Confira se sabe tudo sobre figuras de linguagem. Faça os exercícios e, no final, confira os comentários que fizemos em cada uma das respostas. Show
Questão 1Que figura de linguagem está presente neste diálogo entre mãe e filho: — Não estou satisfeita com as tuas notas, filho. Ver Resposta A figura presente é a Litote, a qual é utilizada para suavizar o discurso. Parecida com o Eufemismo, a Litote atenua a ideia por meio de uma negação. Assim, em vez de a mãe dizer que estava chateada ou decepcionada, disse que não estava satisfeita. Por sua vez, em vez de o filho dizer que é ruim nas matérias, diz que não é bom nelas. Lembrando que no Eufemismo, o discurso é suavizado, mas sem recorrer à negação. Exemplo: Ele entregou a alma a Deus (em vez de se dizer: Ele morreu). Questão 2Indique as alternativas que apresentam a figura de linguagem personificação, também chamada de prosopopeia. a) as pedras humilham Ver Resposta Todas as alternativas, porque em todas elas são atribuídas ações humanas (humilham, festejam, contam, celebram, clama) a seres irracionais (pedras, confetes, diários, copos, floresta). Questão 3Identifique as figuras de linguagem nas orações abaixo: a) O Velho Chico ocupa cerca de 8% do território brasileiro. Ver Resposta a) Antonomásia, porque “Velho Chico” substitui o nome do Rio São Francisco. Questão 4Indique a alternativa correta. a) Antítese e paradoxo são dois nomes para a mesma figura de linguagem, a que utiliza ideias contrárias. Ver Resposta Alternativa e: Este é um exemplo de metonímia: “Parece que temos um Pavarotti em casa”. A metonímia é a figura de palavra que substitui uma palavra por outra. Assim, “Pavarotti” substitui o artista por “cantor lírico”. A oração poderia ser escrita da seguinte forma: “Parece que temos um cantor lírico em casa”. Alguns exemplos de metonímia:
Quanto às alternativas restantes: a) Antítese e Paradoxo são figuras de linguagem diferentes. Enquanto a antítese utiliza termos com sentidos opostos (Mantêm uma relação de amor e ódio), o paradoxo apresenta ideias - não só termos - com sentidos opostos (“Já estou cheio de me sentir vazio.”, Renato Russo) b) Aliteração, paronomásia, assonância e onomatopeia são figuras de som ou harmonia (e não figuras de sintaxe). c) As figuras de linguagem são classificadas em: figuras de palavras, figuras de pensamento, figuras de sintaxe e figuras de som. Não existem figuras morfológicas. d) Aliteração é a repetição de sons consonantais. A figura de linguagem que consiste na repetição de sons vocálicos é a Assonância. Questão 5Quais figuras de sintaxe foram usadas nas orações abaixo? a) Tudo o que ele disse eu já fiz. Ver Resposta a) Hipérbato, porque há uma alteração na ordem direta da oração. A ordem
direta seria: Eu já fiz tudo o que ele disse. Questão 6Qual das orações abaixo apresenta uma perífrase, também chamada de antonomásia? a) Saia já para fora! Ver Resposta Alternativa b: Foi salvo pelo melhor amigo do homem. A antonomásia, também chamada de Perífrase, é a figura de palavra que substitui uma palavra por outra(s) que a identifique. Neste caso, “o melhor amigo do homem” substitui a palavra “cão”. As figuras de linguagem presentes nas alternativas restantes são: a) Pleonasmo; Questão 7Indique em quais alternativas foram usadas metáforas e em quais foram usadas comparações. a) Ele é simplesmente um deus grego. Ver Resposta As alternativas em que constam metáforas são: a) Ele é simplesmente um deus grego. As alternativas em que constam comparações são: b) Ele é bonito como um deus grego. Metáfora e Comparação são figuras de linguagem que contém comparações. A diferença entre ambas é que a Comparação é explícita, porque nela são usados conectivos de comparação (como, assim), tal como verificamos nas orações das alternativas acima. Questão 8Qual a figura de linguagem presente nas orações abaixo? 