O que são gorduras vegetais hidrogenadas porque elas são consideradas altamente prejudiciais à saúde cardíaco?

28 de abril de 2018

Há muito pouco tempo atrás, a “Federal Drugs Administration” - (FDA), que é uma poderosa e influente entidade que controla as vendas de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, determinou que todos os produtos alimentícios mostrem nos seus rótulos as quantidades de um tipo específico de gorduras, as chamadas gorduras “trans”, usadas na sua fabricação. Este regulamento atinge uma ampla variedade de artigos, uma vez que as gorduras “trans” são adicionadas em centenas de produtos comercializados em todo o mundo para incrementar o sabor e, por conseguinte, o seu visual ou aparência. Mas os efeitos da decisão atingem de forma mais severa uma indústria bilionária: a das margarinas. Anunciadas durante décadas como um substituto saudável para a manteiga - rica em gorduras saturadas de origem animal, até então considerada vilã no aumento das taxas de ataques cardíacos -, elas (as margarinas) agora entram para o mesmo rol de artigos perigosos. Os principais institutos de pesquisa do mundo têm divulgado contínuos alertas de que as gorduras “trans” podem ser até mais danosas que as saturadas, contribuindo decisivamente para a elevação das taxas de colesterol no sangue. E o que é pior é saber, que os consumidores não tinham como saber o quanto dessas substâncias estavam ingerindo. “As gorduras “trans” eram um fantasma nos nossos alimentos”, afirma Margo Wootan, cientista do “Center for Science in the Public Interest”, dos Estados Unidos, que vinha solicitando a mudança dos rótulos desde 1994. Relativamente, e na França, onde a margarina surgiu no século passado sob encomenda de Napoleão, que desejava incluir na dieta das suas tropas um produto menos perecível que a manteiga, o “Instituto Nacional de Saúde e de Investigação Médica” - (Inserm), também recomendou à indústria a adopção de práticas semelhantes. Muitas pessoas trocam a manteiga, de origem animal, pela margarina. Através desse simples gesto, buscam uma alternativa vegetal mais saudável. Mas, será que isso é verdade? Vejamos, pois, qual a composição dos dois produtos e, nomeadamente, meditemos sobre as eventuais consequências desse consumo para a saúde? MANTEIGA Composição: creme pasteurizado obtido a partir do leite da vaca, cloreto de sódio, fermentos lácteos selecionados. A manteiga é um produto derivado do leite (com todos os agentes químicos que entram no corpo da vaca ao longo do seu tempo de vida), obtida por meio do batimento do creme de leite (nata), rica em gorduras saturadas e colesterol, que são altamente prejudiciais à saúde. Quando consumida em demasia, aumenta os níveis de colesterol, o risco de obesidade, cancro e doenças cardiovasculares. MARGARINA Composição química: gorduras vegetais hidrogenadas (que é uma reação química que ocorre quando uma molécula é obtida pela adição de hidrogénio a uma cadeia carbónica insaturada, que contém dupla ou tripla ligação), sebo animal, ácido sulfúrico, leite de vaca, soda cáustica, ácido benzóico, ácido butilo hidroxitolueno (explosivo), galato propila, corante artificial (CI, CII, etc.), aromatizantes artificiais (PI, PIV), antioxidantes artificiais (AV, AVI e AVIII), estabilizantes artificiais, vitamina “A” sintética ou acetato de vitamina A2,20.COC Co), e outros mais elementos químicos. Também, tal como foi anteriormente apontado, recebe átomos de hidrogénio na sua industrialização e, os respectivos fabricantes, ainda usam quinze diferentes produtos químicos. Um desses produtos, que foi também citado anteriormente, é altamente perigoso – é conhecido por ácido butilo hidroxitolueno – que quebra as estructuras do sebo de boi e conserva a amálgama. Surpreendente e dificilmente verificar-se-á uma margarina putrefeita nas prateleiras dos supermercados, isso acontece porque as substâncias químicas não permitem que a deterioração aconteça; pois bem, imagine o que essas substâncias causam no organismo humano. Muitas margarinas contêm gorduras vegetais hidrogenadas. Esse tipo de gordura foi criada pela indústria para ser uma alternativa à gordura saturada. Como não existe gordura no mundo vegetal – somente óleos – foi criado, então, um processo de transformação desses óleos vegetais em gordura sólida. Segundo vários estudos, os cientistas relacionaram o consumo dessa gordura vegetal a doenças metabólicas, como o aumento da cintura abdominal, diabetes tipo 2, alterações dos lipídeos sanguíneos, hipertensão arterial e esteatose hepática (fígado gorduroso). Outro factor preocupante é que a margarina pode aumentar em 53% a incidência de doenças cardíacas em mulheres quando consumida na mesma quantidade que a manteiga, segundopesquisa realizada na última década. O consumo desse produto também propicia o aumento dos níveis de colesterol e triglicerídeos e a diminuição do HDL (bom colesterol), por mecanismos indirectos. Na realidade, o grande mal da alimentação moderna são os alimentos que não existem na natureza e, consequentemente, serem estranhos ao organismo como carboidratos refinados, açúcar refinado e excesso de grãos. A gordura deve ser evitada, e isso todo o mundo sabe, mas é a gordura “trans”, mais todos os outros componentes “invisíveis” presentes em muitos produtos industrializados e alimentos fritos – que fazem com que muitas gorduras saudáveis acabam por transformar-se em “trans” ao serem aquecidas. Aqui fica a explicação, tal como havia prometido a todos os leitores deste painel semanal!

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Porque as gorduras vegetais hidrogenadas são consideradas altamente prejudiciais a saúde cardíaca?

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