Os ataques da Rússia à Ucrânia, na madrugada desta quinta-feira (24), deixaram mortos, feridos e estimularam a fuga da população para outros países. Outros países da Europa e os Estados Unidos anunciaram mais sanções à Rússia e a tensão aumentou algo longo do dia no mundo todo. Desde novembro do ano passado, a comunidade internacional debate as ameaças de invasão russa na Ucrânia em uma discussão que envolve herança histórica e cultural e lembra conflitos da época da Guerra Fria. Hoje, pontos não resolvidos foram usados como justificativa para o ataque militar. O ponto central para o ataque seria o sentimento de "estar cercado" do presidente russo, Vladimir Putin, conforme explica Andrew Traumann, professor de Relações Internacionais da UniCuritiba e doutor em História, Cultura e Poder pela Universidade Federal do Paraná. O problema, na visão de Putin, seria a expansão pelo oriente da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) —grupo criado em 1949, após a 2ª Guerra Mundial, para evitar o avanço da União Soviética ao ocidente. Imagem: Arte/UOL Com capital em Moscou, a União Soviética foi um país que existiu entre 1922 e 1991. Foi criada após a Revolução Russa de 1917, quando Vladimir Lênin e o partido bolchevique derrubaram a monarquia russa e instalaram a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Na época da criação da Otan, a resposta dos soviéticos foi a criação do Pacto de Varsóvia, que funcionaria de forma semelhante ao grupo ocidental, com apoio mútuo entre os integrantes. Polônia, Alemanha Oriental e Bulgária foram alguns dos países que participaram. O Pacto de Varsóvia foi encerrado junto com a dissolução da União Soviética, no fim de 1991. A Otan, que conta com os principais países do ocidente —como EUA, Reino Unido, Alemanha e França—, existe até hoje e filiou partidos orientais próximos da Rússia ao longo da última década. A Otan estava negociando a inserção da Ucrânia no grupo. Em dezembro do ano passado, o presidente russo, Vladimir Putin, já ameaçava um confronto caso as conversas não parassem. "Putin vê suas ações como defensivas, pois a entrada da Ucrânia para um bloco abertamente hostil à Rússia como a Otan deixaria a Rússia encurralada geopoliticamente", afirma Traumann. A Ucrânia é a 'linha vermelha'. Imagina colocar armas nucleares apontadas para Rússia em território ucraniano?" Diante dessa aproximação, o clima começou a esquentar no fim do ano passado, quando Rússia e Estados Unidos começaram a mobilizar tropas para as regiões de fronteira da Ucrânia e países do oriente. Os EUA enviaram também armamentos aos países aliados na Europa. Putin ameaçava dar apoio a movimentos separatistas em cidades com fronteira com a Rússia — nesta semana, reconheceu a independência das regiões Lugansk e Donetsk, onde há maioria de etnia russa, o que elevou a tensão do embate. Logo depois, Biden fez pronunciamentos dizendo que a Rússia atacaria a Ucrânia a qualquer momento. A previsão se confirmou ontem à noite, quando o presidente russo anunciou o que chamou de "operação militar especial". Diversas regiões ucranianas foram bombardeadas. Durante o dia, hoje, em resposta, Biden anunciou bloqueios aos ativos de quatro instituições financeiras russas e redução no fluxo de mercadorias ao país. Tropas militares também serão enviadas para Europa. $escape.getH()uolbr_geraModulos('embed-foto','/2022/mapa-ucrania-1645710668387.vm') O elo históricoPara entender o ataque, também é preciso olhar para a história. O envolvimento da Rússia com a Ucrânia vem do século IX pois os dois países consideram ter um elo ancestral: a Rússia de Kiev, uma confederação de tribos eslavas do leste europeu. Kiev, hoje capital da Ucrânia, chegou a ser capital da Rússia. Esse passado explica o argumento de "um só povo" usado pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, para questionar a autonomia da Ucrânia, de acordo com Andrew Traumann. "A Ucrânia fez parte da Rússia durante a maior parte da sua existência, é um grande produtor de grãos e alimentos e abrigou a primeira capital russa, Kiev. Os laços são muito fortes. Os dois países têm uma