Quais são as competências gerais necessária para a formação e atuação de um profissional de educação física?

Quais são as competências gerais necessária para a formação e atuação de um profissional de educação física?
Quais são as competências gerais necessária para a formação e atuação de um profissional de educação física?
A compet�ncia profissional e o professor de Educa��o F�sica

Quais são as competências gerais necessária para a formação e atuação de um profissional de educação física?

 

Centro Universit�rio Fieo � UNIFIEO

Curso de Educa��o F�sica Osasco - SP

(Brasil)

�rika Magalh�es

Profa. Dra. Ana Cristina Arantes

 

Resumo

          A compet�ncia profissional envolve a capacidade que o professor tem para articular o conhecimento te�rico � sua pr�tica profissional. Partindo desse pressuposto, este estudo tem por objetivo discutir se os futuros profissionais possuem as compet�ncias indicadas pela literatura consultada. A metodologia empregada foi a descritiva, na qual a amostra constitui � se por dez futuros professores de Educa��o F�sica do UNIFIEO aleatoriamente escolhidos. O instrumento de pesquisa foi composto por um question�rio com quatro perguntas abertas; a coleta de dados foi realizada no UNIFIEO, onde os futuros professores concluir�o a gradua��o. Verificou � se que, dentre outros resultados, 31% define compet�ncia profissional por meio do preparo profissional e 54% relataram que a Disciplina Pr�tica de Ensino na gradua��o ofereceu situa��es de desenvolvimento da compet�ncia profissional. Desta forma, vimos que, desde a forma��o, o professor tinha predisposi��o � compet�ncia e as rela��es interpessoais. A partir desta an�lise, considero que n�o basta levar em conta o saber te�rico e desenvolver as habilidades �pr�ticas�. � preciso tamb�m querer aprender, disp�s � se a �correr riscos� e desejar estabelecer di�logos afetivos. � necess�rio ter percep��o e cr�tica pertinente; o �saber que sabe� de forma reflexiva. O bom docente conhece a dimens�o e o alcance do seu saber, conhece as suas implica��es e o rumo que o mesmo pode tomar. Conhecendo � se, pode estabelecer contato com os demais e, com alguma certeza, ensinar e aprender de maneira dial�tica.

          Unitermos

: Educa��o F�sica. Compet�ncia profissional. Doc�ncia.  
Quais são as competências gerais necessária para a formação e atuação de um profissional de educação física?
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - A�o 13 - N� 128 - Enero de 2009

Quais são as competências gerais necessária para a formação e atuação de um profissional de educação física?

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Introdu��o

    Este estudo tem por objetivo discutir quais s�o as compet�ncias inerentes a doc�ncia desej�vel de modo a favorecer um ensino significativo �queles sob responsabilidade de um bom professor em Educa��o F�sica. Somado a este item buscou � se especular quais seriam as estrat�gias que possibilitariam ao futuro docente adquirir conhecimentos e t�cnicas diversificadas para ministrar aulas com sucesso.

    Para Arantes (1997), a compet�ncia profissional envolve a capacidade de que o professor tem para articular o conhecimento te�rico � sua pr�tica profissional. Para tanto, parece ser prudente considerar as experi�ncias pessoais que o mesmo �carrega� desde a tenra idade, as viv�ncias acad�micas pelas quais passou, as situa��es que o sensibilizaram e que se iniciam no primeiro ano da licenciatura. Estas experi�ncias ser�o, por certo, ampliadas com sua inser��o no mercado de trabalho e no importante exerc�cio da forma��o continuada.

    A compet�ncia profissional envolve a capacidade do educador em articular os conhecimentos te�ricos � sua pr�tica profissional, levando em conta as suas experi�ncias profissionais e pessoais. Essa capacidade tem origem na forma��o inicial, sendo, posteriormente, ampliada com a forma��o continuada (MALACO, 2007).

Problema de pesquisa

    Os cursos de gradua��o �Licenciatura� t�m favorecido o desenvolvimento das compet�ncias profissionais � doc�ncia?

