Qual a diferença entre gripe e H3N2?

O Hospital Pequeno Príncipe alerta sobre a importância de ficar atento aos sinais e procurar auxílio médico sempre que necessário

Nas últimas semanas, os casos de H3N2 se multiplicaram em todo o país. Ao mesmo tempo, também se registra aumento no número de ocorrências da COVID-19. Com sintomas parecidos, muitos pais e responsáveis por crianças e adolescentes estão em dúvida sobre como agir.

Confira, abaixo, os principais sintomas de cada um desses quadros e algumas dicas importantes do Hospital Pequeno Príncipe para garantir a segurança dos meninos e meninas.

Qual a diferença entre gripe e H3N2?

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Atualizado em (10/01/2022 – 17h53) | Coronavírus, Geral, Notícias

IARA SILVA
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O Brasil enfrenta, atualmente, uma nova onda de Covid-19 agravada pela variante Ômicron, que de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), “não deve ser classificada como leve”. Somado a isto, uma epidemia de gripe, causada pelo vírus Influenza A/ H3N2 vem ganhando força no país. As duas doenças têm formas de transmissão e sintomas parecidos, mas há diferenças importantes entre elas.

O tempo de manifestação dos sintomas é a principal característica para ajudar a diferenciar as duas doenças. Casos de Influenza costumar ser intensos nas primeiras 48 horas após a infecção. Já a Covid-19 tem sintomas mais fortes a partir do quinto ou sexto dia de infecção.

A tosse também é um sinal que pode ajudar na identificação dos vírus. Quando há gripe, a tosse é geralmente seca e para infecções por coronavírus a tosse costuma ser intensa e persistente.

A dificuldade respiratória, um dos sinais de alerta mais preocupantes, é uma característica da Covid-19 e indica que a procura por atendimento médico deve ser feita com urgência. Em casos de gripe, a dificuldade para respirar é mais incomum.

A perda de paladar e olfato também é um sintoma mais presente em pacientes de coronavírus. Pessoas com Influenza não costumam ter dificuldade intensa para sentir gostos e cheiros.

No entanto, é importante ressaltar que a confirmação de uma ou outra doença só pode ser feita por meio da testagem. Por isso, busque atendimento médico para que o quadro possa ser avaliado.

Prevenção

Por terem as mesmas formas de transmissão, ambas doenças dividem também as medidas de prevenção. O uso de máscara, lavagem das mãos e álcool gel continuam sendo as principais armas contra a contaminação.

Ainda não há vacina contra o vírus H3N2, mas a vacina atual contra a Influenza possui grau de proteção e pode ajudar que a infecção não seja agravada. Para a Covid-19, a aplicação do esquema vacinal completo garante proteção contra casos graves da doença e é importante para que a disseminação não seja ampliada.

O Governo do Estado de São Paulo recomenda que o paciente com sintomas respiratórios procure atendimento médico. No caso de usuários do SUS (Sistema Único de Saúde), a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência é o primeiro local a ser procurado.

Tosse, febre, dores de cabeça e nas articulações são sintomas que têm confundido muitas pessoas nas últimas semanas. Os sinais podem ser indicativos tanto de Covid-19 quanto de H3N2, variante do vírus influenza A. As duas doenças respiratórias, por apresentarem muitas semelhanças, podem dificultar o diagnóstico de quem for acometido por um quadro de síndrome gripal.

Para auxiliar no diagnóstico correto, é preciso conhecer os sintomas de cada infecção, além de realizar exames específicos que ajudam nessa identificação. O médico infectologista Renee Oliveira, que atua no PAM Salgadinho, respondeu as principais dúvidas em relação às duas doenças, como sintomas, formas de proteção e população mais afetada.

Como diferenciar os sintomas da Covid-19 e da influenza?

É preciso deixar claro que diferenciar uma doença da outra é difícil, pois os sintomas das duas são muito parecidos. Porém, existem sinais que apresentam uma tendência de serem mais presentes em uma patologia que em outra. Por exemplo, a temperatura mais elevada é mais frequente em casos de gripe, assim como tosse seca, coriza, dores musculares e dores de cabeça. Se os sintomas se arrastam por um tempo mais longo, tende a ser Covid-19, que também tem como sintomas o cansaço e a tosse mais persistente.

