Seja Criativo: Fuja das Desculpas Manjadas D1 Minha Sombra LIMA, Jorge de. Minha Sombra In: Obra Completa. 19. ed. Rio de Janeiro: José Aguillar Ltda., 1958. D1 Prezado Senhor, D1 Análise As três questões solicitam a habilidade de localizar informações explícitas em um texto. Itens desse tipo oferecem diferentes graus de complexidade, pois os dados solicitados podem vir expressos literalmente no texto ou na forma de paráfrase. Para responder corretamente, é preciso ter a habilidade de seguir
as pistas fornecidas. No caso da pergunta relacionada ao texto Seja Criativo: Fuja das Desculpas Manjadas, o caminho para chegar à resposta é ficar atento ao que aparece no primeiro parágrafo, linha 3. É necessário retomar o texto e localizar a informação que completa a frase "Os pais não acreditam em...desculpas." Para responder ao item ligado ao poema Minha Sombra, o caminho é localizar a passagem que apresenta uma ideia semelhante à imitação, já que esse termo não aparece no texto. O sexto
verso da primeira estrofe - "fazendo o que eu faço" - representa um jeito de dizer que se imita. A ideia aparece, portanto, na primeira estrofe, que mostra como é o comportamento da sombra pela manhã. Já a questão relativa ao texto Prezado Senhor, apresenta uma complexidade maior do que as anteriores. Para não se confundir com as alternativas propostas, o jovem tem de entender que o interesse dos alunos do Colégio Tomé de Souza não é o cotidiano, mas o cotidiano de nossa história. Ou seja, o
texto especifica muitos interesses, mas que ficam subordinados a um que é geral: História do Brasil. O Sapo Era uma vez um lindo príncipe por quem todas as moças se apaixonavam. Por ele também se apaixonou a bruxa horrenda que o pediu em casamento. O príncipe nem ligou e a bruxa ficou muito brava. "Se não vai casar comigo não vai se casar com ninguém mais!" Olhou fundo nos olhos dele e disse: "Você vai virar um sapo!" Ao ouvir esta palavra o príncipe sentiu estremeção. Teve medo. Acreditou. E ele virou aquilo que a palavra feitiço tinha dito. Sapo. Virou um sapo. ALVES, Rubem. A Alegria de Ensinar. Ars Poética, 1994. D3 Duas Almas WAMOSY, Alceu. Livro dos Sonetos. L&PM. D3 de um ninho" (v. 6), a expressão sublinhada dá sentido de um lugar Análise Ambas as questões testam a competência de inferir o sentido de uma palavra ou expressão. Aqui lida-se com diferentes níveis de significação dos termos e é preciso relacionar informações, observando o sentido denotativo e conotativo deles. Na primeira questão, ligada ao texto O Sapo, tem-se de acionar o repertório linguístico para inferir o significado no texto de "nem ligou". Essa é uma
expressão que os falantes de língua portuguesa usam cotidianamente. No caso, ela indica que o príncipe não deu atenção ao pedido de casamento e deve ser entendida no sentido figurado. Já a palavra "tepidez", relacionada ao texto Duas Almas, é um pouco mais difícil por não ser comum no repertório da garotada do 9º ano. No sentido literal, ela significa mornidão. Acertar a resposta requer um raciocínio com base nas informações sugeridas pelas palavras conhecidas. "Ninho", no sentido conotativo,
pode significar proteção e aconchego. Esse poderia ser um caminho para relacionar "tepidez" a aconchegante. O Drama das Paixões Platônicas na Adolescência Revista Escola, março 2004, p. 63 D4 Análise A habilidade requerida nesta questão é inferir uma informação implícita em um texto - aquela que não está presente claramente, mas pode ser concluída. Aqui, aparecem duas pistas para deduzir algo sobre Bruno: a determinação de Camila em conquistá-lo e a palavra "gato", que no sentido figurado significa rapaz muito atraente.
