Qual é a importância do setor energético para a economia de um país?

Carro elétrico, internet das coisas, indústria 4.0. Você já pensou sobre a importância da energia diante do crescimento desses conceitos e tecnologias?

Assista ao vídeo e confira o que Felipe Tenório Vicente – Gerente Corporativo de Regulação Técnica Comercial da Energisa fala sobre a importância da energia para a sociedade e para o crescimento econômico do País.

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Balan�o Energ�tico 1999

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Qual é a importância do setor energético para a economia de um país?
SETOR ENERG�TICO
DESTAQUES EM 1999 E OPORTUNIDADES DE NEG�CIOS
Produ��o: Minist�rio das Minas e Energia
Secretaria de energia
Contacto: Antonio Patusco
  1. Considera��es Gerais

A Oferta Interna de Energia-OIE do pa�s atingiu cerca de 253,3 milh�es de toneladas equivalentes de petr�leo (tep) em 1999, com crescimento de 1,3% em rela��o a 1998. Desse montante, aproximadamente 57% de energia limpa e renov�vel, sendo 39% de hidroeletricidade e 18% de biomassa. Com grande extens�o territorial e com grande potencial energ�tico, o Pa�s tem optado pelo estabelecimento de pol�ticas pr�prias que favore�am as energias renov�veis, sendo exemplos o desenvolvimento da hidroeletricidade a partir de 1950 e o programa do �lcool na d�cada de 70. Dos 43 % da OIE referentes � energia n�o renov�vel, 34% corresponderam ao petr�leo e seus derivados e os 9% restantes ao g�s natural, carv�o mineral e ur�nio.

Na �rea de petr�leo, o Pa�s, desde o in�cio da d�cada de 80, vem obtendo sucesso na explora��o e produ��o de �leo, garantindo o suprimento regular e confi�vel de derivados de petr�leo e reduzindo significativamente a depend�ncia externa destes energ�ticos, atualmente em torno de 38%. No segundo choque de petr�leo, em 1979, esta depend�ncia era de 85%. Em termos globais, considerando a oferta de todas as formas de energia, a depend�ncia externa do Pa�s � de cerca de 21%.

Em 1999, teve continuidade o programa do Governo para estimular o aumento da participa��o do g�s natural no mercado energ�tico, principalmente quanto � regulamenta��o do seu uso em termel�tricas. As fontes n�o convencionais e/ou descentralizadas de energia (solar, e�lica, res�duos florestais e agr�colas, �leos vegetais, pequenos potenciais hidr�ulicos) foram, tamb�m, incentivadas, em especial a energia solar para atendimento de comunidades isoladas e desassistidas. Prosseguiram, ainda, em 1999, os programas de incentivo � eleva��o dos n�veis de efici�ncia energ�tica do Pa�s, compreendendo a produ��o e o uso eficiente da energia e a cogera��o de energia el�trica e energia t�rmica.

Na �rea institucional, o Minist�rio de Minas e Energia deu prosseguimento �s a��es de reformula��o do setor energ�tico, abrindo oportunidades para a participa��o do setor privado nos investimentos necess�rios e na responsabilidade pela garantia do suprimento nacional. A a��o das Ag�ncias Reguladoras – ANEEL – Ag�ncia Nacional de Energia El�trica e ANP – Ag�ncia Nacional de Petr�leo tem sido fundamental para a continuidade de garantia do suprimento e o aumento da qualidade dos servi�os de energia em todo o Pa�s.

2. Crescimento Econ�mico e Consumo de Energia

No per�odo de 1970 a 1980, o Produto Interno Bruto-PIB brasileiro cresceu a uma taxa m�dia de 8,7% ao ano (a.a.), com o consumo de energia crescendo, tamb�m, a taxas anuais expressivas, a eletricidade a 12,4% a.a. e os derivados de petr�leo a 8,3% a.a. Os fatores determinantes para esse resultado foram: as dimens�es continentais do Pa�s, a predomin�ncia de transporte rodovi�rio e, ainda, o desenvolvimento da ind�stria de base e da infra-estrutura para o atendimento �s necessidades n�o atendidas de muitas regi�es do Pa�s.Apesar dos elevados �ndices de consumo de eletricidade e de derivados de petr�leo, a Oferta Interna de Energia-OIE cresceu 6,5% a.a. - elasticidade de 0,75 em rela��o ao PIB - em conseq��ncia, principalmente, do pouco crescimento da biomassa (0,4% a.a.), constantemente substitu�da por derivados de petr�leo (GLP e �leo combust�vel).

A partir de 1980, sob o peso do ambiente recessivo da economia do Pa�s, estas taxas declinaram e variaram consideravelmente. No per�odo 1980 a 1992, a economia do Pa�s cresceu a uma taxa m�dia de apenas 1,3% a.a., com taxas variando entre (-)4,3% em 1981 e (+)7,8% em 1985. As taxas de crescimento da demanda de energia tamb�m diminu�ram, mas n�o na mesma propor��o que as do PIB.A OIE cresceu 2,8% a.a., com elasticidade de 2,1 em rela��o ao PIB. O consumo de eletricidade cresceu 5,4% a.a., devido, principalmente, � expans�o da ind�stria eletrointensiva (alum�nio, ferro gusa, etc.). J� o consumo de derivados de petr�leo, por for�a de pol�ticas de substitui��o, cresceu apenas 0,9% a.a. e o consumo de biomassa 1,1% a.a., esta �ltima superior � verificada no per�odo 70/80, principalmente, por conta do programa do �lcool.

De 1992 a 1997, com a estabiliza��o da economia, estabeleceu-se um novo ciclo de desenvolvimento que elevou as taxas de expans�o da economia e do consumo de energia. Nesse per�odo o PIB cresceu 4,1% a.a. e a OIE cresceu 4,3% a.a., com os derivados de petr�leo apresentando taxa m�dia de crescimento de 5,8%, a eletricidade de 5,0% e a biomassa de 0,6%, correspondendo, respectivamente, a elasticidades de 1,40, 1,21 e 0,14 em rela��o ao PIB. A eletricidade residencial e comercial, a gasolina automotiva e o querosene de avia��o foram os grandes indutores das altas taxas de consumo de energia, por conta da melhor distribui��o de renda, causada pelo Plano Real.

Em 1998, por for�a da crise nos pa�ses asi�ticos, o Governo brasileiro foi obrigado a tomar medidas que levaram a uma forte retra��o no crescimento econ�mico, tendo o PIB apresentado um crescimento de apenas 0,05%. Ocorre, entretanto, que os energ�ticos citados acima, associados ao bem estar da popula��o, mantiveram altos n�veis de consumo, acima de 5%, fato que levou a um crescimento da OIE bem acima do PIB.

