A lenda da Capa Vermelha quem e o lobo

Olá pessoal, como estão?  😀

Hoje trago mais uma dica de filme pra vocês afinal, num friozinho desses uma pipoquinha com um refrigerante e um filme bom! Uuuuuuummm!

Ultimamente a industria do cinema esta investindo em transformar historias em quadrinhos e infantis em produções mais adultas. E particularmente estou amando essa ideia e o filme de hoje é baseado na Chapeuzinho Vermelho.

Então vamos lá!?

Filme: A garota da capa vermelha

Ano: 2011

Classificação: 14 anos

Duração: 100 minutos

O filme conta a historia de Valerie uma jovem que mora em um vilarejo com sua família e que cresceu sendo grande amiga de um jovem chamado Peter por quem se apaixona, mas não pode viver esse amor por ser prometida a outro jovem com condições financeiras melhores, o Henry.

O vilarejo onde vive  é conhecido por terríveis homicídios cometidos por um lobo e um belo dia essa estatística chega a família da moça com a morte de sua irmã. Após esse acontecimento as pessoas que moram no local vão a caça do assassino que segundo eles é um lobo. O foco de todos é mata-lo por ele ter infringido o pacto de não executar ninguém. Na caçada eles acabam matando o lobo porém uma pessoa morre por causa disso e essa pessoa é o pai do seu futuro esposo Henry.

Enquanto isso o padre do local convoca o padre Salomon que é um especialista na caça de lobisomem. Na sua chegada ao ver o lobo decapitado ele revela que estão enganados pois, o animal  que mataram é comum e sabe disso por experiência própria pois o lobo da sua família era sua  esposa e foi ele quem a matou. A partir desse momento todos no local se tornam  suspeitos pois o mesmo deixa bem claro que o assassino mora com eles e que pode ser quem menos imaginam.

Mas, apesar do aviso do padre Salomon os moradores ainda acreditando na morte  do lobisomem fazem uma festa em comemoração quem tem como termino o ataque do lobo que vai atrás de Valerie e fala que se ela não ir embora com ele muitos vão morrer.  E sim, o lobo fala!

Valerie fica entre a cruz e a espada e sem saber o que fazer começa a desconfiar de todo mundo ao seu redor inclusive de Peter, Henry, sua mãe e sua avó e cá pra nós essa ultima é muito macabra. A garota da capa vermelha tenta descobrir de todas as formas quem é o assassino e a historia toda gira em torno desse mistério e pra quem gosta de ação pode assistir, pois ação é o que não falta.

Claro que pra saber o que acontece no desenrolar do filme vocês vão ter que assistir pois, que graça tem assistir um filme que você já sabe o final?

Ah, só uma coisinha: O final é surpreendente, vale a pena!

Abraços e idealizem! Se gostaram curtam, comentem sintam-se em casa! Até mais!

A lenda da Capa Vermelha quem e o lobo

A garota da capa vermelha, de Catherine Hardwicke

Por Pedro Fernandes

A lenda da Capa Vermelha quem e o lobo


Não é a primeira vez que o cinema volta-se para os clássicos da literatura infanto-juvenil e busca uma releitura, também não será a última com este A garota da capa vermelha. O fato é que essas produções são agenciadas por um péssimo mal gosto cinematográfico cujo interesse está reduzido - assim como parece ir dando provas cada vez mais o cinema - a espetacularização da imagem. O filme de Hardwicke, cujo propósito está no de uma releitura do clássico d'A chapeuzinho vermelho é exemplo disso.

Tudo nesse filme caminha para o trash - desde a composição do cenário onde corre as cenas, o vilarejo de Daggerhorn - até atuação e arrumação dos figurinos. Num interesse de recuperar o ar dos ambientes encantados das histórias de fada, A garota da capa vermelha exagera na maquete e nas cenas de estúdio o que deixa o filme pesado e claustrofóbico. Evidente que esse é o estado a que se ver reduzido o vilarejo - já que é o lugar um cenário de pessoas ressabidas que convivem há muitas gerações com a presença mitológica de um lobo. O problema, entretanto, está no exagero dessa opressão. 

Bem, mas a que se resume o enredo? Tudo começa a andar, quando depois de criado uma espécie de pacto de paz entre as pessoas do vilarejo e o lobo, os limites do pacto não são respeitados. A morte de uma jovem pelo lobo levará todo o vilarejo à cata do bicho até descobrir que o lobo é na verdade um lobisomem e que este pode ser qualquer um da vila. Aqui se instala mais um defeito do filme: o andamento enredo para o seu desfecho. A trama se embebe do clichê policialesco e vai sendo - como numa espécie de quebra-cabeças - reduzida à busca de uma solução para quem poderia ser o lobisomem. A máxima todos são suspeitos até se prove o contrário leva a plateia desavisada a acreditar que o único não possível de ser o lobisomem é o telespectador que está fora da trama.

E tudo se processa com a chegada ao vilarejo de um padre, também suspeito. Talvez se fosse explorado melhor a relação entre mito e religião que o filme ensaia em fazer o policialesco não se reduzisse ao fracasso que se reduz. Mas o foco se volta para um "romancinho" adocicado entre Valérie e o galã rejeitado do vilarejo. Valérie está prestes a se casar com um rapaz que não ama e tudo toma um rumo diferente não porque o galã rejeitado do vilarejo intervenha na união não-quista por ela, mas porque chega aos ouvidos do padre investigador que a dita cuja tem o poder de conversar com o lobo. Aqui, o filme encontra mais uma clareira que poderia explorá-la. Mas, novamente, perde-se. O paradoxo Bem e Mal, Deus e Diabo e a relação do feminino com isso tudo parece ser muito complexo para a diretora que prefere não ir por esse caminho e volta ao clichê.

O que já possível de notar é que esse filme de tudo ensaia, mas não consegue desenvolver nada. O resultado é um enredo truncado, adolescente, piegas e reduzido a um romance de meia tigela. 

Quanto à arrumação das personagens - fato que não poderia deixar de comentar - perde-se também nos clichês. O cabelo espetado com gel do galã rejeitado pelo vilarejo é apenas o mínimo erro que se vê no filme. Parece que a diretora não conseguiu se despir - parece não, ela não conseguiu se despir dos estereótipos do primeiro Crepúsculo. Para a crítica mais consagrada Catherine não se sustenta como boa diretora e repete as mesmas jogadas cinematográficas que utilizou no filme dos vampiros. O resultado finda com um elenco, que está mais para novela mexicana, deslocado do contexto em que se passa o filme e de personagens superficiais e pobres psicologicamente ferindo (e muito!) o princípio da organização do clássico.  

A garota da capa vermelha bem que se esforça para convencer o telespectador de que foi uma boa realização, mas só convence aos leigos-leigos em cinema. E para dizer que nada desse filme escapa, a fotografia das cenas interiores do vilarejo convence, mas não é suficiente o que acaba levando este filme para o rol dos filmes não-brilhantes, mas que carecem de um comentário.


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