1. Convide-o a retirar-se, por favor. Ver Resposta A figura presente é o Eufemismo, que é utilizado para suavizar o discurso. Assim, 1. “convidar alguém a se retirar” é uma forma mais amena de mandar alguém embora. Questão 9São exemplos de catacrese: a) cabeça do alfinete, fio de óleo, corpo do texto. Ver Resposta Alternativa a: cabeça do alfinete, fio de óleo, corpo do texto. Catacrese é a figura de palavra em que se utiliza uma palavra imprópria na ausência de outra específica. Assim: o alfinete não tem cabeça, não pode existir concretamente um fio de óleo, bem como um texto não tem corpo. No entanto, essas expressões são conhecidas e facilitam a nossa comunicação. As alternativas restantes são exemplos de: b) Sinestesia; Questão 10Qual a figura de linguagem presente na oração abaixo? “O relógio da parede eu estou acostumado com ele, mas você precisa mais de relógio do que eu”. (Rubem Braga). Ver Resposta Anacoluto, porque essa figura de linguagem se caracteriza pelo fato de utilizar mudanças repentinas nas estruturas das frases. É um recurso muito utilizado na literatura, com o intuito de enfatizar a mensagem. Mas também é recorrente na linguagem oral, no momento em que o falante altera a sua linha de pensamento de forma repentina. Questão 11(UFPB) I. "À custa de muitos trabalhos, de muitas fadigas, e sobretudo de muita paciência..." Quanto às figuras de linguagem, há neles, respectivamente, a) gradação, antítese, comparação e hipérbole Ver Resposta Alternativa d: gradação, antítese, metáfora e hipérbole. Gradação, porque as ideias se apresentam de forma progressiva “muitos trabalhos, muitas fadigas, muita paciência”; Antítese, porque utiliza termos com sentidos opostos “... que estivesse sério, desatava a rir...”; Metáfora, porque faz uma comparação sem utilizar conectivo de comparação - como, tal qual - “parecia uma mola oculta”; Hipérbole, porque exagera de forma intencional “a mais refinada má-criação”. Questão 12(UFF) TEXTO Não há morte. O encontro de duas expansões, ou a expansão de duas formas, pode determinar a supressão de duas formas, pode determinar a supressão de uma delas; mas, rigorosamente, não há morte, há vida, porque a supressão de uma é a condição da sobrevivência da outra, e a destruição não atinge o princípio universal e comum. Daí o caráter conservador e benéfico da guerra. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas. (ASSIS, Machado fr. Quincas Borba. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira/INL, 1976.) Assinale dentre as alternativas abaixo, aquela em que o uso da vírgula marca a supressão (elipse) do verbo: a) Ao vencido, ódio ou compaixão, ao vencedor, as batatas. Ver Resposta Alternativa a: Ao vencido, ódio ou compaixão, ao vencedor, as batatas. Na frase acima é possível identificar facilmente a omissão de algo como “seja dado/sejam dadas”. Assim, a frase completa, ou seja, sem a utilização da figura de linguagem elipse, seria: “Ao vencido, seja dado ódio ou compaixão, ao vencedor, sejam dadas as batatas.”. Questão 13(UFPA) Tecendo a manhã (MELO, João Cabral de. In: Poesias Completas. Rio de Janeiro, José Olympio, 1979) Nos versos “E se encorpando em tela, entre todos, a) eufemismo Ver Resposta Alternativa c: aliteração. Aliteração é a repetição de sons consonantais, tal como se verifica nos versos acima em que o som do “t” se repete - tela, todos; tenda, todos; todos, toldo. Questão 14(Fuvest) A catacrese, figura que se observa na frase “Montou o cavalo no burro bravo”, ocorre em: a) Os tempos mudaram, no devagar depressa do
tempo. Ver Resposta Alternativa c: Apressadamente, todos embarcaram no trem. “Embarcar” é uma palavra que deriva de barco, e significa entrar no barco, mas na ausência de termos específicos para eles, também é usada para outros meios de transporte. Essa é a função que caracteriza a catacrese, ou seja, usar uma palavra por não haver outra mais específica. Questão 15(FEI) Assinalar a alternativa correta, com relação às figuras de linguagem, presentes nos fragmentos a seguir: I. “Não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puros viste.” a) anacoluto, hipérbato, hipálage, pleonasmo Ver Resposta Alternativa b: hipérbato, zeugma, silepse, assíndeto. Hipérbato, porque a ordem da oração está alterada. A ordem direta seria: “... que já viste nos meus olhos tão puros.” ("viste nos meus olhos", em vez de "nos olhos meus viste"); Zeugma, porque foi omitida a palavra “legisla” para evitar a repetição: “A moral legisla para o homem; o direito (legisla) para o cidadão.”; Silepse, porque o verbo “discordar” não está concordando com a palavra “maioria” (como na primeira oração “A maioria concordava...”), mas com a ideia de que a palavra “maioria” traz de várias pessoas, ou seja: “a maioria discordavam nos pormenores” (a ideia implícita é "(pessoas) discordavam nos pormenores"); Assíndeto, porque não foram usados conectivos. Com conectivos, a oração poderia ficar assim: “Isaac a vinte passos, divisando a vulto de um, então, para, ergue a mão em viseira e firma os olhos.”. Questão 16(USF) Leia estes versos: “As ondas amarguradas (Murilo Mendes) A figura de linguagem que ocorre nos versos 5 e 6 é: a) metáfora Ver Resposta Alternativa c: hipérbole. A hipérbole é uma figura de pensamento que apresenta um exagero intencional do autor para dar ênfase às expressões. Observamos a presença da ideia intensificada em “todas as pedras que há no mundo”, porque é um exagero alguém dizer que tem todas essas pedras. Questão 17(Vunesp ) Na frase: "O pessoal estão exagerando, me disse ontem um camelô", encontramos a figura de linguagem chamada: a) silepse de pessoa Ver Resposta Alternativa e: silepse de número. Na oração acima, o verbo “estar” concorda com a ideia de número de pessoas que a palavra “pessoal” transmite: “O pessoal estão exagerando” em vez de "O pessoal está exagerando". Questão 18(UFU) Cada frase abaixo possui uma figura de linguagem. Assinale aquela que não está classificada corretamente: a) O céu vai se tornando roxo e a cidade aos poucos agoniza. (prosopopeia) Ver Resposta Alternativa c: Peço-lhe mil desculpas pelo que aconteceu. (metáfora). A alternativa está incorreta, porque a metáfora representa uma comparação, algo que não está presente na oração acima. O recurso estilístico utilizado é hipérbole, o qual se identifica na expressão “mil desculpas”, que é um exagero para explicar o quanto alguém sente pelo que aconteceu e quer muito se desculpar. Questão 19(Vunesp) No trecho: “…dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo”, a figura de linguagem presente é chamada: a) metáfora Ver Resposta Alternativa e: antítese. A presença de termos com sentidos opostos, neste caso “mínimo e máximo”, é a marca característica da antítese. Questão 20(Fatec) "Seus óculos eram imperiosos." Assinale a alternativa em que aparece a mesma figura de linguagem que há na frase acima: a) "As cidades vinham surgindo na ponte dos nomes." Ver Resposta Alternativa c: "O bonde passa cheio de pernas.". A figura de linguagem presente em “óculos imperiosos” e “bonde cheio de pernas” é a prosopopeia ou personificação, uma vez que em ambos os casos são atribuídas qualidades humanas a seres irracionais. Questão 21(Enem) Cidade grande Que beleza, Montes Claros. (Carlos Drummond de Andrade) Entre os recursos expressivos empregados no texto, destaca-se a a) metalinguagem, que consiste em fazer a linguagem referir-se à própria linguagem. Ver Resposta Alternativa c) ironia, que consiste em se dizer o contrário do que se pensa, com intenção crítica. A ironia é uma figura de pensamento em que se expressa o oposto daquilo que se pensa. Assim, Drummond utiliza esse recurso estilístico com a finalidade de criticar o desenvolvimento da cidade mineira Montes Claros. Questão 22(UFSC) Leia os provérbios (itens A e B) e a citação (item C) abaixo. A. “A palavra é prata, o silêncio é ouro.” Com base na leitura acima, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S). 1. Em cada um dos provérbios observa-se um paralelismo sintático, que ajuda a conferir ritmo ao provérbio e favorece sua memorização. Ver Resposta As proposições corretas são: 1. Em cada um dos provérbios observa-se um paralelismo sintático, que ajuda a conferir ritmo ao provérbio e favorece sua memorização. É o que se verifica em: A) A palavra é …, o silêncio é…” e B) Os sábios não dizem …, os tolos não sabem …”; 2. No provérbio (A) ocorrem duas metáforas. A metáfora está presente na comparação entre palavra e silêncio com prata e ouro, respectivamente; 8. Tanto o item A quanto o item C funcionam como elogios à discrição. É o que se verifica em A) ao comparar o silêncio com ouro e, em C) cuja citação tem o sentido de que às vezes é melhor não dizer nada. Questão 23(FAU) Nos versos: “Bomba atômica que aterra A repetição de determinados elemento fônicos é um recurso estilístico denominado: a) hiperbibasmo Ver Resposta Alternativa d: aliteração. Aliteração é uma figura de som cujo recurso é repetir sons consonantais, tais como b e p que constam nos versos acima em “bomba-pomba”. Questão 24(Mackenzie) Nos versos abaixo, uma figura se ergue graças ao conflito de duas visões antagônicas: “Saio do hotel com quatro olhos, Esta figura de linguagem recebe o nome de: a) metonímia Ver Resposta Alternativa d: antítese. A antítese consiste no recurso estilístico que utiliza termos com sentidos opostos para dar mais ênfase à comunicação. Neste caso, os termos “presente” e “passado” têm essa intenção nos versos acima. Questão 25(ITA) Em qual das opções há erro de identificação das figuras? a) "Um dia hei de ir embora / Adormecer no derradeiro sono." (eufemismo) Ver Resposta Alternativa c) Já não são tão frequentes os passeios noturnos na violenta Rio de Janeiro. (silepse de número). A figura utilizada nesta oração é silepse. No entanto, ela não está classificada corretamente, uma vez que se trata de uma silepse de gênero, em que a palavra “cidade” está subentendida, e por esse motivo o adjetivo violenta está no feminino em vez de no masculino: Já não são tão frequentes os passeios noturnos no
violento Rio de Janeiro. Questão 26(PUC-SP) Nos trechos: "...nem um dos autores nacionais ou nacionalizados de oitenta pra lá faltava nas estantes do major" e "...o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja" encontramos, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem: a) prosopopeia e hipérbole Ver Resposta Alternativa e: metonímia e prosopopeia. A metonímia é uma figura muito utilizada quando se fala no autor em vez de se referir às suas obras. É o que acontece na oração "...nem um dos autores nacionais ou nacionalizados de oitenta pra lá faltava nas estantes do major", o que significa que o major tem as obras desses autores, e não que os autores estão na sua estante. A prosopopeia é figura de linguagem em que qualidades humanas são atribuídas a seres irracionais. Em "...o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja", está sendo atribuído ao violão a capacidade humana de pedir e de desejar algo. Questão 27(Cesgranrio) Na frase "O fio da ideia cresceu, engrossou e partiu-se" ocorre processo de gradação. Não há gradação em: a) O carro arrancou, ganhou velocidade e capotou. Ver Resposta Alternativa e: João pegou de um livro, ouviu um disco e saiu. Na oração acima, não existe sequência de uma mesma ideia que progride, mas sim ações diferentes conectadas num mesmo período. Questão 28(Funcab) As figuras de linguagem são usadas como recursos estilísticos para dar maior valor expressivo à linguagem. No seguinte trecho “Tu és a chuva e eu sou a terra [...]” predomina a figura, denominada: a) onomatopeia Ver Resposta Alternativa c: metáfora. A metáfora é a figura de linguagem em que existe comparação de palavras com significados diferentes. Na metáfora, o termo comparativo não é usado explicitamente na frase, tal como na comparação. Assim, na oração “Tu és a chuva e eu sou a terra [...]”, chuva e terra são respectivamente comparados a tu e eu. Se fosse a figura de linguagem utilizada fosse comparação, a oração seria: “Tu és como a chuva e eu sou como a terra [...]”