Sobre a função dos lipídios na estrutura das membranas celulares escolha a alternativa correta

A membrana plasmática é uma estrutura celular que atua delimitando as células, separando o interior celular do ambiente e funcionando como uma barreira que seleciona o que entra e o que sai. Essa estrutura possui espessura de cerca de 7,5 a 10 nm e é composta por uma dupla camada de fosfolipídios, na qual encontramos proteínas inseridas.

→ Composição da membrana plasmática

A membrana plasmática é formada, principalmente, por lipídios e proteínas. Os lipídios atuam garantindo a estrutura da membrana, enquanto as proteínas estão relacionadas com as principais funções desempenhadas por essa estrutura celular.

Os lipídios mais abundantes nessa estrutura são os fosfolipídios, os quais formam uma bicamada. Os fosfolipídios apresentam uma região hidrofílica e uma região hidrofóbica, estando a região hidrofóbica voltada para o centro da membrana e as regiões hidrofílicas voltadas para as duas superfícies da membrana. Além dos fosfolipídios também são encontrados na membrana os glicolipídios e o colesterol.

As proteínas presentes na membrana plasmática estão incrustadas na bicamada. Essas proteínas podem inseridas totalmente ou apenas parcialmente na membrana. Vale destacar que algumas funcionam como verdadeiros canais para a passagem de substâncias.

Leia também: O que é proteína?

A membrana plasmática é uma estrutura constituída basicamente de uma bicamada de fosfolipídios com proteínas inseridas nessa camada. O modelo que a descreve atualmente é o chamado modelo do mosaico fluído.

Dizemos que a membrana parece-se com um mosaico, pois é constituída por uma série de proteínas inseridas na bicamada lipídica. Dizemos que a membrana é fluída, pois seus componentes são capazes de movimentar pela estrutura, não sendo, portanto, uma estrutura completamente estática. As proteínas e também os lipídios apresentam a capacidade de se mover. Quando comparadas aos fosfolipídios, as proteínas apresentam uma movimentação mais lenta.

Um ponto interessante a ser destacado é que as duas faces da membrana plasmática são diferentes. Isso está relacionado com as diferentes funções atribuídas à membrana.

Sobre a função dos lipídios na estrutura das membranas celulares escolha a alternativa correta

Observe atentamente as estruturas da membrana plasmática.

Na superfície externa da membrana plasmática, observa-se a presença de uma região mal delimitada denominada de glicocálice. O glicocálice é constituído pelas cadeias glicídicas dos glicolipídios e glicoproteínas presentes na membrana e também por glicoproteínas e proteoglicanos que são produzidos pela própria célula. Essa camada rica em carboidratos está relacionada com alguns processos como o reconhecimento e união entre células.

Leia também: O que é o modelo do mosaico fluído?

→ Proteínas de membrana

As proteínas presentes na estrutura da membrana plasmática desempenham uma série de funções importantes para a célula, estando relacionadas, por exemplo, com o transporte de substâncias, comunicação entre células vizinhas e atividades enzimáticas. A depender da célula analisada, observa-se diferentes quantidades e também diferentes tipos de proteínas.

Podemos classificar as proteínas presentes na membrana em dois grupos principais:

  • Proteínas integrais: As proteínas integrais são aquelas que penetram na bicamada lipídica. Algumas atravessam completamente a membrana, as chamadas proteínas transmembrana. A proteína transmembrana pode passar uma vez pela membrana ou, então, atravessá-la várias vezes.

  • Proteínas periféricas: As proteínas periféricas são aquelas que não penetram na membrana plasmática, estando apenas conectadas a essa estrutura fracamente.

→ Funções da membrana plasmática

A membrana plasmática é uma estrutura presente em todos os tipos celulares, sendo encontrada, assim, tanto em células procarióticas, quanto em células eucarióticas. Ela desempenha várias funções essenciais para a manutenção dessas estruturas. Entre as principais funções da membrana plasmática, podemos citar:

  • Definir os limites da célula.

  • Garantir proteção das estruturas da célula.

  • Permitir que as diferenças entre o meio externo e o meio intracelular sejam mantidas.

  • Selecionar o que entra e o que sai da célula. Em virtude da capacidade de selecionar essas substâncias, dizemos que a membrana plasmática apresenta permeabilidade seletiva.

  • Conseguir captar sinais externos.

→ Transporte pela membrana plasmática

Sobre a função dos lipídios na estrutura das membranas celulares escolha a alternativa correta

Existem diferentes formas de transporte de substâncias pela membrana plasmática.

Como sabemos, uma das funções da membrana plasmática é selecionar o que entra e o que sai da célula. O transporte pela membrana, no entanto, não é um trabalho simples, sendo, em alguns casos, necessário o gasto de energia. Dizemos que o transporte é passivo quando não envolve gasto de energia e ativo quando ocorre o gasto de energia.

    • Difusão simples: Na difusão simples, observa-se o movimento de uma substância do meio mais concentrado para o meio menos concentrado.