Em 1999, com a desvaloriza��o da moeda nacional, o processo de baixo desempenho da economia continuou (PIB de 0,82% - dado preliminar) e, agora, afetando significativamente o consumo de energia associado ao uso particular. Apresentaram taxas negativas de consumo: o querosene de avia��o (- 6,4%), o �lcool hidratado (- 8%) e a gasolina automotiva (- 1%). J� a energia el�trica residencial cresceu apenas 2,5%.

3. Setor El�trico

A partir dos anos 50, os estados brasileiros passaram a criar suas pr�prias empresas de eletricidade. Elas foram substituindo progressivamente as empresas privadas existentes � �poca. Posteriormente, o Governo Federal criou a ELETROBRAS, em 1963. Desde ent�o, a capacidade instalada de gera��o el�trica cresceu vertiginosamente atingindo da ordem de 64,2 GW, em dez/1999, exclu�dos os autoprodutores com cerca de 4,2 GW e os 6,3 GW da parte paraguaia de Itaipu, quase toda destinada ao mercado brasileiro.

Em 1999, foram acrescidos 3,04 GW � capacidade instalada de gera��o el�trica, sendo 2,74 GW destinada ao servi�o p�blico (inclui 0,59 GW de produ��o independente) e 0,29 GW para uso exclusivo de autoprodutores. Destaca-se a entrada em opera��o da UHE Salto Caxias - PR, com 1.240 MW; da UHE Porto Primavera – SP, com 302 MW; da UHE Tr�s Irm�os – SP, com 161,5 MW; das UHE Canoas I e II – SP/PR, com 154,5 MW; da UHE Igarapava – MG/SP, com 210 MW e, ainda, a entrada em opera��o das Centrais Termel�tricas de Campo Grande – MS e Cuiab� – MT, com 101,2 MW e 150 MW, respectivamente, como marco inicial da expans�o termel�trica nacional.

No esfor�o de assegurar a oferta de energia para os pr�ximos anos, o Minist�rio de Minas e Energia, por meio da Ag�ncia Nacional de Energia El�trica, promoveu durante o ano de 1999 licita��es de 5 empreendimentos de gera��o hidrel�trica, para produ��o independente, totalizando 999 MW, constitu�dos das UHE’s Ourinhos, Itumirim, Candonga, Quebra Queixo e Barra Grande, que demandar�o investimentos da ordem de US$ 1.2 bilh�es, e que produzir�o energia suficiente para abastecer o equivalente a 2,5 milh�es de resid�ncias. Esses empreendimentos, beneficiar�o o sistema interligado Sul/Sudeste/Centro-Oeste, particularmente os Estados de S�o Paulo, Goi�s, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, sendo que os 3 primeiros empreendimentos j� se encontram adjudicados, e ir�o gerar recursos � Uni�o de US$ 16.4 milh�es, pelo pagamento do uso de bem p�blico.

Durante 1999 foram outorgadas, a produtores independentes, 4 concess�es referentes a processos de licita��es, com editais lan�ados em 1998, das UHE’s Irap�, Ponte de Pedra, Itapeb� e Campos Novos, totalizando 1.866 MW, com investimentos da ordem de US$ 1.4 bilh�es, beneficiando o equivalente a 4,7 milh�es de resid�ncias e com pagamento � Uni�o de US$ 24.3 milh�es pelo uso de bem p�blico, e 2 concess�es referentes a desestatiza��o das empresas Paranapanema e Tiet�, resultantes do processo de cis�o da CESP, constitu�das de 16 UHE’s, com pot�ncia de 4.803 MW, com pagamento � Uni�o de US$ 57.8 milh�es pelo uso de bem p�blico.

A ANEEL aprovou em 1999 autoriza��es e registros para implanta��o de 133 novas UHE’s, PCH’s, UTE’s e E�licas, sendo: (i) 1 UHE, com pot�ncia de 46,5 MW (Amplia��o da UHE Rondon II), 12 PCH’s, com pot�ncia de 15,7 MW, 13 UTE’s, com pot�ncia de 72,9 MW e 1 E�lica, com pot�ncia de 0,075 MW, para concession�rias de servi�o p�blico, (ii) 24 PCH’s, com pot�ncia de 334,6 MW, 36 UTE’s, com pot�ncia de 1.721,8 MW e 1 E�lica, com pot�ncia de 2,5 MW, para produtores independentes, e (iii) 13 PCH’s, com pot�ncia de 8,1 MW e 32 UTE’s, com pot�ncia de 224,1 MW, para autoprodutores. Estas autoriza��es e registros somam 2.426,4 MW, e representam investimentos da ordem de R$ 2,3 bilh�es, beneficiando o equivalente a 6,1 milh�es de resid�ncias.

A gera��o interna de eletricidade - para uso p�blico - de 308,2 TWh (93% h�drica), em 1999, acrescida da parte importada do Paraguai (39,6 TWh - Itaipu) e dos autoprodutores (20,8 TWh), permitiu atender a um consumo total de 314,3 TWh (2,2 % superior ao de 1998).

No ano de 1999, foram adicionados ao Sistema El�trico 3.780 km de novas linhas de transmiss�o – LTs. Merece destaque a entrada em opera��o da LT Norte-Sul, em corrente alternada de 500 kV, com cerca de 1.280 km, entre Imperatriz no Maranh�o e Samambaia em Bras�lia, a qual interconectou os Sistemas Norte/Nordeste e Sul/Sudeste/Centro-Oeste, transformando-os em um �nico sistema interligado. Este Sistema atende, agora, a cerca de 98% do mercado total de energia el�trica do Pa�s.

A maioria dos munic�pios brasileiros possui servi�o regular e confi�vel de eletricidade. Entretanto, a despeito de mais de 92% do total de domic�lios j� estarem eletrificados, parte do extenso territ�rio brasileiro ainda n�o � coberto pela malha de transmiss�o. A Regi�o Norte apresenta os maiores problemas de abastecimento de eletricidade do Pa�s, onde localidades ainda s�o atendidas por sistemas isolados de gera��o t�rmica a �leo diesel pouco eficientes. Isto abre um amplo mercado para investidores privados interessados no segmento de gera��o de pequeno e m�dio portes, especialmente para projetos que utilizem fontes descentralizadas de energia (por exemplo: fotovolt�ica, e�lica, biomassa e pequenos aproveitamentos hidr�ulicos). Acrescente-se, tamb�m, que o g�s natural de Urucu permitir� a expans�o da oferta de eletricidade na Regi�o Norte de forma mais econ�mica e competitiva, ampliando as possibilidades de participa��o do empres�rio privado.