. Questão 29(Unicamp) Morro da Babilônia À noite, do morro Quando houve revolução, os soldados Mas as vozes do morro (Carlos Drummond de Andrade, Sentimento do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p.19.) No poema “Morro da Babilônia”, de Carlos Drummond de Andrade, a) a menção à cidade do Rio de Janeiro é feita de modo indireto, metonimicamente, pela referência ao Morro da Babilônia. Ver Resposta Alternativa a: a menção à cidade do Rio de Janeiro é feita de modo indireto, metonimicamente, pela referência ao Morro da Babilônia. Na metonímia, considera-se a parte pelo todo. Assim, verificamos no poema de Drummond que “as vozes do morro” refere-se às vozes das pessoas que vivem no Morro da Babilônia e, logo, às pessoas que vivem no Rio de Janeiro, uma vez que o morro em referência localiza-se nessa cidade. Questão 30(Insper) POÇAS D’ÁGUA As poças d´água são um mundo mágico (Mario Quintana, Preparativos de viagem, São Paulo, Globo, 1994.) Levando-se em conta o texto como um todo, é correto afirmar que a metáfora presente no primeiro verso se justifica porque as poças a) estimulam a imaginação. Ver Resposta Alternativa a: estimulam a imaginação. A metáfora foi o recurso estilístico utilizado para enfatizar a beleza dos versos. Comparar poças d’água com um mundo mágico leva as pessoas a imaginar o que quiserem ver a partir do reflexo de uma poça d’água. Questão 31(IFPE) Responda à questão com base na tirinha abaixo. O humor da tirinha foi conferido, sobretudo, pela não compreensão por parte da personagem Chico Bento da figura de linguagem utilizada por seu interlocutor. A essa referida figura de linguagem dá-se o nome de a) anáfora Ver Resposta Alternativa b: metonímia. “Cabeça de gado” é uma expressão que toma a parte - neste caso, a cabeça - como o animal inteiro, que é um sentido que o personagem Chico Bento desconhece. É justamente esse recurso que caracteriza a figura de linguagem metonímia, ou seja, referir-se a uma parte com o sentido do todo. Questão 32(UERJ) A namorada Havia um muro alto entre nossas
casas. (Manoel de Barros O pai era uma onça (ref. 2). Nesse verso, a palavra onça está empregada em um sentido que se define como: a) enfático Ver Resposta Alternativa c: metafórico. O rapaz comparava o pai da namorada com uma onça para expressar o quanto ele era bravo “O pai era uma onça.” e “No tempo do onça era assim.”. A metáfora consiste na comparação de termos com significados distintos (pai - humano com onça - animal). Além disso, na metáfora não é utilizado termo de comparação (como, assim): O pai era como uma onça. Questão 33(FGV) Assinale a alternativa que indica a correta sequência das figuras encontradas nas frases abaixo. O bom rapaz buscava, no fim do dia, negociar com os traficantes de drogas. a) Ironia, eufemismo, antítese, hipérbole, prosopopeia Ver Resposta Alternativa a: Ironia, eufemismo, antítese, hipérbole, prosopopeia. Ironia, porque “bom rapaz” transmite ideia contrária daquilo que realmente se pensa acerca do rapaz; Eufemismo, porque “entregou a alma a Deus” é uma forma mais branda de dizer que morreu; Antítese, porque utiliza termos com sentidos opostos - frio e calor; Hipérbole, porque exagera quando faz referência à quantidade de lixo - “montanha de lixo”; Prosopopeia, porque a neve não tem a capacidade humana de convidar turistas. Questão 34(PUC-SP) Em uma grande concessionária de São Paulo leu-se a seguinte chamada: “Queima total de seminovos”. A mesma estratégia foi utilizada em uma chamada de um grande hipermercado, em que se podia ler: “Grande queima de colchões”. Acerca dos sentidos criados por essas chamadas, é apropriado afirmar que a) em ambas há uma utilização da linguagem em seu sentido estritamente literal. Ver Resposta Alternativa c: em ambas o sentido é metafórico e é apreendido pela associação com o contexto. A ação de “queimar” é comparada à ação de “liquidar”, ou seja, vender tudo, daí a utilização da metáfora, que é apropriada ao seu contexto. Questão 35(Vunesp) Texto 1 Gregório de Matos Goza, goza da flor