diferença da páscoa judaica para a páscoa cristã

No próximo domingo, 4 de abril, cristãos e judeus comemorarão — cada um à sua maneira — a solenidade da Páscoa. A Páscoa cristã está associada à ideia de "passagem", no caso, da morte para a vida. A solenidade que celebra a ressurreição de Jesus é a mais importante do cristianismo, mais até do que o Natal, que festeja a encarnação divina através do nascimento de Cristo.

Os judeus ainda se referem à festa pelo seu nome original: Pessach. De origem hebraica, quer dizer ‘passagem’. "É a comemoração da passagem do povo israelita da escravidão no Egito para a libertação da Terra Prometida, através da travessia do Mar Vermelho", sintetizou o rabino Michel Schlesinger, da Confederação Israelita do Brasil (Conib).

Enquanto a Páscoa está centrada na figura de Jesus, a Pessach evoca a memória de Moisés. Foi ele que, segundo o Livro do Êxodo, recebeu de Deus a missão de libertar os hebreus da opressão do faraó e, pelos próximos 40 anos, guiá-los até a Terra Prometida.

"Os cristãos acreditam que Jesus é o Messias. Ele já veio e, um dia, voltará. Nós, judeus, reconhecemos que Jesus foi um rabino que disseminou uma mensagem muito positiva de amor e respeito ao próximo, mas não o consideramos o Messias. Para nós, o Messias ainda não chegou", esclareceu o rabino.

Até o século 4, a mesma data

Em geral, as comemorações da Páscoa e da Pessach não coincidem. Este ano, porém, as festas caem no mesmo dia: 4 de abril. Diferentemente do Natal, que é comemorado sempre no dia 25 de dezembro, a Páscoa é, por assim dizer, uma "festa móvel".

Até meados do século 4, cristãos e judeus comemoravam a Páscoa no mesmo dia. Mas, se o significado da festa é diferente, por que, então, comemorá-la no mesmo dia? A reivindicação partiu de gentios — os novos convertidos ao cristianismo na Europa e Oriente Médio.

Foi quando, no ano de 325, o Imperador Constantino Magno convocou o Concílio de Niceia. Por unanimidade, a Igreja Católica convencionou festejar a ressurreição de Jesus sempre no primeiro domingo depois da primeira lua cheia ocorrida após (ou no dia) do equinócio da primavera no hemisfério norte, e do outono no hemisfério sul. Ou seja, em geral, depois da Páscoa judaica, que começa a ser celebrada na primeira lua cheia do mesmo equinócio (e pode cair num dia de semana).

Pão ázimo e  ervas amargas

A Páscoa é uma solenidade tão importante que um dia só não basta. Por essa razão, cristãos e judeus levam dias para festejar, respectivamente, a passagem do cativeiro à liberdade e da morte à vida.

Os cristãos marcam a Semana Santa com missas especiais como o lava-pés na quinta-feira, este ano em 1º de abril, e a procissão do enterro na Sexta-Feira da Paixão, 2, dia em que muitos fiéis evitam comer carne vermelha em respeito à morte de Cristo. No domingo, famílias com crianças celebram a tradição da busca por ovos escondidos, adotada de rituais pagãos. Os ovos de Páscoa se tornaram, com o passar do tempo, um dos símbolos mais conhecidos da data.

Já os judeus não podem comer nada feito à base de farinha, como macarrão, pizza ou lasanha. Uma iguaria que não pode faltar à mesa é o pão ázimo, feito só de trigo e água, sem fermento. Conhecida como matzá, simboliza a pressa do povo hebreu ao fugir da escravidão no Egito.

"Durante a Pessach, comemos ervas amargas para lembrar a amargura da escravidão, mas também bebemos vinho para recordar a doçura da liberdade. Não somos nem escravos nem livres. Ainda estamos no caminho", concluiu Michel Schlesinger.

(Fonte: BBC News Brasil | André Bernardo)

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Qual a diferença da Páscoa dos cristãos e dos judeus?

Enquanto a comemoração judaica relembra a passagem do anjo da morte durante a décima praga que possibilitou a libertação dos judeus da escravidão, a Páscoa cristã relembra o sacrifício de Cristo e sua ressurreição, isto é, sua passagem da morte para a vida.

O quê em comum entre a Páscoa judaica e A Eucaristia cristã?

As duas solenidades celebram 'passagens': a primeira, da escravidão para a liberdade, e a segunda, da morte para a vida. No próximo domingo, judeus e cristãos comemorarão - cada um à sua maneira - a solenidade da Páscoa.

Como é a Páscoa dos judeus na Bíblia?

Essa celebração recebeu o nome de Pessach (origem da palavra Páscoa), que em hebraico significa passagem, nesse caso da escravidão à liberdade. O Pessach é festejado no sétimo mês do calendário judaico e é celebrado por 8 dias, antecedendo a Festa dos Pães Ázimos.

O que é Páscoa judeus?

Na cultura judaica, a Páscoa é comemorada em 8 dias de festa e simboliza um dos momentos mais importantes de libertação do povo judeu (por volta de 1250 a.C). Ele faz referência ao êxodo de Israel, após o flagelo das dez pragas do Egito, que ocorreu durante o reinado do faraó Ramsés II, narrado no livro de Êxodo.