Esse texto é um artigo de opinião, pois apresenta uma pesquisa científica de forma acessível.

O gênero jornalístico tem como principal característica a integração entre o leitor e o jornal, sendo que essa modalidade requer um tipo específico de linguagem, chamada de linguagem jornalística. Esta, por sua vez, é composta por algumas especificidades que têm objetivos bem delimitados, partindo do pressuposto de que todos e todas devem compreender o conteúdo a ser transmitido. Ser bem compreendido requer perícia com as palavras, pois não é interessante para o gênero em questão ser alvo de ambiguidades e diferentes interpretações.

A linguagem jornalística deve seguir alguns preceitos. São eles:

Objetividade: a linguagem jornalística deve ser objetiva e evitar termos literários, como metáforas e linguagem conotativa. Isso acontece porque a mensagem deve ser transmitida de maneira clara, a fim de que sejam evitadas diferentes interpretações e possíveis dificuldades do leitor em compreender aquilo que está sendo dito ou lido.

Simplicidade: a linguagem jornalística deve prezar por termos aceitos no registro formal da língua, evitando vícios de linguagem e vocábulos eruditos ou obsoletos.

Imparcialidade: deve evitar expressões que denunciem a opinião de quem escreve a notícia para que o leitor possa fazer seu próprio juízo de valor sobre aquilo que está expresso no jornal.

Linguagem referencial: o foco deve ser mantido na notícia.

Empatia com o leitor: a linguagem jornalística deve projetar no leitor os sentimentos daqueles que estão envolvidos na notícia.

Linguagem narrativa: predominantemente há a ocorrência da narração, gênero associado aos verbos carregados de ação. A narração confere maior ritmo aos fatos, assim como linearidade.

Universalidade: os fatos narrados devem ser de interesse geral, evitando assuntos que sejam de pouca relevância para a sociedade.

O estilo jornalístico pode ser facilmente notado em um texto, pois alguns elementos aparecem com bastante frequência:

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Frases curtas: estão associadas à objetividade do texto, lembrando que a notícia deve demandar pouco tempo de leitura, por isso a preferência por esse tipo de construção frástica.

As locuções verbais devem ser evitadas: locuções verbais não são bem-vindas, sobretudo quando podem ser substituídas por um único verbo equivalente.

Uso da ordem direta da língua: as inversões são comuns no gênero literário, portanto, devem ser evitadas na linguagem jornalística. A linguagem direta da língua, sujeito+ verbo+complementos e adjuntos adverbiais, deve ser predominante.

Uso de repetições: as repetições, quando não estão em excesso, são aliadas no processo de memorização daquilo que está sendo dito ou lido, pois permitem que as informações sejam mais bem assimiladas.

Vejamos um exemplo em que a linguagem jornalística pode ser facilmente denotada no texto jornalístico:

É possível observar no texto acima vários elementos presentes na linguagem jornalística, cujos textos têm como principal objetivo demonstrar circunstâncias e também fornecer uma análise de suas causas e de seus efeitos.

O texto de divulgação científica é um tipo de texto expositivo e argumentativo mais elaborado. São produzidos mediante pesquisas, aprofundamentos teóricos e resultados de investigações sobre determinado tema.

Possuem a finalidade principal de “popularizar a ciência”, ou seja, difundir o conhecimento científico, transmitindo assim diversos informações de valor indiscutível.

Características

Esse tipo de modalidade textual é muito utilizado no mundo acadêmico, seja na produção de dissertações de mestrado, teses de doutorado, artigos científicos, resenhas, dentre outros.

São apresentados com uma linguagem clara, objetiva e impessoal (destituído de marcas pessoais com verbos na terceira pessoa) de acordo com as normas da língua.

Por esse motivo, são evitadas as expressões populares, a linguagem coloquial, gírias e figuras de linguagem como a redundância e a ambiguidade.

É notório a presença de termos técnicos da área, essenciais da linguagem científica e ainda, verbos predominantemente no presente do indicativo.

Eles são escritos por pesquisadores e especialistas no assunto dedicados ao ramo da ciência por meio de métodos científicos.

Esses textos possuem uma função primordial para o desenvolvimento da sociedade, posto que são divulgados conhecimentos diversos baseados em experimentos, estudos de caso, dentre outros.

Os suportes mais utilizados para a divulgação desse tipo de texto são as revistas e jornais científicos, livros, plataformas de divulgação cientifica, televisão, internet.

Para completar o curso numa Universidade do Brasil, a maior parte delas exige um trabalho final do aluno (Monografia ou Trabalho de Conclusão de Curso-TCC).

Tem o intuito de prepará-lo no mundo da pesquisa bem como de testar seus conhecimentos e capacidade de relacionar diversos autores que foram explorados durante o curso.

