Qual é o papel do professor entre o aluno e o processo de aprendizagem?

Qual é o papel do professor entre o aluno e o processo de aprendizagem?

Como o professor pode ajudar o aluno no processo de aprendizagem?

O professor deve olhar para o aluno de forma integral, buscando identificar suas diferentes dimensões formativas e como sua atuação – nessa função educadora -, responde ou dialoga com elas. ... Professor também deve ter o papel de aluno: deve aprender ao passo que ensina.

Qual a importância do professor para a formação dos alunos?

Além da formação acadêmica, o professor contribui para a formação e o desenvolvimento do aluno enquanto indivíduo e membro da sociedade, pois proporciona para ele experiências que vão além do âmbito intelectual.

Qual é o papel do professor na formação do cidadão?

Ele é capaz de influenciar a formação geral e humanista, educando o profissional para o exercício da cidadania. Atualmente, o professor no ensino superior forma profissionais capacitados e éticos, comprometidos com sua época e a comunidade, agentes da transformação.

Como estabelecer a relação entre professores e alunos?

  • A escola deve estabelecer em seu Projeto Político Pedagógico a relação entre professores e alunos como uma relação mais igualitária, dialógica, em que o professor não se coloca como aquele que detém todo o conhecimento, mas aquele que orienta percursos de pesquisa e de descoberta do conhecimento.

Como o professor deve compreender as famílias dos estudantes?

  • O professor deve compreender quem são as famílias de seus estudantes e estabelecer diálogo com as mesmas, estreitando relações e criando vínculos que fortaleçam o processo educativo dos estudantes. Ele também deve levar em consideração todo o tempo em que o aluno está na escola, e não só na sua sala de aula.

Qual o papel dos professores e estudantes na construção da escola?

  • Assim, professores e estudantes são fundamentais na articulação do projeto da escola e devem participar ativamente da sua construção. Na educação integral, todos são corresponsáveis e trabalham juntos na construção de uma educação de qualidade.

Como o professor deve acolher as diferenças no ensino-aprendizagem?

  • O professor deve acolher as diferenças e as considerar no processo de ensino-aprendizagem, reconhecendo que cada estudante aprende de uma forma diferente, tem um contexto próprio e precisa ser reconhecido como indivíduo.

Osmar Rufino Braga

No presente artigo, busco refletir sobre uma questão central no processo de ensino-aprendizagem: a relação professor-aluno e o desafio da excelência da formação dos educandos, considerando todas as suas dimensões.
A centralidade da questão reside no fato de a mesma trazer à tona o desafio, nada fácil de enfrentar e resolver, da construção de relações de proximidade e empatia com os educandos, visando a garantir a excelência do ensinar e do aprender, principalmente em sala de aula, de modo que essa relação favoreça o alcance dos objetivos da ação pedagógica. Podemos dizer, em última análise, que a qualidade, a efetividade e os impactos do processo de ensino-aprendizagem, em grande medida, dependem não só da seleção de conteúdos, organização e sistematização didática do trabalho, mas da relação de proximidade e empatia construída entre professores e alunos, tarefa inicialmente colocada para o corpo docente na atividade escolar.
Na primeira parte do artigo, contextualizo o problema, apresentando de forma abreviada a questão da relação professor-aluno no processo de ensino-aprendizagem.
Na segunda parte, procuro situar a questão da proximidade e empatia na perspectiva da dialogicidade de Paulo Freire, um dos autores que tomo como referência para refletir sobre o tema, objeto deste artigo. Defendo que a questão da construção de relação de proximidade e empatia com os educandos está relacionada à concepção que o professor tem do próprio processo de ensino-aprendizagem; à visão que tem sobre o seu papel e o papel dos educandos.
Na terceira e última parte, aponto algumas recomendações e estratégias para contribuir no enfrentamento do desafio acima indicado.

Não é o professor que define todo o plano do ensinar

A questão da excelência do processo de ensino-aprendizagem não é algo que pode ser garantido apenas pelo professor e pelas suas estratégias didático-pedagógicas. Ela é uma conquista e supõe o diálogo, a participação efetiva do aluno e, sobretudo, a construção de relações de proximidade e empatia com os estudantes.
Muitos professores vivem dramas terríveis porque não conseguem atrair e construir sentido e significado para seu projeto pedagógico. Não são poucas as estratégias que implementam no sentido de fazer com que  os alunos apresentem interesse e vontade de aprender os conteúdos que ministra e as atividades que realizam. Há casos em que os próprios alunos boicotam as aulas, constroem estratégias para driblá-las e apresentam-se apáticos para as mesmas.
Fica evidenciado que não basta ter um plano de aula bem estruturado, organizado e fundamentado. Da mesma forma, fica revelado que o plano do ensinar e do aprender supõe a construção de relações de proximidade, empatia e significado que vão além dos conteúdos estabelecidos pelo professor e de suas estratégias didático-pedagógicas. A construção dessas relações tem a ver com a concepção e a prática docente no que se refere ao próprio processo de ensino-aprendizagem e ao modo como os professores vêem os alunos, seu lugar e papel na ação pedagógica.

