Por que temos cólica? Show Já se perguntou por quê sentimos cólicas durante o período menstrual? Aqui explicamos de forma simples e clara: a contração do útero é a grande responsável por nos causar a famosa dorzinha chata. A dismenorreia, é uma dor pélvica provocada pela liberação de prostaglandina, substância que faz o útero contrair para eliminar o endométrio (camada interna do útero que cresce para nutrir o embrião), em forma de sangramento, durante a menstruação, quando o óvulo não foi fecundado. Mais ou menos 50% das mulheres sentem cólicas menstruais em alguma fase da vida. A dismenorreia pode ser primária ou secundária. Primária, quando a causa é o aumento na produção de prostaglandina pelo endométrio, e secundária, quando resultante de alterações patológicas no aparelho reprodutivo (endometriose, miomas, tumores pélvicos, fibromas, estenose cervical, etc.). Considere-se ultra sortuda caso você não esteja entre as mulheres que se sentem assim. Como diminuir as cólicas menstruais? Antes de buscar a cartela mais próxima de analgésicos ou outros medicamentos – que podem ser extra agressivos para o nosso corpo – pesquisamos para vocês e listamos abaixo algumas soluções e ideias naturais para aliviar as dores: 1 – Óleos essenciais Depois de um banho bem quentinho e relaxante, que tal combinar algumas gotinhas de óleos essenciais nas palmas das mãos, misturá-los e massagear toda a barriga e a região lombar. Vimos uma receitinha com 5 gotas de menta, 4 de cipreste e 3 de lavanda! 2 - Chás, gengibre e limão! Que tal substituir as bebidas cafeinadas por chás relaxantes e deliciosos? A lista de benefícios é grande: além de calmantes, eles ajudam a nos sentirmos menos inchadas e nos mantém hidratadas, previnem dores de cabeça e náuseas. Adicione algumas rodelinhas de gengibre ralado (ou até algumas pedrinhas dele cristalizado) e meio limão espremido na sua infusão favorita e aproveite! 3 – Capriche nos minerais, antioxidantes e anti-inflamatórios Já sabemos que comer de maneira equilibrada é um dos maiores pilares para uma vida saudável e, durante a menstruação, é ainda mais essencial. Alimentos como salmão, ovos, óleo e coco e azeite de oliva são fontes saborosas e anti-inflamatórias, enquanto as frutas vermelhas (cerejas, uvas, framboesas e morangos) garantem minerais e antioxidantes. Comer bem é importante o mês todinho, mas sem encanação: se a vontade apertar, coma sim aquele chocolate que você tanto ama ;) 4 - Tecnologia a nosso favor Para muitas de nós, as dores intensas vêm acompanhadas de outros sintomas indesejáveis como desarranjos intestinais, náuseas e enxaquecas. Para esses casos, recomendamos o aparelho LIVIA, que já faz bastante sucesso na França e nos Estados Unidos. É pequeno e possui dois eletrodos para serem posicionados sobre as áreas de dor mais intensa. Adoramos essa solução ultra discreta, que pode ser usada no dia a dia. Alguém aí já testou?
Que mulher nunca sofreu com cólicas menstruais dolorosas? Para algumas, elas chegam a ser incapacitantes e a única vontade é ficar deitada o dia todo. Mas, afinal, o que são as cólicas menstruais? Elas se caracterizam por dores na região inferior do abdome que acometem de 50% a 90% das mulheres em idade fértil. A intensidade é variável, de leve a algumas que chegam a impactar as atividades do dia a dia, reduzindo a qualidade de vida das mulheres. Apesar de estudada, ainda não se sabe todas as causas da cólica menstrual e os mecanismos que levam a elas. Uma das principais explicações é que temos contrações uterinas intensas que podem acontecer desde horas antes da menstruação até os dois primeiros dias do ciclo. Outra teoria é que existe um processo inflamatório aumentado nas mulheres que têm queixas mais importantes, esse processo está baseado no aumento das prostaglandinas. As prostaglandinas são substâncias químicas, que se assemelham a hormônios, e atuam na regulação de fatores inflamatórios do corpo. Existem vários tipos de cólicas menstruais e, nas mulheres que sentem dor, elas estão em desequilíbrio, pois temos mais prostaglandinas que aumentam a intensidade da contração em comparação com as que causam relaxamento. Além disso, as cólicas podem estar associadas a algumas doenças, como endometriose, ademiose, leiomiomas, pólipos, entre outras. A seguir, veja o que dá para fazer em casa para aliviar as cólicas menstruais. Como prevenir cólicas menstruais?1 - Calor localO uso de bolsa de água quente ajuda a tratar a cólica menstrual e suas dores. O calor causa vasodilatação e ativa o fluxo sanguíneo inibindo os efeitos das prostaglandinas e ativando endorfinas que amenizam as dores. Pode ser utilizado um pano com água quente, bolsas de borracha ou em gel ou até mesmo a água do chuveiro sobre o abdome ou na região lombar. Outra opção é fazer banho de assento quente com chá de aroeira, quixaba, cavalinha e salsa por dez minutos para que se mantenha o local aquecido para que o fluxo aconteça normalmente sem interrupções, pois quando se esfria gera-se coágulos dificultando a saída e gerando as contrações dolorosas. 2 - Escaldar os pésA mesma ideia do calor no ventre também serve para aliviar as cólicas para quem gosta de escaldar os pés. Coloque água morna para quente (temperatura acima de 37°C com o cuidado de não queimar a pele). Pode adicionar algum chá, erva aromática ou óleo essencial. Se quiser estimular pontos que ficam nas plantas dos pés, adicione algumas bolas de gude ou pedrinhas arredondadas para massagear. A água deve preencher a altura do tornozelo. 