Qual um dos maiores desafios no brasil nos dias atuais nesse contexto

O setor da saúde encontra-se no centro do debate político-social, em razão da pandemia de Covid-19. A crise sanitária chamou a atenção da opinião pública para a importância do Sistema Único de Saúde (SUS).

Paralelamente, ocorre o processo de conscientização da população brasileira quanto à imprescindibilidade do SUS. Este novo ano começa com uma série de desafios para a rede pública de saúde, que atende mais de 70% dos habitantes, de acordo com o IBGE.

Qual um dos maiores desafios no brasil nos dias atuais nesse contexto
O serviço realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é imprescindível para a população brasileira. (Foto: AFP)

1. Vacinação em massa

Uma das maiores expectativas para o primeiro trimestre de 2021 é o início da imunização em massa contra o coronavírus. No entanto, uma campanha de vacinação nacional, estendida a todos os grupos, em um país de dimensão continental como o Brasil, traz alguns obstáculos. Sendo um deles, o esforço para que haja uma distribuição igualitária, respeitando os grupos prioritários. Outro são as dificuldades relacionadas à aquisição e armazenamento das vacinas.

Para que haja imunidade coletiva contra o coronavírus é preciso vacinar entre 60% e 70% da população, conforme explica a Organização Mundial da Saúde (OMS). Por esse motivo, os gestores de saúde têm o desafio de atrair a adesão dos cidadãos à campanha de imunização. Essa aderência vem diminuindo a cada ano, segundo informações do Programa Nacional de Imunização (PNI). Uma das causas dessa redução é o crescimento de grupos antivacinas e a propagação de notícias falsas, as chamadas fakes news, sobre os imunizantes.

Qual um dos maiores desafios no brasil nos dias atuais nesse contexto
A vacinação em massa contra o coronavírus para cerca de 60% e 70% da população é um dos principais desafios de 2021. (Foto: AFP)

2. Desinformação sanitária

Fora a pandemia do coronavírus, o Brasil também passa por uma “infodemia” de notícias falsas. Uma pesquisa realizada pela organização Avaaz mostrou que 9 em cada 10 brasileiros entrevistados leram pelo menos uma informação inverídica relacionada ao coronavírus. O mesmo estudo revelou que comparados aos países estudados, Itália e Estados Unidos, os internautas brasileiros são os que mais acreditam em fake news.

A OMS declarou que a desinformação pode ser tão perigosa quanto o vírus. Os boatos sobre a doença, geralmente difundidos via internet, põem vidas em risco. Dentre essas notícias veiculadas estão receitas caseiras para combater a Covid-19, indicação de medicamentos sem comprovação científica e dados duvidosos sobre a procedência de vacinas.  Nesse contexto, torna-se um desafio recuperar a confiança dos brasileiros nos estudos científicos, na área da saúde.

3. Aumento da demanda de atendimento, reprimida em razão da pandemia

Os gestores terão de enfrentar a pressão da demanda reprimida de pacientes que deixaram de procurar atendimento médico por medo de contaminação. Foram mantidos atendimentos presenciais apenas em casos de emergência.

A suspensão de ações de saúde, como cirurgias eletivas, junto ao adiamento de necessidades dos pacientes podem sobrecarregar o sistema de saúde, as demandas represadas virão com intensidade. Tal intensidade compromete o sistema de saúde que corre o risco de colapsar. Aumentando o número de filas, exigindo aprimoramento e, ao mesmo tempo, com um valor de financiamento cada vez menor.

Esses fatores precisam ser considerados no planejamento das ações e serviços de saúde, aliados aos problemas decorrentes da pandemia, inclusive eventuais sequelas causadas pelo vírus. Será preciso equipar as redes para garantir a assistência em âmbito nacional.

 

4. Redução da verba nacional destinada à saúde

Para o especialista em Direito Sanitário, Thiago Campos, um dos principais desafios do SUS será ofertar cobertura diante do cenário de “desfinanciamento” da política pública de saúde, por meio da Emenda Constitucional (EC) nº 95.

Segundo Thiago Campos, o projeto de lei orçamentário da União prevê valores ao nível do ano de 2019, ao não incorporar no teto mínimo da saúde em 2021 os valores acrescidos ao orçamento da saúde, cerca de 35 bilhões de reais, conforme estudos do Conselho Nacional de Saúde (CNS).