relação muito longa e cultural", diz ele. Boa parte das cidades ucranianas têm o russo como idioma principal, por exemplo. A Ucrânia seguiu sendo território russo a partir de 1917, data da Revolução Russa e instauração da URSS. A península da Crimeia, localizada logo abaixo da Ucrânia, também era território soviético. A área é ponto de conflito entre russos e ucranianos historicamente. "Uma região de águas quentes para o escoamento da produção russa cujos mares de seu lado oriental passam boa parte do ano congelados", complementa Traumann, que é pesquisador do GEPOM (Grupo de Pesquisa e Estudos sobre o Oriente Médio). No fim da União Soviética, os russos ficaram sem a Ucrânia e sem a Crimeia. A Ucrânia se declarou um país independente e a Crimeia virou uma república autônoma. Disputas pela presença militar e uso dos portos da península seguiram. Internamente, a Ucrânia registra confrontos entre setores críticos à Rússia e ao presidente Putin, assim como conta com movimentos que defendem a integração com o país vizinho. Em 2014, a tensão tomou novos rumos na Ucrânia. Manifestantes foram às ruas em Kiev e fizeram com que o então presidente ucraniano Viktor Yanukovych renunciasse, enquanto batalhavam por uma aproximação com países da União Europeia, e não mais com a Rússia. Um governo interino assumiu o poder no país, foi reconhecido pelo governo dos Estados Unidos e novas eleições foram realizadas. As relações entre Rússia e ocidente são tensas na região da Ucrânia desde então.
Este artigo ou se(c)ção trata de um conflito armado recente ou em curso. Guerra Russo-Ucraniana[43] (em ucraniano: російсько-українська війна, transl. rosiisko-ukrainska viina) é um conflito contínuo e prolongado que começou em fevereiro de 2014, envolvendo principalmente a Rússia, forças pró-russas e, Ucrânia; concentrada na península da Crimeia e partes do território de Donbas, que são internacionalmente reconhecidas como parte do território ucraniano. As tensões entre a Rússia e a Ucrânia explodiram especialmente de 2021 a 2022, quando ficou claro que a Rússia estava considerando lançar uma invasão militar da Ucrânia. Em fevereiro de 2022, a crise se aprofundou e as negociações diplomáticas para subjugar a Rússia falharam; isso aumentou quando a Rússia moveu forças para as regiões controladas pelos separatistas em 22 de fevereiro de 2022.[44][45][46] Intervenção militar da Rússia na Ucrânia Conflitos pós-soviéticosMapa do território da Ucrânia Controle ucraniano Ocupação russa Data 27 de fevereiro de 2014 (de facto)[1] – presente Local República da Crimeia, Oblast de Kherson, Bacia do Donets, Ucrânia[2]Situação Em andamento
Após os protestos do Euromaidan e a subsequente remoção do presidente ucraniano pró-Rússia Viktor Yanukovych em 22 de fevereiro de 2014, e em meio a agitação pró-Rússia na Ucrânia, soldados russos sem insígnias assumiram o controle de posições estratégicas dentro do território ucraniano da Crimeia. Em 1 de março de 2014, o Conselho da Federação da Federação Russa adotou por unanimidade uma resolução para fazer uma petição ao presidente russo Vladimir Putin para usar a força militar na Ucrânia.[47] A resolução foi adotada vários dias depois, após o início da operação militar russa no "Retorno da Crimeia". A Rússia então anexou a Crimeia após um referendo local amplamente criticado que foi organizado pela Rússia após a captura do Parlamento da Crimeia, cujo resultado foi a adesão da República Autônoma da Crimeia à Federação Russa.[48][49][50] Em abril, manifestações de grupos pró-Rússia na área de Donbas, na Ucrânia, se transformaram em uma guerra entre o governo ucraniano e as forças separatistas apoiadas pela Rússia das autodeclaradas "repúblicas populares" de Donetsk e Luhansk. Em agosto, veículos militares russos cruzaram a fronteira em vários locais do oblast de Donetsk.[51][52][53][54] A incursão dos militares russos foi vista como responsável pela derrota das forças ucranianas no início de setembro.