Que ações tanto à população como os governantes devem tomar para preservar as águas dos rios

Publicado: 10 Abril, 2020 - 09h30 | Última modificação: 10 Abril, 2020 - 12h05

Escrito por: Rosely Rocha

Pedro França /Agência Senado

Em época de pandemia de coronavírus (Covid 19) a máxima atenção deve ser dedicada à higiene pessoal, principalmente lavar as mãos várias vezes ao dia, sem deixar de lado a limpeza de roupas, louças e o ambiente familiar. Mas, infelizmente, milhões de brasileiros não têm acesso a direitos universais, como o acesso à água potável e ao saneamento básico.

Nas favelas, palafitas , nas periferias das grandes e pequenas cidades, e nas zonas rurais estão mais de 45% do total da população brasileira com atendimento de esgotamento sanitário precário ou nenhum atendimento, e outros 40% não tem água potável ou tem acesso precário, segundo o Plano Nacional de Saneamento Basico (Plansab), documento do Ministério do Desenvolvimento Regional, de 2019.

Nesses locais é muito comum o trabalhador e a trabalhadora chegarem em suas casas a noite, depois de um dia exaustivo de trabalho e não têm, sequer, água para lavar as mãos, e é um “luxo” tomar banho, uma necessidade ainda maior em tempos de pandemia.

Pensando nesses milhões de brasileiros, o Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento (Ondas), parceiro da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU/CUT), listou numa “Carta aos Brasileiros”  ,  10 medidas urgentes e necessárias que o governo federal precisa tomar para diminuir os reflexos negativos do isolamento social, no que se refere ao abastecimento de água, à população mais vulnerável.

São medidas simples que receberam o apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do relator especial dos Direitos Humanos à Água e ao Esgotamento Sanitário das Nações Unidas (ONU).

Os especialistas do ONDAS enfatizam que, em termos de saúde pública, não existe uma linha que separe os setores mais vulneráveis dos demais, ou seja, o impacto diferenciado da crise em grupos mais vulneráveis afeta indistintamente toda a sociedade, sendo a prevenção de interesse geral.

“Se os mais vulneráveis não estiverem protegidos, toda a sociedade está em risco também. É preciso garantir água, seja com caminhão pipa ou chafariz para a população de rua, para as comunidades rurais onde falta água, especialmente do Nordeste. Já soou o apito da emergência”, enfatiza o coordenador do Ondas, Marcos Montenegro.

E para garantir que a água potável chegue aos mais vulneráveis, que os especialistas em saneamento do Observatório, listaram as 10 medidas simples como:

- a suspensão por quatro meses nos cortes de fornecimento de água;

- a interrupção da cobrança das contas de água;

- assegurar de forma regular o fornecimento;

- interromper procedimentos de redução da pressão de redes de água ;

- expandir o abastecimento para as áreas não atendidas das favelas e periferias,

- garantir o abastecimento de água e o esgotamento sanitário nas unidades de saúde;

- assegurar o abastecimento de água, esgotamento sanitário e disponibilidade de equipamentos para realização da higiene pessoal em asilos, cadeias e presídios;

- garantir a saúde da população em situação de rua, em especial com relação às demandas de água e provimento de condições para realização da higiene diária e de alimentação;

- garantir o pleno abastecimento de água nos pequenos municípios e as comunidades rurais e;

­- assegurar informação ampla sobre os direitos à água e ao saneamento

Medidas recebem apoio da ONU e Fiocruz

As 10 medidas emergenciais e estratégicas para minimizar impactos da “crise do novo coronavírus” à população mais vulnerável recebeu apoio de entidades importantes como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que ressaltou que as medidas “devem ser norteadoras de Planos de Contingência e Emergência, a serem executados pelas prestadoras de serviços públicos de saneamento básico, sob determinação e apoio das instâncias municipais, estaduais e federal do poder público”.

Também o Relator Especial dos Direitos Humanos à Água e ao Esgotamento Sanitário da ONU, Leo Heller, destacou a importância das medidas e faz um alerta: “A Carta Aberta do ONDAS traz uma oportuna e fundamental advertência: a pandemia do COVID-19 impõe novas responsabilidades para os prestadores de serviços de saneamento. Caso esses prestadores, sejam estaduais, municipais ou privados, continuem a agir como em tempos normais, deixarão de proteger a vida das pessoas em maior vulnerabilidade. É momento de o Brasil se aproximar dos direitos humanos à água e ao saneamento.”

Não à privatização da água e do esgoto

Tramita no Senado, o Projeto de Lei (PL 4162/19, do Poder Executivo), do saneamento básico, já aprovado na Câmara Federal, que facilita a privatização de estatais do setor, exige licitação para a contratação desses serviços e prorroga o prazo para o fim dos lixões. A possibilidade do projeto ser votado em tempos de pandemia é criticado pelo coordenador do Ondas.

“Não é hora de marco regulatório do saneamento. Sabemos que a volúpia e o jogo pesado do capital privado para que as estatais de saneamento sejam privatizadas são imensos. Eles estão ‘vendendo’ a privatização como se fosse uma medida necessária para sair da crise, na verdade, a privatização desorganiza o setor, que pode ter aumentos nas cobranças de água e no não atendimento aos pequenos municípios que precisam do suporte dos municípios maiores”, critica Marcos Montenegro.

  • Privatização do saneamento: torneira seca, conta alta, esgoto a céu aberto

A água é o principal recurso do planeta. Preservá-la significa garantir a manutenção da vida! Entre os principais usos da água estão: abastecimento público, saneamento, agricultura, pecuária, geração de energia, recreação e comercial.

Infelizmente, no Brasil, a poluição de rios e lagos e o desperdício desse recurso são alarmantes. Segundo a Fundação SOS Mata Atlântica, estima-se que o desperdício de água no Brasil chegue a 70%. Um estudo da ONG também aponta que de 184 rios e corpos d’água monitorados, 27,5% apresentam qualidade ruim ou péssima e estão indisponíveis para qualquer uso.

Os principais poluidores nas cidades são o esgoto e os efluentes das indústrias, que possuem produtos tóxicos e metais pesados. Além disso, há a poluição através do lixo jogado em locais inadequados e que acabam chegando aos rios com a enxurrada. Na zona rural, pode-se destacar os agrotóxicos das lavouras e as atividades pecuárias.

Cada cidadão é responsável pelos impactos, positivos ou negativos, de suas atitudes. Para não contaminar ainda mais as águas, é importante mudar algumas ações como:

  • Não descarte o óleo de cozinha no ralo. Guarde o produto em uma garrafa e entregue para uma cooperativa para que possa ser transformado em sabão;
  • Não utilize pesticidas ou herbicidas nas plantas;
  • Jogue o lixo sempre em local adequado e amarre bem os sacos antes de pôr na lixeira;
  • Não jogue nenhum tipo de material, como sacolinhas plásticas e embalagens, em rios, lagos e mares;
  • Não descarte medicamentos ou outros materiais no vaso sanitário. Algumas farmácias fazem a coleta de remédios vencidos;
  • Reduza o desperdício de água fechando as torneiras ao escovar os dentes, o chuveiro durante o banho, entre outras;
  • Evite a erosão do solo promovendo a cobertura vegetal nos locais com essa tendência;
  • Use menos produtos químicos para limpar a casa. Opte por produtos biodegradáveis.

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