O que fazer quando nada mais te anima

Tempo de leitura: 24 minutos

Como vencer o desânimo? Como superar o cansaço e o abatimento que nos rouba toda motivação e alegria de viver?

Instala-se em nós, em certos dias, uma estranha falta de coragem. Ela reduz à cinza tudo aquilo que antes mostrava-se colorido: nossos projetos, expectativas, sonhos…

E para piorar as coisas começamos a pensar demais, duvidar de nós mesmos e questionar se estamos conduzindo nossas vidas corretamente. A angústia cresce e torna-se esmagadora.

O que fazer, então, nestes dias em que você não sente vontade de fazer absolutamente nada? É o que vamos descobrir juntos neste artigo.

Quero apresentar a você a minha “caixa de ferramentas” para vencer o desânimo e recuperar a motivação.

Essas “ferramentas” consistem em sete mudanças de atitude que combatem sete erros fundamentais. Elas geram um impacto imediato na maneira como interpretamos e vivemos nossos períodos de desânimo.

Além destes sete erros e mudanças, apresentarei duas estratégias práticas para lidar com o desânimo. Tratam-se de estratégias simples e efetivas que podem ser colocadas em prática imediatamente.

As idéias que vou apresentar costumam fazer toda diferença para aqueles que abrem-se à elas sem reservas.

Não são, porém, fórmulas prontas desprovidas de qualquer sentido mais profundo; são, pelo contrário, idéias que exigem a penetração da sua inteligência e a disposição de meditar sobre elas.

São idéias cuja formulação necessitou de um longo de período de estudos, observações e amadurecimento.

Preparado para conhecer o meu arsenal de idéias para vencer o desânimo?

Desejo a você uma boa e proveitosa leitura. O seu ânimo certamente estará melhor ao término dela.

Como Vencer o Desânimo Enxergando Seus “Pontos Cegos”

A maior parte das idéias contidas neste artigo são provocações que vão desafiar sua maneira pensar.

O objetivo delas é causar uma mudança de perspectiva, uma modificação súbita do seu modo habitual e condicionado de interpretar seus estados interiores.

Algumas idéias e pensamentos condicionados podem ser, ao mesmo tempo, a causa do desânimo e o obstáculo que impede sua superação. Elas são, portanto, erros a serem identificados e combatidos.

Sete destes erros serão tratados neste artigo, e você deve realizar o esforço para identificar outras idéias nocivas às quais você tenha se acostumado. Todos nós temos um bom número delas na cabeça.

A descoberta destes “pontos cegos” tem grande potencial para enfraquecer nosso estado de desânimo. Elas podem nos fazer enxergar as coisas de um outro modo, mais favorável à nós mesmos.

Para melhor aproveitamento, leia de maneira serena, sem pressa e com a mente aberta às sugestões contidas no texto.

Coloque-se perguntas, avalie suas certezas, permita-se um movimento interior de otimismo e esperança enquanto avança na leitura.

Vejamos agora, finalmente, a lista dos sete erros que nos fazem desanimar e perder a motivação.

Erro 1: Achar que você é o centro do universo

Ao dizer “eu”, dou ao mundo um centro: pois o mundo não pode ter por centro um ponto material, mas apenas um pensamento que percebe, quer e sente. Louis Lavelle

O centro do universo é o ponto a partir do qual cada indivíduo o observa. Do local onde me encontro agora, posso girar 360 graus e enxergar a totalidade do que me cerca.

Mas esse é um centro físico – o meu centro físico – e não devo acreditar que, estando nele, sou também o centro de importância. Não sou o ser mais importante nem o centro de interesse dos outros seres.

Quando se tem a ilusão (ou a pretensão) de ser o centro de tudo – o mais importante dos indivíduos –, os acontecimentos, sobretudo os negativos, parecem mais ameaçadores e trágicos do que realmente são.

Pura fantasia. Desloque-se do centro de importância ilusório no qual você se estabeleceu e veja seus problemas e angústias perderem força.

