Qual foi a mensagem transmitida pela cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio?

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A quatro vezes campeã de slam e superestrela japonesa do tênis foi a última pessoa a carregar a chama no Revezamento da Tocha Olímpica na Cerimônia de Abertura de Tóquio 2020.

Naomi Osaka acende a pira Olímpica de Tóquio 2020
(Foto: 2021 Getty Images)

Que os jogos comecem - a pira Olímpica foi acesa.

A estrela do tênis Naomi Osaka do Japão teve a honra distinta de ser a última pessoa a carregar a chama no Revezamento da Tocha, acendendo a pira dentro do estádio Olímpico para os Jogos Olímpicos Tóquio 2020.

Osaka, 23, é quatro vezes campeã de slams no tênis e está fazendo sua estreia Olímpica. Ela ganhou seu quarto major no Australian Open no começo de 2021.

O acendimento da pira por ela foi um dos momentos finais de uma emocionante Cerimônia de Abertura, abrindo o caminho com esperança para o mundo e reforçando a mensagem de "Stronger Together" (Mais Fortes Juntos), que foi abraçada nesses Jogos.

Dentro do Estádio: a pira é acendida

O acendimento da pira marcou o último passo de uma longa jornada do Revezamento da Tocha, que começou em 25 de março de 2021. A tocha é desenhada na forma de uma flor de cerejeira, um símbolo que toca os corações do povo japonês.

A tocha entrou no estádio Olímpico carrega pelos campeões Olímpicos Nomura Tadahiro (judô) and Yoshida Saori (luta) e foi passada às lendas do beisebol japonês Hideki Matsui, Shigeo Nagashima e Oh Sadaharu.

Então um par de profissionais da saúde recebeu a chama, passando-a à sete vezes campeã Paralímpica Tsuchida Wakako. Tsuchida a chama chegou a jovens japoneses antes de ser entregue a Osaka.

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Demorou um ano a mais do que o esperado, mas a Chama Olímpica está novamente acesa, e agora tem o Japão como casa. Fogos, homenagens e a celebração da resiliência do esporte em um dos momentos mais duros da história recente da humanidade marcaram a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio, que aconteceu nesta sexta-feira (23).

Com a capital do Japão ainda vivendo dias difíceis no combate à pandemia da COVID-19, os atletas se depararam com as arquibancadas vazias no recém-construído Estádio Olímpico de Tóquio, que foi erguido no mesmo lugar onde aconteceu a cerimônia de abertura da Olimpíada de 1964.

Com capacidade para 68 mil expectadores, o estádio contou apenas com um número restrito de jornalistas, poucos convidados e líderes globais.

Marcada como a Olimpíada da representatividade, a presença feminina teve destaque desde os primeiros instantes da cerimônia de abertura. As mulheres representam 49% de todos os atletas que irão competir na Tóquio-2020.

Esse fato ficou marcado na entrada dos porta-bandeiras, que na maioria dos países contou com representantes homens e mulheres.

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A tradição da celebração que marca o início dos Jogos, no entanto, foi mantida.

Após uma emocionante apresentação artística, os representantes das 206 nações entraram e ergueram suas bandeiras. Logo em seguida à passagem dos atletas, foi a vez de a pira olímpica ter seu acendimento oficial.

A cerimônia de abertura ainda reservou outro momento marcante: a liberação simbólica das pombas da paz.

A emoção voltou a tomar conta com o minuto de silêncio feito em respeito às pessoas que perderam suas vidas vitimadas pelo coronavírus em todo o mundo.

O impacto da COVID nos Jogos

Cercada de simbolismo, a apresentação artística na cerimônia de abertura emocionou a todos ao ressaltar o empenho dos atletas para conseguirem (ou ao menos tentarem) manter o nível de performance em meio às paralisações das competições por conta da COVID-19.

