Quando me descobri negra resumo por capitulo

02/05/2019 às 15h53min - Atualizada em 02/05/2019 às 15h53min

Cecile Mendonça

Quando me descobri negra resumo por capitulo

“Tenho 30 anos, mas sou negra há 10. Antes, era morena.” 


De alisamentos para cabelo a opressões policiais e profissões subjugadas.

O livro de Bianca Santana é dividido em 3 partes em que são inseridas uma série de relatos sobre as suas experiências pessoais e as de outras mulheres negras. Com uma escrita bastante visceral, conta como foi a sua infância e sua adolescência, até alcançar uma certa maturidade. E, assim, vemos seu tocante processo de descobrimento e aceitação como uma mulher negra.

Ler, como foi para ela descobrir que a cor de sua pele era incrível e que isso não a diferenciava de ninguém.

Ler, como ela aprendeu a amar o seu cabelo e como isso a tirou de uma prisão. 

Num país onde o racismo ainda é tratado como um assunto da imaginação das pessoas, um livro como esse é essencial. A barbárie do racismo é tão enraizada em nossa sociedade que parece natural. Natural a ponto de não ser percebida mesmo por quem sofre. Mas, ao ler esse livro, mesmo não tendo uma abordagem tão aprofundada, você percebe o quanto estava sendo enganado desde que nasceu. Finalmente, entende o que a sua origem diz sobre quem você é. E, é nesse dia que você se descobre. 


 

Trilhar esse processo de força, de autoconhecimento, de reconhecimento, de aquisição de significado, de revolta e de conhecimento histórico não é nada fácil. E vai continuar não sendo (pelo menos por um bom tempo). O racismo ainda existe, lamentavelmente. Às vezes mais escancarado, às vezes mais escondido, mas sempre vivo. 

"E, antes de me despedir... Você se lembra de quando foi racista com uma preta ou um preto? Não precisa contar pra ninguém. Só tente não repetir".


Quando me descobri negra: obra inaugural de literatura de Bianca Santana


Resumo


Este artigo se debruça sobre a obra Quando me descobri negra de Bianca Santana, autora negra da contemporaneidade. Em sua obra de estreia na literatura, Santana traz as vozes dos outros e de si mesma, tratando das mais variadas situações racistas cotidianas em nosso país. A obra se passa em espaços diversos (academia, locais de trabalho; casas privadas; bares; restaurantes; comunidades; ruas; livrarias), agregando personagens de classes sociais díspares, comprovando, com isso, que o racismo está em toda parte. Todavia, a obra também destaca o poder de resistência de personagens negros e negras em sociedade inóspita. Explicita-se que o escravismo econômico já não é vigente, mas a cultura escravocrata perdura em nossa sociedade.


Palavras-chave

Racismo. Resistência. Literatura Brasileira. Bianca Santana.


DOI: 10.3895/cgt.v15n45.13927

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Quando me descobri negra resumo por capitulo

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Quando me descobri negra, escrito pela escritora, cientista social, jornalista e mestre em Educação pela Universidade de São Paulo, Bianca Santana, um dos vencedores do Prêmio Jabuti em 2016, na categoria “Ilustração”nos apresenta uma narrativa delicada, direta e objetiva sobre a vida do negro no Brasil.

Com a finalidade de apresentar uma visão abrangente do indivíduo negro, Bianca Santana, organizou o livro de crônicas em três partes da seguinte forma: “Do que vivi”, “Do que ouvi” e “Do que pari”. Ambas as narrativas falam sobre histórias envolventes de resistência, aceitação de ser quem você é, negro com orgulho em ser negro, de orgulho próprio.

Dessa forma, a obra incomoda propositalmente o leitor para que saiba e sinta na própria pele todas as situações descritas no livro, que mostram o drama real de quem vive todos os dias o preconceito racial – e estrutural -, e dessa forma a autora deixa uma reflexão no desfecho da obra que vale a pena ser lido:

“Você se lembra de quando foi racista com uma preta ou um preto? Não precisa contar pra ninguém. Só tente não repetir”.

No país multicultural e pluralizado, cujo preconceito insiste em ser desmistificado que não há racismo, “Quando me descobri negra”, inegavelmente afirma que o racismo está mais presente em todas as esferas da sociedade. Portanto, cabe a nós, permitir que a diversidade seja a palavra de ordem em nossa vida.

Leia “Quando me descobri negra”. É necessário. Recomendo!

Quando me descobrir negra resumo?

Quando me descobri negra” fala sobre a história de Bianca, mas também sobre as de várias outras mulheres negras de todo o Brasil que, tomando conhecimento sobre seu projeto através das redes sociais, enviaram relatos pessoais, posteriormente transformados por Bianca para sua linguagem literária.

Qual editora publicou o livro quando me descobri negra?

Quando me descobri negra - SESI-SP Editora.

Quando me descobri negra ficha técnica?

“Tenho 30 anos, mas sou negra há dez. ... Informações do Produto..