Considerando essas pistas, é fácil imaginar que Bruno chama a atenção das meninas. Vínculos, as Equações da Mamtemática da Vida MATARAZZO, Maria Helena. Amar É Preciso. 22. ed. São Paulo: Editora Gente, 1992, p. 19-21 D6 Análise Os textos são construídos basicamente de duas formas. Alguns (geralmente, os não-ficcionais) expõem explicitamente do que falarão, explicando isso por meio de conceitos. Os literários, sobretudo aqueles em prosa - como conto, fábula e romance -, apresentam o tema por trás do que acontece com os personagens. Vínculos, as
Equações da Matemática da Vida trata do casamento no passado e no presente. Chega-se à resposta observando algumas características.É um texto não ficcional e logo no primeiro parágrafo dele há palavras-chave: aliança e casamento. A partir do terceiro, surgem marcas temporais: antigamente, com o passar do tempo e atualmente. D7 Análise A tese é um ponto de vista assumido, apoiado por argumentos de causa e efeito - por exemplo, por dados e
informações. Essa questão avalia a habilidade de reconhecer a ideia central defendida pelo autor. Para respondê-la, é necessário primeiro considerar o "atualmente" que aparece no enunciado, já que o texto trata do casamento desde a Antiguidade. Dessa forma, o leitor tem de perceber que "preservar o 'eu' e o vínculo afetivo" é a temática desenvolvida pelo autor quando se refere ao casamento nos dias de hoje. As Amazônias SALDANHA, P. As Amazônias. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995. D6 Análise Neste item, que também avalia a capacidade de identificar o tema de um texto (como o de número 7), é preciso considerar que As Amazônias é predominantemente descritivo: muitos rios, belezas da floresta, matas sem fim, árvores altas, água em grande quantidade. Associar essas palavras citadas é o caminho para concluir que o assunto abordado são as características da região
amazônica. D14 Análise O leitor deve ser capaz de perceber num texto um fato da opinião relativa a ele. O primeiro pode ser comprovado por qualquer um mediante dados. A opinião é pessoal e subjetiva. O que conta aqui é perceber que uma ideia subjetiva do autor aparece na frase "não cansa de admirar as belezas...". D18 Análise Toda escolha de termos implica uma interpretação e é essencial reconhecer os diferentes sentidos deles em função da intenção do autor. Nesta questão, em que se pede o significado de "água que não acaba mais", deve-se compreender a linguagem figurada. A autora admira o
tamanho do Amazonas e usa uma expressão hiperbólica para enfatizar o volume de suas águas. D5 Análise Está em jogo aqui saber lançar mão de elementos gráficos e não verbais (desenhos, fotos, gráficos etc.) para ajudar a construir sentidos. Nesse caso, exige-se saber ler uma
tabela. A análise da coluna de valores permite comparar com facilidade os números e verificar que os maiores recursos vão para Roraima. Algumas alternativas exigem não só localizar e recuperar uma informação, mas comparar e estabelecer relações entre os dados da tabela. Há muitos séculos, o homem vem construindo aparelhos para medir o tempo e não lhe deixar perder a hora. Um dos mais antigos foi inventado pelos chineses e consistia em uma corda cheia de nós a intervalos regulares. Colocava-se fogo ao artefato e a duração de algum evento era medida pelo tempo que a corda levava para queimar entre um nó e outro. Não há registros, mas com certeza diziam-se coisas como: "Muito bonito, não? Você está atrasado há mais de três nós!" Jornal O Estado de S.Paulo, 28/05/1992. D12 Análise Com base no gênero do texto, o estudante tem de identificar o seu objetivo: informar, convencer, advertir, instruir, explicar, comentar, divertir, solicitar, recomendar etc. Ele deve perceber que para cada finalidade
predominante há certas características linguísticas mais comuns. O texto do jornal O Estado de S.Paulo informa sobre como, no passado, o homem usou sua engenhosidade para medir o tempo. Apesar de em alguns trechos ele narrar e descrever, o que predomina é o informar. Para encontrar a resposta, é importante relacionar o gênero ao contexto de produção e ao suporte de circulação. Texto I Texto II D20 Análise Nesta questão, comparando as informações veiculadas pelos dois artigos de opinião, o aluno tem de perceber que o temor de que os seres humanos sejam clonados aparece apenas no texto I. A dificuldade diante de um texto varia de acordo com o repertório trabalhadopelo
professor. Texto I A Criação Segundo os Índios Macuxis Texto II A Criação Segundo os Negros Nagôs D21 Análise Para chegar à resposta correta, o leitor tem de analisar criticamente os textos e perceber que na versão dos índios macuxis, tudo nasce de elementos da natureza. Já para os negros nagôs isso ocorre pela vontade de Olorum. Dessa forma,
ele constata a diferença que cada versão apresenta sobre a relação entre o criador e a criação. Assaltos Insólitos SANTANNA, Affonso Romano. Porta de Colégio e Outras Crônicas. São Paulo: Ática 1995. (Coleção Para Gostar de Ler). D2 " (l. 18-19), a expressão destacada substitui Análise A resposta a este item exige o reconhecimento dos elementos que dão coesão ao texto. Dessa forma, identificam-se quais palavras estão sendo substituídas, principalmente para evitar repetições e facilitar a continuidade dele.
O autor lançou mão da expressão "essa terapêutica atividade" para substituir outra e retomar uma ideia já citada: "uma pintura na garagem e na cozinha". D13 Análise Aqui, é preciso identificar o locutor e o interlocutor do texto nos diversos domínios sociais e perceber as variações da fala. Em
Assaltos Insólitos, "adentrar" é a única palavra das alternativas propostas raramente ouvida e que, portanto, caracteriza uso de linguagem formal. D11 Análise Para identificar o motivo pelo qual "o dono da casa livra-se de toda sorte de tragédias", a tarefa é estabelecer uma relação de causa e consequência
entre partes e elementos do texto, percebendo que "o rasgo de criatividade" - expressão citada pelo autor - é a ideia de farsa (mentira) que o dono da casa sustenta para os assaltantes. O Boto e a Baía da Guanabara HETZEL, B. Piraiaguara. São Paulo: Ática, 2000, p. 16-20. D11 Análise Nesta pergunta, é preciso entender o motivo pelo qual "os outros botos zombavam de Piraiguara". Isso fica evidenciado pela conjunção causal
"porque" - o conectivo mais comum para indicar as causas de algo proposto. D10 Análise Uma sequência de eventos contados por alguém e envolvendo personagens, em um determinado lugar e num determinado tempo, é o que forma a matéria literária das prosas narrativas. Nesse item, o objetivo é identificar o conflito gerador do enredo e os acontecimentos desencadeadores dos fatos da narrativa. No texto em questão, toda a
discussão entre os botos ocorre porque eles não compreendem o orgulho de Piraiaguara pelo Rio de Janeiro. Esse é o conflito gerador do enredo. As ações dos personagens evoluem ou porque há causas que as determinam, ou porque elas vão se sucedendo no tempo. D15 continuar sonhando acordado, você vai acabar sendo atropelado por um navio!" (l. 16-17), o termo sublinhado estabelece, nesse trecho, relação de Análise Há palavras que marcam a relação entre duas ideias próximas, que dão coerência ao texto, sinalizando a progressão do conteúdo. O leitor precisa perceber essa
relação lógico-discursiva, enfatizada por expressões que indicam tempo, lugar, comparação, causa, consequência etc. A conjunção se, no texto, indica circunstância de condição para que determinado fato se realize. O boto só vai ser atropelado caso continue sonhando. A Dor de Crescer MIRTES, Helena. In: Estado de Minas, 16 junho de 1996. D8 Análise A resposta requer o conhecimento de tipos de argumentação (causa e efeito, exemplificação, notório saber, dados etc.). É importante saber identificar as estratégicas linguísticas utilizadas pelo autor para defender uma tese. Nesse caso, depara-se com um argumento de causa. A
adolescência é um período de passage porque adolescentes sofrem mudanças biológicas e mentais. Há uma relação causal entre o ponto de vista do autor e o argumento usado para sustentá-lo. Revista Veja, 28/07/1999. D9 Análise Para conseguir discernir sobre o que é principal e o que é secundário, o caminho é refletir sobre a estrutura e a organização do texto. É necessário perceber que todas as ideias apresentadas ali são decorrentes da principal: "o sucesso da agricultura moderna". O crescimento populacional e o aumento da
área cultivada são consequências dela. Angeli. Folha de S.Paulo, 25/04/1993. D16 Análise Na tirinha que embasa esta questão, o sentido de humor aparece na última fala. Vale lembrar que o cômico é decorrência de uma distorção. No primeiro balão, Romeu dá a impressão de querer saber o que está oculto por trás do olhar de Dalila. Quando, em seguida, ela revela a tristeza que sente, ele considera sorte, por não se tratar de conjuntivite. Ou seja, rimos porque o último quadrinho distorce o aparente interesse
de Romeu pelo olhar da Dalila. O Encontro (fragmento) TELLES, Lygia Fagundes. Oito Contos de Amor. São Paulo: Ática. D17 Análise Os recursos de pontuação (travessão, aspas, reticências, interrogação, exclamação etc.) são expressivos e ultrapassam os aspectos puramente gramaticais. No trecho do texto destacado no item, as reticências sugerem incerteza. Vale lembrar que elas indicam um prolongamento do pensamento. Algo fica no ar, subentendido, para ser descoberto pelo leitor. É preciso reconhecer o sentido do sinal de
pontuação e não a regra. Magia das Árvores Máqui. Magia das Árvores. São Paulo: FTD, 1992. D19 Análise A tarefa aqui exige identificar mudanças de sentido decorrentes das variações nos padrões gramaticais da língua. No trecho destacado, as frases curtas aumentam o número de pausas,proporcionando um efeito de ênfase, fazendo com que o leitor tenha tempo para incorporar a ideia de que não existe solidão, nem entre as árvores nem entre as pessoas. O recurso já veio explicitado na questão.
O que falta é atribuir um sentido a ele. |