Parar de fazer de si mesmo o seu único objeto de interesse é um grande passo para vencer o desânimo. O pensamento de si é estéril e extenuante – nos mais das vezes, só nos faz mal.

Deixando de ser o centro do universo

Ainda melhor do que esquecer-se de si mesmo é ocupar-se dos outros, é prestar ajuda aos que precisam. É, enfim, ser útil.

Ao prestar um auxílio ou socorrer um necessitado não nos resta tempo para questionamentos que intensificam nosso desânimo. Não estamos mais nos perguntando se somos bons o suficiente ou se estamos fazendo progresso na vida.

A ajuda que prestamos a alguém é um progresso evidente do qual não temos como duvidar. Quando fazemos isso, é o amor que está em ação.

Talvez você tenha clientes para ajudar. Se não tiver, certamente tem colegas de trabalho, alunos, familiares ou amigos a quem pode beneficiar de algum modo.

Eis a primeira lição sobre como vencer o desânimo: esquecer-se de si mesmo e ajudar outras pessoas no que estiver ao seu alcance.

Muito ajuda, para deixar de fazer de si mesmo o centro do universo, possuir um Plano de Vida sólido e maduro.

Neste Plano, definimos que propósito desejamos perseguir e a que causa iremos servir. Temos nele um porto seguro para os dias de crise: ele nos recordará nossas motivações primeiras e a razão de todo nosso esforço.

Se você não possui um Plano de Vida bem definido e acredita que a falta de um propósito claro pode ser a causa do seu desânimo, entre em contato comigo. Posso ajudar você pessoalmente.

Erro 2: Tentar resistir ao desânimo

O desejo de estar em outro lugar e outra situação costuma surgir de maneira muito intensa nos dias de desânimo.

É como se essas mudanças pudessem resolver todos os nossos problemas imediatamente: a ida para uma nova cidade ou país, um bom dinheiro na conta bancária, o parceiro ou parceira ideal e tudo ficaria perfeito.

Mas alimentar esse desejo e deixá-lo dominar seus pensamentos só irá causar mais sofrimento.

Não é que eles não sejam honestos e não possam tornar-se realidade, mas sabemos que eles não se tornarão reais hoje só por causa do nosso desânimo: o melhor, então, é não desejá-los nestes dias difíceis.

É preciso viver para superar. Se não nos permitimos viver uma situação desconfortável, não nos permitimos superá-la.

Lembra-te de que esse estado de desânimo não existia antes nem continuará existindo para sempre. Trata-se de uma estado transitório: viva-o e deixe-o ir embora.

Usar o seu tempo e a sua energia para pensar em tudo o que poderia ser e não é, servirá apenas para construir um cenário cada vez mais deprimente e desencorajador.

“Vai atrás de ti a mesma causa que te faz fugir”

Aquilo que buscamos, isto é, viver bem, encontra-se em todos os lugares, e vive melhor aquele que sente-se satisfeito estando onde está e fazendo o que deve fazer.

Mas aquele que está sempre desejando algo diferente do que dispõe no momento, esse vive frustrado.

O mais importante, nos diz Sêneca (4 a.C — 65 d.C), “não é o lugar, mas o estado de ânimo, pois o ânimo não é escravo de nenhum lugar”.

Perguntado certa vez sobre a inutilidade das viagens para a cura do desânimo, Sócrates (469 a.C. — 399 a.C) devolveu:

Por que te admiras de que em nada as viagens te beneficiem quando te levas contigo? Vai atrás de ti a mesma causa que te faz fugir.

E não só as viagens não nos beneficiam, mas toda agitação vã.

O fundamental é aceitar que estamos onde estamos e, partindo desta condição, sem inquietação ou desejo de fuga, fazer o bem a nós mesmos e aos que nos cercam.

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Erro 3: Você não é (apenas) o que acredita ser

Todos nós temos uma imagem muito bem estabelecida de nós mesmos. Carregamos dentro de nós uma autoimagem que nos diz o tipo de pessoa que somos.

Acreditamos tanto nesta visão que nos sentimos desconfortáveis quando ela é ameaçada.

Eis alguns exemplos deste fenômeno tão comum:

  • Você acredita ser motivado. Por isso, quando a desmotivação bate à sua porta, você sente que algo está muito errado;
  • Você acredita ser produtivo. Por isso, quando a falta de ânimo para produzir aparece, você vê isso como algo inaceitável;
  • Você acredita ser bom. Por isso, ao receber críticas que expõem seus defeitos de caráter, você se entristece.

A verdade é que você não é apenas o que acredita ser. Você é o que acredita ser, o contrário do que acredita ser e muitas outras coisas entre esses dois pólos.

Você não é sempre motivado, produtivo e bom. Muitas vezes você será o oposto de tudo isso: desmotivado, improdutivo e mal.

Um conhecimento mais completo de si

Como reduzir, então, este desconforto que sentimos quando nossa autoimagem é ameaçada? Devemos ampliá-la, tornando-a mais completa e verdadeira.

Convém que nela os contrários estejam presentes e não sejam causa de surpresa ou espanto.

O bom ânimo habita em você, mas o desânimo também. E embora este último seja um habitante indesejado, o fato é que ele habita em todos nós e resolve aparecer de vez em quando.

O desânimo resolveu nos visitar hoje? Tudo bem, há algum espaço para ele de vez em quando.

Erro 4: Não entender que o hoje é um presente

Sêneca, em carta ao seu amigo Lucílio, declara sua indignação com “aqueles que desperdiçam com coisas supérfluas a maior parte desse tempo que já não é suficiente para as coisas necessárias”.

Mas é o desânimo uma coisa supérflua?

É verdade que ele pode ser, em alguns casos, como veremos adiante, o sinal de que alguma coisa precisa mudar. Mas é também verdade que ele nos rouba o tempo e a vida.

Um dia de desânimo continua sendo, de qualquer forma, um dia de vida. Convém não desperdiçá-lo; convém fazer dele um dia minimamente útil.

“Mas como?”, perguntas. Ora, uma caminhada é imensamente mais útil do que entregar-se à uma lamentação supérflua.

Levanta-te, apanha o teu leito – isto é, recolhe o teu desânimo – e anda!

As duas estratégias que veremos adiante vão ajudar você a entender como fazer isso na prática.

Erro 5: Não entender que o desânimo é um sinal de que alguma coisa precisa mudar

Se o desânimo nos visita com regularidade temos aí um sinal de que algo precisa mudar. E felizmente, em um grande número de casos, uma mudança de perspectiva é suficiente.

Quase tudo o que nos faz sentir um desânimo repentino pode ser classificado em duas categorias:

  1. A criação mental fantasiosa. Tudo está indo razoavelmente bem, mas tememos que algo de ruim nos aconteça de repente e “caíamos em desgraça”.
  2. A ampliação exagerada de um problema. Temos um problema que é real, mas adicionamos a ele camadas de complicações e medos imaginários que o tornam muito pior do que ele realmente é.

É claro que existem desânimos cuja causa é concreta e facilmente reconhecida. Se, por exemplo, perdemos o nosso emprego ou um ente querido cai doente, temos razões objetivas para desanimar e entristecer.

Mas aqui estamos falando daquele tipo de desânimo mais sutil, que aparece “do nada”, sem uma razão clara.

Quando este tipo de desânimo bate à nossa porta a primeira coisa que costumamos fazer é pensar no que pode estar errado “do lado de fora”.

O que está me causando esse mal-estar?

Mas esta pergunta é inadequada. Diante de um desânimo repentino é quase sempre “para dentro” que precisamos olhar. Devemos observar o que sentimos, como sentimos e, principalmente, quais pensamentos estão circulando em nossa mente.

Esses pensamentos são realmente justificados? Seus conteúdos são verdadeiros? A minha experiência pessoal mostra que, na maior parte dos casos, não.

“Não achas que te preocupas demais?”

Anos atrás, num destes dias de desânimo e preocupação, escrevi para mim mesmo uma mensagem que costumo ler até os dias de hoje.

Ela tem sido um auxílio não só para mim, mas também para meus leitores, clientes e alunos. Eles sempre mencionam a verdade e a força motivadora que ela tem.

Essa mensagem foi tão importante para mim que a escolhi para ser a primeira meditação do meu livro 55 Meditações e Broncas:

Não achas que te preocupas demais e perdes o sono muito facilmente? Quantas vezes, afinal, esse teu temor de que coisas horríveis pudessem te acontecer tornou-se real? Não percebesse ainda que essas “fantasias de desgraça” que tens são apenas – como qualquer fantasia – uma mentira e que os problemas que elas usam para te plantar preocupações nunca são tão monstruosos quanto imaginas? Descansa em paz e retoma o teu trabalho quando estiver recarregado: nenhum desses problemas resistirá à força do teu empenho. Ânimo!

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Erro 6: Reclamar

Parecem poucas as situações em que uma reclamação produz bons frutos.

No mais das vezes, reclamar não é mais do que uma reação mais ou menos involuntária à insatisfação e ao desconforto.

Reclamar, em geral, nos é de pouco proveito. E parece existir em nós a consciência de que o hábito de reclamar é próprio dos indivíduos mais instáveis e desequilibrados.

Ora, se considerarmos os dias de desânimo como dias marcados precisamente por certa instabilidade e desequilíbrio, deduz-se não só a inutilidade mas o prejuízo causado pelo hábito de reclamar.

A queixa e a murmuração não são a via de combate que nos leva à vitória sobre o desânimo. São, na verdade, atos que o intensificam.

Os indivíduos mais equilibrados, por outro lado, parecem ser aqueles que abstêm-se de reclamar. São portadores de uma inteligência que os faz simplesmente saltar uma ação inconveniente sem deter-se nela, conservando assim a tranquilidade da alma.

As reclamações inquietam e aborrecem. Nos dias de desânimo o que convém é nos alimentarmos dos pensamentos e ações mais excelentes, ainda que estes sejam muito simples e fáceis.

A gratidão, remédio contra a reclamação

Remédio para a reclamação é a gratidão, que é “um segundo prazer que prolonga um primeiro, como um eco de alegria à alegria sentida”.

E que alegria pode-se sentir num dia de desânimo? Ora, todas as que foram sentidas outrora.

O desânimo não tem, por si mesmo, o poder de ocultar ou desfazer as alegrias do passado e do presente. Se o faz é porque lhe outorgamos o poder de fazê-lo.

Tudo o que nos faz sorrir e sonhar nos permanece acessível num dia de desânimo. E se não enxergamos esses bens não é por impossibilidade ou incapacidade, mas por desatenção.

É o esquecimento destes bens – ou a preguiça de atentar para eles – que torna a nossa vida miserável. E que bens são esses?, perguntas. A existência, o intelecto, o corpo, a liberdade, o alimento, a família, os amigos, a arte.

Tratam-se de bens dignos de serem celebrados com gratidão e que são para nós fonte permanente de consolo, conforto e alívio.

Erro 7: Não entender que os pequenos passos são sempre possíveis

Em dias de desânimo pode ser muito difícil fazer qualquer coisa e dar qualquer passo numa direção desejada. Mas este esforço contra a própria vontade pode ser a porta de saída para um estado de maior ânimo.

Não se trata, porém, de um esforço que busca nos sacudir com violência. Quem age por esforço exasperado resiste à ação mais do que consente nela.

E que não se pense também que essa ação deva ser necessariamente grandiosa ou heróica: pode ser meramente simbólica.

As pequenas tarefas, que podem até parecer insignificantes, desempenham importante papel nos dias de desânimo.

Arrume-se a cama e retire-se o lixo; escreva-se uma pequena frase do texto a ser produzido; caminhe-se num parque ou numa praça… Tudo isso “aplica força sobre um corpo inerte”, fazendo-o entrar em movimento.

E deste primeiro movimento podem surgir outros, mais orientados à nossa meta principal ou simplesmente mais desembaraçados do desânimo que nos oprimia.

Um engano sobre o bom uso do tempo

Não se deve acreditar que o único bom emprego do tempo consiste naquele trabalho disciplinado que visa sempre obter os bens que ainda não temos. Há momentos em que apenas afastar-nos do que nos prejudica já é fazer o melhor uso dele.

Há sempre um pequeno dever a ser cumprido, uma pequena oportunidade para o progresso.

Se a fonte do nosso desânimo é o cansaço físico, vamos aos deveres mentais; se é o cansaço mental, vamos aos deveres físicos.

Se estamos cansados de tudo, irritados e nervosos, vamos ao descanso, que também é um dever, desde que não converta-se em preguiça. “O descanso não é não fazer nada; é distrair-se em atividades que exigem menos esforço”.

Vale lembrar ainda que existem os deveres do espírito – o estudo, a oração, a meditação – e estes não devem ser esquecidos. São grandes aliados para vencer o desânimo.

Pequenas e boas ações são sempre possíveis, mesmo num dia de desânimo.

A prática delas torna-se mais fácil para aqueles que possuem um sistema de organização pessoal que lhes apresente sempre boas opções de tarefas para todos os momentos.

Se a desorganização é, para você, uma pedra de tropeço, eu posso ajudar. Conheça meus processos de coaching.

Duas Estratégias Para Vencer o Desânimo

Os sete erros que estudamos mostram-nos uma verdade: a vitória sobre o desânimo deve dar-se por uma espécie de combate pacífico. Toda violência que fazemos para vencê-lo parece piorá-lo.

Trata-se, portanto, em primeiro lugar, de consentir na sua presença, mas evitando que ela nos faça mergulhar na inquietação e na desordem.

Se nos preservarmos destes males, estaremos em boas condições para contra-atacar.

As estratégias que apresentarei a seguir serão nossas armas para combater e vencer o desânimo – ou pelo menos para atenuá-lo.

Tratam-se de estratégias simples e que você pode colocar em prática agora mesmo, se desejar. Nenhuma grande preparação ou esforço são necessários, exige-se apenas sua boa vontade.

Estratégia 1: A lista de atividades

A primeira estratégia consiste apenas em abrir espaço em nossa agenda para fazermos coisas que melhoram nosso ânimo.

Se possível, um dia inteiro pode ser dedicado à essas atividades benéficas.

Há anos mantenho para mim uma boa lista destas atividades. Costumo consultá-la em dias de pouca disposição para o trabalho.

Segundo essa lista, possuo algumas opções interessantes para os dias de desânimo:

  • Ir à praia;
  • Nadar no clube;
  • Pedalar “sem rumo” pela cidade;
  • Fazer uma caminhada contemplativa em um parque ou área verde;
  • Tomar um ônibus qualquer e observar a vida pela janela;
  • Ler quadrinhos ou graphic novels;
  • Consultar minhas obras morais favoritas;
  • Fumar uma boa mistura inglesa em meu cachimbo;
  • Assistir seriados, animes ou mangás;
  • Observar o trabalho alheio;
  • Apreciar obras de arte.

As atividades acima são apenas uma parte da minha lista. Ao todo, possuo 34 opções de atividades diversas.

Essa lista costuma ser muito útil em dias de desânimo e consultá-la costuma ser minha primeira atitude. Sempre encontro nela algo que, mesmo desanimado, me disponho a fazer.

Talvez não seja possível para você dedicar um dia inteiro para fazer apenas o que lhe é agradável, mas é sempre possível encontrar algum tempo para fazer algo que o ajude a combater o desânimo.

É por isso que a sua lista deve ser a mais diversificada possível. Ela deve conter atividades que necessitem de horas e outras que precisem de apenas alguns minutos.

Tomar um café e ler um pouco, fazer a barba e escutar música – e não apenas “ouvir música” – são algumas das minhas atividades mais simples. Elas levam pouco tempo e me fazem muito bem.

Estratégia 2: A cópia e a livre reprodução

Temos aqui uma estratégia sugerida pelo professor e filósofo francês Jean Guitton (1902 — 1999), que a concebeu para ajudar seus alunos nos momentos de angústia e fadiga.

Ele diz em O Trabalho Intelectual que a angústia pode ser vencida pela escrita:

A angústia também se pode utilizar [da escrita], basta escrevê-la um pouco descontraidamente para que se atenue e desapareça.

E em seguida, Guitton nos chama a atenção para a cópia:

Copiar é uma operação ainda mais fácil [do que escrever], e que pode nos agradar muito nos momentos de inferioridade.

E existem pelo menos duas maneiras de copiar:

  1. A “pura cópia”, que consiste em reproduzir fielmente um texto;
  2. A “cópia seletiva” ou livre reprodução, que consiste em copiar apenas o mais geral e, mesmo neste geral, copiar com modificações.

Na livre reprodução procura-se copiar modificando algumas expressões, inserindo sentenças pessoais breves e evitando, sempre com leveza e displicência, a simples reprodução exata.

Essas “cópias seletivas” são úteis porque nos permitem ocupar-nos com algo bom sem sofrer com as inquietações e obstáculos próprios do trabalho criativo.

E qual a utilidade destas cópias para vencer o desânimo? Além da evidente boa distração, que tira o nosso foco da angústia que nos oprime, é importante lembrar que “ninguém pode copiar sem incorporar”.

A escolha estratégica dos trechos a serem copiados é, então, de grande importância. Deve-se copiar aquilo que tem potencial para combater e dissipar o desânimo.

Um dos meus clientes, tendo aprendido comigo este método, disse-me que agora costuma vencer seu desânimo copiando livremente trechos das Meditações, de Marco Aurélio, das Epístolas de Sêneca e de alguns dos meus escritos.

Nos momentos de angústia devemos procurar uma boa influência, um fluxo orientado que oriente o nosso próprio fluxo. Certas obras de filosofia moral e ética são perfeitas para esse fim, mas cada um deve escolher os escritos de que mais gosta.

Posso Ajudar Você a Vencer o Desânimo?

Você reconhece a falta de um propósito de vida ou a baixa produtividade como causas do seu desânimo?

Se sim, quero oferecer a você minha ajuda.

Essas são as dificuldades nas quais me especializei como coach e educador. Desde 2013 dedico-me exclusivamente a ajudar os que se sentem perdidos na vida, desorganizados e improdutivos.

Meus programas de coaching são ministrados online através de atendimentos individuais. Estaremos frente a frente, eu e você, e juntos venceremos estas dificuldades que bloqueiam seu desenvolvimento e fazem você desanimar.

Se você estiver interesado(a) em receber minha ajuda você pode agendar uma primeira sessão comigo gratuitamente.

Neste primeiro encontro poderei conhecer melhor suas dificuldades e propor uma estratégia para vencê-las. Também conversaremos sobre suas dúvidas acerca do meu trabalho.

Clique AQUI para agendar sua Primeira Sessão (Gratuita) →

Para obter mais informações sobre o meu trabalho antes de realizar seu agendamento, você pode consultar os links abaixo:

Obrigado por me considerar uma opção para ajudar você. Me sinto honrado.

Conclusão: Vencer o Desânimo Requer Atenção, Estratégia e Sensibilidade

Parabéns por ter chegado até aqui. Espero que a leitura tenha sido enriquecedora e que você tenha agora a sua própria “caixa de ferramentas” para vencer o desânimo.

Para finalizar, eu adoraria saber a sua opinião sobre este artigo.

Comente abaixo e conte-me as suas impressões, dúvidas ou sugestões.

Uma última pergunta: você conhece alguém que poderia ser beneficiado por essas estratégias? Então compartilhe este artigo com ela (use os botões acima).

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Desejo o melhor para sua vida e estou aqui para ajudar você no que for preciso.

Um grande abraço!

O que fazer quando nada mais te anima