Qual as os elementos que devem ser considerados na precificação do produto ou serviço?

Autor: Casa Magalhães Assunto: Data: 02/09/2020

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Você está prestes a ler o conteúdo mais completo sobre precificação de produtos…

Tão completo que dispensa apresentações.

Então, aconselho que além de lê-lo com atenção até o fim, você favorite esse conteúdo para acessá-lo sempre que precisar.

Boa leitura!

  • O que é precificação de produtos?
  • Quais são os tipos de precificação?
  • Quais os objetivos da precificação de produtos?
  • Como funciona a determinação de demanda? 
  • Como fazer a precificação de produtos? 
  • Tire aqui todas as suas dúvidas sobre Mark-up!
  • O que é Mark-up?
  • Qual vantagem do mark-up na precificação?
  • Como calcular o mark-up?
  • Como precificar produtos em períodos sazonais
  • Como avaliar se a precificação está bem ajustada para seu público?
  • As tecnologias podem ajudar a determinar os preços corretamente?
  • 4 razões para você usar um sistema de precificação de produtos!

O que é precificação de produtos?

A precificação de produtos é uma escolha estratégica, um processo que se nutre de princípios da administração, economia e marketing, tendo como propósito final garantir o lucro da atividade econômica das empresas.

Pensar na precificação da mercadoria é essencial antes de comercializá-la. Uma vez que essa tarefa deve estar relacionada ao seu custo de produção, ao valor agregado, à margem de lucro da empresa, giro de mercadorias na prateleira e no estoque, dentre outros aspectos financeiros.

Muitas vezes, você define preços de forma aleatória, não considerando todos os aspectos necessários.

Esse erro acaba impactando de forma negativa tanto para os clientes, que podem pagar um preço mais alto do que deveria, quanto para as empresas  que podem perder clientes se cobrar além do que deveria. Ou ainda, perder dinheiro por cobrar um valor menor.

Quais são os tipos de precificação?

Antes de mais nada, é preciso compreender o preço como parte da estratégia das empresas, como um supermercado, por exemplo. E o que isso significa? 

Que a precificação deve propor um valor sustentável que esteja alinhado aos objetivos da empresa, ao posicionamento da marca e ao tipo de cliente. Em seguida, você verá as 3 formas básicas de fazer a precificação de uma mercadoria:

Precificação de produtos baseada no custo

Nesse modelo, a empresa delimita uma porcentagem que é acrescida ao custo total dos produtos (incluindo os custos variáveis, fixos, indiretos e diretos). O percentual tem que ser determinado pela própria organização, sendo que não há uma recomendação específica.

Veja um exemplo:

Imagine que o percentual definido seja de 50%, e o custo total de produção da mercadoria é de R$ 120,00. Nesse caso, calcula-se o montante em percentual e soma-se ao custo total, ou seja:

R$ 120,00 x 50% = R$ 120,00 + R$ 60,00 = R$ 180,00

Essa é uma estratégia bem clara e precisa, todavia, também apresenta desvantagens, pois existem alguns custos que são de difícil mensuração, especialmente aqueles relacionados aos serviços.

Além disso, a precificação da mão de obra é difícil e o valor total do produto nem sempre pode estar de acordo com o valor agregado. Sendo assim, a precificação baseada em custo nem sempre é o modelo mais adequado.

Precificação baseada na concorrência

A precificação baseada na concorrência tem como objetivo analisar os preços praticados por ela e, desse modo, definir o valor cobrado pelo seu produto ou serviço.

A grande vantagem dessa técnica é a precisão quando você sentir dificuldade de mensurar o preço. Além disso, você mantém um preço adequado quando não souber a reação dos concorrentes.

Em contrapartida, as pequenas empresas tendem a ter mais dificuldades em precificar com base na concorrência, visto que organizações maiores conseguem ter preços mais competitivos por conseguirem trabalhar em escala.

Outros problemas desse modelo são o fato de os serviços, muitas vezes serem heterogêneos, dificultando assim a comparação entre as diferentes empresas. Como também a questão do valor agregado, visto que nem sempre o consumidor entenderá que o valor final será justo.

Precificação de produtos baseada na demanda

Nesse caso, você determina o preço dos produtos de acordo com o valor percebido pelos consumidores. Ou seja, o montante que eles estão dispostos a pagar pela mercadoria ou pelo serviço.

