Qual e o princípio de tudo resumo?

No período mitológico existiam inúmeras explicações para todas as transformações e todos os fenômenos que ocorriam na natureza, porém com o passar do tempo tais explicações não satisfaziam as pessoas pela sua incoerência. Surgiu então a necessidade de colher informações precisas e racionais sobre tais coisas.

Os primeiros filósofos, como buscavam as suas respostas na natureza e também viam por meio desta as explicações sobre a origem, as transformações e a ordem de todas as coisas que ocorriam, se perguntavam como tais transformações poderiam ocorrer, buscavam entender qual era o início de todas as coisas. Para melhor compreensão, pense: “o que nasceu primeiro: o ovo ou a galinha?”. A partir desse pensamento podemos comparar os questionamentos que faziam os primeiros filósofos.

O movimento que fazia a natureza (kínesis) explicaria como o mundo se transforma permanentemente. Tudo o que há no mundo vive em constante transformação, passando de um estado ao seu contrário, ou seja, dia-noite, quente-frio, claro-escuro e outros. Apesar de concordarem sobre a natureza que se transformava a todo o tempo, os filósofos discordavam sobre o princípio eterno e imutável que originaria a natureza.

Tales defendia que o princípio eterno era a água, Anaxímenes defendia que o princípio eterno era o ar ou o frio, Anaximandro defendia que o princípio eterno era o ilimitado, Heráclito defendia que o princípio eterno era o fogo, Pitágoras defendia que o princípio eterno eram os números, Empédocles defendia que o princípio eterno era a água, a terra, o fogo e o frio, Anaxágoras defendia que o princípio eterno eram as sementes enquanto Leucipo e Demócrito defendiam o princípio eterno por meio dos átomos.

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Por Gabriela Cabral

Qual e o princípio de tudo resumo?
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P�gina Principal : FilosofiaGr�cia ? Os pr�-socr�ticos e a busca do princ�pio de tudo ? Parte 1
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Diante do espet�culo da natureza, o homem pode manifestar diversos sentimentos: medo, resigna��o, incompreens�o, como tamb�m, espanto e perplexidade ? sentimentos que acabam por conduzi-lo � Filosofia. O termo grego que pode ser traduzido por ?natureza? � physis, mas seu significado vai al�m: � tamb�m realidade, n�o aquela pronta e acabada, mas que se encontra em movimento e se desenvolve. Nesse sentido, a palavra significa ?g�nesis?, ? origem?, ?manifesta��o?. Ao perguntar ?o que � a physis??, o fil�sofo procura saber se h� um princ�pio �nico (arkh�, que significa ?comando?) que governe, dirija e ordene todas as coisas do mundo, em seus diversos e at� contradit�rios aspectos.

A Filosofia � um modo de conhecimento sobre todas as coisas, que nasce do espanto e da admira��o em rela��o ao mundo. Esta atitude de espanto � tamb�m uma postura te�rica. A atitude te�rica, que � uma exig�ncia da Filosofia desde o seu in�cio, � assim um novo modo de olhar o mundo. N�o � mais um olhar que se vale dos olhos propriamente ditos, pois estes s�o muito enganosos e conduzem a impress�es subjetivas. A teoria olha o mundo com os olhos da raz�o, do logos, que pretende ser o �nico meio capaz de enxergar a verdade de todas as coisas.

Considerados como primeiros fil�sofos, os pr�-socr�ticos Tales, Anaximandro e Anax�menes formam a chamada ?Escola de Mileto?. Apesar das diferentes id�ias que elaboram, o que os une � o fato de terem inaugurado a Filosofia com a mesma pergunta: o que � a physis

? Motivo pelo qual Arist�teles, mais tarde, iria denomin�-los physiologoi, ?fisi�logos?, isto �, estudiosos da physis.

Tales

? (c. 630-545 a.C.)

Natural de Mileto, tradicionalmente considerado como o primeiro fil�sofo. Os relatos dispon�veis apresentam-no como estadista, engenheiro, matem�tico e astr�nomo, al�m de astuto negociante. Provavelmente nada escreveu. Por isso, do seu pensamento s� restam interpreta��es formuladas por outros fil�sofos. Segundo Tales, tudo se origina da �gua. Ao se resfriar, torna-se densa e d� origem � terra; ao se aquecer transforma-se em vapor e ar, que retornam como chuva quando novamente resfriados. Desse ciclo de seu movimento (vapor, chuva, rio, mar, terra) nascem as diversas formas de vida, vegetal e animal. A dificuldade pr�pria deste pensamento pode ser expressa na seguinte pergunta: o que s�o, por exemplo, o calor e o frio de que depende o movimento da �gua, se esta � a origem �nica de todas as coisas? A busca da arkh�

, um princ�pio �nico, conflita com outras for�as que, por sua vez, precisam ser enquadradas em um princ�pio diferente. Essa dificuldade n�o � exclusiva de Tales: ela � da pr�pria Filosofia, que se desenvolve tentando resolv�-la. Se Tales aparece como iniciador da Filosofia, � porque o seu esfor�o em buscar o princ�pio do mundo n�o s� constitui o ideal mesmo da Filosofia, mas tamb�m fornece-lhe o impulso para desenvolver-se.

Anaximandro

(c.610-545 a.C.)

Contempor�neo de Tales, Anaximandro procura um caminho diferente. O �nico texto escrito por ele e que sobreviveu ao tempo � um obscuro fragmento:

?De onde nascem as coisas, ali tamb�m encontram sua corrup��o, segundo a necessidade; pois as coisas se pagam mutuamente pena e retribui��o por sua injusti�a, de acordo com a disposi��o do tempo?.

Esta frase parece estar associada � concep��o de Anaximandro segundo a qual o �peiron

, o ? indeterminado? ou ?ilimitado?, � o princ�pio e a origem do mundo. Eterno, o �pe�ron est� em constante movimento, e disto resulta uma s�rie de opostos ? �gua e fogo, frio e calor, etc. ? que constituem o mundo. O equil�brio do mundo, por�m, � inst�vel e tenso: as coisas que constituem o mundo op�em-se mutuamente, uma tentando vencer a outra. As que caem na injusti�a por sua corrup��o perecem, sendo reabsorvidas pelo �pe�ron. Assim, ao inverno segue o ver�o, a sa�de op�e-se � doen�a. O �pe�ron � assim algo abstrato, que n�o se fixa diretamente em nenhum elemento palp�vel da natureza. Com essa concep��o, Anaximandro prossegue na mesma via de Tales, por�m, dando um passo mais na dire��o da independ�ncia do ?princ�pio? em rela��o �s coisas particulares.

Essa concep��o � explicada no fragmento, por meio de id�ias pol�ticas e morais: corrup��o, injusti�a, pena. O pensamento de Anaximandro � assim fortemente impregnado de valores pol�ticos de sua �poca, em que assiste � consolida��o da p�lis. Na cidade, o poder n�o pertence a ningu�m em particular, mas ao conjunto dos cidad�os. A arkh�

, o comando que governa, n�o � uma pessoa, mas algo indeterminado. A ordem da cidade, que tem origem nesse governo de ningu�m, � garantida por uma disputa cont�nua entre os cidad�os que, com igualdade de direitos, re�nem-se em assembl�ia onde cada um tenta fazer prevalecer o seu ponto de vista. For�as iguais em luta, cuja origem � o indeterminado: para Anaximandro, o mundo dos homens n�o � diferente do mundo das coisas ? ambos s�o aspectos de uma �nica realidade.

Anax�menes
(s�culo VI a.C.)

O meio termo entre Tales e Anaximandro � representado por Anax�menes. Segundo ele, a arkh�

que comanda o mundo � o ar, um elemento n�o t�o abstrato como o �pe�ron nem palp�vel demais como a �gua. Tudo prov�m do ar, atrav�s de seus movimentos: o ar � respira��o e � vida; o fogo � o ar rarefeito, a �gua, a terra, a pedra s�o formas cada vez mais condensadas de ar. As diversas coisas que existem, mesmo apresentando qualidades diferentes entre si, reduzem-se a varia��es quantitativas (mais ralo, mais denso) desse �nico elemento.

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Qual e o princípio de tudo resumo?

 

Qual e o princípio de tudo que existe?

A esse princípio, Anaximandro dá o nome de apeíron, que pode ser traduzido por infinito ou ilimitado. Já Anaxímenes, também de Mileto, considerava que tudo teria se formado a partir do ar infinito, por um processo de rarefação e condensação.

Qual seria o princípio de todas as coisas para esse filósofo?

Anaxímenes (588-524 a.C.): coloca que o ar, pela rarefação e condensação, faz nascer e transformar todas as coisas. O ar, melhor que qualquer outra coisa, se presta à variações e também pelo fato de que é imprescindível para os seres vivos.

Quais são os princípios da filosofia?

Resposta. Que eu sei são sete princípios: mentalismos; correspondência; vibração; polaridade; ritmo; causa e efeito; gênero.

Quem disse tudo e água?

Tales de Mileto, um dos mais sábios homens da Grécia e importante matemático, foi considerado o primeiro filósofo ao enunciar que a água seria a origem de tudo. Tales (625 a.C. – 558 a.C.) foi considerado por Aristóteles o primeiro filósofo da história ocidental.