Qual o papel da enfermagem no manejo de paciente com doença de Parkinson?

Resumo

A melhoria na qualidade de vida dos idosos ocasiona o envelhecimento da população brasileira com mais de 60 anos, gerando assim um número maior de doenças crônico-degenerativas nessa população. A doença de Parkinson é uma doença neurodegenativa que gera incapacidades no campo motor e cognitivo. No Brasil atinge cerca de 300 mil pessoas. Os seus sintomas são bradicinesia, tremor, rigidez muscular e alteração postural. Para a melhora dos sintomas é necessário o uso de levodopa. Os cuidados de enfermagem devem estar voltados ao seu bem-estar. A família é uma grande aliada desde o reconhecimento da doença até o tratamento. É importante que o profissional esclareça as dúvidas sobre a doença e permita à família e o idoso manifestar seus sentimentos. É de extrema importância a enfermagem no tratamento do doente de Parkinson, avaliando as possíveis complicações dos sintomas e a resposta ao tratamento medicamentoso. O objetivo desse trabalho é identificar a importância da enfermagem no tratamento ao idoso com doença de Parkinson e na orientação da família. A importância da participação da família na vivência de uma doença crônica e neurodegenerativa e a necessidade do profissional de enfermagem intervir de maneira adequada. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática que é uma metodologia importante para a área da saúde, no qual possibilita identificar evidências e propostas de mudanças nas áreas de prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação. A pesquisa foi realizada no banco de dados eletrônicos SciELO e Google Acadêmico no período de junho a agosto de 2015, sendo selecionados artigos do ano de 2009 a 2014.Resultados e Discussão: Na busca realizada nas bases de dados referidas, foram encontrados 44 artigos científicos. Foram selecionados para análise dos resultados e discussão 7 artigos incluindo: uma dissertação de mestrado, dois artigos de pesquisa e dois artigo original, um estudo de caso e um relato de experiência. Todos os artigos selecionados têm objetivos que enfatizam de forma clara sobre o tema proposto. A doença de Parkinson por ser de ordem crônica pode gerar comprometimentos físico, mental, social e econômico, interferindo na qualidade de vida do doente e de sua família. A doença traz limitações ao individuo, devido aos tremores e sintomas físicos. É importante que o enfermeiro esclareça a doença ao idoso e sua família, bem como acompanha-lo no tratamento. A família também sofre mudanças mediante a doença de Parkinson, que acaba mudando seu ritmo de vida para dar um suporte a mais para o idoso. O cuidado familiar se torna importante para aceitação e organização as dificuldades impostas pela doença. Conclusões: O enfermeiro tem um papel fundamental frente à família e o idoso com doença de Parkinson, auxiliando no tratamento e realizando educação em saúde no esclarecimento de dúvidas. A família é uma grande cuidadora no processo da doença, no qual vivencia todas as mudanças e adaptações no idoso. Desta forma, se faz necessário que o enfermeiro busque alternativas de amenizar o sofrimento do idoso e da família, através de instrumentos na educação em saúde com outros profissionais.

Conteúdo

  • 1 O papel do cuidador de idosos no auxílio a pessoas com Mal de Parkinson
  • 2 Benefícios em contratar um cuidador de idosos profissional
    • 2.1 Tratamento adequado
    • 2.2 Suporte no dia a dia
    • 2.3 Orientações básicas
    • 2.4 Alimentação e medicamentos bem administrados
    • 2.5 Cuidados com a higiene
    • 2.6 Aumento da mobilidade física no Parkinson
    • 2.7 Momentos de lazer e interação
    • 2.8 Amparo emocional

O Mal de Parkinson ou Doença de Parkinson é um distúrbio que afeta principalmente os movimentos devido a danos neurológicos no cérebro. Pessoas com Mal de Parkinson sofrem com a falta de controle de tremores, e sua mobilidade e autonomia são severamente afetadas.

A origem dessa doença está em falhas na produção de uma substância denominada dopamina. Embora existam medicamentos que auxiliem no tratamento, não há cura definitiva. Ou seja, do ponto de vista dos cuidados oferecidos à pessoa com Parkinson, a oferta de cuidados paliativos (exatamente o que um cuidador provê) é o melhor que se pode pensar para melhorar sua qualidade de vida.

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Nesse contexto, pessoas com Mal de Parkinson precisam de cuidados especiais. Caso contrário, sua integridade física pode ser colocada em risco. O cuidador é um profissional que presta auxílio, seja no ambiente domiciliar, seja em instituições de longa permanência (lar de idosos): contar com seu apoio é garantia de que o paciente será bem amparado. Confira mais a seguir.

O papel do cuidador de idosos no auxílio a pessoas com Mal de Parkinson

Pessoas com Mal de Parkinson precisam reaprender e se adaptar mesmo às atividades do dia a dia que antes eram simples ou triviais. Quando um familiar não tem condições de acompanhar o paciente, a contratação de um cuidador de idosos profissional é a solução mais adequada.

O cuidador de idosos tem habilidades imprescindíveis para o bem estar do paciente. Dentre elas, estão tanto a manutenção de tarefas rotineiras como também o apoio emocional em um momento tão delicado.

O cuidador de idosos vê além, quando comparado ao familiar leigo: consegue identificar estratégias para tornar o cotidiano do paciente mais seguro e menos estressante. A família também fica mais tranquila ao perceber que seu ente querido está bem cuidado.