As visões sobre o ensino-aprendizagem e a relação professor-aluno

Afirmei que o plano de ensino-aprendizagem não garante necessariamente excelência na formação dos educandos. Ela é decorrente também das relações que o professor constrói com seus alunos e alunas, relações essas de proximidade, empatia e significado. Contudo, a construção dessas relações, a sua qualidade e consistência, bem como seus impactos no processo de ensino-aprendizagem, dependem da concepção que os professores apresentam do ensino e da aprendizagem, do modo como concebem seu papel, o papel dos alunos e como consideram o pensar e o fazer docente no contexto escolar.
Nesse sentido, grosso modo, pode-se falar em duas concepções e práticas: uma  autoritária e antidemocrática, ancorada numa visão de que o professor é “dono” do saber, é ele que detém o poder do conhecimento; é ele que sabe o caminho através do qual se ensina e se aprende. Essa visão, naturalmente, vai produzir um tipo de relação também autoritária com os alunos, uma vez que estes são vistos como “latas” onde o professor “sabe tudo” despeja seus conhecimentos e saberes. Estabelece-se assim uma relação pautada no autoritarismo e no não diálogo. O ensinar e o aprender assumem um caráter “bancário” e antidialógico, como dizia Paulo Freire (1987). A relação que se constrói não é de empatia e proximidade, mas de negação do outro como legítimo outro (MATURANA, 1998). O aluno, segundo essa visão, é visto como objeto da ação pedagógica e não como sujeito.
A segunda concepção e prática docente referente ao processo de ensino–aprendizagem pode ser caracterizada como dialógica (FREIRE, 1987). Essa concepção parte de outro pressuposto, onde a atitude dialógica é, antes de tudo, uma atitude de amor, humildade e fé no ser humano, no seu poder de fazer e de refazer, de criar e de recriar. Portanto, o “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção", (FREIRE, 1996, p. 21); o aprender, nessa perspectiva dialógica, é mais que uma relação de saber; é relação de existência de vida; aprender é uma modificação estrutural não do comportamento, mas da convivencia (MATURANA,1998). O processo de ensino-aprendizagem decorre então de uma relação entre parceiros, onde todos ensinam e todos aprendem. Numa relação como essa, onde professores e alunos se sentem acolhidos em seus saberes e experiências, constroem juntos o conhecimento, alegram-se juntos pelas descobertas que fazem, percebem juntos o movimento da vida e da convivência no ato de ensinar e aprender coletivamente, produzindo proximidade, empatia e significado.
Nesse sentido, a proximidade e a empatia podem ser consideradas como um instrumento da dialogicidade, na medida em que, quando nos juntamos para, parceiramente, descobrir, conhecer, resolver problemas, ficar juntos e referendar o outro no seu jeito de ver o mundo, de explicá-lo e mobilizar as experiências e saberes de que é portador, vivenciamos uma relação ontológica, uma relação de totalidade do ser, existencialmente produtiva, nunca uma busca objetivista do conhecimento, muito menos um esforço de uso do parceiro (FONSECA, 2000).

Concluindo...

Sabendo que a construção de relações de proximidade, empatia e significado, no processo de ensino-aprendizagem, será sempre um desafio, visto que é contextualizada, isto é, precisa considerar a história, o ambiente, as trajetórias formativas de professores e alunos, seus saberes e experiências, etc., pode-se apontar algumas recomendações que podem contribuir na superação do desafio de construir relações de proximidade e empatia, e perseguir a excelência no ensinar e no aprender. Destaco, pois, as seguintes:

1 – É preciso adotar uma postura dialógica, fundada na construção parceira do saber e na afirmação da vida de cada ator do processo educativo;
2 – Construir coletivamente um ambiente de aprendizagem onde todos possam ser escutados, sentirem-se acolhidos e valorizados em seus saberes e experiências, implicando o conhecimento das histórias, trajetórias, perfil dos alunos, de seus gostos, problemas e dificuldades;
3 – Estabelecer, em cada aula ou espaço de ensino-aprendizagem, condições alegres e bonitas para se trabalhar, vivenciando momentos de inquietação epistemológica, produção individual e coletiva, sistematização e valorização das descobertas, procurando identificar os significados da convivência pedagógica;
4 – Trabalhar o gosto pela curiosidade e a investigação, motivando e fomentando atitudes e práticas produtivas, procurando dar um sentido social para a produção do saber;
5 – Criar espaços de avaliação, entendendo-a não só como aferição de resultados do ensino-aprendizagem, mas como identificação dos sentidos e significados do saber e do fazer epistemológico e social.

Finalizo este artigo, reforçando a ideia de que não haverá excelência no processo de ensino-aprendizagem se não houver uma busca permanente por uma excelência nas relações de convivência, no ambiente ou espaço de aprendizagem, entre professores e alunos. É no espaço da convivência, onde se dá a proximidade e a empatia, que o ato de ensinar e aprender se efetiva, ganha sentido e significado.

Referências

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17ª. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
FEITOSA, Sonia Couto Souza . "Método Paulo Freire: princípios e práticas de uma concepção popular de educação" Dissertação de mestrado defendida na FE-USP (1999).
FONSECA, Afonso H Lisboa da. As Condições Facilitadoras Básicas como Princípios do Método Fenomenológico-Existencial: II. A relação empática. empatia e dialogicidade. 2000.
MATURANA, Humberto. Emoções e linguagem na educação e na política. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1998.

Qual é o papel do professor é o do aluno no processo de aprendizagem?

Ele deve ser um mediador, facilitador e articulador do conhecimento e não apenas aquele que detém a informação. Ele deve atuar como um pesquisador, que provoca o aluno a ser também curioso e descobrir a partir de seus próprios questionamentos. Deve convidar o estudante a ver a realidade como seu objeto de estudo.

Qual o papel desempenhado por professor a é aluno a no processo de ensino

Estas colocam o professor como um mediador e facilitador do processo de aprendizagem e as metodologias ativas como práticas pedagógicas que envolvem os alunos, impulsionando-os a serem construtores e responsáveis pelo próprio entendimento, formando pesquisadores, com iniciativa, senso crítico, curiosidade e ...