[55][56] A maioria dos membros da comunidade internacional[57][58][59] e organizações como a Anistia Internacional[60] condenaram a Rússia por suas ações na Ucrânia pós-revolucionária, acusando-a de violar o direito internacional e violar a soberania ucraniana. Muitos países implementaram sanções econômicas contra a Rússia, indivíduos ou empresas russas.[61] Em fevereiro de 2019, 7% do território da Ucrânia foi classificado pelo governo ucraniano como territórios ocupados temporariamente pelos russos.[62] Ver artigos principais: Euromaidan e Revolução Ucraniana de 2014 A Ucrânia foi tomada por distúrbios quando o presidente Viktor Yanukovych se recusou a assinar um acordo de associação com a União Europeia, em 21 de novembro de 2013.[63] Um movimento político organizado conhecido como 'Euromaidan' exigia laços mais estreitos com a União Europeia, bem como a destituição de Yanukovych.[64] Este movimento acabou por ser bem-sucedido, culminando na Revolução de Fevereiro de 2014, que removeu Yanukovych e seu governo.[65] Instabilidade pós-revoluçãoVer artigo principal: Protestos pró-russos na Ucrânia em 2014 Na sequência da destituição do presidente Yanukovych em 23 de fevereiro, protestos de ativistas pró-russos e anti-revolução começaram na região majoritariamente russófona da Crimeia.[66] Estes foram seguidos por manifestações em várias cidades do leste e do sul da Ucrânia, incluindo Donetsk, Luhansk, Kharkiv e Odessa. Crise da CrimeiaVer artigos principais: Crise da Crimeia de 2014 e Anexação da Crimeia à Federação Russa A partir do dia 26 de fevereiro, à medida que os protestos apertavam na Crimeia, homens armados pró-russos gradualmente começaram a tomar o poder sobre a península.[67] A Rússia afirmou inicialmente que esses militantes uniformizados, chamados de "homenzinhos verdes" na Ucrânia, eram "forças de autodefesa locais".[68] No entanto, eles mais tarde admitiriam que estes eram, de fato, soldados russos sem insígnias, confirmando os relatos de uma incursão russa na Ucrânia.[69][70][71][72][73][74][75] Em 27 de fevereiro, o edifício do parlamento da Crimeia foi tomado pelas forças russas. Bandeiras russas foram hasteadas sobre estes edifícios, e um governo pró-russo autodeclarado afirmou que iria realizar um referendo sobre a independência da Ucrânia.[76] Na sequência deste referendo não reconhecido internacionalmente, que foi realizado em 16 de março, a Rússia anexou Crimeia em 18 de março. Guerra em DonbassVer artigo principal: Guerra Civil no Leste da Ucrânia Desde o início de março de 2014, manifestações de grupos pró-russos e anti-governo ocorreram nos oblasts ucranianos de Donetsk e Luhansk - que em conjunto formam o comumente chamado "Donbass" - na sequência da revolução ucraniana de 2014 e do movimento Euromaidan. Estas manifestações, que se seguiram a anexação da Crimeia pela Federação Russa, e que faziam parte de um grupo maior de protestos pró-russos simultâneos em todo o sul e leste da Ucrânia, escalaram para um conflito armado entre as forças separatistas das auto-declaradas República Popular de Donetsk e República Popular de Lugansk, e o governo ucraniano.[77][78] Antes de uma mudança dos principais líderes em agosto,[79] os separatistas eram liderados principalmente por cidadãos russos.[80] Paramilitares russos são relatados por constituírem de 15% a 80% dos combatentes.[80][81][82][83][84] Entre 22 e 25 de agosto, a artilharia e o pessoal russo, o qual a Rússia chamou de "comboio humanitário", foram relatados por terem cruzado a fronteira com o território ucraniano, sem a permissão do governo ucraniano. Os cruzamentos foram relatados como tendo ocorrido tanto em áreas sob o controle de forças pró-russas como em áreas que não estavam sob seu controle, como a parte sudeste do Oblast de Donetsk, perto de Novoazovsk. Estes acontecimentos seguiram ao bombardeio de posições ucranianas do lado russo da fronteira ao longo do mês anterior.[85][86][87][88][89] O Chefe do Serviço de Segurança da Ucrânia Valentyn Nalyvaichenko afirmou que os acontecimentos de 22 de agosto foram uma "invasão direta a Ucrânia por parte da Rússia".[90] As autoridades ocidentais e ucranianas descreveram esses eventos como uma "invasão furtiva" da Ucrânia pela Rússia.