Quem vai ficar com Mário Mine Vaganti?

Publicidade

Mário (Daniel Rocha), viaja para sua terra natal para visitar a família e decide se assumir para o pai conservador. Porém, seu irmão Vicente (Rômulo Arantes Neto), estraga seus planos trazendo outras novidades para a reunião familiar. Além disso, o pai de Mário quer que ele assuma a liderança da cervejaria da família e ele se envolve com Ana (Letícia Lima), a coach que seu irmão contratou para modernizar a empresa.  

O filme nacional dirigido por Hsu Chien foi baseado na obra italiana “Mine Vaganti”, traduzido para o Brasil como “O Primeiro que Disse”, e traz a essência do filme italiano: a insegurança de se afirmar quem é para uma família repleta de preconceitos e como uma pessoa pode lidar com isso. 

Em tempos sombrios de homofobia e inúmeras tentativas de se criminalizar a identidade de uma pessoa, tal filme é importante em apresentar a narrativa de representatividade. É inegável a quantidade de pessoas que irão assistir esse filme e se identificar, se sentir representadas, o que é o objetivo. 

Publicidade

Além da representatividade, a obra nacional traz temas como pansexualidade, poliamor e machismo, temas estes que são considerados tabus até hoje na nossa sociedade. Mostrando esses temas de maneira leve e divertida, só prova o quanto precisamos cada vez mais estudar e aprofundar as discussões sobre temas como estes, que são tão relevantes a causar evolução na sociedade. Pois é com o passar do tempo que a sociedade evolui, se transforma e todos nós temos que acompanhar e, principalmente, entender. 

Os atores estão impecáveis e confortáveis em seu papel. Percebe-se o quanto ficam à vontade uns com os outros e o quanto a química de cada um influencia para uma excelente caracterização dos personagens e suas conexões. 

As cenas de humor e de piada são compreensíveis, já que o ponto principal do filme é mostrar o quão errado e condenável é uma prática homofóbica. São interações e discursos que são importantes para que o espectador veja, identifique situações parecidas e procure entender o motivo pelo qual tal prática é inaceitável atualmente. 

Apesar de ser um filme belíssimo e com uma mensagem importante e necessária, não há como negar a existência de clichês do “homossexual afeminado” que é tão criticado pelos espectadores. Mesmo não sendo de tamanho exagero, é algo que pode sim incomodar o espectador. É compreensível o uso dessa imagem e desse clichê, todavia é algo a ser considerado a descartar em um projeto cinematográfico, já que pode parecer uma atitude um pouco ofensiva. 

O filme traz uma energia positiva, com um enredo alto astral, tratando de temas importantes como homofobia, machismo e representatividade LGBTQIA+ de uma forma leve, didática e divertida. 

Nos mostra que, apesar de “o mundo não estar pronto para a liberdade”, como o próprio filme traz de mensagem, é possível sim aprender e respeitar o próximo e sua identidade. Afinal, como o próprio protagonista nos fala, “Não importa o rótulo, o que importa é o conteúdo.” 

Publicidade

“Quem vai ficar com Mário?” está em cartaz em todos os cinemas brasileiros. 

O Observatório G participou da coletiva de imprensa de lançamento do filme “Quem Vai Ficar com Mário?”, e conversou com o diretor da obra e os principais atores do projeto. Com muita leveza, temas como poliamor, bissexualidade e descobertas da sexualidade, são mostrados.

O filme que conta com a direção de Hsu Chien, exibe a busca de Mário (Daniel Rocha), pela sua descoberta rumo a felicidade. Ao fim, o enredo mostra que o amor não tem gênero. Baseado na obra “Mine Vaganti”, o filme exibe cenas com grandes reflexões.

Continua depois da publicidade

Carregando...

Não foi possível carregar anúncio

Segundo Hsu, o seu grande intuito é fazer as pessoas entenderem que descobertas em busca da felicidade devem ser feitas, e não julgadas. “O Mário descobriu ser essa pessoa que ama homens e ama mulheres, ou como diz o personagem dele, ele ama pessoas e não gêneros e isso é muito importante que a gente entenda”, disse ele, em coletiva.

No elenco do filme, Nany People vira uma grande mãe de quatro personagens LGBTs. “Quem Vai Ficar com Mário? foi um presente que ganhei. Terminei de gravar a novela O Sétimo Guardião, numa quinta-feira e na sexta comecei a fazer o filme, em 2019. Recebi o convite do Hsu Chien, que me viu no teatro da Gávea. O elenco é demais”, destacou ela.

Já Felipe Abib, que interpreta Fernando no enredo, namorado do protagonista, disse no evento que acha ser difícil trabalhar em um projeto com uma representatividade tão forte como a obra de Hsu. “Eu falei com o Daniel [Rocha] que acho difícil a gente fazer um filme melhor que esse, digo em relação à representatividade”, falou ele.

Quando questionado pela nossa equipe sobre a sua afinidade com o público LGBTQIA+, Daniel Rocha destacou que sempre teve uma ligação forte com o meio. Com muitos anos de teatros e amizades que lhe fortaleceram, o ator destacou a necessidade da visibilidade LGBTQIA+ ser cada vez mais valorizada.

Vale relembrar que o filme estreia nessa quinta-feira (10), nos cinemas, e conta com nomes como o da atriz Letícia Lima, Elisa Pinheiro, Rômulo Arantes Neto, entre outros. Segundo o elenco, o projeto é para a toda família, e de leveza sem tamanho.

Quem vai ficar com o Mário filme?

Quem vai ficar com Mário O primeiro que disse?

Quem vai ficar com Mario é bom?

Quem vai ficar com Mário resumo?