Nessa dire��o, a Constitui��o Federal foi alterada, a partir de 1995, eliminando restri��es para investidores privados estrangeiros aportarem capital no setor energ�tico. As Leis 8987 e 9074/95 (novas Leis de Concess�es), introduziram profundas e importantes altera��es, em especial quanto: (i) � licita��o dos novos empreendimentos de gera��o; (ii) � cria��o da figura do Produtor Independente de Energia; (iii) ao livre acesso aos sistemas de transmiss�o e distribui��o; e (iv) � liberdade para os grandes consumidores escolherem seus supridores de energia. O Decreto 1717 estabeleceu as condi��es e possibilitou a prorroga��o e o reagrupamento das concess�es de servi�os p�blicos e a aprova��o dos Planos de Conclus�o das obras paralisadas. O Decreto 2003, de 10/09/96, regulamentou as condi��es para a atua��o dos produtores independentes e dos autoprodutores. Tamb�m, em 1996, foi institu�da a Ag�ncia Nacional de Energia El�trica - ANEEL, atrav�s da Lei n� 9427, de 26 de dezembro. Outras regulamenta��es ocorreram em 1997 e 1998, com destaque para: (i) a Lei n� 9433, de 08 de janeiro, que instituiu a Pol�tica Nacional de Recursos H�dricos e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos H�dricos; (ii) a Lei no 9.648, que criou o Mercado Atacadista de Energia - MAE e a figura do Operador Nacional do Sistema – ONS; (iii) o Decreto n� 2335, que constituiu a ANEEL e aprovou a sua Estrutura Regimental; e (iv) a Portaria DNAEE n� 466, que consolidou as Condi��es Gerais de Fornecimento de Energia El�trica, harmonizadas com o C�digo de Defesa do Consumidor (Lei n� 8078, de 11/09/90); (v) Resolu��o ANEEL no 094, que define os limites de concentra��o para o setor el�tricos, nas atividades de distribui��o e gera��o.

Em 1999, novas regulamenta��es foram editadas no sentido de aprimorar a estrutura legal do setor el�trico entre elas destacam-se: (i) a Resolu��o ANEEL no 333, que definiu as condi��es gerais para implanta��o de instala��es de energia el�trica de uso privativo e para atua��o de permission�rias de servi�o p�blico de energia el�trica e fixou regras para a regulariza��o de cooperativas de eletrifica��o rural; (ii) a Resolu��o ANEEL n.� 233, que estabeleceu os Valores Normativos, trazendo as condi��es necess�rias a distribuidores e geradores para a celebra��o desses contratos de longo prazo (PPA�s), garantindo a expans�o do parque gerador e tamb�m a modicidade das tarifas; (iii)as Resolu��es ANEEL n.� 141, 142 e 143, concluindo todo o processo para a defini��o dos montantes de energia e demanda de pot�ncia e as respectivas tarifas, possibilitando que as empresas de gera��o e distribui��o assinassem os contratos iniciais; (iv) a Resolu��o ANEEL 281 que introduziu a nova regulamenta��o do Livre Acesso aos sistemas de transmiss�o e distribui��o para os agentes de gera��o e os consumidores livres.

Em continuidade �s a��es de conserva��o e eficientiza��o energ�tica, a ANEEL definiu um novo Manual para Elabora��o do Programa Anual de Combate ao Desperd�cio de Energia El�trica – ciclo 1999/2000. O programa foi iniciado em 17 empresas concession�rias, o que redundar� numa economia de energia da ordem de 755 GWh/ano e retirar� da ponta do Sistema de Gera��o o equivalente a 250 MW de demanda, evitando-se, assim, um investimento em gera��o estimado em US$ 200 milh�es.

Em 1999, a ANEEL continuou com o vigoroso programa de fiscaliza��o iniciado em 1998, tendo realizado inspe��o em todas as concession�rias, envolvendo os aspectos econ�mico-financeiros, qualidade de atendimento e padr�es t�cnicos de gera��o. Tamb�m consolidou-se o processo de descentraliza��o de diversas atividades para as ag�ncias estaduais que foram criadas. Durante todo o ano as a��es voltadas para defesa do consumidor, fortalecimento dos conselhos dos consumidores, media��o de conflitos e audi�ncias p�blicas tiveram import�ncia estrat�gica, devido ao compromisso da Ag�ncia com a sociedade brasileira.

Em 1999 o perfil do mercado de energia el�trica brasileiro apresentava 64% de participa��o privada, conforme mostra o gr�fico abaixo.

Qual é a importância do setor energético para a economia de um país?

No processo de privatiza��o foram totalizados recursos da ordem de R$ 30 bilh�es, inclu�da neste montante uma transfer�ncia de d�vidas em torno de R$ 6,0 bilh�es.

PRIVATIZA��ES REALIZADAS NO SETOR ENERG�TICO –
– Situa��o em 31/12/99

EMPRESAS DATA % A��es
Ordin�rias

VALOR DA VENDA
em R$ milh�es

�GIO
1995
ESCELSA

11.07.95

97,27

357,92

11,8%

1996
LIGHT

21.05.96

50,44

2.697,94

0%

CERJ

20.11.96

70,27

605,33

30,3%

1997
COELBA

31.07.97

71,14

1.730,89

77,4%

CACHOEIRA DOURADA

05.09.97

94,18

779,76

43,5%

AES Sul

21.10.97

90,75

1.635,00

82,6%

RGE

21.10.97

90,91

1.510,00

93,6%

CPFL

05.11.97

57,60

3.014,91

70,1%

ENERSUL

19.11.97

84,21

625,56

83,8%

CEMAT

27.11.97

96,27

391,50

21,8%

ENERGIPE

03.12.97

91,80

577,10

96,1%

COSERN

12.12.97

80,20

676,40

73,6%

1998
COELCE

02.04.98

84,59

987,00

27,2%

ELETROPAULO Metropolitana

15.04.98

74,88

2.026,73

0%

CELPA

09.07.98

54,98

450,26

0%

ELEKTRO

16.07.98

90’,00

1.479,00

98,9%

GERASUL

15.09.98

50,01

945,70

0%

EBE- Bandeirante

17.09.98

74,88

1.014,52

0%

1999
CESP – PARANAPANEMA

28.07.99

36,92

1.239,16

90,21%

CESP – TIET�

27.10.99

38,66

938,07

29,96%

CELB

30.11.99

86,51

87,39

0%

Sub Total – Energia El�trica

.23.770,14

4. Setor de Petr�leo

A ind�stria de petr�leo e g�s, ap�s d�cadas de monop�lio da Uni�o, exercido por interm�dio da Petrobras, com a Emenda Constitucional n. 9, de 1995, ingressou em uma nova etapa. Esta Emenda extinguiu a exclusividade na execu��o do monop�lio nas atividades b�sicas da ind�stria e a Lei n� 9478/97 disciplinou a abertura � participa��o direta do setor privado, em todos os elos da cadeia produtiva.