Quando o paciente apresenta um quadro forte de síndrome gripal, e principalmente com elevação de temperatura por tempo prolongado (que é indicativo de influenza), é importante fazer a pesquisa para as duas patologias por meio de exames específicos, que vão identificar a presença do SARS-CoV-2 para os casos de Covid-19 ou de algum outro vírus que provoque a influenza A ou B. Os exames são o SWAB (para Covid-19) e o Painel Viral, que busca analisar os vírus respiratórios que causam as síndromes gripais.

O que fazer se houver uma dupla infecção (coinfecção), por gripe e Covid-19?

Quando a pessoa contrai os dois vírus ao mesmo tempo, os sintomas serão simultâneos e não há uma diferenciação muito grande. O paciente pode ter febre alta e súbita, principalmente na influenza, e terá dor no corpo nas duas infecções, tosse e dor nas articulações. Com a nova variante Ômicron, ele pode ter dor de garganta, rinite e/ou sinusite, então, não existe como fazer a diferença apenas pelos sintomas, sem um exame.

A “Flurona”, que é a existência dos dois vírus na mesma pessoa, não é algo difícil de acontecer, pois a via de transmissão é a mesma e a forma de contágio, também. O paciente se contamina pela fala, saliva, contato, objetos contaminados que levam à boca. E sendo infectado pelos dois vírus, vai apresentar sintomas dos dois.

Qual o público mais vulnerável?

Em casos de Covid-19, mas principalmente em casos de gripe, alguns grupos merecem atenção especial. As crianças menores costumam ser mais atingidas pela gripe que pela Covid-19. A sintomatologia nesse público e o quadro clínico podem evoluir de maneira mais preocupante para uma pneumonia, uma otite ou um quadro respiratório mais sério.

Outros dois grupos que também merecem atenção especial são os idosos e as gestantes, tanto para a gripe quanto para a Covid-19, que podem evoluir para quadros mais graves. Com base nisso, evidencio a necessidade e a importância da vacinação, que garante uma proteção para esses grupos que são predispostos a evoluir.

Qual a diferença entre gripe e H3N2?
Foto: Gabriel Moreira/Secom Maceió

Como se proteger tanto da gripe quanto da Covid-19?

A explosão de casos da H3N2 tem uma relação muito próxima com a baixa adesão às medidas de proteção individual e distanciamento social. A diminuição de casos de Covid-19 e o relaxamento dessas medidas mostraram o quanto elas são importantes, pois, por ironia, foi exatamente nesse momento que explodiram os casos de influenza.

O tempo em que ficamos livres de quadros de gripe de intensidade maior denota que a nossa população estava obedecendo as regras de proteção contra a Covid-19. Esses protocolos também foram muito úteis para o vírus da gripe. Quando foram deixadas de lado, tanto a Covid reapareceu com maior intensidade quanto essa nova cepa da influenza. É preciso retomar as medidas de proteção, pois a preocupação é dupla.

Quais são os cuidados necessários, em caso de infecção?

Os cuidados para a recuperação do paciente, nos dois casos, não mudam muito. É necessário o isolamento, o distanciamento social, a higienização das mãos, o uso de máscara, hidratação, repouso e fármacos para aliviar a sintomatologia.

Para casos leves de síndromes respiratórias, os usuários podem procurar as Unidades Básicas de Saúde. Já para quadros mais graves, tanto de gripe quanto de Covid-19, os usuários deve procurar as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs)

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Qual a diferença da Influenza A H3N2?

O vírus H3N2 é uma variante do vírus Influenza A, que é um dos principais responsáveis pela gripe comum e pelos resfriados, sendo facilmente transmitido entre pessoas por meio de gotículas liberadas no ar quando a pessoa gripada tosse ou espirra.

Qual sintoma da nova gripe H3N2?

Sintomas H3N2: quais são? No geral, os sintomas são bem semelhantes com os outros tipos de gripe. Os principais são: febre alta com início agudo, dor de cabeça, dores articulares, constipação nasal e inflamação de garganta e tosse.

Quantos dias dura a gripe H3N2?

Tempo de isolamento após o contágio O tempo de incubação do vírus no organismo é de 2 a 5 dias. Mas, após a confirmação do contágio e início dos sintomas, o recomendado é que o paciente faça isolamento social de 7 dias. Porém, se for criança, o ideal são 14 dias.

Que tipo de gripe é H3N2?

Uma delas é a circulação de uma nova cepa de influenza do subtipo A (H3N2), que foi nomeada Darwin e descoberta recentemente na Austrália. O subtipo H3N2 circula entre a população há tempos, mas a cepa Darwin não.