    • Osmose: Na osmose, o que se observa é a difusão do solvente pela membrana permeável do meio menos concentrado para o meio mais concentrado.

    • Difusão facilitada: Nesse processo, a transferência de substâncias acontece com a ajuda de proteínas carreadoras.

    • Bomba de sódio-potássio: Nesse processo, ocorre o bombeamento de íons contra o gradiente de concentração. Na bomba de sódio-potássio, ocorre o bombeamento de sódio para fora da célula e potássio para o seu interior.

Vale destacar que macromoléculas e partículas maiores entram em saem das células por processo mais complexos, como a endocitose e exocitose. A endocitose é um processo que garante a entrada de substância por meio da formação de vesículas que se invaginam e posteriormente se destacam da membrana plasmática.

Na exocitose, ocorre a liberação de um conteúdo que está dentro da célula. Nesse processo, as vesículas migram até a membrana, fusionam-se a ela e liberam o conteúdo para fora da célula.

Resumo

  • A membrana plasmática é uma estrutura presente em todos os tipos celulares.

  • A membrana plasmática é formada por uma bicamada lipídica, na qual estão inseridas proteínas.

  • As proteínas da membrana podem ser classificadas como integrais e periféricas.

  • A membrana plasmática, além de delimitar a célula, está relacionada com a seleção de substâncias que entram e que saem da célula e com captação de sinais externos.

  • Substâncias podem passar pela membrana plasmática por transporte passivo (sem gasto de energia) ou ativo (com gasto de energia).

  • A endocitose é um processo em que a membrana plasmática invagina-se e garante a entrada de macromoléculas para o interior da célula.

  • A exocitose é um processo em que vesículas formam-se no interior da célula e fundem-se com a membrana, liberando a substância que estava dentro da célula para fora dela.


Por Ma. Vanessa Sardinha dos Santos

Presentes em diversos alimentos, de origem animal ou vegetal, as moléculas de gordura, também chamadas lipídios ou lípidos, fornecem energia ao corpo humano, além de contribuírem para a absorção de algumas vitaminas, entre outras funções orgânicas.

As moléculas de lipídio são compostas por carbono, oxigênio e hidrogênio, e podem ainda conter fósforo, enxofre e nitrogênio. São relativamente pequenas e insolúveis em água, mas solúveis em outras substâncias, como álcool, acetona, clorofórmio e éter.

Quer saber mais sobre os lipídios e de que maneira esse tema poderá ser abordado nos vestibulares? Continue a leitura de nosso artigo e confira tudo sobre lipídios.

O que são lipídios?

Os lipídios, como já mencionado, são moléculas de gordura que, no organismo dos seres vivos, desempenham uma série de funções biológicas, principalmente o armazenamento de energia.

Uma de suas características é que são facilmente armazenados pelo organismo, mas são difíceis de serem consumidos. Isso explica por que os alimentos ricos em lipídios normalmente são os que mais contribuem para aquelas gordurinhas indesejáveis!

De fato, quando ingeridos em excesso, eles ficam armazenados no tecido adiposo. O organismo, normalmente, só passa a consumir essas moléculas quando ocorre privação de outras fontes de energia.

Os lipídios mais conhecidos são os ácidos graxos, dos quais derivam os óleos e as gorduras. Eles podem ser saturados ou insaturados, e suas cadeias variam de 4 a 36 carbonos, com possíveis ramificações. Algumas gorduras são boas (insaturadas) e outras prejudiciais para o organismo (saturadas), e sua ingestão deve ser moderada.

Apesar de associados ao excesso de peso, os lipídios são fundamentais ao organismo, pois o corpo não produz os ácidos graxos, que são essenciais para algumas funções biológicas, como fornecimento de energia e participação na formação de membranas celulares, entre outras.

Os lipídios são classificados de acordo com sua função, tamanho, saturação e solubilidade.

Função dos lipídios

Os lipídios desempenham algumas funções biológicas essenciais, de acordo com seu tipo. Confira as mais importantes:

CADASTRE-SE E GARANTA O STOODI AGORA!

Acesse gratuitamente por 14 DIAS mais de 6 mil videoaulas, 30 mil exercícios, resumos teóricos e materiais complementares pra download!

  • armazenamento de energia, uma vez que cada grama de lipídios contém 9 quilocalorias de energia;
  • isolamento térmico, essencial para a manutenção da temperatura corporal, sendo essencial para suportar baixas temperaturas. Nos mamíferos, a gordura subcutânea é formada por lipídios;
  • disponibilização de ácidos graxos, necessários para a síntese de moléculas orgânicas e formação das membranas celulares;
  • auxílio na absorção de vitaminas A, D, E e K, que são lipossolúveis, ou seja, se dissolvem na gordura;
  • produção de hormônios e sais biliares;
  • proteção e suporte para órgãos internos de aves e mamíferos.