A complementa��o do novo quadro institucional veio com a instala��o, em 1998, da Ag�ncia Nacional do Petr�leo - ANP, com amplas atribui��es de regula��o, contrata��o e fiscaliza��o das atividades no setor de petr�leo e g�s natural.

A efetiva quebra do monop�lio deu-se com a realiza��o, pela ANP, em junho/99, da primeira rodada de licita��o de blocos para a contrata��o das atividades de explora��o, desenvolvimento e produ��o de petr�leo e g�s natural. Nessa rodada, foram licitados 27 blocos, representando 2% da �rea das bacias sedimentares brasileiras, dos quais 12 foram concedidos. Caso as empresas concedentes tenham sucesso nos levantamentos iniciais, passando aos per�odos explorat�rios subsequentes em todos os blocos, ser�o alcan�ados 57 po�os explorat�rios, sendo perfurados em at� nove anos.

A ANP tem atuado firmemente na regula��o e fiscaliza��o das atividades da ind�stria de petr�leo e g�s, sendo de destacar: (i) defini��o, no upstream, dos crit�rios para realiza��o dos processos licitat�rios, das regras para a explora��o e produ��o, bem como a determina��o de par�metros para a aplica��o das participa��es governamentais, (ii) regula��o, no downstream, das atividades de exporta��o, bem como as de constru��o, amplia��o e opera��o de refinarias, (iii) aquisi��o de equipamentos cient�ficos de �ltima gera��o e estabelecimento de novos conv�nios com Universidades, visando o monitoramento da qualidade dos combust�veis, desde o refino at� o posto revendedor, e (iv) realizadas opera��es de fiscaliza��o das atividades de distribui��o e revenda, visando avaliar a seguran�a e o exame da documenta��o dos postos de revenda e bases de distribui��o.

Para o segmento de Explora��o e Produ��o da Petrobras, 1999 foi um ano de avan�o no novo ambiente da ind�stria petrol�fera no Brasil.

Ao se iniciar o ano, a Petrobras contava com 115 concess�es explorat�rias no Pa�s, que englobavam 36 blocos terrestres e 79 na plataforma continental. Os contratos de concess�o se estendiam por tr�s anos, expirando todos em agosto de 2001. Em maio de 1999, a Petrobras obteve da ANP a prorroga��o por dois anos do prazo de concess�o para 34 blocos e por seis anos para outros dois blocos. Na mesma ocasi�o, a Petrobras devolveu integralmente � ANP 26 blocos explorat�rios e dois outros em parte.

Outro fato relevante foi a participa��o da Petrobras na primeira licita��o de concess�o de blocos explorat�rios, onde foram obtidas cinco concess�es. Assim, a Empresa encerrou o exerc�cio como concession�ria de 94 blocos explorat�rios, 44 de desenvolvimento da produ��o e 239 j� em produ��o.

Em 31/12/1999, as reservas provadas de �leo, l�quido de g�s natural (LGN) e condensado chegaram a

8,1 bilh�es de barris, e as totais a 14,3 bilh�es de barris, representando crescimento de 8,5% e decr�scimo de 0,6%, respectivamente.

Qual é a importância do setor energético para a economia de um país?

As unidades em opera��o da Petrobras possibilitaram que a produ��o dom�stica de petr�leo (incluindo o �leo de xisto) e de LGN atingisse a m�dia di�ria de 1.131.837 barris, superior em 12,7% � obtida em 1998. Estes acr�scimos devem-se � entrada em produ��o do campo de Roncador, da plataforma P-35 no campo de Marlim e ao desempenho das plataformas P-19 (Marlim), P-34 (Barracuda), P-09 (Corvina) e P-13 (Bijupir�), que produziram 8,5% acima do previsto. Destaque-se que o po�o produtor em Roncador det�m o recorde mundial de profundidade, com 1.853 metros de l�mina d��gua. A produ��o de �leo no mar correspondeu a 79% do total, proveniente de 74 plataformas de produ��o fixas e 23 flutuantes, sendo que 61,5% originou-se de sistemas de produ��o situados em l�mina d’�gua superior a 400 metros. O recorde de produ��o di�ria foi de 1.245,6 mil barris ocorrido no dia 29/11/1999.

Qual é a importância do setor energético para a economia de um país?

No segmento de comercializa��o, a Petrobras importou 336 mil barris por dia de petr�leo, com o disp�ndio de US$ 2.032 milh�es FOB, e 382 mil barris por dia de derivados, com o disp�ndio de US$ 2.462 milh�es FOB. As exporta��es foram de 123 mil barris por dia, gerando uma receita de U$$ 732 milh�es FOB.

Qual é a importância do setor energético para a economia de um país?

Em 1999, a m�dia di�ria de mat�ria-prima processada nas refinarias da Petrobras foi de 1.576 mil barris por dia, 3,8% superior � m�dia de 1998. Nas refinarias particulares a m�dia foi de 20 mil barris por dia. A participa��o do petr�leo nacional na carga processada das refinarias atingiu 71%, quando em 1998 esta participa��o foi de 64%. Em outubro de 1999, registrou-se o recorde de 1.642 mil barris por dia de carga m�dia di�ria nas unidades de destila��o da Petrobras.

� importante destacar, tamb�m, que a produ��o total de derivados alcan�ou a m�dia de 1.569 mil barris por dia, 4,1% superior � de 1998.

A capacidade nominal instalada das refinarias brasileiras, em 1999, chegou a 1.913 mil barris por dia, sendo 1.893 da Petrobras.

A rede de dutos foi expandida em 653 quil�metros, passando para 12.730 quil�metros, sendo 7.830 de oleodutos e polidutos, e 4.900 de gasodutos. A tancagem total dos terminais atingiu a capacidade de 66.723 mil barris, ao final de 1999.

Cabe destacar o in�cio das opera��es com GLP no Terminal do Solim�es, no Amazonas, e o aumento da rede de gasodutos no Nordeste, o que permitiu a interliga��o desde Alagoas at� o Cear�. Tamb�m foram adequados os oleodutos para transporte de �leo pesado da Bacia de Campos, tendo em vista o suprimento das refinarias da Petrobras.

