Detectar e tratar condições que trazem risco de complicações na gravidez é fundamental para proteger a saúde da mãe e do bebê. Show Gravidez não é doença, mas algumas complicações podem surgir ao longo do caminho (que dura em torno de 40 semanas). Alguns problemas são mais simples de serem resolvidos, enquanto outros demandam acompanhamento criterioso e cuidados para proteger mãe e bebê. No primeiro trimestre, é muito comum a mulher sentir uma série de mudanças no corpo. Muitas vezes, são sintomas como enjoo e atraso menstrual que indicam a suspeita de que ela pode estar grávida. O acompanhamento pré-natal deve ser iniciado logo após a descoberta da gestação, para monitorar tanto a mãe quanto o bebê e identificar precocemente possíveis problemas. Veja também: Gravidez e amamentação em tempos de covid-19 Veja a seguir complicações que podem ocorrer ao longo de toda a gravidez, incluindo aquelas que a tornam uma gestação de risco: SangramentosPequenos sangramentos são comuns, principalmente no primeiro trimestre, e podem ocorrer após um exame pélvico ou uma relação sexual, já que o colo do útero é sensível ao toque. Porém, eles também pode ser sinal de que algo mais grave está acontecendo, como um aborto espontâneo, por exemplo, que também é comum nas primeiras semanas de gestação. Por isso, sempre que um sangramento ocorrer, é necessário buscar um serviço de saúde para verificar se está tudo bem ou se é algo que merece maior atenção. Hiperêmese gravídicaÉ normal a gestante ter náuseas e vômitos frequentes durante o primeiro trimestre. Mas em alguns casos, ela pode desenvolver a hiperêmese gravídica, que causa vômitos excessivos e náuseas muito fortes. “Por isso, pode haver necessidade de tratamento imediato, que inclui fluidos intravenosos (IV) para reidratação e/ou medicamentos para reduzir náuseas e vômitos”, explica a dra. Fátima Oladejo, ginecologista e obstetra. Ouça: Por Que Dói? #02 | Dor do parto Infecções do trato urinárioSegundo a médica, infecções do trato urinário que costumam afetar a bexiga também são mais comuns no início da gravidez. Os principais sinais são desejo frequente de urinar, dor ou ardor ao urinar e presença de sangue na urina. “Assim que uma infecção é diagnosticada, são prescritos medicamentos que são seguros para uso durante a gravidez. Também é muito importante beber muita água, pelo menos 2 litros por dia para auxiliar o tratamento”, explica. Sem tratamento, esse tipo de infecção pode evoluir para uma infecção renal mais séria, que pode provocar dor nas costas, febre e náuseas. O tratamento inclui antibióticos e pode ser necessária hospitalização. Aborto espontâneoEstima-se que uma cada cinco gestações termine em aborto espontâneo no primeiro trimestre. Os sintomas incluem sangramento vaginal, cólica semelhante à cólica menstrual, dor lombar e sinais de infecção, como calafrios e febre de 37 graus ou mais. “A maioria dos abortos espontâneos não pode ser evitada. O aborto espontâneo geralmente não é perigoso para a mulher, mas sentimentos de raiva, tristeza e culpa são comuns. Como acontece com qualquer perda, conversar com seu parceiro, família, amigos e médico sobre seus sentimentos pode ser útil”, orienta dra. Oladejo. Gravidez ectópicaA gravidez ectópica ou tubária acontece quando o óvulo fertilizado é implantado fora do útero, como nas tubas uterinas. Esse tipo de gestação não se desenvolve normalmente. O feto não sobrevive, e a condição pode oferecer risco à vida da mulher. Os sintomas incluem sangramento vaginal, fraqueza, tonturas ou desmaio, dor abdominal ou pélvica que pode ser repentina e aguda, constante ou ficar indo e voltando. Veja também: Mitos e verdades sobre a gravidez De acordo com a ginecologista, em alguns casos a gestação termina sem necessidade de intervenção. “Mas, às vezes, é necessário um tratamento medicamentoso ou cirúrgico para impedir que a gravidez progrida e coloque em risco a saúde dessa paciente”, explica. Os principais fatores de risco da gravidez ectópica são doença inflamatória pélvica (DIP), endometriose, gravidez ectópica anterior, qualquer cirurgia tubária e tratamentos de fertilidade. Pré-eclâmpsiaA pré-eclâmpsia é uma condição que causa pressão alta na gravidez e geralmente ocorre após a 20ª semana. É um problema que merece atenção, pois pode causar complicações como parto prematuro, por exemplo, e oferece risco à vida da mãe e do bebê. Os sintomas incluem inchaço, dor de cabeça, ganho de peso e retenção de líquido. Mas nem sempre há sintomas. O tratamento é feito com medicamentos e acompanhamento pré-natal criterioso. A gestante precisa repousar, medir a pressão com frequência e reduzir o consumo de sal. Sem o tratamento adequado, a doença pode evoluir para eclâmpsia, uma forma mais grave da doença, que pode causar convulsões na mulher. Diabetes gestacionalO diabetes gestacional ocorre quando a gestante está com alto nível de açúcar no sangue. Na maior parte das vezes, não há sintomas. Por isso, é importante monitorar a glicemia, além de manter uma alimentação balanceada e praticar atividade física adequada para o período da gravidez. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos. Se não for controlado, o diabetes gestacional também pode provocar parto prematuro ou crescimento fetal excessivo, o que pode levar à complicações na hora do parto. Além disso, a mulher tem maior risco de desenvolver diabetes tipo 2 após a gravidez. Gravidez de risco“A gravidez é considerada de alto risco quando há complicações potenciais que podem afetar a mãe, o bebê ou ambos. Gestações de alto risco requerem tratamento por um especialista para ajudar a garantir o melhor resultado para a mãe e o bebê”, afirma a médica. Veja também: Adolescentes que engravidam sofrem maior risco de problemas físicos, psicológicos e sociais Os fatores que fazem uma gestação ser classificada como de alto risco podem ser condições de saúde da mulher, anteriores à gestação, ou de condições da própria gravidez e que não têm relação direta com a saúde da mãe. Veja os principais:
Quais os riscos da infecção urinária no final da gravidez?A grande preocupação com uma infecção urinária na gravidez, quando não tratada, ocorre o risco de parto prematuro, aborto espontâneo, bebês com pouco peso, mau funcionamento dos rins da futura mãe ou o risco de infecção generalizada.
Quem tem infecção de urina pode ter parto normal?Gestantes com exames positivos para infecção urinária precisam tomar um antibiótico antes do parto. Nesses casos, o bebê é monitorado para detectar se há o risco de febre ou algum sinal de contaminação. Ao avaliar a situação, o médico pode indicar a cesárea.
Como saber se a infecção urinária está grave na gravidez?Portanto, é fundamental ficar atenta aos seguintes sinais:. dor ou sensação de queimação ao urinar;. sensação de não conseguir esvaziar a bexiga;. vontade frequente e repentina de urinar, apresentando baixa quantidade;. urina turva ou com sangue;. desconforto na região da bexiga;. É normal ter infecção urinária no final da gravidez?A infecção urinária durante a gravidez é um problema muito frequente devido às alterações fisiológicas da gravidez, que favorecem a colonização do trato urinário. Estes problemas afetam a qualidade de vida da mulher além de aumentar o risco de morbidade materna e fetal neste período.
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