3 - Aposte nos chásChás ajudam a aliviar as cólicas menstruais Imagem: Getty ImagesEm relação aos chás, camomila, erva-doce, hortelã, lavanda, agoniada, alecrim, algodoeiro, hortelã e dong quai são plantas que possuem efeito antiespasmódico, analgésico, relaxante, calmante e anti-inflamatório. 4 - AlimentaçãoVárias orientações com relação à dieta têm sido descritas para ajudar a diminuir as cólicas menstruais, no entanto, ainda há controvérsia para determinar qual a mais efetiva. Uma delas é a dieta com pouca gordura, pobre em sódio e com consumo de leite. A ausência de cálcio (presente no leite) nas células musculares pode causar uma excitação das fibras musculares, causando dor. Portanto, investir numa dieta rica em cálcio pode melhorar esses incômodos. A suplementação com magnésio também tem efeito protetor para as cólicas menstruais porque ajuda no relaxamento das fibras musculares. De acordo com a medicina tradicional chinesa, alimentos crus ou frios podem manter a energia dos canais da região do abdome estagnadas e isso gera piora nas dores. Por esse motivo, prefira o consumo de alimentos quentes, como chás e sopas, evitando sorvetes, saladas em excesso, principalmente no período noturno. Também evite o consumo de água gelada ou fria, assim como receber vento frio com exposição de partes do corpo. Essa proteção da temperatura evita que a energia ligada ao clima se transforme em energia perversa e bloqueie ainda mais os canais de energia do fígado, rim, baço e pâncreas. 5 - Evite fumarDentre alguns comportamentos que podem piorar as cólicas, um deles é o tabagismo, já que o tabaco induz a vasoconstrição, causando uma hipóxia (baixa de oxigênio nos tecidos) do útero e piorando as dores. Diante disso, evitar fumar melhora as dores. 6 - Faça exercícios físicosUma das dicas contra cólicas menstruais é praticar atividades físicas regulares Imagem: ThinkStockExercícios físicos são sabidamente relacionados à diminuição da dor durante o período menstrual. Existe uma melhora importante da dor nas mulheres ativas quando comparadas às sedentárias. Atualmente, sugere-se pelo menos 150 minutos de exercícios por semana para que a pessoa seja considerada ativa. Eles devem ser praticados com regularidade para que a pessoa sinta o benefício dessa prática, pois em algumas situações, durante a presença da cólica, principalmente se essa for muito intensa, ela pode não conseguir realizar a atividade. 7 - DescanseO estresse, o estilo de vida da mulher moderna sobrecarregada de atividades, sem o contato com a natureza e sem a prática de hábitos saudáveis, contribuem para o aumento das dolorosas contrações. O impacto das desordens nervosas em nossa musculatura, inclusive no endométrio, é grande. Durante o repouso do corpo (quando a pessoa dorme), o equilíbrio orgânico se restabelece para irrigar o corpo durante a vigília. Ou seja, dormir serve para o organismo refazer os estoques de proteínas e enzimas gastos durante o dia. Portanto, descansar, evitar estresse e manter um estilo de vida saudável ajudam a reduzir a intensidade das cólicas. 8 - MassagensUm estudo realizado na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) em 2005 atribui um efeito positivo à Massagem do Tecido Conjuntivo (MTC) como terapêutica alternativa à medicamentosa para mulheres com dismenorréia. A técnica para se fazer a massagem é a básica. Ela pode ser feita na região abdominal abaixo do umbigo, na linha média, como se estivesse palpando o útero. E na região lombar de fora para dentro trazendo a pele e a musculatura em movimentos suaves acima da bacia em direção à coluna. Utilize o dedo polegar e massageie em movimento circular e no sentido horário (para ativar as energias) por cerca de dez minutos. Em intervalos durante o movimento, faça uma forte pressão por cinco segundos. Pode ser que você sinta algum desconforto por algum tempo, mas aumente os movimentos e a pressão, aos poucos, até sentir-se confortável. 9 - Acupuntura e acupressãoA acupuntura é uma forma de aliviar cólicas menstruais Imagem: iStockSegundo a teoria da medicina tradicional chinesa, a dor é semelhante ao bloqueio de energia. Nosso corpo é composto por diversos canais de energia —os meridianos— e ao longo desses canais temos regiões específicas que representam pontos de maior concentração de energia. Quando a mulher apresenta cólica menstrual, com alguma frequência elas estão com energia estagnada e necessitam circular essa energia, e é exatamente o que a acupuntura/acupressura irá fazer. A acupuntura, que consiste no uso de agulhas, pode ser realizada nos mesmos pontos em que são feitas as massagens (nas regiões abdominal e lombar). O procedimento deve ser feito por um profissional capacitado. 10 - Estimulação elétricaA TENS (estimulação elétrica nervosa transcutânea) é um tratamento de eletroestimulação através de um pequeno dispositivo portátil que pode ser utilizado em casa. Deve ser usado de maneira contínua, para que em algumas semanas o efeito seja notado. A hipótese é que atue sobre a contratilidade aumentada do útero, diminuindo os sinais dolorosos e também sobre a liberação de endorfinas (hormônio que causa a sensação de bem-estar) dos nervos periféricos. Fontes: Ana Paula Avritscher Beck, ginecologista do Departamento Materno Infantil do Hospital Israelita Albert Einstein (SP); Thiago Luccas Gomes, coordenador do Grupo de Trabalho de Práticas Integrativas Complementares (PICs) da SBMFC (Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade); e Paulo Solano, naturopata e iridologista, fundador do Ibrin (Instituto Brasileiro de Iridologia e Naturopatia). |