Em 1999, a Petrobras operou, em m�dia, 114 navios-tanques – representando uma capacidade total de transporte da ordem de 7,0 milh�es de toneladas de porte bruto (tpb), sendo 64 navios pr�prios, com 3,8 milh�es de tpb. O total de carga transportada alcan�ou 103,6 milh�es de toneladas, sendo 70,6 milh�es na cabotagem e 33,0 milh�es no longo curso.

5. Setor de G�s Natural

No Brasil, s� recentemente come�aram a ser percebidas as grandes vantagens do uso mais intensivo do g�s natural como combust�vel industrial, na termogera��o el�trica, gera��o de vapor, aquecimento e/ou resfriamento de ambientes comerciais/residenciais, e como combust�vel automotivo. Pela baixa emiss�o de compostos de enxofre e de carbono, queima mais completa e efici�ncia energ�tica, o g�s natural apresenta enormes vantagens econ�micas, ambientais e de processo sobre outros combust�veis, principalmente o �leo combust�vel e o carv�o mineral.

No in�cio da d�cada de 90, o governo brasileiro estabeleceu a meta de aumentar de 2,0% para 12% a participa��o do g�s natural na matriz energ�tica at� 2010. A partir desta defini��o, o g�s natural se tornou um importante energ�tico, sendo cada dia mais utilizado como combust�vel alternativo em substitui��o aos derivados do petr�leo e outras fontes de energia.

Em 1999, continuou sendo realizado intenso trabalho no sentido de garantir o aumento da oferta interna de g�s natural no Pa�s, sendo de destacar:

  • Foram negociados aditivos aos contratos de fornecimento �s companhias distribuidoras de g�s dos estados do Esp�rito Santo e Bahia, elevando o volume comercializado de 2.935 mil m3/dia para 4.800 mil m3/dia nesses estados;
  • Entrada em opera��o, em julho, do primeiro trecho do Gasoduto Bol�via-Brasil, ligando Santa Cruz de La Sierra a Campinas (SP), fato que vem alavancando a demanda de g�s natural no Pa�s. J� foi conclu�da a segunda fase da constru��o do gasoduto, interligando as cidades de Campinas (SP) a Porto Alegre (RS), sendo que o in�cio da opera��o comercial est� previsto para mar�o de 2000.

Com esta etapa, o gasoduto permitir� a distribui��o do g�s natural nos estados do Mato Grosso do Sul, S�o Paulo, Paran�, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, respons�veis por 82% da produ��o industrial brasileira e 71% do consumo energ�tico nacional.

A Transportadora Brasileira Gasoduto Bol�via-Brasil S.A. (TBG) � a respons�vel pela opera��o do trecho brasileiro do gasoduto.

De julho a dezembro, o gasoduto Bol�via-Brasil transportou, aproximadamente, dois milh�es de m�/dia. A TBG possui contratos de transporte com a Petrobras que projetam um volume transportado de at� 9,1 milh�es de m3/dia em 2000. A capacidade m�xima do projeto, de 30 milh�es de m3/dia, dever� ser atingida em 2004;

  • In�cio da opera��o dos gasodutos que ligam Pilar (AL) a Cabo (PE) – com 204 quil�metros de extens�o e capacidade para transportar 2 milh�es de m3/dia de g�s – e Guamar� (RN) a Pec�m (CE), com 382 quil�metros e capacidade para transferir 2,5 milh�es de m3/dia de g�s. Estes dois gasodutos possibilitam a integra��o de sete estados da Regi�o Nordeste (Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Para�ba, Rio Grande do Norte e Cear�);
  • Desenvolvimento do Projeto Cabi�nas com vistas ao melhor aproveitamento do g�s natural associado ao �leo produzido na Bacia de Campos. O projeto consiste na constru��o de unidades de compress�o, processamento e tratamento do g�s natural, em Cabi�nas (RJ), de uma Unidade de Fracionamento de L�quidos na Refinaria de Duque de Caxias (Reduc) e de diversos gasodutos, entre eles o que liga Cabi�nas a Vit�ria, no Esp�rito Santo (300 km) e Cabi�nas � Reduc (160 km). Os investimentos previstos para o projeto s�o da ordem de US$ 800 milh�es;

Qual é a importância do setor energético para a economia de um país?

  • Continuidade do Projeto de G�s Natural de Urucu para gera��o termel�trica, inclu�do no Programa Avan�a Brasil e no Plano Plurianual do Governo Federal, envolvendo a constru��o dos gasodutos Coari-Manaus e Urucu-Porto Velho e de uma termel�trica em Porto Velho. O investimento total � de US$ 730 milh�es;
  • Constitui��o da Transportadora Sul-Brasileira (TSB) para implantar e operar o Gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre. Seus s�cios s�o a Gaspetro, com 25%, e a Ipiranga, a Total, a YPF, a Techint e a Nova, com participa��o de 15% cada uma. O projeto ser� desenvolvido com investimento de US$ 270 milh�es e interligar� Uruguaiana a Porto Alegre (RS), a� conectando-se ao Gasoduto Bol�via-Brasil, para suprir 12 milh�es de m3/dia de g�s importado da Argentina. A constru��o foi iniciada em novembro de 1999 e dever� ser conclu�da no primeiro semestre de 2000.
  • Com a finalidade de assegurar a demanda projetada de g�s natural para a Regi�o Nordeste, foi constitu�da a empresa GNL do Nordeste Ltda., uma associa��o da Petrobras com a Shell (50%/50%). A Petrobras ser� respons�vel pela implanta��o e opera��o de um terminal de recebimento, estocagem e regaseifica��o de g�s natural liquefeito (GNL) em Suape (PE), com capacidade de 4 milh�es de m3/dia. Os investimentos est�o estimados em US$ 200 milh�es, e o in�cio da opera��o est� previsto para 2005;
  • No seguimento de g�s natural, cabe mencionar, ainda, a participa��o da Petrobras, associada � iniciativa privada e de forma minorit�ria, em 23 projetos de constru��o de termel�tricas previstos no Plano Decenal de Expans�o do Setor El�trico, que entrar�o em opera��o entre 2001 e 2004.

    Das 23 usinas, 12, com investimento total da ordem de US$ 2.3 bilh�es, destinam-se exclusivamente � gera��o de 3.705 MW, enquanto as outras 11, com investimento total da ordem de US$ 2.5 bilh�es, gerar�o 3.149,5 MW e produzir�o 2.535 t/h de vapor. A energia el�trica gerada por estas �ltimas ser� parcialmente consumida pela Petrobras, e o excedente ser� vendido �s concession�rias e/ou aos grandes consumidores industriais. O vapor ser� totalmente utilizado pela Petrobras.

    Entre as 11 termel�tricas de cogera��o, a que ser� instalada na Refinaria Landulpho Alves (Rlam - BA) j� teve suas obras iniciadas, e as que ser�o constru�das nas refinarias Duque de Caxias (RJ) e Presidente Bernardes (SP) est�o com seus projetos em fase final de licenciamento ambiental.

    Essas termel�tricas, por fornecerem energia el�trica e vapor com maior efici�ncia e confiabilidade, permitir�o reduzir os custos operacionais da Petrobras e, diariamente, ao consumirem cerca de 26 milh�es de m3 de g�s natural, contribuir�o para atingir os objetivos estrat�gicos da empresa para o setor.

    Qual é a importância do setor energético para a economia de um país?

    Em 31/12/1999, as reservas provadas de g�s natural atingiram 228,7 bilh�es de metros c�bicos, enquanto as totais chegaram a 468,4 bilh�es de metros c�bicos, correspondendo a um aumento de 1,2% e 14,3%, respectivamente. A produ��o de g�s natural em 1999, exclusive LGN, foi de 31,4 milh�es de metros c�bicos por dia, apresentando crescimento de 10,0% em rela��o a 1998.A produ��o de g�s natural no mar correspondeu a 67% do total.

    6. Setor de Carv�o Mineral

    A ind�stria de carv�o mineral no Pa�s come�ou h� cerca de 140 anos. As caracter�sticas dos carv�es brasileiros, de baixo poder calor�fico, muita cinza e alto teor de enxofre, exigem processos de beneficiamento que oneram seus custos e os tornam pouco competitivos vis-�-vis outros energ�ticos. Estas limita��es perdem import�ncia na medida em que s�o introduzidas novas tecnologias, mais apropriadas � queima direta, dispensando as etapas de beneficiamento, que foram utilizadas no passado quando o carv�o utilizado na gera��o t�rmica era subsidi�rio da produ��o de carv�o metal�rgico.

    At� 1975, o carv�o mineral n�o passou de 3,2% de participa��o na matriz energ�tica nacional, tendo como principal destino o uso na siderurgia (cerca de 80% do total). A partir de 1975, o seu uso na ind�stria passou a ser crescente em fun��o das vantagens comparativas com os pre�os do �leo combust�vel e em fun��o dos subs�dios ao seu transporte, diminuindo a partir de 1986, quando da baixa dos pre�os do petr�leo. Atualmente, a participa��o do carv�o mineral na matriz energ�tica do Pa�s � de 5,0%, dos quais, 0,8% de carv�o nacional e 4,2% de carv�o metal�rgico e coque importados.

    No Programa Priorit�rio de Termel�tricas, a atual capacidade instalada de gera��o t�rmica a carv�o mineral, de 1.415 MW, dever� ser acrescida em 1.100 MW, at� o ano de 2003.

    Para ampliar a atual capacidade de competi��o do setor carbon�fero nacional, teve prosseguimento o esfor�o de capacita��o e atualiza��o da ind�stria, visando a implanta��o de novas tecnologias, como a queima limpa (clean coal technologies). Nesse sentido, continuam os acordos de coopera��o entre o Minist�rio de Minas e Energia e o Departamento de Energia do Governo Americano para tra�ar um caminho para a nova etapa da ind�stria, atrav�s: (i) redu��o do custo de produ��o e beneficiamento do carv�o pelo uso de moderna tecnologia, (ii) mitiga��o dos impactos ambientais provocados pela ind�stria, (iii) amplia��o do rendimento na gera��o com a introdu��o de t�cnicas do ciclo combinado, (iv) desenvolvimento de estudos visando a utiliza��o do processo GCC – gaseifica��o a ciclo combinado e, (v) desenvolvimento de programas espec�ficos para facilitar parcerias entre empresas nacionais e estrangeiras.

    7. Energia para Comunidades Isoladas e para o Meio Rural

    Com o Programa de Desenvolvimento Energ�tico de Estados e Munic�pios - PRODEEM, do MME, deu-se continuidade �s a��es que visam apoiar o atendimento das demandas sociais b�sicas de comunidades carentes dispersas em localidades n�o servidas pelo sistema el�trico, e a promover a eleva��o da renda e gera��o de empregos no meio rural, mediante a instala��o de pequenos sistemas energ�ticos de produ��o e uso locais, utilizando as fontes renov�veis e descentralizadas de energia. At� o momento tem-se utilizado, em especial a energia solar. Em parcerias com outras entidades, o Programa promove, tamb�m, o desenvolvimento dos servi�os de educa��o, sa�de, abastecimento de �gua e comunica��es.

    Os levantamentos realizados pelos estados e pelas concession�rias de energia el�trica sinalizam a exist�ncia de cerca de 100 mil comunidades desassistidas e mais de 3 milh�es de propriedades rurais sem energia, representando cerca de 20 milh�es de pessoas impossibilitadas de participar dos processos de desenvolvimento social e de crescimento econ�mico do pa�s.

    Assim, como resultados do Programa no per�odo 1996-1999, foram atendidas mais de 2.000 comunidades, contemplando mais de 500 mil pessoas, com a energiza��o de escolas, postos de sa�de, centros comunit�rios, sistemas de bombeamento de �gua, e outros benef�cios coletivos, de cunho predominantemente social.

    Ainda, no per�odo 1996/1999, o PRODEEM consolidou as parcerias com diversas institui��es interessadas no programa e realizou um grande esfor�o visando mostrar o extraordin�rio mercado potencial brasileiro para o desenvolvimento de energias renov�veis e interessar o setor privado no programa, com projetos produtivos integrados (resid�ncias e unidades rurais) nas localidades isoladas e n�o atendidas pele rede el�trica convencional.

    Como conseq��ncia das a��es do PRODEEM, o BIRD prop�s financiar projeto de energiza��o de resid�ncias rurais e o BID preparou, em conjunto com o MME , o Plano de A��o do PRODEEM. A partir desse Plano de A��o, o PRODEEM esta promovendo a implementa��o de sua evolu��o de atua��o, que visa incentivar as comunidades e os agentes de mercado a desenvolverem projetos energ�ticos integrados a outros projetos econ�mico/produtivo, com o objetivo de alavancar o desenvolvimento de regi�es isoladas e permitir a auto sustentabilidade desses projetos, envolvendo o aporte de at� US$ 9 milh�es, a fundo perdido.

