Quem foi o primeiro cientista a observar uma célula no microscópio?

A invenção do microscópio pode ser considerada o marco inicial da Biologia Celular. Foram os holandeses Hans Janssen e Zacharias Janssen, fabricantes de óculos, que inventaram o microscópio no final do século XVI.

As observações realizadas por eles, demonstraram que a montagem de duas lentes em um cilindro, possuía a capacidade de aumentar o tamanho das imagens, permitindo dessa forma que objetos pequenos, invisíveis a olho nu, fossem observados de forma detalhada.

Os criadores

Hans e Zacharias Janssen não utilizaram sua invenção para fins científicos. Foi o também holandês Antonie von Leeuwenhoek, que viveu entre os anos de 1632 e 1723 na cidade holandesa de Delft, quem primeiro registrou suas observações utilizando microscópios.

Utilizando um microscópio de fabricação própria, Leeuwenhoek foi o primeiro a observar e descrever as fibras musculares, espermatozóides e bactérias. Leeuwenhoek relatou todas as suas experiências para Robert Hook, membro da Royal Society of London.
Como falava somente Dutch (holandês), Robert Hooke traduziu os seus trabalhos, que posteriormente foram publicados pela entidade. Acerca de suas observações com o microscópio, Leeuwenhoek descreveu originalmente a seguinte frase: “Não há prazer maior, quando meu olhar encontra milhares de criaturas vivas em apenas uma gota de água.”

Quem descobriu a célula?

Entretanto, a “descoberta” da célula é atribuída a Robert Hooke. Em 1665 Hooke publicou seu livro intitulado Micrographie contendo observações microscópicas e telescópicas e algumas observações originais em Biologia.
Buscando compreender por quais razões a cortiça era tão leve, Hooke estudou fatias finíssimas deste material. Foi então que, utilizando seu microscópio composto, Hooke observou que a baixa densidade deste material era devida a existência de pequenos compartimentos, até então vazios.

A estes pequenos compartimentos Hooke deu o nome de “cell”, que em inglês significa cavidade ou cela. Na verdade estes compartimentos não estavam vazios, mas por se tratar de um tecido vegetal morto, o que Hooke observara não era a célula completa em si, mas sim compartimentos delimitados pela parede celular.
O inicio dos estudos sobre as partes dos vegetais

Muitos pesquisadores passaram a estudar as diversas partes dos vegetais e posteriormente dos animais. Assim, não demorou muito tempo para que o citoplasma, uma substância de aspecto gelatinoso, fosse descoberto. Robert Brown, botânico escocês que viveu de 1773 a 1858, constatou em 1833 que a maior parte das células apresentava em seu interior uma estrutura de forma esférica, a qual chamou núcleo.

Nesta mesma época observações e descobertas revelaram ainda a existência da membrana plasmática e da parede celular presente nas células vegetais.

A realização de diversos estudos microscópios permitiu que os cientistas alemães, Theodor Schwann e Mathias Schleiden postulassem a Teoria Celular. No final da década de 1830, após a realização de diversos estudos microscópicos, Schwann e Schleiden reuniram-se para discutir suas idéias acerca da organização dos seres vivos. Schleiden era botânico e tinha certeza que todas as plantas eram constituídas por células, sendo o mesmo verdadeiro para os animais, segundo as observações de Schwann. Dessa forma, Schwann e Schleiden sintetizaram as idéias sobre os aspectos estruturais dos seres vivos da seguinte maneira:
“As partes elementares dos tecidos são células, semelhantes no geral, mas diferentes em forma e função. Pode ser considerado certo de que a célula é mola-mestra universal do desenvolvimento e está presente em cada tipo de organismo. A essência da vida é a formação da célula.”

Todos os conhecimentos envolvendo a Biologia Celular progrediram concomitantemente ao desenvolvimento de novos métodos de investigação. Em um primeiro momento, conforme vimos, a microscopia óptica, também chamada de microscopia de luz, possibilitou o descobrimento das células e a elaboração da Teoria Celular (Junqueira & Carneiro, 2005).