Justificativa

    O que se espera de um licenciado no t�rmino da gradua��o em Educa��o F�sica, � que o mesmo esteja apto e suficientemente c�nscio da responsabilidade profissional que a doc�ncia exigir�. Em se tratando das aulas de Educa��o F�sica, o professor, mesmo em in�cio de carreira, deve planejar e disseminar conhecimentos te�ricos e pr�ticos, inerentes � �rea qual seja; a constru��o de um saber ligado � motricidade humana. No entanto, cabe ressaltar , que mesmo sendo um especialista em movimento, ao elaborar seu plano do curso de Educa��o F�sica na escola, � imprescind�vel que se observe outras dimens�es humanas dentre outras os aspectos cognitivo e psicol�gico. Ent�o, para que as aulas tenham, a adequa��o e o sucesso esperado, parece ser interessante que se estude al�m do aspecto motor, itens tais como a rela��o interpessoal, a lideran�a e a comunica��o por exemplo (ARANTES, 1997).

    Desde a forma��o, espera � se que o futuro professor tenha predisposi��o � compet�ncia das rela��es interpessoais, quero dizer, que n�o basta levar em conta apenas o saber te�rico e desenvolver as habilidades �pr�ticas�. � preciso tamb�m querer, dispor � se a �correr riscos� e desejar estabelecer di�logos afetivos. Somado a estes, � necess�rio ter percep��o e cr�tica pertinente; o �saber que sabe� de forma reflexiva (MASSA, 2002).

    O bom docente deve conhecer a dimens�o e o alcance do seu saber, conhece as suas implica��es e o rumo que o mesmo pode tomar. Conhecendo � se, pode estabelecer contato com os demais e, com alguma certeza, ensinar e aprender de maneira dial�tica (GALV�O, 2002).

Objetivo do estudo

    O objetivo desta pesquisa � o de discutir se os futuros profissionais possuem a compet�ncia indicada pela literatura consultada para o exerc�cio da doc�ncia.

Revis�o de literatura

    Educa��o F�sica : defini��o

    �Consiste em formar h�bitos e atitudes que promovam o desenvolvimento harmonioso do corpo humano, mediante instru��o sobre higiene corporal e mental, sob v�rios e sistem�ticos exerc�cios, esportes e jogos� (MICHAELIS, 2001, p. 251).

    Definir Educa��o F�sica vai al�m da mera pr�tica regular e peri�dica de se fazer exerc�cios (ou esportes). A cada dia surgem conceitos ou vis�es mais amplas desta disciplina / componente curricular assumindo outros termos tais como educa��o postural, equil�brio das massas musculares, manuten��o das fun��es fisiol�gicas a favor do estado saud�vel do corpo, controle do peso corporal e da rela��o de for�a e resist�ncia muscular com percentuais de gordura, dentre outros... expandindo � se ou articulando � se, por exemplo, aos estudos s�cio � culturais, originando as abordagens cr�tico superadoras; da cultura corporal, a construtivista, s�cio construtivista.

    O c�digo de �tica da categoria profissional, elaborado e difundido pelo CONFEF / CREF citado por Feliciano e Lima (2006) explica:

    �A filosofia da Educa��o F�sica tamb�m refor�a a dimens�o �tica, discute seus valores, significados, leva a busca de um desempenho profissional competente, indicando a necessidade de um saber ou um saber fazer, que venha a efetivar � se como o saber ou um saber fazer, que torne o ideal sublime dessa profiss�o prestar sempre o melhor servi�o a um n�mero cada vez maior de pessoas, destacando n�o s� a dimens�o t�cnica mas, tamb�m a dimens�o pol�tica, como � desej�vel� (2006, p. 11).

    Tendo por base esse par�grafo, infere - se e refor�a � se a id�ia da �completude�, entendendo que um profissional / docente precisa reunir compet�ncias que n�o se restrinjam �s habilidades no caso motoras. Ao contr�rio faz � se necess�rio assimilar e praticar outras tantas compet�ncias.

O que � compet�ncia docente?