No trabalho monográfico (de teor científico), o aluno delimita uma área de pesquisa, para assim fazer um recorte do tema que será explorado.

Feito isso, e com o auxílio de um professor orientador, o aluno pesquisa, levanta dados e referências bibliográficas para construir seu trabalho.

Estrutura Textual

Além do padrão básico estrutural dos textos dissertativos (introdução, desenvolvimento e conclusão), os textos de divulgação científica não possui uma forma rígida.

Eles dependem do tema abordado, do emissor (autor do texto), do público ao qual é destinado (receptores) e do suporte que será divulgado (jornal, revista, televisão, internet).

No entanto, alguns deles, como as monografias, dissertações e teses, seguem algumas regras de produção, a saber:

  • Capa: na capa do texto científico aparecem as informações básicas referente ao trabalho desenvolvido como o título, nome do escritor ou grupo e da instituição.
  • Sumário: no sumário, serão apresentados os títulos de cada capítulo do texto e em qual página cada um se encontra.
  • Dedicatória e Agradecimentos: alguns trabalhos tem uma página específica para a dedicatória e outra para os agradecimentos, donde o pesquisador apresenta as pessoas e/ou instituições que foram essenciais para o desenvolvimento da pesquisa.
  • Resumo: em alguns trabalhos científicos são solicitados os resumos (abstracts em inglês), ou seja, uma breve apresentação (geralmente com limite de palavras) em que o pesquisador vai expor a ideia central de sua pesquisa. Dependendo do trabalho, podem apresentar um resumo na língua materna e outro em língua estrangeira.
  • Palavras-Chave: geralmente abaixo do resumo, são incluídas algumas palavras-chave, ou seja, termos essenciais e pontuais para o desenvolvimento da pesquisa.
  • Epígrafe: nos trabalhos científicos é comum encontrar uma epígrafe, ou seja, uma frase ou parágrafo que tenha alguma relação com o que será discutido no texto.
  • Introdução: parte extremamente importante do trabalho onde deverão aparecer as principais ideias (tese) e conceitos que serão desenvolvidas no texto.
  • Desenvolvimento: chamado também de "antítese", nessa parte serão abordados todos os conceitos e possíveis autores e referências utilizadas. Possui forte presença de argumentação e contra-argumentação com presença de comparações, citações de autores, dados estatísticos.
  • Conclusão: Na conclusão, há um arremate de tudo o que foi exposto, sendo que uma nova ideia geralmente é apontada referente ao que foi apresentado no trabalho. Por esse motivo, essa parte é chamada também de “nova tese”.
  • Bibliografia: reúne as referências bibliográficas e webgrafia utilizada para o desenvolvimento da pesquisa. Essa parte deverá estar de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Junto as referências, está o glossário, apêndices e anexos com as tabelas, gráficos, quadros, ilustrações, lista de símbolos, abreviaturas e siglas que foram utilizadas no texto.

Para complementar sua pesquisa veja também os artigos:

  • Projeto de pesquisa: como fazer?
  • Artigo científico: tipos de artigos e estrutura nas normas da ABNT
  • Normas da ABNT: regras de formatação para trabalhos acadêmicos
  • Artigo de Opinião
  • Folha de rosto ABNT

Esse texto é um artigo de opinião, pois apresenta uma pesquisa científica de forma acessível.

Licenciada em Letras pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) em 2008 e Bacharelada em Produção Cultural pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em 2014. Amante das letras, artes e culturas, desde 2012 trabalha com produção e gestão de conteúdos on-line.

Por que esse texto é considerado um artigo de opinião?

O artigo de opinião é um texto onde o autor expõe seu posicionamento sobre um determinado tema de interesse público. É um texto dissertativo que traz argumentos sobre o assunto abordado. O escritor, além de mostrar o seu ponto de vista, deve sustentá-lo com argumentos coerentes.

Quais são as principais características de um artigo de opinião Brainly?

As características do artigo de opinião são as seguintes: Título do texto, geralmente polêmico ou provocador; Exposição de uma ideia ou ponto de vista sobre determinado assunto; Apresenta-se em três partes: exposição, interpretação e opinião.

Que tipo de linguagem deve ser utilizado no artigo de opinião?

A linguagem usada no artigo de opinião costuma alinhar-se à norma-padrão da língua portuguesa, haja vista que o texto deve ser compreendido por diversos tipos de pessoas, muitas vezes de regiões completamente distintas — como é o caso dos artigos publicados em jornais de alcance nacional no Brasil.

Que relação se pode estabelecer entre o artigo de opinião e argumentação?

O artigo de opinião é um subtipo do texto argumentativo, em ambos você vai se expressar e argumentar, a diferença básica está na estrutura; no artigo de opinião você pode usar o narrador em 1º pessoa (eu penso, eu acredito...) e no texto argumentativo indefine-se o sujeito (acredita-se que, segundo dados).