    Esse aporte de recursos tem os seguintes objetivos:

    ( I) elevar a capacidade de atendimento para a faixa de 10 a 15 mil comunidades por ano;

    (II) promover o treinamento e a capacita��o, t�cnica, operacional e gerencial, em todos os n�veis de atividade e em todo o pa�s;

    (III) estimular a forma��o de um mercado de fornecimento de servi�os de energia para o meio rural, a partir de fontes renov�veis descentralizadas;

    (IV) viabilizar a efetiva transfer�ncia de novas tecnologias, utilizando a escala do mercado brasileiro como vetor de sua aplica��o competitiva no pa�s, e

    (V) implantar um sistema de monitoramento e avalia��o dos resultados (impactos sociais e econ�micos do programa), de divulga��o de informa��es e de dissemina��o de solu��es inovadoras e de sucesso.

    Em face de sua abrang�ncia nacional e de suas caracter�sticas estruturantes do desenvolvimento social e econ�mico local, o PRODEEM participou no Programa Brasil em A��o, e j� est� inclu�do no Programa Avan�a Brasil, a partir do exerc�cio de 2000.

    No �mbito da eletrifica��o rural e tendo em vista a retomada do crescimento do setor agropecu�rio do Pa�s, destaca-se o Programa "Luz do Campo", em implanta��o pelo Governo Federal, atrav�s da coordena��o direta do MME, com o apoio t�cnico e econ�mico da ELETROBR�S.

    O Programa tem como seus principais objetivos:

    • Fixar o homem no seu local de origem;
    • Aumentar a produ��o e produtividade agropecu�ria;
    • Ampliar o mercado para produtos industrializados;
    • Possibilitar a interioriza��o das agroind�striais;
    • Reduzir o consumo de derivados de petr�leo;
    • Permitir o bem-estar e o desenvolvimento nacionais.

    A meta financeira para o Programa � estimada em um investimento global de US$ 1.8 bilh�es para o per�odo 1999/2002, com as seguintes fontes de recursos:

    • Recursos da ELETROBR�S (RGR) ......... US$ 1.0 bilh�o
    • Outros recursos........................................... US$ 0.8 bilh�o

    As metas do programa para o per�odo 1999 a 2002 prev�em que ser�o ligados um milh�o de propriedades/domic�lios rurais, que ser�o implantadas redes de distribui��o rural de cerca de 465 mil km e instalados 500 mil transformadores, equivalentes a uma pot�ncia total de 7.000 MVA. Ser�o tamb�m instalados cerca de um milh�o de medidores e 3,9 milh�es de postes.

    No exerc�cio de 1999, foram analisados e aprovados projetos no valor de US$ 156 milh�es, sendo beneficiados pela Eletrobras um total de cerca de US$ 100 milh�es, objetivando beneficiar 152.000 domic�lios/propriedades rurais.

    8. Investimentos no Setor de Energia

    Nos �ltimos anos, com investimentos anuais variando entre 2.5 e 3.0 bilh�es de d�lares, o Setor de Petr�leo Brasileiro tem conseguido garantir o suprimento de derivados e ampliado significativamente as reservas de �leo e de g�s natural.

    J� no Setor El�trico, os investimentos realizados nos �ltimos anos, da ordem de 4.5 a 5.0 bilh�es de d�lares ao ano, dos quais cerca da metade na gera��o, n�o t�m sido suficientes para garantir acr�scimos anuais em torno de 3.500 MW � capacidade instalada de gera��o, pot�ncia necess�ria para atender ao crescimento verificado da demanda. Assim, os acr�scimos m�dios de 1.080 MW ao ano, entre 1990 e 1994 e de 2.200 MW ao ano verificados a partir de 1994, t�m aumentado o risco de desabastecimento.

    Para o futuro, algumas altera��es devem ocorrer na estrutura dos investimentos em energia. Com a instala��o de t�rmicas a g�s natural, que exigem investimentos menores que as hidroel�tricas, espera-se uma redu��o relativa nos investimentos em gera��o, com conseq�ente aumento de investimentos em gasodutos. De outro lado, as interliga��esel�tricas com a Argentina e do Sul com o Norte do Brasil passam a exigir maiores investimentos em transmiss�o.

    Em resumo, o potencial de investimentos em suprimento de energia para os pr�ximos anos, pode ser assim estimado, por �rea: 3.0 a 4.0 bilh�es de d�lares na �rea de petr�leo, 1.0 em gasodutos, 2.5 a 3.0 em gera��o el�trica e 2.0 a 2.5 em transmiss�o e distribui��o. Portanto, um montante total entre 8.5 e 10.5 bilh�es de d�lares ao ano.

    9. Principais Oportunidades de Neg�cios

    Segundo o atual Plano Decenal de Expans�o do Setor El�trico, a "carteira" de projetos prevista, poder� elevar a capacidade instalada de gera��o a 107,2 GW no ano 2009, representando um adicional de 43 GW em rela��o a 1999.

    Nessa "carteira" est�o inclu�dos: (i) os projetos em constru��o e motoriza��o, que agregam 12,5 GW, onde se destacam as hidrel�tricas de Tucuru� - PA (4.125 MW – 2a etapa), Porto Primavera - SP (1.814 MW), ITA – SC/RS (1.450 MW), Machadinho – SC/RS (1.140 MW), Lajeado - TO (850 MW), Cana Brava – GO (450 MW) e, Itapebi – BA (450 MW); e as termel�tricas Angra II - RJ (1.309 MW), Uruguaiana - RS (600 MW) e Cuiab� - MT (330 MW), (ii) os projetos que j� tiveram sua concess�o outorgada ou autorizada, mas cujas obras ainda n�o foram iniciadas (6,5 GW), com destaque para as hidrel�tricas de, Itaipu - PR (1.400 MW – 19a e 20a unidades), Campos Novos - SC (880 MW), Irap� - MG (360 MW) e Aimor�s – MG (396 MW) e as termel�tricas Angra III - RJ (1.309 MW) e Jacu� – RS (350 MW).

    Para o bi�nio 2000/2001 a ANEEL promover�, para produ��o independente e autoprodu��o, licita��es de 31 empreendimentos de gera��o hidrel�trica, totalizando 9.587 MW, envolvendo investimentos da ordem de US$ 12.2 bilh�es, aprova��o de autoriza��es para implanta��o de 49 UTE’s, utilizando g�s natural, totalizando 16.945 MW, com investimentos da ordem de US$ 16.8 bilh�es, e para implanta��o de no m�nimo 500 MW em PCH’s por ano, sendo que as UTE’s fazem parte do Plano Priorit�rio de Termel�tricas do Governo Brasileiro, e representam incremento de aproximadamente 25% da pot�ncia atual instalada no pa�s.

