Segundo a charge acima, para qual sistema de trabalho industrial o autor está fazendo críticas? *

Segundo a charge acima, para qual sistema de trabalho industrial o autor está fazendo críticas? *

devido tempo e espaço. Ainda assim, é possível reconhecer que, de forma genérica, a instalação apresenta ambientes transformados em cenários e mínima interferência do espectador. caráter necessariamente permanente, contando com tecnologia multimídia. presença de suportes de variadas naturezas e participação ativa do público. presença física do artista e ausência absoluta de improvisações. disposição temporária dos elementos e visão crítica de natureza sociopolítica. 16 QUESTÃO 25 Disponível em: chargeonline.com.br. Chargistas são artistas que, permanentemente antenados com ocorrências do cotidiano social e político, não raro reproduzem, em seus trabalhos, o sentimento do público leitor do seu meio cultural. A charge acima permite uma reflexão crítica que envolve um tipo de colonialismo cultural, propiciando embustes contra o consumidor. o consumismo desenfreado e as facilidades oferecidas pelo comércio. a imitação de práticas exógenas e as vantagens dela decorrente. a desconfiança do público consumidor e a credibilidade dos comerciantes. o aproveitamento de bons exemplos do exterior e seu aprimoramento no Brasil. QUESTÃO 26 TEXTO I Love song Pois naci nunca vi amor E ouço d’el sempre falar Pero sei que me quer matar Mais rogarei a mia senhor Que me mostr’ aquel matador Ou que m’ampare d’el melhor. Legião Urbana TEXTO II Chópis cêntis (...) Joinha, joinha, chupetão vamo lá Chuchuzinho vamo embora Onde é que entra hein? Esse tal Chópis Cêntis É muicho legalzinho Pra levar as namoradas E dar uns rolêzinhos Quando eu estou no trabalho Não vejo a hora de descer dos andaime Pra pegar um cinema do Schwarzenegger Tombém o Van Daime. (...) Mamonas Assassinas TEXTO III Documento do Matuto Sol escaldante A terra seca E a sede de lascá Sem ter jeito prá vivê Com dez fío prá criá Foi por isso seu moço Que eu saí em busca De outro lugar E com lágrimas nos óio Eu deixei meu torrão natá (...) Luiz Gonzaga Os três textos representam exemplos de variação linguística presentes em criações de diferentes âmbitos da música popular brasileira. Essas variações, exemplificadas, pela ordem, em palavras ou expressões como “mia senhor” (texto I), “Chópis Cêntis” (texto II) e “de lascá” (texto III) podem ser consideradas histórica – geográfica – situacional. social – regional – histórica. regional – social – histórica. regional – histórica – social. histórica – social – regional. 17 QUESTÃO 27 Perguntas de um trabalhador que lê O jovem Alexandre conquistou a Índia. Sozinho? César ocupou a Gália. Não estava com ele nem mesmo um cozinheiro? Felipe da Espanha chorou quando sua frota naufragou. Foi o único a chorar? Frederico Segundo venceu a guerra dos sete anos. Quem partilhou da vitória? A cada página uma vitória. Quem preparava os banquetes comemorativos? A cada dez anos um grande homem. Quem pagava as despesas? Tantas informações. Tantas questões. BRECHT, Bertolt. Poemas (1913-1956). São Paulo: Brasiliense, 1986. p. 167 (fragmento). No poema, Brecht critica um tradicional comportamento dos historiadores, que, ao destacar feitos de governantes e poderosos em geral, não levam em consideração a participação dos trabalhadores e de outras pessoas “comuns” nos episódios históricos. Como é próprio do estilo “didático” de Brecht, o escritor parece querer demonstrar que os trabalhadores não são os possuidores do produto de seus trabalhos. E o título do poema pretende que se imagine que sua crítica, sob a forma de perguntas, é fruto de um processo de reflexão de um trabalhador consciente do seu posicionamento no processo. Essa mesma ideia está presente, em nossa literatura, no poema “Operário em construção”, de Vinicius de Moraes, de 1959, e, particularmente, no seguinte conjunto de versos: “De fato, como podia Um operário em construção Compreender por que um tijolo Valia mais do que um pão? Tijolos ele empilhava Com pá, cimento e esquadria Quanto ao pão, ele o comia”. “Olhou em torno: gamela Banco, enxerga, caldeirão Vidro, parede, janela Casa, cidade, nação! Tudo, tudo o que existia Era ele quem o fazia Ele, um humilde operário Um operário que sabia Exercer a profissão”. “Olhou sua própria mão Sua rude mão de operário De operário em construção E olhando bem para ela Teve um segundo a impressão De que não havia no mundo Coisa que fosse mais bela”. “E um fato novo se viu Que a todos admirava: O que o operário dizia Outro operário escutava. E foi assim que o operário Do edifício em construção Que sempre dizia sim Começou a dizer não”. “Um silêncio de torturas E gritos de maldição Um silêncio de fraturas A se arrastarem no chão. E o operário ouviu a voz De todos os seus irmãos Os seus irmãos que morreram Por outros que viverão”. 18 QUESTÃO 28 Como vou achar ordem pra dizer ao senhor a continuação do martírio, em desde que as barras quebraram, no seguinte, na brumalva daquele falecido amanhecer, sem esperança em uma, sem o simples de passarinhos faltantes? Fomos. Eu abaixava os olhos para não reter os horizontes, que trancados não alteravam, circunstavam. De sol e tudo, o senhor pode completar, imaginado; o que não pode, para o senhor, é ter sido, vivido. Só saiba: o Liso do Sussuarão concebia silêncio, e produzia uma maldade – feito pessoa ! Não destruí aqueles pensamentos: ir, e ir, vir – e só; e que Medeiros Vaz estava demente, sempre existido doidante, só agora pior, se destapava – era o que eu tinha rompência de gritar. E os outros, companheiros, que é que os outros pensavam? Sei? De certo nadas e noves – iam como o costume – sertanejos tão sofridos. Jagunço é homem já meio desistido por si... ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas. 20. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. p. 81. Nessa passagem do romance mais afamado de Guimarães Rosa, o narrador, Riobaldo, discorre sobre um momento em que ele e outros jagunços estão em meio a uma caminhada por região inóspita, onde predominava o vazio, a dureza do chão cinzento, o calor escaldante. Na narrativa, o personagem utiliza-se de palavras como “brumalva”, “doidante” e “rompência”, exemplificadoras de um emprego reiterado, ao longo do romance, de palavras consideradas arcaísmos. solecismos. neologismos. hibridismos. galicismos. QUESTÃO 29 O consumismo de hoje, porém, não diz mais respeito à satisfação das necessidades – nem mesmo as mais sublimes, distantes (alguns diriam, não muito corretamente, “artificiais”, “inventadas”, “derivativas”) necessidades de identificação ou a autossegurança quanto à “adequação”. Já foi dito que o spiritus movens da atividade consumista não é mais o conjunto mensurável de necessidades articuladas, mas o desejo, entidade muito mais volátil e efêmera, evasiva e caprichosa, e essencialmente não referencial que as “necessidades”, um motivo autogerado e autopropelido que não precisa de outra justificação ou “causa”. A despeito de suas sucessivas e sempre pouco duráveis reificações, o desejo tem a si mesmo como objeto constante, e por essa razão está fadado a permanecer insaciável qualquer que seja a altura atingida pela pilha dos outros objetos (físicos ou psíquicos) que marcam seu passado. BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editores, 2014. p. 96-97. O texto anterior é extraído de um livro por meio do qual o autor intenta “radiografar” a sociedade contemporânea e seus valores. Nessa passagem, ele considera que o consumismo da atualidade tem a ver com a satisfação imediata de necessidades artificiais, inventadas pelos consumidores.

Segundo a charge acima, para qual sistema de trabalho industrial o autor está fazendo críticas? *
Segundo a charge acima, para qual sistema de trabalho industrial o autor está fazendo críticas? *
Segundo a charge acima, para qual sistema de trabalho industrial o autor está fazendo críticas? *

Você que está acostumado a divertir-se com as charges presentes em revistas, sites e jornais impressos, sabia que elas constituem um gênero textual? Sim, as charges não são apenas ilustrações que refletem a opinião de quem desenha, são tipos de enunciados que podem ser objeto de uma rica análise linguística.

Aliando linguagem verbal e não verbal, as charges são mais do que piadas gráficas permeadas pelo humor e por uma fina ironia. São tipos de textos que podem ser usados para denunciar e criticar as mais diversas situações do cotidiano relacionadas com a política e a sociedade. Como prova de sua relevância, estão cada vez mais presentes nas provas de concursos e vestibulares, quando o candidato tem sua habilidade de interpretação de texto colocada em análise.

Segundo a charge acima, para qual sistema de trabalho industrial o autor está fazendo críticas? *

Através de elementos visuais, as charges podem transmitir uma crítica política ou social bem humorada

Segundo a charge acima, para qual sistema de trabalho industrial o autor está fazendo críticas? *

As charges estão sempre presentes nos mais diversos concursos e vestibulares, exigindo dos candidatos a habilidade da interpretação textual

Segundo a charge acima, para qual sistema de trabalho industrial o autor está fazendo críticas? *

Uma boa charge consegue expressar por meio das linguagens verbal e não verbal críticas contundentes à sociedade

As charges acima foram utilizadas em provas de vestibular e cabe ao candidato compreender os significados que se escondem por detrás das imagens e palavras. Ao interpretarmos uma charge, podemos perceber que diversas informações podem estar nela circunscritas, o que nos obrigará a recorrer aos processos de construção de inferências e analogias para compreendê-la em sua totalidade. Se não lançarmos mão desses processos, dificilmente o conteúdo da charge será apreendido.

Podemos dizer que o principal objetivo de uma charge é transmitir uma visão crítica sobre determinado assunto que esteja sob alvo de discussões na sociedade. Por isso as charges podem ficar datadas, ou seja, podem perder seu objetivo por estarem marcadas cronologicamente. Normalmente elas são publicadas nas seções de artigos de opinião e cartas dos leitores, justamente por indicarem opiniões e juízos de valores por parte de quem enuncia, no caso, o chargista. Gostou de conhecer mais sobre esse gênero textual que alia bom humor, desenho e opiniões? Mergulhe no universo das charges e surpreenda-se!