Benefícios em contratar um cuidador de idosos profissional

Na sequência, listamos 8 argumentos que demonstram as vantagens em se contratar um cuidador de idosos para um paciente com Mal de Parkinson. Confira.

Tratamento adequado

Cuidar de alguém que sofre com uma doença degenerativa demanda tempo e paciência. Quem não está acostumado com as limitações do paciente, tende a ficar nervoso e a irritar-se com facilidade. Lembre-se que a impaciência pode ser facilmente percebida, o que pode gerar uma sensação de culpa tanto no parkinsoniano quanto em seus familiares próximos.

“Santo de casa não faz milagre“, já diz ditado.

O paciente tentará se apressar mas isso prejudicará ainda mais os próprios movimentos. Com o cuidador de idosos dando suporte, pessoas com Mal de Parkinson conseguem ter mais autonomia, pois realizam os movimentos no seu próprio tempo.

Qual o papel da enfermagem no manejo de paciente com doença de Parkinson?

Suporte no dia a dia

Ainda que os movimentos sejam mais lentos, um dos sintomas da doença é a fadiga. Durante ou após atividades que exigem seu esforço, é imprescindível pausas para descansar. O cuidador de idosos compreende isso e busca reduzir as atividades do paciente para que ele não durma muito durante o dia, o que diminui a possibilidade de insônia à noite.

Orientações básicas

Quem é leigo nem sempre sabe como adaptar o espaço e como agir para ajudar pessoas com Mal de Parkinson. O cuidador de idosos treinado ajuda (e muito) nesse sentido, tanto orientando como demonstrando procedimentos básicos a serem adotados a todos os familiares.

Alimentação e medicamentos bem administrados

A alimentação e a medicação são fundamentais para que o tratamento do paciente seja bem sucedido. É muito comum a perda de peso, que deixam os tremores ainda mais frequentes. Por isso, acompanhar de perto a saúde e as refeições são práticas com as quais o cuidador de idosos se preocupa.

Para tais atividades, e para a garantia da manutenção da rotina do paciente com Parkinson, uma das ferramentas que o cuidador de idosos utiliza é o Diário do Cuidador: baixe gratuitamente aqui e confira mais no vídeo a seguir.

Cuidados com a higiene

Seja na hora de se alimentar ou de fazer a higiene pessoal, os tremores podem afetar a independência do paciente. O cuidador de idosos pode ajudar direta e indiretamente nessas atividades. Ele presta auxílio e também mostra para o paciente quais as melhores estratégias para que ele não perca completamente a sua autonomia.

Aumento da mobilidade física no Parkinson

A prática regular de atividades físicas com a supervisão do cuidador de idosos contribui para a mobilidade das pessoas com Mal de Parkinson. Os exercícios ajudam corpo e mente a continuarem ativos e evitam atrofias.

Além disso, o paciente se sente mais motivado. As atividades desse gênero liberam substâncias benéficas na corrente sanguínea, associadas ao bem estar e ao prazer.

Momentos de lazer e interação

O convívio social com o cuidador de idosos ou o simples acompanhamento (que por si já diminui o isolamento provocado pela doença) ajuda a manter a qualidade de vida do paciente. Ter um cuidador de idosos ao lado do paciente cometido por Mal de Parkinson, é uma prática que reconhecidamente diminui a incidência de vários transtornos, como ansiedade e depressão (mais detalhes a seguir).

Qual o papel da enfermagem no manejo de paciente com doença de Parkinson?

Amparo emocional

A sensação de impotência faz com que pelo menos metade das pessoas com Mal de Parkinson desenvolva algum grau de depressão, irritabilidade, sentimentos de inferioridade e até mesmo tendências suicidas. O cuidador de idosos presta amparo emocional ao acompanhar o dia a dia do paciente de perto, o que também é preponderante para diminuir ou evitar casos de ansiedade severa..

Quais são os principais cuidados de enfermagem ao paciente com Parkinson?

As possíveis intervenções são: realizar irrigação intestinal, controle da dieta e monitorização da Page 9 8 ingestão e eliminação de líquidos. Para o controle da ansiedade, o enfermeiro trabalha com técnicas para acalmar e melhorar no enfrentamento da doença pelo paciente (15).

O que o cuidador pode fazer para ajudar um paciente com Parkinson?

É ele quem está presente para incentivar nos exercícios de reabilitação motora e não-motora, acompanhar nos atendimentos médicos e nos exames de laboratório, ajudar a manter uma regularidade nos exercícios físicos. O cuidador do paciente de Parkinson exerce uma função importantíssima no tratamento dessa pessoa.

Quais os cuidados de enfermagem ao paciente portador de Alzheimer e Parkinson?

Diante dos achados encontrados na literatura, os principais cuidados de enfermagem ao idoso acometido pela Doença de Alzheimer foram: criar um vínculo com o idoso e suas famílias; realizar todos os cuidados técnicos de conforto e alívio de dor conforme conduta e prescrição médica; respeitar às preferências e rotinas ...

Quais devem ser as metas da assistência de enfermagem ao cuidar de um paciente com D de Parkinson?

O profissional enfermeiro poderá ter como metas melhorar a auto-estima do paciente com parkinson, melhorar a mobilidade física e comunicação e ajudar o Page 18 8 mesmo, bem como, a família com relação ao enfrentamento a ser vivido com o passar do tempo, contribuindo para o bem estar do cliente e de sua família.