A cena mais marcante teve como figura central Arisa Tsubata, atleta que corria sozinha na cerimônia de abertura representando aqueles que tiveram que adaptar a preparação e treinar em casa para os Jogos. Uma japonesa que poderia estar, na verdade, na delegação de seu país, como lutadora de boxe, mas uma mudança de regras acabou com suas chances.

Tsubata, porém, não foi escolhida por acaso para estar ali. Além de, de fato, ter se preparado em casa, a boxeadora representou no Estádio Olímpico de Tóquio a luta contra o coronavírus: além de atleta, ela é enfermeira e chegou a dividir seus treinos com o trabalho no hospital.

Atletas e o estádio vazio

Segundo momento da abertura dos Jogos, a entrada dos atletas no Estádio Olímpico contou com um misto de emoção e estranheza. Realizando um sonho de competirem no maior evento do esporte mundial, eles acenavam para as arquibancadas vazias em Tóquio.

A presença de torcedores nas competições foi cancelada em meio ao crescimento no contágio do coronavirus no Japão, que atravessa agora sua chamada quinta onda. Com Tóquio sob estado de emergência até 22 de agosto, o país registrou nesta semana 1.979 casos de COVID-19, sendo essa a maior marca na média diária em seis meses.

Escolhidos pelo Comitê Olímpico Brasileiro, Ketleyn Quadros, atleta do judô, e Bruno Rezende, do vôlei foram os porta-bandeiras do Brasil, e entraram no estádio com mais de duas horas após o início do evento.

Próximos países que sediarão os Jogos Olímpicos, Estados Unidos (Los Angeles/2028) e França (Paris/2024) ficaram para o fim. O Japão, que recebe essa edição, entrou por último.

O Juramento Olímpico

“Em nome de todos os competidores, prometo participar destes Jogos Olímpicos, respeitando e cumprindo com as normas que o regem, me comprometendo com um esporte sem doping e sem drogas, no verdadeiro espírito esportivo, pela glória do esporte e em honra às nossas equipes”.

Foi isso o que todos os atletas presentes disseram no momento em que todas as delegações já estavam presentes no Estádio Olímpico de Tóquio.

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Naomi Osaka acende a pira olímpica

Um dos momentos mais marcantes das cerimônias de abertura, a chegada da Chama Olímpica ao Estádio de Tóquio e a passagem de mão em mão por representantes icônicos do Japão, do esporte e da sociedade civil, manteve o tom de emoção.

O acendimento da pira olímpica ficou a cargo da tenista Naomi Osaka, primeira japonesa a ganhar um torneio Grand Slam de simples, um dos principais expoentes do esporte do país na atualidade.

Qual foi a mensagem transmitida pela cerimônia da abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio?

O evento de mais de três horas de duração levou mensagens de agradecimento aos profissionais de saúde e de esperança em meio à pandemia. A solidão na esteira representava o esforço de milhares de atletas para vencer a pandemia, mesmo quando a sensação era de correr sem sair do lugar.

Como foi a abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio?

Discreta e sóbria, simples e detalhista, a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 deu a dimensão do enorme esforço investido pelos organizadores do Comitê Olímpico Internacional (COI) e pelo Governo do Japão para espalhar uma mensagem de unidade e fé no futuro, apesar da tragédia causada pela covid-19.

Como surgiu a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos?

A maioria dos rituais foram criados em 1920 em Antuérpia. Inicia com o hastear da bandeira do país anfitrião, em seguida manifestações de música, canto, dança e representação teatral da sua cultura. Após estes espetáculos de luz e cor desfilam os atletas por país.

Por que houve anúncios em francês na abertura das Olimpíadas de Tóquio?

Por que houve anúncios em francês? Na verdade, o francês é utilizado em todos os Jogos Olímpicos, não apenas em Tóquio. Trata-se de uma homenagem ao francês Pierre de Coubertin, que fundou o Comitê Olímpico Internacional, em 1915. Por isso, desde então, o COI considera a língua como universal, ao lado do inglês.