    O conceito de compet�ncia � multidimensional, dependendo do professor, dos alunos, da situa��o educacional e dos valores sociais que servem como base ao ajuizamento desta compet�ncia. Nessa vis�o a compet�ncia � vista como algo abrangente e dependente de v�rios fatores. N�o se pode, pois, dogmatizar um conceito de compet�ncia, por�m � poss�vel definir elementos componentes que fazem parte deste conceito.

    � importante, perceber que a compet�ncia � resultante de v�rios elementos da pr�tica pedag�gica, que envolvem os sujeitos nela presentes, hist�ria de vida, forma��o, por exemplo, como afirma Arantes (1997). Ainda segundo o importante autor franc�s Philippe Perrenoud (2000), cujo trabalho tem oferecido novos questionamentos acerca da compet�ncia docente, o processo ensino aprendizagem possui dez novas compet�ncias, a saber:

  1. Conhecer e dirigir situa��es de aprendizagem; conhecer a disciplina e seus conte�dos.

  2. Administrar a progress�o das atividades; conceber e administrar situa��es problemas.

  3. Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferencia��o; administrar a heterogeneidade da turma e fornecer apoio aos alunos com dificuldade.

  4. Envolver os alunos em sua aprendizagem e trabalho; suscitar o desejo de aprender, desenvolver a capacidade de auto � avalia��o.

  5. Trabalhar em equipe; elaborar projetos em equipe e formar e renovar a equipe pedag�gica favorecendo situa��es para o estabelecimento das rela��es �teis pessoais mais estreitas.

  6. Participar da administra��o da escola; elaborar e negociar um projeto da institui��o; administrar recursos da escola; envolver os alunos (participa��o).

  7. Informar e envolver os pais; dirigir reuni�es informa��es de debate; fazer entrevistas; envolver os pais na constru��o do saber.

  8. Utilizar recursos tecnol�gicos; utilizar editores de textos e utilizar � se da multim�dia.

  9. Enfrentar os deveres e dilemas �ticos; prevenir a viol�ncia na escola e fora dela e lutar contra os preconceitos e as discrimina��es sexuais, g�nero, �tnicas e sociais.

  10. Administrar sua pr�pria forma��o cont�nua; saber explicitar as pr�prias pr�ticas; projeto de forma��o comum com os colegas.

A forma��o do professor de Educa��o F�sica

    O papel do professor de Educa��o F�sica tradicionalmente � visto como o papel de treinador. Ele seleciona e organiza os conte�dos, a metodologia e a avalia��o, ele � disciplinador, ou seja, ele � �um treinador que vigia, dirige, aconselha, corrige� Ch�teau (apud GALV�O, 2002). Al�m disso, ele mant�m rela��es impessoais com os alunos, com o objetivo de garantir a sua autoridade.

    Mesmo apresentando atitudes de treinador, quando possui forma��o renovada em termos de pesquisa e de conhecimento, o mesmo tenta suprir as falhas detectadas quando a forma��o � tradicional, os resultados da pr�tica n�o se apresentaram muito definidos, � os conhecimentos derivados das ci�ncias � m�es n�o chegaram a influenciar definitivamente a pr�tica�, ou seja, os conhecimentos adquiridos, por exemplo, em disciplinas como fisiologia do exerc�cio, aprendizagem motora ou sociologia n�o s�o utilizados pelos professores em suas aulas, ficando a sua pr�tica pedag�gica atrelada ainda aos esportes tradicionais, ao gesto t�cnico ou � postura acr�tica Lawson (apud GALV�O, 2002).

    N�o h� garantia de que o conhecimento produzido nas sub � �reas de pesquisa, supracitadas, possa ser transportado para os diversos locais onde ocorre a pr�tica profissional, pois suas caracter�sticas podem ser variadas e complexas, ou seja, n�o � poss�vel generalizar esse conhecimento para a pr�tica pedag�gica do professor, pois o contexto da pr�tica n�o pode ser �controlado�. Esta forma de �exibir� conhecimento inicia � se na gradua��o ou ainda quando o futuro professor est� em fase de finaliza��o de curso.

