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Quarenta anos foi o tempo que o povo de Israel esteve no deserto, após sair do Egito e esperavam o momento de tomar posse da terra prometida, chamada Canaã. Esta história está relatada na bíblia, no livro de Êxodo. O Senhor havia escolhido Moisés para liderar a saída do povo hebreu do Egito, e ele teve como seu porta voz seu irmão Arão. Antes do retorno de Moisés àquela terra, e do decorrer de todas as dez pragas enviadas pelo Senhor com o objetivo do faraó ceder e concordar em libertar o povo, os israelitas eram escravizados. O Senhor já tinha plano na vida de Moisés quando ele era ainda um bebê. Ocorreu que Moisés era hebreu, mas havia sido criado pela filha de faraó, que o encontrou aos poucos meses de idade, boiando num cesto, dentro do rio. O livro de Números faz uma referência a esta passagem, trazendo um questionamento sobre a infidelidade do povo de Israel neste período e por este motivo, a conquista da terra prometida tenha demorado todo este tempo. Inclusive há um relato de que o Senhor perdoou o povo por intercessão de Moisés, mas ainda assim, somente dois dos que viram o povo sair do Egito pisariamem Canaã. Sãoeles Caleb e Josué. Uma outra referência a este período de espera e privação por parte deste povo está no Salmo 95 versículo 10, que diz “Quarenta anos estive desgostado com esta geração, e disse: É um povo que erra de coração, e não tem conhecido os meus caminhos” O velho testamento não é um livro formado por hipóteses, ou seja, não podemos afirmar como teria sido caso o povo tivesse mais obediência a Deus. Entretanto apesar de algumas “revoltas” e muita murmuração do povo, chegando inclusive a irritar Moisés, ou ainda o fato de parte do povo ter enfraquecido na fé e adorado um bezerro de ouro (durante um período em que Moisés subiu ao monte para falar com o Senhor), Deus se manteve fiel a suas promessas, e durante todo esse período proveu água e alimento, por exemplo, o maná que caía do céu. Até mesmo carne foi providenciada pelo Senhor, no momento que caiu do céu codornizes (aves). Bibliografia: Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/biblia/os-quarenta-anos-no-deserto/ Publicidade Moisés demorou 40 anos para atravessar o deserto do Sinai com os israelitas, que fugiam da escravidão no Egito. Ele morreu pouco antes de entrar no seu destino, a Terra Prometida. Acontece que o Sinai ocupa uma península de apenas 200 quilômetros de largura. A estrada que liga o norte do Egito à Palestina pode ser percorrida em duas horas de carro. Dá para ir e voltar no mesmo dia. Por que então a epopeia de Moisés se estendeu por tanto tempo? A explicação contida na
Bíblia e na Torá judaica é a de que os israelitas tiveram de vagar esse tempo todo como punição. Deus ficou bravo porque alguns murmuravam contra ele e decidiu que todos ali, com raras exceções, deveriam morrer antes de entrar na Terra Prometida. Só seus filhos poderiam fazê-lo. O que complica a história são os absurdos que nascem daí. O texto sagrado fala que
600 000 homens cruzaram o Mar Vermelho para o Sinai. Incluindo mulheres, crianças e idosos, eles poderiam passar de 3 milhões – o equivalente a toda a população do Egito na época. Porém, por mais que arqueólogos tenham escavado o Sinai, até agora não se depararam com um único vestígio de Moisés e de seus
seguidores. Nenhuma sepultura, objeto ou inscrição em uma pedra foi achado. Continua após a publicidade Como todo esse povo teria se alimentado? Segundo a Bíblia, foi com maná, um pão que descia do céu com o orvalho e tinha sabor de bolo de mel. Nenhuma explicação razoável foi dada até hoje sobre o que seria isso. Com tantas dúvidas e contradições, é natural suspeitar que a narrativa não fala de algo que aconteceu. O texto, por exemplo, sequer dá a localização do Monte Sinai, onde Moisés teria recebido os dez mandamentos de Deus. “Como o ponto do Monte Sinai pode ter se apagado da memória a ponto de ninguém hoje estar certo de sua localização, mesmo sendo o mais importante local para a história religiosa de Israel? Por que o Monte Sinai não tem sido um lugar regular de peregrinação e um centro de culto ao longo da história antiga de Israel?, pergunta o arqueólogo egípcio James Hoffmeier no livro Ancient Israel in Sinai (Oxford University Press). Até nome da montanha aparece de duas formas: Horeb e Sinai. Também não há nos documentos egípcios qualquer referência sobre o êxodo dos judeus que teria acontecido “aos olhos de todos”. Por fim, em lugar algum da Bíblia se diz qual seria o nome do faraó ou do rei do Egito que perseguiu o grupo no início da empreitada. Na novela Os Dez Mandamentos, da TV Record, ele foi batizado de Ramsés. Então fica combinado assim. Para os que acreditam que a Bíblia ou a Torá contêm a verdade e se bastam, a história de Moisés é plenamente aceitável. Para os que acham que é preciso algo mais, a travessia ainda carece de alguma comprovação para ganhar veracidade. Continua após a publicidade
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