    Em outubro de 1999, foi emitido o primeiro Plano Determinativo da Transmiss�o, que estabelece a expans�o da rede de transmiss�o (230 kV e acima) para o per�odo de 1999/2002 com cerca de 12.000 km de linhas de transmiss�o, cerca de 35.000 MVA de transforma��o, al�m de equipamentos de compensa��o reativa.

    Dentre os empreendimentos de expans�o da transmiss�o, destaca-se:

    a) implanta��o do 3� circuito do sistema de 750 kV da UHE Itaipu, prevista para 2000, al�m da constru��o da linha em 500 kV Curitiba – S�o Paulo (expans�o da interliga��o Sul/Sudeste), prevista para 2001. Essas linhas permitir�o aumentar a capacidade de transmiss�o para escoamento da energia da UHE Itaipu, bem como da energia proveniente da interliga��o com a Argentina, de 1000 MW, prevista para 2001, contribuindo, tamb�m, para o aumento da confiabilidade do sistema como um todo.

    b) interliga��o com a Venezuela, de 200 MW, prevista para o ano de 2000. Objetiva resolver o problema de suprimento do Sistema Isolado de Boa Vista (Roraima).

    c) expans�o da interliga��o Norte/Sul, prevista para o ano de 2002, chegando a uma capacidade total de 2.500 MW. Essa amplia��o consistir� na duplica��o da interliga��o Norte/Sul, entre as subesta��es de Imperatriz (no Estado do Maranh�o) e Serra da Mesa (no Estado de Goi�s), na constru��o do 3� circuito entre a UHE Serra da Mesa e a SE Samambaia (no Distrito Federal) e de mais dois circuitos em 500 kV, um entre a SE Samambaia e a UHE Itumbiara e outro entre a SE Samambaia e a UHE Emborca��o (no Estado de Minas Gerais), totalizando cerca de 1.800 km de linhas de transmiss�o em 500 kV.

    d) implanta��o da Interliga��o Sudeste/Nordeste, associada � Norte/Sul, que envolver� a constru��o de quatro linhas de transmiss�o em 500 kV, nos Estados de Goi�s e Bahia, ligando a UHE Serra da Mesa, do Sistema FURNAS, � SE Governador Mangabeira, no Sistema CHESF, al�m de tr�s novas subesta��es (Correntina, Bom Jesus da Lapa e Ibicoara, no Estado da Bahia), numa extens�o total de cerca de 1000 km, permitindo o recebimento pela Regi�o Nordeste de um fluxo de 2.300 MW, incluindo energia de outras regi�es.

    e) implanta��o do terceiro 3� circuito, em 500 kV, entre Tucuru� -PA e a subesta��o de Presidente Dutra - MA, e amplia��o das subesta��es existentes, totalizando cerca de 900 km de linha em 500 kV, visando o pleno escoamento da energia a ser gerada na UHE Tucuru� II, em constru��o.

    Com rela��o ao Programa de Desestatiza��o do Setor El�trico, prosseguem os trabalhos junto aos governos estaduais para privatiza��o de outras distribuidoras, tais como: a CEAL, de Alagoas; a CEPISA, do Piau�; a ELETROACRE, do Acre; a CERON, de Rond�nia; a CEMAR, do Maranh�o; a SAELPA, da Para�ba; a CELPE, de Pernambuco; CESP - Paran�, de S�o Paulo e a COPEL, do Paran�, com uma expectativa de que, em futuro pr�ximo, 70% do mercado brasileiro de energia el�trica esteja atendido por concession�rias privadas. No �mbito do MME e BNDES est�o em andamento os estudos com vistas � transfer�ncia dos controles acion�rios das subsidi�rias da ELETROBRAS (FURNAS, com 7.842 MW - CHESF, com 10.705 MW; e ELETRONORTE, com 5.703 MW ).

    Assim, as principais oportunidades de neg�cios do Setor El�trico Brasileiro est�o ligadas, sobretudo, � oferta de novos empreendimentos de gera��o para explora��o pela iniciativa privada e � constru��o de sistemas de transmiss�o, bem como, � privatiza��o de ativos de sistemas de distribui��o e de gera��o.

    Cabe acrescentar as grandes oportunidades de neg�cios decorrentes da necessidade de atendimento �s comunidades isoladas e ao meio rural, no �mbito do PRODEEM, representadas pela instala��o de sistemas energ�ticos descentralizados, utilizando fontes de energia locais renov�veis, em complementa��o � eletrifica��o rural convencional.

    No Setor de Petr�leo, inclu�da a produ��o e transporte de g�s natural, a nova regulamenta��o abre amplo campo para investimentos privados, associados ou n�o com a Petrobras. Neste particular, foram oferecidos ao mercado, pela Petrobras, 32 projetos distribu�dos por quatorze bacias sedimentares brasileiras, dos quais 7 foram assinados em 1998 e 18 em 1999. Os 25 projetos contemplam investimentos da ordem de US$ 5,1 bilh�es, em atividades de explora��o e desenvolvimento da produ��o nos pr�ximos 7 anos.

    Na �rea de explora��o, al�m de parcerias com a Petrobras, o Pa�s disp�e de uma �rea sedimentar estimada em cerca de 6,4 milh�es de km2, com express�o no continente e no "off-shore", em grande extens�o reclamando ainda investimentos em campanhas explorat�rias de maior detalhe, apresentando um grande potencial a desenvolver no seu "up-stream".

    Qual a importância do setor energético para um país?

    O setor energático auxilia no progresso de um país, principalmente se for produtivo. Serve para abastecer as indústrias e as pessoas. Muitos países entram em guerras em busca de matéria-prima para produzir energia, como é o caso do petróleo e todos os seus derivados.

    Qual a importância da energia para a economia?

    A economia no valor da conta de energia, a redução dos custos com manutenção e o aumento da vida útil dos equipamentos são alguns benefícios de adotar a eficiência energética.

    Porque o setor energético é importante para o desenvolvimento social e econômico de qualquer país?

    A relação entre energia e desenvolvimento econômico-social é bastante discutida por cientistas humanos. O desenvolvimento tecnológico, o crescimento industrial e a melhora no padrão de vida em determinada sociedade são acompanhados pela evolução do consumo de energia através do aumento dos recursos energéticos.