da mocidade, Ó não aguardes, que a madura idade Texto 2 Basílio da Gama Pois se sabes que a tua formosura Guarda para seu tempo os desenganos, A expressão latina carpe diem, que significa “aproveite o dia (presente)”, foi uma constante nos dois períodos literários representados pelos poemas de Gregório de Matos e Basílio da Gama. a) Transcreva, de cada um dos poemas, um verso em que a ideia do carpe diem esteja explicitamente apresentada. Ver Resposta a) Texto I: “Goza, goza da flor da mocidade,” e Texto II: “Gozemo-nos agora, enquanto dura”; b) Flor é utilizado como metáfora de mocidade nos dois textos. É o que constatamos, por exemplo: Texto I “Ó não aguardes, que a madura idade Texto II “Já que dura tão pouco a flor dos anos.” Questão 36(Unifesp) Maria Bofetão A surra que Maria Clara aplicou na vilã Laura levantou a audiência da novela Celebridade. Na segunda-feira passada, 28 tabefes bem aplicados pela heroína Maria Clara (Malu Mader) derrubaram a ignóbil Laura (Cláudia Abreu) e levantaram a audiência de Celebridade, a novela das 8 da Globo. (…) Tanto a mocinha quanto a vilã ganharam nova dimensão nos últimos tempos. Maria Clara, depois de perder sua fortuna, deixou de ser apenas uma patricinha magnânima e insossa, a aborrecida Maria Chata. Ela ganhou fibra e mostrou que não tem sangue de barata. Quanto à Laura, ficou claro que sua maldade tem proporções oceânicas: continuou com suas perfídias mesmo depois de conquistar a fama e o dinheiro que almejava. Por tripudiar tanto assim sobre a inimiga, atraiu o ódio dos noveleiros. (Veja, 05.05.2004.) Em “Quanto à Laura, ficou claro que sua maldade tem proporções oceânicas”, a figura de linguagem presente é a) uma metáfora, já que compara a maldade com o oceano. Ver Resposta Alternativa b: uma hipérbole, pois expressa a ideia de uma maldade exagerada. A figura de linguagem hipérbole consiste na transposição de exagero à mensagem com um sentido intencional. Assim, “proporções oceânicas” expressa a gravidade da maldade da personagem da novela. Questão 37(FMU) Quando você afirma que enterrou “no dedo um alfinete”, que embarcou “no trem” e que serrou “os pés da mesa”, recorre a um tipo de figura de linguagem denominada: a) metonímia Ver Resposta
Alternativa e: catacrese. A catacrese é utilizada quando recorremos a certas palavras por não haver outras específicas para falar sobre algo em determinado. É o que acontece em: “enterrar o dedo”, uma vez que enterrar significa colocar debaixo da terra; “embarcar no trem”, uma vez que embarcar significa entrar no barco. Questão 38(Anhembi) Tenho fases (Lua Adversa – Cecília Meireles) Indique a alternativa que não contenha a mesma figura de linguagem presente nesse verso do poema: a) A tristeza é um barco imenso, perdido no oceano. Ver Resposta Alternativa a: A tristeza é um barco imenso, perdido no oceano. Na alternativa a) a figura de linguagem presente é a metáfora, uma comparação que dispensa a utilização de termo comparativo (como, tal qual) e que não foi utilizada no poema de Cecília Meireles; Nas alternativas restantes, está presente a comparação, a qual também consta no poema acima em “tenho fases, como a lua…”. Questão 39(UFPE) Assinale a alternativa em que o autor NÃO utiliza prosopopeia. a) “Quando
essa não-palavra morde a isca, alguma coisa se escreveu.” (Clarice Lispector) Ver Resposta Alternativa e: “Meu nome é Severino, Não tenho outro de pia”. (João Cabral de Melo Neto) A palavra “nome” foi omitida pelo fato de já ter sido utiliza na primeira oração. Caso não fosse omitida, soaria de forma repetitiva: “Meu nome é Severino, Não tenho outro nome de pia”. A omissão de uma palavra já utilizada na mensagem é característica da figura de linguagem conhecida como zeugma. A prosopopeia, por sua vez, caracteriza-se por atribuir capacidades humanas a seres irracionais, tal como constatamos nas restantes alternativas: a) “essa não-palavra morde”, b) “as palavras se beijam”, c) “a poesia vai comprar jornal” e d) “a luminosidade sorria”. