Como a imunidade inata estimula a imunidade adaptativa?

IL-1 Monócitos, macrófagos, células B, fibroblastos, maioria das células epiteliais

  • Febre, inflamação aguda, sépsis
  • Regula as moléculas de adesão
  • Recrutamento de neutrófilos
  • Fator ativador de osteoclastos
IL-2 Células T
  • Ativação e proliferação de células T
  • Proliferação e ativação de células NK
IL-3 Células T, células NK, mastócitos Estimulação do progenitor da hematopoiese IL-4 Células T, mastócitos, basófilos
  • Diferenciação e proliferação de Th2
  • Maturação de células B e mudança de classe para IgE e IgG
IL-5 Células T, mastócitos, eosinófilos
  • Crescimento e diferenciação de eosinófilos
  • Crescimento de células B, mudança de classe para IgA
IL-6 Monócitos, macrófagos, células B, fibroblastos, maioria das células epiteliais
  • Febre, produção de fase aguda
  • Crescimento de células T e B
IL-7 Medula óssea, células epiteliais do timo Diferenciação de células B, células T e células NK IL-8 Monócitos, macrófagos, células T, neutrófilos, fibroblastos, células endoteliais, células epiteliais
  • Principal fator quimiotático de neutrófilos
  • Angiogénese
IL-9 Células T
  • Proliferação de mastócitos
  • Crescimento de células T
IL-10 Monócitos, macrófagos, células T, células B, queratinócitos, mastócitos
  • Anti-inflamatório
  • Atenuação da resposta imune (↓ citocinas, inibição de células T e células NK)
IL-11 Células estromais da medula óssea
  • Produção de fase aguda
  • ↑ formação e maturação de megacariócitos
IL-12 Ativação de macrófagos, células dendríticas, neutrófilos
  • Formação de células Th2
  • ↑ IFN-ɣ
IFN-ɣ Células T, células NK
  • Regula a ativação de macrófagos e células NK
  • Ativação de macrófagos → granuloma
TNF-ɑ Monócitos, macrófagos, mastócitos, basófilos, eosinófilos, células NK, células B, células T, fibroblastos, células epiteliais tímicas
  • Pró-inflamatório
  • Extravasamento capilar
  • Recrutamento de leucócitos e citotoxicidade
  • Caquexia no cancro
Fator de crescimento transformador-β A maioria das células Anti-inflamatório

Como a imunidade inata estimula a imunidade adaptativa?

Vacinas 14 abr 2021 | AUTOR: Equipe Vacinas.com.br

A imunidade inata e a imunidade adquirida são componentes do nosso sistema imunológico. Enquanto a imunidade inata já consegue atuar contra um microrganismo assim que ele invade nosso corpo, a imunidade adquirida precisa se ativar ao entrar em contato com o antígeno para nos conferir a proteção necessária para determinadas infecções, isso também pode ocorrer através da vacina.

É necessário ressaltar a importância da vacinação em todos os momentos da vida. As vacinas não protegem apenas as pessoas que as recebem, mas também todos os grupos que não podem ser vacinados. 

O sistema imunológico é responsável por defender o organismo contra invasores estranhos ou perigosos aos quais somos expostos diariamente. 

Como a imunidade inata estimula a imunidade adaptativa?

Imunidade Inata ou natural

Os patógenos, conhecidos como microrganismos, podem causar doenças quando invadem o nosso organismo.

O sistema imunológico é responsável por todos os processos de defesa contra esses patógenos.

A imunidade inata ou natural é nossa primeira linha de defesa contra microrganismos invasores. Ela ataca todos esses microrganismos de forma inespecífica. Fazem parte da imunidade inata a pele, que é a barreira física contra a penetração de microrganismos, assim como o pH ácido do suco gástrico.

Mesmo se, com essas barreiras, o patógeno adentrar no corpo humano, possuímos os mecanismos internos, que incluem as células fagocitárias, responsáveis por ingerir e destruir esses microrganismos. As principais células fagocitárias são os neutrófilos, monócitos e os macrófagos. Além dessas células, os linfócitos NK (sigla em inglês que significa “células matadoras naturais”) e as células dendríticas participam da imunidade inata.

Como parte da imunidade inata existem também os interferons, que são polipeptídeos produzidos pelas células que estão infectadas por vírus. Eles atuam como mensageiros e protegem as células vizinhas contra a infecção viral, inibindo a capacidade de replicação do vírus nas células infectadas.

Há também o sistema complemento, que é formado por diversas proteínas que são ativadas quando um patógeno entra no organismo. Ele atua com o objetivo de destruir bactérias e aumentar a resposta inflamatória. 

Imunidade adaptativa ou adquirida 

A imunidade adaptativa, também conhecida como adquirida, reconhece cada patógeno e age de maneira específica para combatê-los. Além disso, ela cria memória imunológica, para que haja uma memória de defesa para saber como destruir aquele patógeno específico em caso de invasões futuras. 

A imunidade adaptativa pode se formar também após a imunização, o que torna as vacinas extremamente importantes para o fortalecimento do sistema imune.

Os antígenos são moléculas presentes nos patógenos que podem ser reconhecidas pelo nosso sistema imunológico. Eles são responsáveis por estimular tanto a imunidade inata quanto a adaptativa.

As células responsáveis pela imunidade adaptativa são os linfócitos T e B.

Há dois tipos de imunidade adaptativa:

A imunidade humoral (linfócitos B), é responsável por auxiliar no desenvolvimento de anticorpos, proteínas produzidas pelas células de defesa que reagem a um antígeno específico. Atua de modo que identifica o invasor e desencadeia mecanismos de defesa a fim de destruí-lo. 

Já a imunidade mediada por células (linfócitos T) depende da produção de linfócitos T, que são ativados com o objetivo de destruir o patógeno. Eles são classificados em linfócitos T auxiliares (chamados de T CD4) e citotóxicos (chamados de T CD8).

Ambos os tipos de imunidade são ativados pelos antígenos. Isso ocorre através da maturação dos linfócitos, que apresentam, em sua superfície, receptores capazes de reconhecer antígenos específicos e, assim, multiplicam as células de defesa para combater especificamente os invasores. Durante esse processo, uma parte das células, conhecidas como células efetoras, é direcionada para combater a infecção no momento em que ela está ocorrendo. Já a outra parte é designada para se tornarem células de memória, que não realizam a defesa no momento da infecção, mas ficam reservadas para combater futuras infecções com aquele mesmo patógeno. 

Qual a relação das vacinas com a imunidade?

As vacinas são feitas à semelhança dos microrganismos, mas com muito menor capacidade de causar dano à pessoa que se vacina. Elas visam estimular o sistema imune a proteger o organismo de infecções futuras que causariam determinadas doenças.

Tanto as imunoglobulinas do soro quanto a vacina possuem o mesmo objetivo, mas agem de maneiras diferentes no corpo humano. As diferenças entre soro e vacina estão em suas composições e na forma de atuação ativa ou passiva no organismo. 

Fique atento ao calendário vacinal e às campanhas de vacinação que ocorrem todo ano, como é o caso da vacina da gripe

Fontes

Anatomia e etc. com Natalia Reinecke. Imunidade Adaptativa: Sistema Imunológico. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ibNyve-nJSk&t=406s

Anatomia e etc. com Natalia Reinecke. Sistema Imunológico e Imunidade Inata. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=a6UuROhNXAQ&t=504s

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Comentários

Como a imunidade inata estimula a adaptativa?

A imunidade inata atua em conjunto com a imunidade adaptativa e caracteriza-se pela rápida resposta à agressão, independentemente de estímulo prévio, sendo a primeira linha de defesa do organismo. Seus mecanismos compreendem barreiras físicas, químicas e biológicas, componentes celulares e moléculas solúveis.

Como ocorre a resposta imune inata é adaptativa?

A resposta imune inata é uma resposta primária, rápida e inespecífica, pronta para atacar a qualquer momento. A resposta imune adaptativa tem os linfócitos T e B como principais células de defesa, desenvolvida após contato com vários antígenos imunogênicos.

Quem estimula a imunidade inata?

Os macrófagos produzem substâncias que atraem outros glóbulos brancos ao local de infecção. Eles também ajudam as células T a reconhecer os invasores e, desta forma, também participam da imunidade adquirida.

Como adquirimos a imunidade adaptativa?

2-Imunidade adaptativa, adquirida ou específica: Adquirimos ao longo da vida entrando em contato direto com microrganismos (ficando doentes ou não) e através da vacina. Além dos esforços acima mencionados para eliminar o patógeno também entrará em ação o sistema imunológico adaptativo/adquirido ou específico.