5. Impactos sociais causados pela da pandemia

Além dos efeitos econômicos e sanitários, a pandemia também deixa sequelas sociais. As camadas mais pobres foram as principais afetadas. O aumento do número de pessoas vivendo em condições inadequadas: dificuldade para prover sustento de suas famílias, baixo saneamento básico, falta de mobilidade urbana, entre outros fatores que ampliam o risco de adoecimento dessa população.

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O aumento do aumento do número de pessoas vivendo em condições inadequadas e como reverter isso em 2021 é um outro grande desafio a ser enfrentado. (Foto: AFP)

Portanto, caberá aos gestores federais, estaduais e municipais investir em ações de prevenção e promoção de saúde desses cidadãos. Assegurando a oferta de serviços, tanto na atenção básica na saúde, quanto nos atendimentos de média e alta complexidade, em meio ao aumento da demanda devido à piora das condições de vida da população em situação de vulnerabilidade.

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Conheça o mais relevante evento sobre agronegócio do País

Agricultura familiar é como nos referimos à modalidade de agricultura praticada pela própria família, sem uma propriedade rural que seja superior a quatro módulos fiscais. Majoritariamente, a renda familiar vem dessas atividades agropecuárias, que servem tanto para alimentar a família quanto para gerar renda.

Hoje, esse setor representa mais de 84% dos empreendimentos rurais brasileiros, e estima-se que 70% da comida que chega às mesas nacionais são provenientes da agricultura familiar, que é responsável por 9% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. Nas escolas, 30% dos insumos utilizados na merenda vêm da agricultura familiar, que impulsiona a economia local e influencia o desenvolvimento sustentável.

Ao mesmo tempo, a população urbana não é muito bem informada sobre a agricultura familiar, seus benefícios e seus desafios.

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Benefícios e estímulos à agricultura familiar

O principal benefício oferecido ao agricultor familiar é o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que gera um crédito para que o agricultor tenha insumos, adubo, sementes, ração e o que mais for necessário para desenvolver sua atividade.

Além disso, os agricultores que cultivam alimentos que fazem parte da cesta básica, como arroz e feijão, pagam juros mais baixos do que a taxa comum da agropecuária (5,5% ao ano). Isso estimula o cultivo e a produção dos alimentos que mais fazem diferença na rotina dos brasileiros.

A agricultura familiar também conta com o Seguro da Agricultura Familiar (Seaf), que protege os agricultores contra perdas causadas por efeitos climáticos, como pragas, chuvas e desastres naturais.

Quem se enquadra como agricultor familiar também participa da Política Nacional de Assistência Técnica Rural (Ater), que fomenta a prestação de serviços e a capacitação de agricultores, algo essencial para que as famílias possam continuar seu trabalho ao longo das gerações. Porém, mesmo tendo benefícios, a agricultura familiar enfrenta desafios financeiros e sociais.

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Desafios a superar

Os benefícios para a agricultura familiar se mostram uma necessidade quando descobrimos que grande parte dos produtores está em situação de extrema pobreza, com um valor bruto de produção mensal que não corresponde a meio salário-mínimo por propriedade familiar. No Nordeste do País, 72% dos agricultores familiares não geram lucro suficiente para elevar a mão de obra familiar acima da linha da pobreza.

Outro desafio que esses agricultores encontram é o êxodo rural: seus filhos buscam oportunidades melhores na cidade e o campo acaba ficando nas mãos de agricultores mais velhos, que têm experiência, mas já não têm mais tanta vitalidade nem acesso a novas informações.

Termos como slow food, agricultura orgânica ou fair trade são pouco conhecidos nessas regiões, e são conceitos que, junto à tecnologia, podem ajudar a modernizar e mudar a perspectiva da agricultura familiar. Incentivos e benefícios funcionam, mas são necessárias políticas de educação e modernização para mudar o quadro desses agricultores tão importantes para o País.

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Fontes: Sistema das Cooperativas de Crédito Rural com Interação Solidária (CRESOL), Secretaria da Agricultura Familiar, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

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Agricultura familiar no Brasil: desafios e benefícios