[89] Como resultado desta, os insurgentes recuperaram grande parte do território que haviam perdido durante a ofensiva militar anterior do governo. Um acordo para estabelecer um cessar-fogo, o chamado Protocolo de Minsk, foi assinado em 5 de setembro de 2014.[91] As violações do cessar-fogo de ambos os lados são comuns, mas este tem sido mantido, no entanto. Em meio à solidificação da linha entre o território insurgente e ucraniano durante o cessar-fogo, senhores da guerra assumiram o controle de porções de terra do lado dos insurgentes, levando a mais desestabilização.[92] Em 2015, com os combates no leste da Ucrânia se intensificando, denúncias cada vez mais veementes apontavam que a presença militar russa no país aumentou, além de seu apoio aos separatistas. Putin foi acusado pelo ocidente de tentar desestabilizar a Ucrânia e de tentar anexar o leste daquela nação pela força.[93] Em 2016, a OSCE reportou diversas movimentações militares de soldados e equipamentos, provavelmente russos, na região de fronteira e próximo a Donetsk, alertando uma nova escalada das tensões.[94][95] Em setembro deste mesmo ano, um soldado russo, Denis Sidorov, se rendeu às forças ucranianas em Shirokaya Balka e em seu interrogatório supostamente detalhou o sistema de ajuda dos russos para os rebeldes em Donetsk.[96] Em 25 de novembro de 2018, no Estreito de Querche, navios de guerra russos dispararam contra três embarcações ucranianas, capturando-as logo em seguida.[97][98] No dia seguinte, a 26 de novembro, parlamentares ucranianos apoiaram a proposta do presidente Petro Poroshenko de declarar lei marcial (por 30 dias) na região costeira da Ucrânia e na fronteira com a Rússia, como resposta ao incidente.[99] Eleições na UcrâniaVer artigo principal: Eleição presidencial na Ucrânia em 2014 Em meio à crise prolongada, várias eleições foram realizadas em toda a Ucrânia. A primeira eleição realizada desde a destituição do presidente Yanukovych foi a eleição presidencial de 25 de maio, que resultou na eleição de Petro Poroshenko como presidente da Ucrânia. Na região de Donbass, apenas 20% das seções eleitorais foram abertas devido às ameaças de violência por parte dos insurgentes separatistas pró-russos.[100] Das 2 430 seções eleitorais previstas para a região, apenas 426 permaneceram abertas para votação.[100] Como a guerra no Donbass prosseguia, as primeiras eleições parlamentares pós-revolucionárias na Ucrânia foram realizadas em 26 de outubro de 2014.[101] Mais uma vez, os separatistas impediram a votação nas áreas em que controlavam. Eles realizaram as suas próprias eleições, não reconhecidas internacionalmente e em violação ao processo de paz do Protocolo de Minsk, em 2 de novembro de 2014.[102] Embora compatíveis com o acordo de paz na visão dos rebeldes.[103] Efeitos da criseMilitares russos guardam uma antiga base militar ucraniana em Perevalne, durante a crise na Crimeia, em 2014. A crise teve muitos efeitos, tanto nacionais como internacionais. De acordo com uma estimativa de outubro de 2014 pelo Banco Mundial, a economia da Ucrânia encolheu 8% durante o ano de 2014 como resultado da crise.[104] As sanções econômicas impostas à Rússia pelas nações ocidentais contribuiu para o colapso do valor do rublo russo e para a crise financeira russa resultante.[105] A guerra no Donbass provocou uma escassez de carvão na Ucrânia, uma vez que a região de Donbass era a principal fonte de carvão para usinas de energia em todo o país. Além disso, a Usina Nuclear de Zaporizhia foi forçada a desligar um dos seus reatores após um acidente. A combinação destes dois problemas provocou apagões em toda a Ucrânia no mês de dezembro de 2014.[106] A proposta de um novo gasoduto para a Turquia, com uma capacidade anual em torno de 63 bilhões de metros cúbicos (BCM), levará o gás natural para a Europa contornando completamente a Ucrânia como um centro de transporte tradicional para o gás russo.[107] Crise em Donbass em 2021-2022Ver artigo principal: Crise russo-ucraniana (2021–presente) Em finais de 2021, a Rússia começou a fazer movimentações ao longo da fronteira ucraniana. O governo ucraniano então pediu que seu país fosse incluído na OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) para evitar a invasão. Em 19 de dezembro, o governo dos Estados Unidos se disse pronto para iniciar conversações com o governo russo para discutir as "ações da Rússia". Washington então não acreditava que Putin fosse invadir o território ucraniano, mas o presidente Joe Biden advertiu que se isto acontecesse, haveria duras sanções econômicas.[108][109] No dia 14 de janeiro, no entanto, o secretário de imprensa do Pentágono, John F. Kirby, disse que a Rússia havia enviado “um grupo de agentes” para a Ucrânia para fomentar um pretexto para outra invasão daquele país. Ele também disse que o Governo Biden ainda acreditava que havia espaço para resolver a situação com diplomacia. Naquela altura, a Rússia exigia que a Ucrânia não se tornasse membro da OTAN.[110] No dia 17 de janeiro seguinte, senadores dos EUA visitaram Kiev e declararam que as sanções “não serão destinadas apenas à Rússia em diferentes direções, incluindo a econômica, mas também contra suas indústrias extrativas, contra Vladimir Putin e lideranças que podem estar envolvidas no incentivo à crise na Ucrânia.” Jeanne Shaheen, representante do Partido Democrata, disse também que: "queremos ser francos com Vladimir Putin. Estamos procurando maneiras de trazê-lo à justiça e ele deve entender que esta é uma questão com a qual o Congresso, a administração Biden e nossos aliados estão lidando, por isso temos uma frente unida contra qualquer esforço de Putin e da Rússia para invadir a Ucrânia."[111] No dia 21 de janeiro, os EUA enviaram uma carga de armas e munições para a Ucrânia e outros países, como Estônia, Letônia e Lituânia, ex-membros da extinta União Soviética e atualmente membros da OTAN, disseram que fariam o mesmo.[112][113] No dia 24 a OTAN enviou aviões e navios de guerra para a região e neste mesmo dia os Estados Unidos, Reino Unido e Austrália retiraram as famílias de funcionários de suas embaixadas na Ucrânia.[112][114][115] Invasão militar da UcrâniaVer artigo principal: Invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022 Estragos em Kiev causados ataque de mísseis russos durante a invasão de 2022 Em 21 de fevereiro de 2022, o governo russo alegou que o bombardeio ucraniano havia destruído uma instalação de fronteira e alegou que havia matado cinco soldados ucranianos que tentaram atravessar o território russo. A Ucrânia negou estar envolvida em ambos os incidentes e os chamou de operação de bandeira falsa.[116][117] No mesmo dia, o governo russo reconheceu formalmente os autoproclamadas República Popular de Luhansk e República Popular de Donetsk como países independentes, de acordo com Putin não apenas em suas áreas controladas de fato, mas nos oblasts ucranianos como um todo,[118] e Putin ordenou que tropas russas, incluindo tanques, entrassem nas regiões.[119][120] Em 24 de fevereiro de 2022, o presidente russo Vladimir Putin ordenou a invasão do leste da Ucrânia.[121] Outros bombardeios contra edifícios, bem como bombardeios ocorreram na região, ocorreram.[122] Mais bombardeios de edifícios e bombardeios ocorreram na região.[123] O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy declarou lei marcial em toda a Ucrânia.[124] Sirenes de ataque aéreo também foram ouvidas em toda a Ucrânia durante a maior parte do dia.[125] Guerra cibernéticaNo mês de fevereiro de 2022 o coletivo Anonymous declarou guerra contra a Rússia pela invasão da Ucrânia[126][127][128], o grupo fez uma série de ataques contra sites governamentais do país. A Rússia foi acusada por especialistas[129] pela desestabilização de sites governamentais da Ucrânia[130][131]. A empresa de segurança Kaspersky entrou na mira dos governos dos Estados Unidos e Alemanha, os países acusam a empresa de ter relações com o governo Russo e de possíveis envolvimentos com ataques virtuais contra os países da Europa e Norte Americano, o governo Americano colocou a Kaspersky na lista de banimentos e a Alemanha recomendou que empresas do seu país não utilizem o software da empresa[132][133][134].
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