Posteriormente, técnicas citoquímicas foram desenvolvidas o que facilitou a identificação e localização de diversas moléculas integrantes das células. Com o desenvolvimento dos microscópios eletrônicos, que apresentam um grande poder de resolução, foram desvendados aspectos mínimos das células, que não poderiam ser feitos com a microscopia óptica.

Quer saber mais sobre o assunto? Confira o curso de Biologia Celular, e utilize o certificado dos cursos para complementar suas atividades acadêmicas.

Robert Hooke foi importante no �mbito da f�sica, da biologia, da qu�mica, da geologia, da meteorologia e da astronomia. T�o importante que o seu nome chegou a batizar uma lei (Lei de Hooke).

O cientista nasceu na ilha de Wight, situada no sul da Inglaterra, no dia 28 de julho de 1635.

A origem de�Robert Hooke

O pesquisador era filho de um reverendo (John Hooke), que se suicidou quando o filho tinha apenas 13 anos. Segundo registros, Robert foi uma crian�a pouco saud�vel, mas que, ap�s a morte do pai, precisou se mudar para Londres onde se tornou aprendiz de cientistas.

A sua origem humilde e com uma est�tica fora dos padr�es do seu tempo o fizeram ser um ponto fora da curva.

A forma��o do cientista e primeiros anos na academia

Quando tinha 18 anos, Robert entrou para a Universidade de Oxford. Em 1658 virou assistente do professor Boyle.

Em 1662 foi criada a Royal Society, onde Hooke passou a atuar como experimentador oficial (curador�de experimentos).

Apenas dois anos mais tarde, come�ou a ser pago pelo trabalho, se tornando um dos primeiros cientistas assalariados do mundo. Em 1677 virou secret�rio da Royal society, cargo que ocupou�at� 1682.

As inimizades que cultivou

Autor da obra Micrographia (1665), Hooke entrou em confronto direto com a obra Sidereus Nuncius (1610), de Galileu.

Pol�mico, o cientista colecionou uma s�rie de inimigos entre eles Henry Oldenburg e Isaac Newton.

Existem boatos de que disc�pulos de Newton, ap�s a morte de Hooke, destru�ram o �nico retrato que havia do intelectual, situado na Royal Society.

As inven��es de Robert Hooke

O cientista construiu uma bomba de ar moderna, que ajudou a formular a Lei de Boyle. Fez testes consigo�pr�prio, causando algumas les�es tempor�rias no nariz e nos ouvidos depois de se submeter a ar rarefeito.

Hooke foi tamb�m respons�vel por inventar um rel�gio controlado por uma mola espiral, cria��o feita tamb�m pelo holand�s Christiaan Huygens, a quem Hooke acusou de pl�gio intelectual. Seja como for, a inven��o foi�o pontap� inicial para a inven��o do cron�metro.

O inventor criou tamb�m a primeira junta universal, que foi utilizada numa s�rie de ve�culos.

Embora n�o tenha propriamente criado, foi o respons�vel por aperfei�oar os seguintes aparelhos: higr�metros, anem�metros, bar�metros e medidores de chuva. As suas contribui��es foram essenciais para o desenvolvimento da meteorologia.

O uso do�microsc�pio e a vis�o da c�lula

Robert Hooke popularizou o uso do microsc�pio e foi�apontado por alguns como o primeiro cientista capaz de observar uma c�lula vegetal.

Na sua obra�Micrographia, divulgou cerca de 60 imagens s� observ�veis em microsc�pio composto. O pesquisador era um entusiasta do uso dos instrumentos para tentar compreender o mundo, na obra de Hooke�l�-se:

O cuidado seguinte a ser tomado, com rela��o aos sentidos, � suprir suas debilidades com instrumentos e, assim fazendo, adicionar �rg�os artificiais aos naturais

A lei de Hooke

Formulada em 1678,�a lei de Hooke, diz que a for�a gerada por uma mola � proporcional ao valor da sua compress�o (ou distens�o), tendo em conta a posi��o de equil�brio. O que quer dizer que as deforma��es el�sticas tendem a voltar para o ponto de equil�brio

A reconstru��o de Londres

Em setembro de 1666 um inc�ndio levou a ru�na uma boa parte de Londres. Na semana a seguir,�Hooke j� havia criado um plano de reconstru��o da cidade, que levou a frente ao lado de dois amigos arquitetos.