A responsabilidade do professor

    O que se espera de um formando ao final curso de Licenciatura em Educa��o F�sica � que esteja apto e ciente de suas responsabilidades como docente, para disseminar e implementar conhecimentos te�ricos e pr�ticos sobre a motricidade humana por exemplo, que permitam ao ser humano: 

  1. otimizar suas possibilidades e potencialidades para mover � se de forma espec�fica ou gen�rica, harmoniosa e eficaz e 

  2. capacitar � se para, em rela��o � sociedade, adaptar � se, interagir e transform� � la, sempre na busca de uma melhor qualidade de vida.

    A gradua��o deve ser a respons�vel pela a forma��o da responsabilidade e da compet�ncia deste profissional. A Universidade deve estar atenta �s mudan�as e tend�ncias do mercado de trabalho para que os recursos humanos por ela formados tenham capacidade de nele atuar. A atua��o do licenciado deve voltar � se exclusivamente para a educa��o escolarizada, considerando � se a rela��o professor � aluno.

As caracter�sticas do professor bem sucedido em sua interven��o profissional

    O professor � respons�vel por muitas descobertas e experi�ncias que podem ser boas (ou n�o). Como facilitador, deve ter conhecimento suficiente para trabalhar tanto os aspectos f�sicos e motores, como tamb�m os componentes sociais, culturais, cognitivos e psicol�gicos (GALV�O, 2002).

    � tamb�m papel do professor transmitir, de forma consciente (ou n�o), valores, normas, maneiras de pensar e padr�es de comportamento para se viver em sociedade. Fica claro que n�o se pode transmitir esses aspectos descartando o aspecto afetivo, a intera��o professor � aluno.

    Quanto ao comportamento ou caracter�sticas t�cnicas, posso afirmar, que o bom professor conhece seus alunos e adapta o ensino as suas necessidades, incorporando a experi�ncia do aluno ao conte�do e incentivando sua participa��o; reflete e pensa sobre sua pr�tica; domina conte�do e metodologia para ensin� � lo; aproveita o tempo �til, tem poucas faltas e interrup��es; aceita responsabilidade e as exig�ncias dos alunos e do seu trabalho; usa eficientemente o material did�tico, dedicando mais tempo �s pr�ticas que enriquecem o conte�do; fornece feedback constante e apropriado; fundamenta o conte�do na unidade te�rico � pr�tica; comunica aos alunos o que espera deles e o por que (tem objetivos claros); sugere estrat�gias meta - cognitivas para os alunos e as exercita; estabelece objetivo cognitivo tanto de alto quanto de baixo n�vel; integra seu ensino com outras �reas;

Caracter�sticas afetivas

    O docente demonstra interesse, entusiasmo, vibra��o, motiva��o e ou satisfa��o com o ensino. � seu trabalho valorizar seu papel; o ensino � sua profiss�o de f� (professa a f� que acredita); desenvolve la�o afetivo forte com seus alunos; mant�m clima agrad�vel, respeitoso e amistoso com os discentes; � afetivamente maduro.

Caracter�sticas s�cio � pol�ticas

    Conhece a experi�ncia social concreta dos alunos; possui vis�o cr�tica da escola e de seus determinantes sociais; possui vis�o cr�tica dos conte�dos escolares.

    Somado a estes t�picos � poss�vel, ainda refletir a respeito do professor considerado bem � sucedido a sua pr�tica pedag�gica sob a perspectiva da dimens�o dos conte�dos, apresentada nos Par�metros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998 apud GALV�O, 2002). No referido documento os conte�dos escolares s�o abordados em tr�s dimens�es.

    A dimens�o conceitual

;refere � se a abordagem das regras t�cnicas, dados hist�ricos das modalidades e ainda reflex�es a respeito da �tica, est�tica, desempenho, satisfa��o, efici�ncia.

    A dimens�o procedimental

;esfera �do fazer� tem por base respeito ao conte�do ensinado pelo professor, que n�o deve girar apenas em torno das habilidades motoras e do esporte, mas tamb�m da organiza��o, sistematiza��o de informa��es e aperfei�oamento.

    A dimens�o atitudinal

;Inclui � se neste aspecto as normas, valores e atitudes. Esta dimens�o est� intimamente ligada n�o somente o aspecto te�rico, mas tamb�m o aspecto pr�tico; viv�ncia os conceitos.

    Estas compet�ncias, ao que tudo indica, fazem parte do �mundo virtual�, s�o fundamentos que �antecedem� a pr�tica docente. Para que a mesma se efetue os conceitos citados dever�o ser organizados em dimens�es: conceitual, procedimental e atitudinal.

Metodologia do estudo

    Esta coleta te�rica de informa��es possibilitou a constru��o de um instrumento de pesquisa no qual a amostra foi constitu�da com dez futuros professores de Educa��o F�sica do Centro Universit�rio Fieo � UNIFIEO. Como instrumento de pesquisa foi aplicado um question�rio com perguntas abertas pr� � estabelecidas. A coleta de dados foi realizada no UNIFIEO, onde que o futuro professor ir� concluir a gradua��o. Ap�s a coleta os dados obtidos, foram confrontados, comparados �queles levantados na revis�o de literatura.

Apresenta��o e discuss�o dos dados

    Os respondentes e suas caracter�sticas gerais

    Participaram desta pesquisa dez futuros professores de Educa��o F�sica do Centro Universit�rio FIEO.

    Os respondentes t�m em m�dia 27 anos de idade com desvio padr�o de 6,4 anos sendo que todos j� trabalham na �rea de Educa��o F�sica na condi��o de estagi�rios.

    Os dados referentes � compet�ncia profissional foram obtidos por interm�dio dos question�rios constando caracter�sticas pessoais (idade, sexo, estado civil e endere�o), tendo assinando o termo de consentimento informado.

Resultados e discuss�o

    A defini��o dos respondentes sobre � compet�ncia profissional, foi identificada no quadro 1.

    A metade dos futuros professores atuantes na �rea da Educa��o F�sica, destaca o item �preparo profissional� como sendo muito importante, isto �, o docente no entender do grupo, deve ter o conhecimento suficiente referente � profiss�o. Logo ap�s os respondentes, apontam a �sele��o de conte�dos� como outro aspecto significativo.

    Para Sobrinho (2007), o conceito sobre a compet�ncia profissional � multidimensional, pois pode depender de v�rios fatores relacionados com o professor, os alunos, a escola, os valores, a sociedade, buscar a desburocratiza��o do ensino, procurando um fazer pedag�gico contextualizado reflexivo e comprometido com as mudan�as do dia � a dia, fazendo com que a compet�ncia seja um caminho percorrido ao longo do processo educacional. Enfim, n�s seres humanos somos diferentes e nos colocamos diferentemente em situa��es diferentes. Talvez, para mim compet�ncia seja sin�nimo de estar presente nas aulas atuando como uma boa professora, mas, para outro, pode significar que compet�ncia seja tamb�m ensinar conceitos.

Quais são as competências gerais necessária para a formação e atuação de um profissional de educação física?

Quadro 1. Defini��o de compet�ncia profissional, no ponto de vista dos avaliados.

Legenda

  1. A forma que o professor se coloca frente ao aluno

  2. Sele��o dos conte�dos

  3. Preparo profissional

  4. Conhecimentos te�ricos e pr�ticos

  5. Boa did�tica

  6. Amor � profiss�o

  7. Fazer adapta��es

  8. Boa comunica��o

  9. Manter atualizado sobre a �rea

  10. Cumprir os hor�rios

  11. Sanar d�vidas

  12. Ter a a��o do feedback para os alunos

  13. Ter �tica

  14. Garantir diversos conhecimentos

  15. Respeitar o conhecimento pr�vio do aluno

  16. Promover atividades que envolve os aspectos f�sicos/motor, afetivo - social e cognitivo

    De acordo com Arantes (1997), a compet�ncia profissional � resultante de v�rios elementos da pr�tica pedag�gica, que envolvem os sujeitos nela presentes, hist�ria de vida, forma��o dentre outros, por�m nessa vis�o a compet�ncia � vista como algo abrangente e dependente fatores intr�nsecos.

    O preparo profissional foi � caracter�stica mais destacada pelos avaliados na defini��o sobre a compet�ncia profissional. Para Perrenoud (2000), esta caracter�stica baseia � se em conhecer e dirigir situa��es de aprendizagem, isto �, conhecer a disciplina e seus conte�dos, planejar situa��es did�ticas, levando em conta os conhecimentos pr�vios dos alunos, envolve - los em projetos de pesquisa e conhecimento, mas, o grupo de avaliados considera esses fatores, por�m em quantidade menor, sem a relev�ncia atribu�da a outro item ou como seria idealmente pretendida.

    Partindo da defini��o sobre compet�ncia apontada no quadro 1, observa � se algumas outras caracter�sticas complementares no quadro 2.

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Quadro 2. Caracter�sticas que qualificam o bom professor.

Legenda

  1. Ser coerente

  2. Ter �tica

  3. Gostar do que faz

  4. Ser respons�vel

  5. Ter �atitude�

  6. Compet�ncia

  7. Ter car�ter

  8. �sede� de conhecimentos

  9. Ser organizado

  10. Ser disciplinado

  11. Ser culto

  12. Conhecimento sobre a �rea

  13. Boa comunica��o

  14. Ser pontual

  15. Ter boa did�tica

  16. Respeitar limita��es dos alunos

  17. Favorecer a constru��o do conhecimento

  18. Boa rela��o interpessoal

  19. Incluir temas transversais

  20.     Os aspectos �ser respons�vel�, ter �conhecimento sobre a �rea� e �respeitar limita��es dos alunos�, representam a resposta para a metade do grupo de entrevistados.

        Galv�o (2002), sugere como caracter�sticas docente o conhecimento sobre os alunos; a adequa��o do ensino �s suas necessidades incorporando a experi�ncia do mesmo ao conte�do, incentivando sua participa��o e aceitando as responsabilidades e as exig�ncias discentes e do seu trabalho.

        Quando o futuro docente conclui a gradua��o espera � se que o mesmo esteja apto a exercer a fun��o de professor, sendo respons�vel em suas atitudes e palavras, implementando conhecimentos te�ricos e pr�ticos e que conhe�am seus os alunos bem como possuam informa��es sobre o ambiente a que pertencem.

        O professor deve ser uma pessoa que atua com responsabilidade. Quando assume uma classe, deve atuar totalmente voltado para educa��o escolarizada, considerando sempre a rela��o professor � aluno.

        O docente deve atuar de forma a atender todos os discentes adequando a aula ao n�vel de maturidade apresentada por eles; de forma subjacente, questiona � se as oportunidades, experi�ncias, viv�ncias que favoreceram o conceito daquilo que possa representar o ideal de �bom professor�.

        Na amostra pesquisada, a caracter�stica �bom docente� representa um fator de suma import�ncia quanto �s oportunidades, viv�ncias, experi�ncias ou disciplinas na faculdade, pelas quais passaram que tenham desenvolvido a compet�ncia profissional adequada. Estes dados est�o no quadro 3.

    Quais são as competências gerais necessária para a formação e atuação de um profissional de educação física?

    Quadro 3. Disciplinas, atividades ou experi�ncias que ofereceram situa��es para o 

    desenvolvimento da compet�ncia profissional adequada, na vis�o dos respondentes.

    Legenda

    1. Disciplina de Did�tica

    2. Disciplina de pr�tica de ensino

    3. Disciplinas da �rea de bacharelado

    4. Todas as disciplinas do curso

    5. Cursos de capacita��o

    6. Aulas pr�ticas na faculdade

    7. Est�gios de observa��o

    8. Ministrando aulas (est�gio remunerado)

    9. Disciplina de estrutura e funcionamento de ensino fundamental e m�dio

    10. Trabalhos em grupo

    11. Experi�ncias contadas por professores nas aulas

        A grande maioria apontou a Disciplina �Pr�tica de Ensino� como uma situa��o espec�fica na qual desenvolveu � se efetivamente a pr�tica da compet�ncia profissional.

        Para Arantes (1997), � na aula de Pr�tica de Ensino que o futuro professor dar� os primeiros passos no sentido de alcan�ar, perceber � se com seguran�a, se possui (ou n�o) capacidade de s�ntese, discernimento, lideran�a e aumentar� a t�cnica de ampliar o repert�rio e o acervo motor do aluno, sob a sua responsabilidade. � interessante que os futuros docentes no per�odo de forma��o, tenham acesso as informa��es sobre estas caracter�sticas.

        � por meio da gradua��o que os futuros docentes t�m oportunidade de aprender e usufruir a compet�ncia profissional. Para tanto, � necess�rio saber se os mesmos est�o aptos a exercer essa compet�ncia profissional ap�s a sua forma��o. Este assunto est� evidenciado no quadro 4.

    Quais são as competências gerais necessária para a formação e atuação de um profissional de educação física?

    Quadro 4. Estar apto ou n�o ao exerc�cio profissional, na vis�o dos futuros docentes da �rea de Educa��o F�sica.

    Legenda

    1. Sim

    2. � necess�rio uma especializa��o ou cursos

    3. Adquiriu uma base te�rica

    4. Falta a experi�ncia do dia � a � dia

    5. Em algumas �reas

    6. Totalmente n�o

    7. Tem muito que aprender

    8. Necess�rio tempo para adquirir experi�ncia

    9. Na �rea escolar

    10.     No quadro acima, a totalidade da amostra se julga apta para exercer a compet�ncia profissional logo ap�s a gradua��o.

          Entretanto, h� os que ressaltam que � bom fazer especializa��o, pois falta a experi�ncia do dia � a � dia. Outros est�o aptos para a �rea escolar, mas ainda t�m muito que aprender.

          Se pensarmos quanto � capacita��o profissional, o graduando no decorrer dos quatro anos do curso, convive com o exerc�cio profissional desde o primeiro dia de aula, pois � o momento em que se conhece os mestres que ir�o realizar o conte�do da disciplina contida na grade curricular da Universidade.

          Pode ser que essas pessoas que responderam sim as quest�es, ainda n�o estejam totalmente aptos, mas o m�nimo de conhecimento sobre o assunto eles tem, entretanto precisam refletir um pouco mais.

          Arantes (1997), ressalva que na forma��o profissional em Educa��o F�sica, o aluno dever� compreender a import�ncia e o significado do movimento, entender o processo de crescimento e desenvolvimento aplicado a atividade f�sica como meio de �express�o� pessoal e de integra��o com seus semelhantes.

          � de suma responsabilidade da Institui��o de ensino providenciar curr�culo e programas que abordassem estes t�picos acima, possibilitando a an�lise cr�tica, a viv�ncia e a experi�ncia, combinando � as com os aspectos individuais de personalidade necessidade, matura��o e motiva��o, al�m de respeitar a heran�a cultural e as peculiaridades regionais (ARANTES, 1997).

          A quest�o de estar apto (ou n�o) para exercer a compet�ncia profissional adv�m de v�rios fatores como: pessoais, profissionais, cultural, personalidade..., dentre outros. Cada pessoa transmite o que sente e o que � capaz de fazer. Se a pessoa se julga apta e na pr�tica isso n�o � revelado, seria aconselh�vel que se buscasse mais conhecimento e / ou experi�ncias para que pudesse exercer a profiss�o de forma adequada.

      Conclus�o

          Pode � se concluir que o conceito de compet�ncia � multidimensional e, nesta pesquisa, os futuros docentes apontaram in�meros pontos importantes para exerce � la durante a carreira profissional. A partir desta an�lise, considero que n�o basta levar em conta o saber te�rico e desenvolver as habilidades �pr�ticas�. � preciso tamb�m querer aprender, disp�s � se a �correr riscos� e desejar estabelecer di�logos afetivos. � necess�rio ter percep��o e cr�tica pertinente; o �saber que sabe� de forma reflexiva. Penso que se a maioria dos futuros docentes adquire ambos os conhecimentos que os autores destacam sobre a compet�ncia, estar�o no caminho correto para implementar os conte�dos e aprimorar a sua compet�ncia, ao mesmo tempo se aprofundar neste conceito em forma de pr�tica. No entanto, a Disciplina de Pr�tica de Ensino na gradua��o auxilia o futuro professor a ter bons conhecimentos e algumas experi�ncias quanto a pr�tica docente pretendida.

          O professor de Educa��o F�sica deve estar ciente de suas responsabilidades como docente perante seus alunos, a dire��o da escola, aos conte�dos a serem trabalhados e, principalmente no ambiente em que est� inserido, isto �, o bom docente conhece a dimens�o e o alcance do seu saber, conhece as suas implica��es e o rumo que o mesmo pode tomar. Conhecendo � se, pode estabelecer contato com os demais e, com alguma certeza, ensinar e aprender de maneira dial�tica. Para uma melhor perspectiva profissional, o futuro docente deve gostar do que faz e se envolver por inteiro, transmitindo seus conhecimentos e, ao mesmo tempo, deve estar apto para aprender junto com os alunos, sempre buscando renovar seu aprendizado e, sem d�vida, o professor deve apresentar tra�os de lideran�a, sendo uma caracter�stica fundamental para ministrar aulas de Educa��o F�sica Escolar.

      Refer�ncias

      • ARANTES, A. C. Compet�ncias b�sicas para ser um professor. Ministrando aulas de Educa��o f�sica infantil em um curso profissionalizante. Col�gio Brasileiro de ci�ncias do esporte. Renova��es, modismos e interesses. X Congresso Brasileiro de ci�ncias do esporte. Goi�nia � Goi�s. Anais � vol. 1. 25 � 25 de Out. 1997. p. 786 � 790.

      • ______ Educa��o f�sica infantil nos cursos de habilita��o espec�fica de 2� grau para o magist�rio em S�o Paulo. Disserta��o (mestrado), Escola de Educa��o F�sica USP. 1990. p. 34 � 40.

      • CERVO, A.L. , BERVIAN, P.A. Metodologia cient�fica. 5� edi��o. Afiliada. 2002. p. 66 - 68.

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      Outros artigos em Portugu�s

       
      Quais são as competências gerais necessária para a formação e atuação de um profissional de educação física?

      revista digital � A�o 13 � N� 128 | Buenos Aires,Enero de 2009  
      © 1997-2009 Derechos reservados

      Quais são as competências gerais da Educação Física?

      Experimentar, desfrutar, apreciar e criar diferentes brincadeiras, jogos, danças, ginásticas, esportes, lutas e práticas corporais de aventura, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo.

      Que competências são necessárias para a prática do professor?

      Para Zabalda (2000), as competências necessárias a um professor estão simplesmente baseadas em saber planejar, selecionar e organizar processos e conteúdos disciplinares e de ensino-aprendizagem, estar disposto a todo momento a oferecer informações e explicações aos discentes procurando ser comunicativo e esclarecedor, ...

      O que é necessário para ser um bom profissional de Educação Física?

      Como se tornar um bom profissional de educação física?.
      Aposte em uma boa formação. A formação no ensino superior é a porta de entrada para ter um registro profissional na área. ... .
      Especialize-se. ... .
      Use o dinamismo do mercado a seu favor. ... .
      Estabeleça metas. ... .
      Dê valor a sua profissão. ... .
      Se comprometa com seus alunos..

      O que é competência de um profissional docente quais competências Um professor precisa ter o que você destaca como imprescindível neste campo?

      Para isso, é importante que as informações sejam bem transmitidas — ou seja, que o professor tenha a habilidade de expressar claramente sua mensagem, instruindo e motivando o aluno. Na verdade, investir em uma boa comunicação é uma necessidade em qualquer área de trabalho.