Entram nesse quesito não apenas a qualidade do produto, mas também o atendimento da empresa, a reputação que ele tem, a confiabilidade que passa, etc.

Esse modelo, portanto, é bastante vantajoso por considerar o consumidor — que, afinal de contas, é quem importa nessa relação de compra e venda. Por outro lado, também apresenta desvantagens, assim como os outros métodos.

Pra você ter uma ideia, um dos obstáculos nessa técnica é o ajuste dos valores monetários, que deve também abranger os preços não-monetários. Assim sendo, pode haver problemas para o consumidor pelo fato de que ele não tem conhecimento dos valores totais que envolvem o produto ou serviço.

Em outras palavras, nem sempre o preço é uma variável central para o cliente.

Agora que você entende como precificar seus produtos e quais estratégias utilizar, que tal conhecer os objetivos da precificação?

Compreenda melhor no tópico a seguir.

Quais os objetivos da precificação de produtos?

Como já falamos, o preço interfere em diversas outras variáveis. no entanto, quais são os objetivos da precificação?

Antes de definir os preços, é necessário entender qual o seu objetivo com a adoção destes preços. Isso facilitará muito a delimitação do valor de cada mercadoria e serviço, nesse caso podemos considerar alguns, são eles:

1° Sobrevivência

A sobrevivência acontece quando a empresa possui excesso de capacidade de produção, concorrência intensa, ou precisa se adaptar a uma mudança brusca na demanda dos consumidores. 

Como o próprio nome diz, o que se busca é a permanência da empresa no mercado e faz isso por meio da redução de preços para atrair clientes. Por fim, vale ressaltar que a sobrevivência é um objetivo de curto prazo.

2° Maximização dos lucros

Nesse objetivo você faz um levantamento de custo + demanda e preço. Portanto, você a define com a finalidade de maximizar o lucro.

Sua desvantagem é a dificuldade de definir demanda e custo, o que pode impactar negativamente a empresa porque, ao focar no curto prazo, ela acaba tendo problemas no longo prazo.

3° Maximização do faturamento

A diferença em relação ao objetivo anterior é que neste considera-se apenas a demanda, definindo o preço que aumenta o faturamento ao máximo. Com o passar do tempo, essa estratégia pode elevar a fatia de mercado em que a empresa tem participação.

 4° Potencialização do crescimento de vendas

É voltado a empresas que possuem a intenção de penetrar em mercados que são sensíveis a preços baixos.

Ao adotar este objetivo, você pratica pequenos preços. Como consequência, estimula o crescimento das vendas, enquanto os custos com a produção e a distribuição se reduzem devido à experiência de produção.

5° Maximização do aproveitamento do mercado

Aqui é onde as empresas estabelecem preços altos para selecionar o mercado. Portanto, você adota esse objetivo quando:

  • o  mercado possui grande demanda;
  • o custo de produção por unidade para volumes menores é baixo o suficiente para que não anule as vantagens do produto e seja absorvido pelo mercado;
  • o preço cobrado inicialmente não atrai a concorrência;
  • se quer passar uma ideia de produto superior.

Por exemplo, no meu bairro há uma loja que possui várias filiais em outros pontos da cidade. Entretanto, onde eu moro a loja tem um perfil varejão e os preços praticados são bastante inferiores se comparados as que estão presentes em bairros de “alto padrão”.

Não é à toa que em alguns desses bairros ela se autodenomina “loja conceito”.

6° Liderança de produto-qualidade 

Nesse caso, a empresa foca nas qualidades e vantagens de seu produto, destacando-o da concorrência.

Vamos supor que você seja uma pessoa que empreende no ramo de food-service, mais especificamente possua uma loja de Açaí.

Bom, eu não sei onde você vive, mas na minha cidade existe uma venda de Açaí em cada esquina.

Pare agora para pensar em um serviço de alimentação próximo onde você mora e que seja fácil de encontrar.

Então vamos lá, em meio a tantas outras como posso me destacar e ser o escolhido pelo público? Aqui vão algumas dicas:

→  Estude o produto do concorrente e veja o que falta no dele que você possa usar no seu;

→ o ambiente também conta muito, por isso favoreça um espaço agradável, onde os clientes sintam-se à vontade, sobretudo seguros;

São dicas básicas que eu trouxe para iluminar sua mente, e por mais simples que sejam, elas são importantes para que você dê o pontapé inicial em sua estratégia de precificação de produtos baseando-se na liderança.

Como funciona a determinação de demanda? 

Você já está ciente que a demanda é um fator importante para a precificação.

Sabem também que a análise apenas dos custos de produção é insuficiente para a definição de preço, sem contar que a demanda pode ser bastante óbvia ou também ser delimitada de acordo com estudos e mapeamentos.

De toda forma, é importante ressaltar que os preços praticados causarão impactos em níveis diferentes de demanda, interferindo também nos objetivos de marketing. 

E sem dúvida essa relação é estabelecida através de uma curva de demanda, que indicam os elementos que impactam a sensibilidade de preços.

Como por exemplo: a exclusividade do produto; compradores sem consciência de produtos substitutos; despesa pequena, se comparada à renda total; entre outros.

Quanto a isso, a curva de demanda é medida utilizando diferentes métodos, como:

  • a avaliação dos preços que já foram praticados;
  • a análise das vendas realizadas;
  • a variação sistemática da precificação em determinado estabelecimento, a pesquisa com consumidores, etc.

Outro ponto que deve ser considerado nessa determinação é a elasticidade da demanda, com a finalidade de entender melhor a relação estabelecida entre preços e vendas. Portanto, nesse sentido, a demanda será menos sensível a variação de preços quando:

  1.  não houver concorrência ou substitutos;
  2.  os compradores não percebem o valor maior;
  3.  Eles demoram para mudar os hábitos de consumo e buscar preços mais baixos;

E para finalizar, quando os compradores entendem que o aumento dos preços se justificam devido a outro fator, como o aumento da qualidade do produto, a elevação da inflação, etc.

Como fazer a precificação de produtos? 

Antes de entrarmos nesse tópico, preciso deixar claro que usar uma Ferramenta para Precificação de Produtos vai facilitar a sua rotina e evitar o trabalho manual na hora de realizar os cálculos que apresentaremos neste material. 

Passo 1: Conheça seus custos variáveis

O primeiro passo para a precificação de produtos consiste em conhecer bem os seus custos e despesas variáveis.

Eles se alteram de acordo com o volume de vendas realizado pela empresa. Outra etapa é lembrar sempre de considerá-los no momento de formar os preços.

Caso contrário, o faturamento gerado por sua empresa pode ser insuficiente para cobrir os gastos gerados na venda de suas mercadorias, causando prejuízos.

Uma vantagem que podemos destacar é que os custos variáveis geralmente são mais fáceis de identificar, pois estão diretamente ligados à aquisição ou fabricação das mercadorias, são eles: 

Matéria-prima, insumos produtivos e custo com mão de obra direta. 

Os valores acima valores são os responsáveis pela formação do custo do seu produto.

É importante que você saiba que as despesas variáveis são gastos que não estão diretamente ligados ao produto, mas que também variam de acordo com o volume de vendas. Por exemplo, as comissões, frete das mercadorias e tributos que incidem sobre o preço.

Falaremos um pouco mais sobre os tributos no próximo passo do nosso guia.

Passo 2: Saiba em qual regime tributário sua empresa se encontra

Apesar de também ser uma despesa variável, precisamos falar com um pouco mais de atenção sobre os tributos que incidem no preço de venda, visto que existem três tipos de regimes tributários no Brasil, são eles:

  • Simples Nacional: regime direcionado para micro e pequenas empresas (Receita bruta anual de R$ 3,6 milhões). Seus impostos são reunidos no Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) e sua alíquota de impostos vai ser determinada de acordo com a atividade da empresa, podendo variar de 4% a 22,45%;
  • Lucro presumido: regime voltado para empresas com receita de até R$ 78 milhões anuais. Nesse regime o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, incidem sobre uma margem pré-fixada pela legislação que são basicamente, de 8% para atividades comerciais e 32% para prestação de serviços. Já o PIS e a COFINS são cobrados de forma cumulativa, sobre o faturamento mensal;
  • Lucro real: regime focado em empresas que possuem receita maior que R$ 78 milhões. O PIS e a COFINS, como regra, são cobrados de forma não cumulativa e em um percentual de 9,25%. Já o Imposto de Renda e o CSLL são apurados periodicamente sobre o lucro real.

Se você tem alguma dúvida sobre em qual regime tributário a sua empresa está inserida, converse com seu contador antes de definir seus preços.

Passo 3: Defina a margem de contribuição desejada para seu produto

 A margem de contribuição é uma variável que deve ser definida com cuidado, visto que estabelecer uma taxa elevada pode reduzir a competitividade dos produtos e afastar clientes. Por outro lado, ao determinar um número muito baixo há a possibilidade de gerar perdas financeiras.

Mas o que fazer para não estabelecer um valor inadequado para a margem de contribuição?

Em suma, é importante analisar o mercado, considerando os preços praticados pela concorrência e qual o valor do seu produto para o cliente, ou seja, o quanto ele está disposto a pagar. Nesse caso, o ideal é estabelecer uma margem para cada produto fazendo com que seus preços sejam mais competitivos.

Mas observe, se a sua empresa se encontra em um mercado altamente competitivo, você pode optar por reduzir suas margens de contribuição para ganhar em volume de vendas e aumentar sua participação de mercado.

Em contrapartida, se a sua empresa tem um produto altamente diferenciado, ou tem um mercado pequeno, você pode optar por aumentar as margens de contribuição, abrindo mão do volume e ganhando mais em cada venda. 

É importante compreender que lucro e margem de contribuição (ou margem de lucro) são duas coisas distintas, pois o lucro corresponde à diferença entre as receitas obtidas com as vendas, os custos e despesas envolvidos em sua produção, veja:

Lucro bruto = Receitas de Vendas – Custos.

Já a margem de lucro representa o quanto a empresa ganha em cima das vendas, é uma porcentagem que compõe o preço.

MC = Receita obtida com o produto (custos variáveis do produto + despesas variáveis do produto)

Uma empresa pode ter lucro elevado com as vendas de determinado produto, mesmo que as margens de contribuição de cada unidade sejam baixas, para isso basta ter um volume alto de vendas.

Cuidado! Não confunda margem de contribuição com markup!

Estes são conceitos parecidos, porém, diferentes, vou lhe explicar: 

O markup é um percentual aplicado sobre o custo final do produto, cujo propósito é determinar sua lucratividade, por exemplo:

Você tem um produto com custo de produção de R$ 20,00 e resolve ter um markup de 50%, o que levará ao preço de R$ 30,00.O cálculo da margem de contribuição é a participação desse markup no preço final do produto. 

Em outras palavras, se você tem um markup de R$ 10,00, deve dividir R$ 10,00 por R$ 30,00, com isso, sua margem de contribuição é de 33,33%.

É importante estar atento a margem de contribuição do produto.

De acordo com os especialistas ela deve estar entre 30% e 60%, pois abaixo disso o produto dificilmente será lucrativo e acima disso o preço dificilmente será aceito pelo consumidor.

Passo 4: Realize os cálculos

Tendo em mãos todas essas informações, você está pronto para definir o preço do seu produto. Porém, caso você ainda não tenha a nossa ferramenta para a precificação de produtos, utilize a fórmula a seguir:

Preço de venda = Custos variáveis / 1 – (Margem de contribuição + despesas variáveis / 100 )

Ex: Preço de venda = R$ 200 / 1 – (10 + 10 / 100)  = R$ 200 / 0,8 = R$ 250

É importante lembrar que, como o custo e a margem de contribuição estão dentro do preço a margem sempre deverá ser menor que 100%.

Passo 5: Defina seu ponto de equilíbrio

Bem, nós já falamos sobre a precificação de produtos que é o objetivo principal deste guia. Então, você deve estar se perguntando o por quê de um quinto passo,vou te explicar…

Até o momento, falamos de três variáveis na formação de preços: custos variáveis; despesas variáveis; e margem de contribuição. Entretanto, nós sabemos que as empresas também têm despesas fixas que estão ligadas às operações da empresa e não variam de acordo com o volume de vendas.

E é sobre isso que falaremos neste quinto passo: o ponto de equilíbrio, também conhecido como break-even point ou ponto de ruptura.

O que é o ponto de ruptura?

É o volume de atividade operacional em que o total da margem de contribuição da quantidade vendida se iguala às despesas fixas.fazendo com que a empresa fique no zero a zero. Assim, quando a venda está maior que o ponto de equilíbrio, a empresa está tendo lucro.

Em outras palavras, o ponto de venda representa o mínimo necessário para manter o funcionamento da empresa, visto que é o quanto você precisa vender durante o mês para não ter prejuízo. Dessa forma, todo resultado superior ao ponto de equilíbrio representa lucro para sua organização.

Mas como definir o ponto de equilíbrio da empresa?

Basta somar todos os gastos fixos que o seu estabelecimento tem durante o mês e dividir pela margem de contribuição,veja:

Ponto de equilíbrio = Despesas fixas /Margem de contribuição

Passo 6: Trabalhe a percepção de valor como principal indicador de precificação de produtos

Quem é dono de restaurante tem uma grande facilidade para entender esse conceito, por exemplo, você já se questionou por qual motivo um mesmo prato pode custar até três vezes mais em um restaurante do que em outro? 

Se você pensa que é devido à localização do estabelecimento, acertou! E não apenas isso, o seu grau de sofisticação também conta muito. Dessa maneira, quando falamos em proposta de valor, nos referimos ao pacote, a todos os aspectos do produto que farão parte da experiência do cliente.

Nesse caso, são avaliados fatores como prazos, descontos, serviços adicionais, taxas de juros, reputação da marca, etc. Por considerar todos esses elementos, o valor percebido é a técnica mais interessante, já que busca remunerar os esforços para fazer a agregação de valores ao produto.

Só para exemplificar, por qual razão alguém abre mão de beber uma Coca-Cola por R$ 3,00 no bar da esquina para pagar o dobro pela mesma bebida no McDonald’s? 

Sem dúvida alguma, não é pelo refrigerante, mas pela experiência oferecida pelo McDonald’s.

Qual a desvantagem do valor percebido na precificação de produtos?

O problema dessa estratégia, contudo, é que as empresas que percebem seus produtos como sendo muito valorizados tendem a definir preços altos. Por outro lado, aqueles que acreditam que seus produtos valem menos estabelecerão valores mais baixos.

Para solucionar esse problema, é possível realizar uma pesquisa de mercado, que vai identificar os comportamentos dos consumidores, além de seus desejos e demandas.

Outra questão percebida na técnica de valor percebido é o posicionamento do produto. Afinal, se o estabelecimento pretende vender para um mercado de luxo, não pode determinar o preço por baixo, e vice-versa.

Passo 7: Monitore todas as variáveis relacionadas a preço e tome decisões ágeis

Até aqui você pôde perceber que a base de tudo é o custo do produto e que, a partir dessa variável, é possível determinar a margem de contribuição desejada e encontrar o ponto de equilíbrio, todavia, um produto pode ter diversos níveis de preço,são eles:

  • ideal: aquele que vai levar a uma venda altamente lucrativa;
  • satisfatório: aquele em que se obtém uma boa margem na venda;
  • aceitável: quando você consegue salvar o investimento e ainda obter um pequeno lucro;
  • salvação: é quando você faz promoções de preço que anulam completamente a lucratividade da operação, mas sabendo que o contrário disso seria acumular um prejuízo maior por causa do encalhe. 

Para você obter sempre preços entre ideal e satisfatório, a gestão tem que ser dotada de inteligência e agilidade, sob o mesmo ponto de vista para que isso seja possível, você precisa monitorar dia e noite todas as variáveis do seu negócio, e um exemplo disso é o estoque. 

Só para exemplificar, com um sistema qualificado de controle de estoque, você consegue monitorar o giro e o ciclo de vida das mercadorias e, ao mesmo tempo, poderá monitorar o comportamento em vendas de cada item na prateleira.

Tire aqui todas as suas dúvidas sobre Mark-up!

No passo 3,onde falamos sobre a margem de contribuição desejada para o produto, fizemos uma breve introdução sobre mark-up.

Por entender a importância dessa ferramenta na estratégia de precificação de produtos, resolvi criar um espaço só pra ela. Por isso, leia com atenção.

O que é Mark-up?

O mark-up consiste em analisar os custos de produção, distribuição, comercialização e divulgação do produto, e agregar uma taxa padrão ao custo do produto. Neste caso, desconsidera-se a demanda, a concorrência e o valor percebido pelos consumidores.

Qual vantagem do mark-up na precificação?

A vantagem do mark-up é que os custos de produção dos produtos em geral são mais fáceis de determinar e a porcentagem padrão extra serve como uma forma de abranger as outras variáveis.

Além disso, o mark-up considera uma variação de preços em períodos de sazonalidade de demanda ou de insumos, uma realidade presente nas empresas.

Portanto, os produtos que sofrem essa variação têm preços mais altos, como uma forma de cobrir períodos de menos vendas, custos altos de estocagem, escassez de matéria-prima, mercadorias com pouca saída, etc.

Como calcular o mark-up?

Para isso, você considera três passos:

  • Identificação dos percentuais relativos a despesas fixas e variáveis para cada unidade de produto ou serviço;
  • definição do lucro que se pretende obter para cada unidade de produto ou serviço.

Quanto a isso, a fórmula do mark-up é a seguinte:

100 / [100 – (despesas variáveis + despesas fixas + lucro pretendido)]

Para exemplificar, imagine um supermercado que tenha 10% de despesas variáveis, 10% de despesas fixas e queira 10% de lucro. Além disso, a produção de sua mercadoria tem um custo avaliado de R$ 50,00. Aplicando esses dados na fórmula, temos:

100 / [100 – (10+10+10)] = 100 / 100 – 30 = 100 / 70 = 1,4286

Nesse exemplo, 1,4286 é a taxa de mark-up. Logo, para chegar ao valor final cobrado pelo produto, basta multiplicar o custo de produção pela taxa de mark-up, ou seja:

R$ 50,00 x 1,4286 = R$ 71,43

E para aplicar essa fórmula, é importante verificar que não é possível definir uma margem de lucro superior a 100%. Além disso, vale a pena lembrar que o mark-up é uma das ferramentas mais utilizadas devido a três fatores:

  • A determinação de custos é mais fácil;
  • a maioria das empresas utiliza o mark-up, e isso tende a deixar os preços similares;
  • essa é considerada uma técnica mais justa, já que as empresas não se beneficiam com o aquecimento da demanda.

Por tudo isso, o mercado como um todo considera que o mark-up é o método mais seguro para determinar os preços.

Como precificar produtos em períodos sazonais

Em um mercado competitivo e dinâmico como o atual, a margem de lucro de um negócio é o principal indicador se a empresa vai sobreviver ou fechar as portas. Afinal, sem um ganho atrativo, é impossível manter um estabelecimento funcionando, não é mesmo?

Dessa forma, os períodos sazonais podem ser considerados uma excelente oportunidade para praticar uma nova precificação de produtos e otimizar os resultados de seu comércio. Confira, a seguir, como definir o preço ideal para as suas mercadorias!

Defina sua margem de lucro

Você já sabe que o lucro pode ser definido como a diferença entre o faturamento gerado pelas vendas de um produto os custos e despesas existentes. 

E, se a sua política de preços garante que o negócio apenas sobreviva. Isto é, sem proporcionar o ganho desejado, então, a sua estratégia está equivocada.

Nesse contexto, não existe uma margem de lucro que seja considerada ideal para todo tipo de empresa. Afinal, cada estabelecimento conta com processos, custos e despesas próprias.

Portanto, a sua busca deve ser pautada pelo equilíbrio, visando uma rentabilidade responsável e sustentável.

Dessa forma, antes de definir os valores ideais de sua margem de lucro, lembre-se que enquanto os preços baixos podem comprometer as finanças, os valores muito altos costumam afastar clientes e, consequentemente, encalhar as mercadorias no estoque..

Considere o mercado

É claro que em determinadas ocasiões — como o dia das mães, por exemplo — é possível realizar campanhas de vendas com valores mais competitivos para aumentar as metas e os resultados em datas comemorativas.

Analise seus concorrentes

Antes de determinar a precificação de produtos, verifique a existência de concorrentes com artigos ou serviços similares ao seu, já que isso pode influenciar diretamente na definição de seu valor ou estratégia de venda durante o evento.

Além disso, procure não entrar em uma guerra de preços com a concorrência. De certa forma, o outro comerciante pode ter conseguido condições melhores que você junto aos fornecedores — permitindo assim, que ele pratique preços mais competitivos.

Determine o seu posicionamento

Ok, você pesquisou a concorrência e chegou à conclusão que não é possível adotar os mesmos preços que os demais estabelecimentos.

Nesse caso, saiba que nem tudo está perdido, pois, dependendo da maneira como você se posiciona no mercado e do valor oferecido aos clientes, muitos consumidores estão dispostos a pagar mais caro por um produto diferenciado. Portanto, para definir boas ofertas de valor, considere as principais necessidades dos clientes.

Organize a sua loja

Você sabia que a fachada e a vitrine de sua loja funcionam como uma espécie de cartão de visitas do estabelecimento? Aliás, um expositor bem montado tem um impacto definitivo sobre o consumidor, fazendo com que ele tenha interesse em entrar e conhecer o lugar.

Além de refletir o conceito da marca, esses espaços devem ser construídos de maneira que os clientes sejam atraídos pelo bom gosto, beleza e disposição dos produtos. Por isso, quando for planejar o seu ponto de venda, procure tornar o ambiente agradável, atraente e favorável à realização das compras.

Invista em promoções por tempo limitado

Por falar em datas comemorativas, que tal surpreender os consumidores com promoções relâmpago e ofertas temporárias?

Além de dar um up nas vendas, essa técnica pode ser muito eficiente para destacar a sua marca entre a concorrência.

Procure identificar os produtos que são mais consumidos nessa época e elabore um planejamento estratégico para esses itens. Assim, você garante um aumento considerável em seu fluxo de vendas e, ainda, eleva a sua margem de lucros no período da promoção.

Pratique preços quebrados

Por fim, em vez de definir valores redondos em sua loja, aposte em preços quebrados como R$ 1,99, R$ 18,99, e daí em diante. O motivo é que esse tipo de cifra transmite ao consumidor a impressão de que o valor foi cuidadosamente pensado para ser justo.

Assim, mesmo que de forma inconsciente, o cliente considera que aquele preço é o menor número que o estabelecimento poderia cobrar pelo item sem perder o lucro. Como resultado, ele conclui a sua compra com a certeza de que fechou o melhor negócio.

É possível simplificar a precificação de produtos?

O cálculo — de modo resumido — de um preço é:

Custos + despesas + lucro = preço da venda

Em custos estão os valores dos insumos e o que mais a empresa gasta para produzir o que será vendido. Nas despesas estão os impostos e demais pagamentos que precisam ser realizados em razão da venda, e, claro, o lucro é o que remunerará a transação para o dono do negócio.

Para esse cálculo é preciso fazer um detalhamento em cada um desses fatores, além de fazer as considerações sobre mercado, público-alvo e demais observações que já listamos neste post.

Formas de simplificar o cálculo, no entanto, podem prejudicar a saúde financeira do negócio, pois não trazem um retrato fiel dos custos, despesas e lucros desejados

Como avaliar se a precificação está bem ajustada para seu público?

A resposta para essa pergunta não está somente em um cálculo matemático, mas também na análise do posicionamento do seu negócio.

Imagine, por exemplo, um bar que esteja em uma região nobre da cidade, faça drinks sofisticados e tenha um ambiente refinado. 

Cobrar preços muito baratos, ainda que para atrair um novo público em períodos sazonais, pode deixar o público desconfiado sobre a qualidade dos itens que serão utilizados no preparo.

Ou pior, que os valores originais dos seus serviços são extremamente inflados.

Ou seja, a tentativa de atrair novos consumidores pode fracassar e ainda comprometer o posicionamento do negócio. Os preços dos produtos devem ser compatíveis com o conjunto de diferenciais que oferecem, seja as características físicas, seja o status que seu consumo oferece.

As tecnologias podem ajudar a determinar os preços corretamente?

Quando falamos de preços e posicionamento, estamos mexendo em duas áreas fundamentais para o sucesso do negócio, suas finanças e relacionamento com seus clientes. Por isso, ter o máximo de organização e precisão à sua disposição é determinante.

Isso é o que um sistema de gestão de negócios pode oferecer ao empresário. Além de fazer todo o processo da venda, ele também pode permitir o planejamento de compras, controle de estoque e, a partir dos dados, dar mais clareza para os custos e despesas que farão parte da composição de preços.

Em eventos como o natal, carnaval, páscoa, o volume de vendas pode aumentar consideravelmente e, para aproveitar ao máximo esse movimento, é preciso ter um sistema que permita fazer seu processamento de forma ágil.

4 razões para você usar um sistema de precificação de produtos!

Tenha seus dados seguros

Toda precificação dos produtos da sua empresa é feita em planilha?

Você compartilha com uma ou mais pessoas? Ou ainda utiliza a velha caderneta, para anotar os preços dos seus produtos?

E se acontecer algum acidente com a caderneta ou alguém pegá-la e modificar os preços? Caso a planilha também seja adulterada, ou tudo se perca por conta de uma pane no computador? Você tem noção do quanto seria prejudicado?

Ao utilizar um sistema de precificação de produtos em sua loja, as informações ficam seguras, pois o acesso é limitado e feito apenas mediante a uso de senha. Outro ponto a se destacar é que caso seu computador dê problema, todos os dados ficam salvos em nuvem, ou seja, você não terá o trabalho de refazer tudo.

Reflita agora: quanto tempo você gasta com as planilhas e cadernetas? Quando investe em um sistema de precificação, você usa essas horas de outra maneira.

Reduza erros com um sistema de precificação de produtos

Quais métodos utilizados pela sua empresa para definir preços? Existem 2 formas bastante praticadas no mercado: o mark–up e a margem – esta considera o ICMS, Pis,Confins e outros impostos federais.

Diante do mix de produtos que sua loja dispõe, quanto tempo levaria para fazer esses cálculos? E qual a possibilidade deles saírem todos corretos?

Com a ajuda de um software de precificação de produtos, todos os cálculos serão feitos  pra você. Portanto, como você pode ver além de ganhar tempo, a tecnologia contribui para o aumento dos resultados da sua empresa.

Receba sugestões de precificação

Além de possibilitar a simulação de preços, é possível saber quais preços devem ser praticados sobre determinados produtos. E caso autorize, eles são atualizados automaticamente, caso contrário, poderá ser feito manualmente também.

Etiqueta eletrônica – RFID

O Radio Frequency Identification (RFID) é uma tecnologia de identificação, que coleta e transfere dados por meio de radiofrequência, fazendo comunicação com o sistema, onde desde que ele atualiza, manda uma carga para as etiquetas na loja, de forma automática e instantânea.

Um erro de alguns varejistas é pensar que um software de gestão é apenas para grandes varejistas, portanto um gasto desnecessário. Mas enquanto estes continuarem tendo esse tipo de pensamento, não crescerão, eu não estou desejando que seu negócio não prospere, pelo contrário.

Porém, é preciso compreender que uma precificação bem feita é importante para otimizar o processo, diminuir os erros e aumentar o lucro.

É hora de dar tchau! Mas espera que tem resumo!

E para te ajudar a lembrar melhor o que falamos ao longo desse conteúdo, vou fazer um resumão aqui, trazendo de volta os tópicos abordados. No conteúdo de precificação de produtos você aprendeu:

Que a precificação de produtos é uma escolha estratégica e que tem como finalidade garantir o lucro das empresas.

3° Quais são os tipos de precificação?

4° Quais os objetivos da precificação de produtos?

5° Como funciona a determinação de demanda? 

6° Como fazer a precificação de produtos? 

7° Tire aqui todas as suas dúvidas sobre mark-up!

8° Aprenda a precificar produtos em períodos sazonais!

9° Como avaliar se o preço está bem ajustado para seu público?

10° As tecnologias podem ajudar a determinar os preços corretamente?

11° 4 razões para você usar um sistema de precificação de produtos!

Agora sim é hora de dar tchau,mas antes deixa eu te pedir um favor, tenho certeza que esse conteúdo gerou muito valor pra você, por isso não sai sem antes preencher o formulário abaixo

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O que devemos considerar para precificar os produtos ou serviços?

Para precificar corretamente um bem ou um serviço, você deve considerar, além da cobertura total dos custos, o valor agregado da marca, os preços da concorrência, o perfil do consumidor que você quer atingir, entre outros fatores.

Quais são os elementos da precificação?

As principais técnicas de precificação existem são: markup, margem de contribuição e margem sobre o custo. Entenda como cada fórmula de precificação funciona a seguir.

Quais elementos devem ser analisados no processo de precificação?

Nesse caso, são avaliados fatores como prazos, descontos, serviços adicionais, taxas de juros, reputação da marca e etc. Por levar em conta todos esses elementos, o valor percebido é a técnica mais interessante, já que busca remunerar os esforços para fazer a agregação de valores ao produto.

Quais são os fatores que determinam a precificação de um produto?

Confira alguns fatores sobre preço de venda de um produto ou serviço que devem ser levados em conta:.
Custos de produção;.
Salários de colaboradores;.
Despesas fixas e variáveis;.
Lucro que se espera alcançar;.
Valores que a concorrência pratica..