Resumo A compet�ncia profissional envolve a capacidade que o professor tem para articular o conhecimento te�rico � sua pr�tica profissional. Partindo desse pressuposto, este estudo tem por objetivo discutir se os futuros profissionais possuem as compet�ncias indicadas pela literatura consultada. A metodologia empregada foi a descritiva, na qual a amostra constitui � se por dez futuros professores de Educa��o F�sica do UNIFIEO aleatoriamente escolhidos. O instrumento de pesquisa foi composto por um question�rio com quatro perguntas abertas; a coleta de dados foi realizada no UNIFIEO, onde os futuros professores concluir�o a gradua��o. Verificou � se que, dentre outros resultados, 31% define compet�ncia profissional por meio do preparo profissional e 54% relataram que a Disciplina Pr�tica de Ensino na gradua��o ofereceu situa��es de desenvolvimento da compet�ncia profissional. Desta forma, vimos que, desde a forma��o, o professor tinha predisposi��o � compet�ncia e as rela��es interpessoais. A partir desta an�lise, considero que n�o basta levar em conta o saber te�rico e desenvolver as habilidades �pr�ticas�. � preciso tamb�m querer aprender, disp�s � se a �correr riscos� e desejar estabelecer di�logos afetivos. � necess�rio ter percep��o e cr�tica pertinente; o �saber que sabe� de forma reflexiva. O bom docente conhece a dimens�o e o alcance do seu saber, conhece as suas implica��es e o rumo que o mesmo pode tomar. Conhecendo � se, pode estabelecer contato com os demais e, com alguma certeza, ensinar e aprender de maneira dial�tica. Unitermos : Educa��o F�sica. Compet�ncia profissional. Doc�ncia. http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - A�o 13 - N� 128 - Enero de 2009
Introdu��o Este estudo tem por objetivo discutir quais s�o as compet�ncias inerentes a doc�ncia desej�vel de modo a favorecer um ensino significativo �queles sob responsabilidade de um bom professor em Educa��o F�sica. Somado a este item buscou � se especular quais seriam as estrat�gias que possibilitariam ao futuro docente adquirir conhecimentos e t�cnicas diversificadas para ministrar aulas com sucesso.Para Arantes (1997), a compet�ncia profissional envolve a capacidade de que o professor tem para articular o conhecimento te�rico � sua pr�tica profissional. Para tanto, parece ser prudente considerar as experi�ncias pessoais que o mesmo �carrega� desde a tenra idade, as viv�ncias acad�micas pelas quais passou, as situa��es que o sensibilizaram e que se iniciam no primeiro ano da licenciatura. Estas experi�ncias ser�o, por certo, ampliadas com sua inser��o no mercado de trabalho e no importante exerc�cio da forma��o continuada. A compet�ncia profissional envolve a capacidade do educador em articular os conhecimentos te�ricos � sua pr�tica profissional, levando em conta as suas experi�ncias profissionais e pessoais. Essa capacidade tem origem na forma��o inicial, sendo, posteriormente, ampliada com a forma��o continuada (MALACO, 2007). Problema de pesquisa Os cursos de gradua��o �Licenciatura� t�m favorecido o desenvolvimento das compet�ncias profissionais � doc�ncia? Justificativa O que se espera de um licenciado no t�rmino da gradua��o em Educa��o F�sica, � que o mesmo esteja apto e suficientemente c�nscio da responsabilidade profissional que a doc�ncia exigir�. Em se tratando das aulas de Educa��o F�sica, o professor, mesmo em in�cio de carreira, deve planejar e disseminar conhecimentos te�ricos e pr�ticos, inerentes � �rea qual seja; a constru��o de um saber ligado � motricidade humana. No entanto, cabe ressaltar , que mesmo sendo um especialista em movimento, ao elaborar seu plano do curso de Educa��o F�sica na escola, � imprescind�vel que se observe outras dimens�es humanas dentre outras os aspectos cognitivo e psicol�gico. Ent�o, para que as aulas tenham, a adequa��o e o sucesso esperado, parece ser interessante que se estude al�m do aspecto motor, itens tais como a rela��o interpessoal, a lideran�a e a comunica��o por exemplo (ARANTES, 1997).Desde a forma��o, espera � se que o futuro professor tenha predisposi��o � compet�ncia das rela��es interpessoais, quero dizer, que n�o basta levar em conta apenas o saber te�rico e desenvolver as habilidades �pr�ticas�. � preciso tamb�m querer, dispor � se a �correr riscos� e desejar estabelecer di�logos afetivos. Somado a estes, � necess�rio ter percep��o e cr�tica pertinente; o �saber que sabe� de forma reflexiva (MASSA, 2002). O bom docente deve conhecer a dimens�o e o alcance do seu saber, conhece as suas implica��es e o rumo que o mesmo pode tomar. Conhecendo � se, pode estabelecer contato com os demais e, com alguma certeza, ensinar e aprender de maneira dial�tica (GALV�O, 2002). Objetivo do estudo O objetivo desta pesquisa � o de discutir se os futuros profissionais possuem a compet�ncia indicada pela literatura consultada para o exerc�cio da doc�ncia. Revis�o de literatura Educa��o F�sica : defini��o
Definir Educa��o F�sica vai al�m da mera pr�tica regular e peri�dica de se fazer exerc�cios (ou esportes). A cada dia surgem conceitos ou vis�es mais amplas desta disciplina / componente curricular assumindo outros termos tais como educa��o postural, equil�brio das massas musculares, manuten��o das fun��es fisiol�gicas a favor do estado saud�vel do corpo, controle do peso corporal e da rela��o de for�a e resist�ncia muscular com percentuais de gordura, dentre outros... expandindo � se ou articulando � se, por exemplo, aos estudos s�cio � culturais, originando as abordagens cr�tico superadoras; da cultura corporal, a construtivista, s�cio construtivista. O c�digo de �tica da categoria profissional, elaborado e difundido pelo CONFEF / CREF citado por Feliciano e Lima (2006) explica: Tendo por base esse par�grafo, infere - se e refor�a � se a id�ia da �completude�, entendendo que um profissional / docente precisa reunir compet�ncias que n�o se restrinjam �s habilidades no caso motoras. Ao contr�rio faz � se necess�rio assimilar e praticar outras tantas compet�ncias. O que � compet�ncia docente? O conceito de compet�ncia � multidimensional, dependendo do professor, dos alunos, da situa��o educacional e dos valores sociais que servem como base ao ajuizamento desta compet�ncia. Nessa vis�o a compet�ncia � vista como algo abrangente e dependente de v�rios fatores. N�o se pode, pois, dogmatizar um conceito de compet�ncia, por�m � poss�vel definir elementos componentes que fazem parte deste conceito. � importante, perceber que a compet�ncia � resultante de v�rios elementos da pr�tica pedag�gica, que envolvem os sujeitos nela presentes, hist�ria de vida, forma��o, por exemplo, como afirma Arantes (1997). Ainda segundo o importante autor franc�s Philippe Perrenoud (2000), cujo trabalho tem oferecido novos questionamentos acerca da compet�ncia docente, o processo ensino aprendizagem possui dez novas compet�ncias, a saber:
A forma��o do professor de Educa��o F�sica O papel do professor de Educa��o F�sica tradicionalmente � visto como o papel de treinador. Ele seleciona e organiza os conte�dos, a metodologia e a avalia��o, ele � disciplinador, ou seja, ele � �um treinador que vigia, dirige, aconselha, corrige� Ch�teau (apud GALV�O, 2002). Al�m disso, ele mant�m rela��es impessoais com os alunos, com o objetivo de garantir a sua autoridade. Mesmo apresentando atitudes de treinador, quando possui forma��o renovada em termos de pesquisa e de conhecimento, o mesmo tenta suprir as falhas detectadas quando a forma��o � tradicional, os resultados da pr�tica n�o se apresentaram muito definidos, � os conhecimentos derivados das ci�ncias � m�es n�o chegaram a influenciar definitivamente a pr�tica�, ou seja, os conhecimentos adquiridos, por exemplo, em disciplinas como fisiologia do exerc�cio, aprendizagem motora ou sociologia n�o s�o utilizados pelos professores em suas aulas, ficando a sua pr�tica pedag�gica atrelada ainda aos esportes tradicionais, ao gesto t�cnico ou � postura acr�tica Lawson (apud GALV�O, 2002). N�o h� garantia de que o conhecimento produzido nas sub � �reas de pesquisa, supracitadas, possa ser transportado para os diversos locais onde ocorre a pr�tica profissional, pois suas caracter�sticas podem ser variadas e complexas, ou seja, n�o � poss�vel generalizar esse conhecimento para a pr�tica pedag�gica do professor, pois o contexto da pr�tica n�o pode ser �controlado�. Esta forma de �exibir� conhecimento inicia � se na gradua��o ou ainda quando o futuro professor est� em fase de finaliza��o de curso. A responsabilidade do professor O que se espera de um formando ao final curso de Licenciatura em Educa��o F�sica � que esteja apto e ciente de suas responsabilidades como docente, para disseminar e implementar conhecimentos te�ricos e pr�ticos sobre a motricidade humana por exemplo, que permitam ao ser humano:
A gradua��o deve ser a respons�vel pela a forma��o da responsabilidade e da compet�ncia deste profissional. A Universidade deve estar atenta �s mudan�as e tend�ncias do mercado de trabalho para que os recursos humanos por ela formados tenham capacidade de nele atuar. A atua��o do licenciado deve voltar � se exclusivamente para a educa��o escolarizada, considerando � se a rela��o professor � aluno. As caracter�sticas do professor bem sucedido em sua interven��o profissional O professor � respons�vel por muitas descobertas e experi�ncias que podem ser boas (ou n�o). Como facilitador, deve ter conhecimento suficiente para trabalhar tanto os aspectos f�sicos e motores, como tamb�m os componentes sociais, culturais, cognitivos e psicol�gicos (GALV�O, 2002). � tamb�m papel do professor transmitir, de forma consciente (ou n�o), valores, normas, maneiras de pensar e padr�es de comportamento para se viver em sociedade. Fica claro que n�o se pode transmitir esses aspectos descartando o aspecto afetivo, a intera��o professor � aluno. Quanto ao comportamento ou caracter�sticas t�cnicas, posso afirmar, que o bom professor conhece seus alunos e adapta o ensino as suas necessidades, incorporando a experi�ncia do aluno ao conte�do e incentivando sua participa��o; reflete e pensa sobre sua pr�tica; domina conte�do e metodologia para ensin� � lo; aproveita o tempo �til, tem poucas faltas e interrup��es; aceita responsabilidade e as exig�ncias dos alunos e do seu trabalho; usa eficientemente o material did�tico, dedicando mais tempo �s pr�ticas que enriquecem o conte�do; fornece feedback constante e apropriado; fundamenta o conte�do na unidade te�rico � pr�tica; comunica aos alunos o que espera deles e o por que (tem objetivos claros); sugere estrat�gias meta - cognitivas para os alunos e as exercita; estabelece objetivo cognitivo tanto de alto quanto de baixo n�vel; integra seu ensino com outras �reas; Caracter�sticas afetivas O docente demonstra interesse, entusiasmo, vibra��o, motiva��o e ou satisfa��o com o ensino. � seu trabalho valorizar seu papel; o ensino � sua profiss�o de f� (professa a f� que acredita); desenvolve la�o afetivo forte com seus alunos; mant�m clima agrad�vel, respeitoso e amistoso com os discentes; � afetivamente maduro. Caracter�sticas s�cio � pol�ticas Conhece a experi�ncia social concreta dos alunos; possui vis�o cr�tica da escola e de seus determinantes sociais; possui vis�o cr�tica dos conte�dos escolares. Somado a estes t�picos � poss�vel, ainda refletir a respeito do professor considerado bem � sucedido a sua pr�tica pedag�gica sob a perspectiva da dimens�o dos conte�dos, apresentada nos Par�metros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998 apud GALV�O, 2002). No referido documento os conte�dos escolares s�o abordados em tr�s dimens�es. A dimens�o conceitual ;refere � se a abordagem das regras t�cnicas, dados hist�ricos das modalidades e ainda reflex�es a respeito da �tica, est�tica, desempenho, satisfa��o, efici�ncia.A dimens�o procedimental ;esfera �do fazer� tem por base respeito ao conte�do ensinado pelo professor, que n�o deve girar apenas em torno das habilidades motoras e do esporte, mas tamb�m da organiza��o, sistematiza��o de informa��es e aperfei�oamento.A dimens�o atitudinal ;Inclui � se neste aspecto as normas, valores e atitudes. Esta dimens�o est� intimamente ligada n�o somente o aspecto te�rico, mas tamb�m o aspecto pr�tico; viv�ncia os conceitos.Estas compet�ncias, ao que tudo indica, fazem parte do �mundo virtual�, s�o fundamentos que �antecedem� a pr�tica docente. Para que a mesma se efetue os conceitos citados dever�o ser organizados em dimens�es: conceitual, procedimental e atitudinal. Metodologia do estudo Esta coleta te�rica de informa��es possibilitou a constru��o de um instrumento de pesquisa no qual a amostra foi constitu�da com dez futuros professores de Educa��o F�sica do Centro Universit�rio Fieo � UNIFIEO. Como instrumento de pesquisa foi aplicado um question�rio com perguntas abertas pr� � estabelecidas. A coleta de dados foi realizada no UNIFIEO, onde que o futuro professor ir� concluir a gradua��o. Ap�s a coleta os dados obtidos, foram confrontados, comparados �queles levantados na revis�o de literatura. Apresenta��o e discuss�o dos dados Os respondentes e suas caracter�sticas gerais Participaram desta pesquisa dez futuros professores de Educa��o F�sica do Centro Universit�rio FIEO. Os respondentes t�m em m�dia 27 anos de idade com desvio padr�o de 6,4 anos sendo que todos j� trabalham na �rea de Educa��o F�sica na condi��o de estagi�rios. Os dados referentes � compet�ncia profissional foram obtidos por interm�dio dos question�rios constando caracter�sticas pessoais (idade, sexo, estado civil e endere�o), tendo assinando o termo de consentimento informado. Resultados e discuss�o A defini��o dos respondentes sobre � compet�ncia profissional, foi identificada no quadro 1. A metade dos futuros professores atuantes na �rea da Educa��o F�sica, destaca o item �preparo profissional� como sendo muito importante, isto �, o docente no entender do grupo, deve ter o conhecimento suficiente referente � profiss�o. Logo ap�s os respondentes, apontam a �sele��o de conte�dos� como outro aspecto significativo. Para Sobrinho (2007), o conceito sobre a compet�ncia profissional � multidimensional, pois pode depender de v�rios fatores relacionados com o professor, os alunos, a escola, os valores, a sociedade, buscar a desburocratiza��o do ensino, procurando um fazer pedag�gico contextualizado reflexivo e comprometido com as mudan�as do dia � a dia, fazendo com que a compet�ncia seja um caminho percorrido ao longo do processo educacional. Enfim, n�s seres humanos somos diferentes e nos colocamos diferentemente em situa��es diferentes. Talvez, para mim compet�ncia seja sin�nimo de estar presente nas aulas atuando como uma boa professora, mas, para outro, pode significar que compet�ncia seja tamb�m ensinar conceitos.
Quadro 1. Defini��o de compet�ncia profissional, no ponto de vista dos avaliados. Legenda
De acordo com Arantes (1997), a compet�ncia profissional � resultante de v�rios elementos da pr�tica pedag�gica, que envolvem os sujeitos nela presentes, hist�ria de vida, forma��o dentre outros, por�m nessa vis�o a compet�ncia � vista como algo abrangente e dependente fatores intr�nsecos. O preparo profissional foi � caracter�stica mais destacada pelos avaliados na defini��o sobre a compet�ncia profissional. Para Perrenoud (2000), esta caracter�stica baseia � se em conhecer e dirigir situa��es de aprendizagem, isto �, conhecer a disciplina e seus conte�dos, planejar situa��es did�ticas, levando em conta os conhecimentos pr�vios dos alunos, envolve - los em projetos de pesquisa e conhecimento, mas, o grupo de avaliados considera esses fatores, por�m em quantidade menor, sem a relev�ncia atribu�da a outro item ou como seria idealmente pretendida. Partindo da defini��o sobre compet�ncia apontada no quadro 1, observa � se algumas outras caracter�sticas complementares no quadro 2. Quadro 2. Caracter�sticas que qualificam o bom professor. Legenda Ser coerente Ter �tica Gostar do que faz Ser respons�vel Ter �atitude� Compet�ncia Ter car�ter �sede� de conhecimentos Ser organizado Ser disciplinado Ser culto Conhecimento sobre a �rea Boa comunica��o Ser pontual Ter boa did�tica Respeitar limita��es dos alunos Favorecer a constru��o do conhecimento Boa rela��o interpessoal Incluir temas transversais Os aspectos �ser respons�vel�, ter �conhecimento sobre a �rea� e �respeitar limita��es dos alunos�, representam a resposta para a metade do grupo de entrevistados. Galv�o (2002), sugere como caracter�sticas docente o conhecimento sobre os alunos; a adequa��o do ensino �s suas necessidades incorporando a experi�ncia do mesmo ao conte�do, incentivando sua participa��o e aceitando as responsabilidades e as exig�ncias discentes e do seu trabalho. Quando o futuro docente conclui a gradua��o espera � se que o mesmo esteja apto a exercer a fun��o de professor, sendo respons�vel em suas atitudes e palavras, implementando conhecimentos te�ricos e pr�ticos e que conhe�am seus os alunos bem como possuam informa��es sobre o ambiente a que pertencem. O professor deve ser uma pessoa que atua com responsabilidade. Quando assume uma classe, deve atuar totalmente voltado para educa��o escolarizada, considerando sempre a rela��o professor � aluno. O docente deve atuar de forma a atender todos os discentes adequando a aula ao n�vel de maturidade apresentada por eles; de forma subjacente, questiona � se as oportunidades, experi�ncias, viv�ncias que favoreceram o conceito daquilo que possa representar o ideal de �bom professor�. Na amostra pesquisada, a caracter�stica �bom docente� representa um fator de suma import�ncia quanto �s oportunidades, viv�ncias, experi�ncias ou disciplinas na faculdade, pelas quais passaram que tenham desenvolvido a compet�ncia profissional adequada. Estes dados est�o no quadro 3.
Quadro 3. Disciplinas, atividades ou experi�ncias que ofereceram situa��es para o desenvolvimento da compet�ncia profissional adequada, na vis�o dos respondentes. Legenda
A grande maioria apontou a Disciplina �Pr�tica de Ensino� como uma situa��o espec�fica na qual desenvolveu � se efetivamente a pr�tica da compet�ncia profissional. Para Arantes (1997), � na aula de Pr�tica de Ensino que o futuro professor dar� os primeiros passos no sentido de alcan�ar, perceber � se com seguran�a, se possui (ou n�o) capacidade de s�ntese, discernimento, lideran�a e aumentar� a t�cnica de ampliar o repert�rio e o acervo motor do aluno, sob a sua responsabilidade. � interessante que os futuros docentes no per�odo de forma��o, tenham acesso as informa��es sobre estas caracter�sticas. � por meio da gradua��o que os futuros docentes t�m oportunidade de aprender e usufruir a compet�ncia profissional. Para tanto, � necess�rio saber se os mesmos est�o aptos a exercer essa compet�ncia profissional ap�s a sua forma��o. Este assunto est� evidenciado no quadro 4.
Quadro 4. Estar apto ou n�o ao exerc�cio profissional, na vis�o dos futuros docentes da �rea de Educa��o F�sica. Legenda Sim � necess�rio uma especializa��o ou cursos Adquiriu uma base te�rica Falta a experi�ncia do dia � a � dia Em algumas �reas Totalmente n�o Tem muito que aprender Necess�rio tempo para adquirir experi�ncia Na �rea escolar No quadro acima, a totalidade da amostra se julga apta para exercer a compet�ncia profissional logo ap�s a gradua��o. Entretanto, h� os que ressaltam que � bom fazer especializa��o, pois falta a experi�ncia do dia � a � dia. Outros est�o aptos para a �rea escolar, mas ainda t�m muito que aprender. Se pensarmos quanto � capacita��o profissional, o graduando no decorrer dos quatro anos do curso, convive com o exerc�cio profissional desde o primeiro dia de aula, pois � o momento em que se conhece os mestres que ir�o realizar o conte�do da disciplina contida na grade curricular da Universidade. Pode ser que essas pessoas que responderam sim as quest�es, ainda n�o estejam totalmente aptos, mas o m�nimo de conhecimento sobre o assunto eles tem, entretanto precisam refletir um pouco mais. Arantes (1997), ressalva que na forma��o profissional em Educa��o F�sica, o aluno dever� compreender a import�ncia e o significado do movimento, entender o processo de crescimento e desenvolvimento aplicado a atividade f�sica como meio de �express�o� pessoal e de integra��o com seus semelhantes. � de suma responsabilidade da Institui��o de ensino providenciar curr�culo e programas que abordassem estes t�picos acima, possibilitando a an�lise cr�tica, a viv�ncia e a experi�ncia, combinando � as com os aspectos individuais de personalidade necessidade, matura��o e motiva��o, al�m de respeitar a heran�a cultural e as peculiaridades regionais (ARANTES, 1997). A quest�o de estar apto (ou n�o) para exercer a compet�ncia profissional adv�m de v�rios fatores como: pessoais, profissionais, cultural, personalidade..., dentre outros. Cada pessoa transmite o que sente e o que � capaz de fazer. Se a pessoa se julga apta e na pr�tica isso n�o � revelado, seria aconselh�vel que se buscasse mais conhecimento e / ou experi�ncias para que pudesse exercer a profiss�o de forma adequada. Conclus�o Pode � se concluir que o conceito de compet�ncia � multidimensional e, nesta pesquisa, os futuros docentes apontaram in�meros pontos importantes para exerce � la durante a carreira profissional. A partir desta an�lise, considero que n�o basta levar em conta o saber te�rico e desenvolver as habilidades �pr�ticas�. � preciso tamb�m querer aprender, disp�s � se a �correr riscos� e desejar estabelecer di�logos afetivos. � necess�rio ter percep��o e cr�tica pertinente; o �saber que sabe� de forma reflexiva. Penso que se a maioria dos futuros docentes adquire ambos os conhecimentos que os autores destacam sobre a compet�ncia, estar�o no caminho correto para implementar os conte�dos e aprimorar a sua compet�ncia, ao mesmo tempo se aprofundar neste conceito em forma de pr�tica. No entanto, a Disciplina de Pr�tica de Ensino na gradua��o auxilia o futuro professor a ter bons conhecimentos e algumas experi�ncias quanto a pr�tica docente pretendida. O professor de Educa��o F�sica deve estar ciente de suas responsabilidades como docente perante seus alunos, a dire��o da escola, aos conte�dos a serem trabalhados e, principalmente no ambiente em que est� inserido, isto �, o bom docente conhece a dimens�o e o alcance do seu saber, conhece as suas implica��es e o rumo que o mesmo pode tomar. Conhecendo � se, pode estabelecer contato com os demais e, com alguma certeza, ensinar e aprender de maneira dial�tica. Para uma melhor perspectiva profissional, o futuro docente deve gostar do que faz e se envolver por inteiro, transmitindo seus conhecimentos e, ao mesmo tempo, deve estar apto para aprender junto com os alunos, sempre buscando renovar seu aprendizado e, sem d�vida, o professor deve apresentar tra�os de lideran�a, sendo uma caracter�stica fundamental para ministrar aulas de Educa��o F�sica Escolar. Refer�ncias
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