Metabolismo de lipídios

Quando ingeridos, os lipídios passam pelo processo de emulsificação, sendo digeridos por enzimas no trato gastrointestinal e depois absorvidos pelas células da mucosa intestinal.

A emulsificação é necessária para que os lipídios sejam absorvidos. Esse processo ocorre no duodeno, primeira parte do intestino delgado, com a ação detergente da bile, que é constituída por sais biliares. Nesse processo de emulsificação, os lipídios são transformados em partículas entre 500 a 1000 micra de diâmetro.

Essas pequenas partículas ativam as lipases pancreáticas, enzimas responsáveis pela digestão de lipídios. As lipases quebram os lipídios em ácidos graxos livres e monoglicerídeos. Dentro das células intestinais, os ácidos graxos se juntam à proteína intestinal, que aumenta a sua solubilidade. Assim, eles são convertidos em moléculas ainda menores, como triacilglicerol, e organizados em partículas chamadas quilomicrons.

Essas partículas menores são liberadas nos vasos linfáticos, por onde serão transportadas até alcançarem outros tecidos. O transporte de substâncias pelas células é conhecido como osmose.

Nesse processo, os lipídios podem ficar armazenados nos adipócitos ou serem degradados, transformando-se em ácidos graxos livres e glicerol. A oxidação dos ácidos graxos é o processo que produz energia.

O metabolismo lipídico vem de duas fontes:

  • alimentos ingeridos;
  • reservas do tecido adiposo, processo que acontece quando há privação de outras fontes de energia no organismo. Isso ocorre, por exemplo, durante uma dieta de restrição alimentar.

Estrutura dos lipídios

Os lipídios são ésteres, ou seja, são elementos orgânicos derivados dos ácidos carboxílicos. Eles são compostos por uma molécula de ácido (ácido graxo) e uma de álcool (glicerol ou outro). O éster é insolúvel em água, mas se dissolve em álcool, éter, acetona e clorofórmio.

Existe uma grande variedade de lipídios, conforme a estrutura química. De qualquer forma, é importante destacar que todos os lípidos contêm pelo menos uma cadeia de hidrocarbonetos (ou seja, uma ligação de átomos de carbono e hidrogênio), com um final ácido. A grande maioria dos lipídios conta com longas cadeias de hidrocarbonetos, que não são solúveis em água.

Tipos de lipídios

Os lipídios são construídos, como foi dito, a partir do ácido graxo. Suas variações ocorrem em função do tipo de álcool. Assim, eles são ser classificados em glicerídeos, fosfolipídios, esterídeos e cerídeos. Confira mais detalhes:

  • os lipídios mais simples são os triglicerídeos, ou triacilgliceróis. Eles são compostos por três ácidos graxos, unidos com ligações éster ao glicerol. Os ácidos graxos são estruturas que armazenam energia, também chamada de gordura de reserva, e são eficientes para o isolamento térmico. Ácidos graxos também formam lipídios estruturais;
  • os fosfolipídios, ou fosfoglicerídios, resultam da união de lipídios com fosfato. Eles estão presentes na estrutura das membranas celulares;
  • os esterídeos ou esteróis são grupos mais complexos de lipídios. Possuem quatro anéis e estrutura química contendo um ciclo-pentano-fenantreno e um núcleo cíclico, como o colesterol. Além do colesterol, alguns hormônios pertencem à classe de lipídios, como a progesterona e a testosterona. Existem também lipídios com pigmento, os carotenoides.
  • os cerídeos, por sua vez, têm função protetora e impermeabilizante. É o caso do cerume ou cerúmen, popularmente conhecido como cera de ouvido, produzido pelas glândulas sebáceas para proteção do canal auditivo. Também estão presentes na superfície das folhas, no corpo de alguns insetos e na cera produzida pelas abelhas.

Alimentos ricos em lipídios

A ingestão de lipídios é essencial ao organismo, pois, como você viu, contribui para diversos processos metabólicos e hormonais. Confira as principais fontes lipídicas de origem animal:

  • carnes vermelhas e brancas, especialmente a gordura da carne e pele de aves;
  • ovos;
  • leite e derivados, como manteiga, creme de leite, iogurte e nata.

Os lipídios também são encontrados em fontes vegetais:

  • azeites e óleos vegetais, como oliva, canola, soja, milho, coco, dendê, entre outros;
  • margarinas;
  • sementes como castanhas, amêndoas, nozes, linhaça etc.;
  • frutas como coco e abacate.

Outras fontes de lipídios são alimentos industrializados, como biscoitos e salgadinhos. A gordura presente nesses alimentos, no entanto, é do tipo trans, ou seja, gerada a partir de um processo químico chamado hidrogenação, que transforma óleos vegetais em ácido graxo trans, uma gordura sólida. Devem ser ingeridas com moderação, pois não são saudáveis.

Agora que você já sabe o que são lipídios, sua importância para o organismo e quais as principais fontes, continue a visita em nossa página cadastre-se no Stoodi conheça mais sobre a Biologia e teste seus conhecimentos com exercícios! Cadastre-se: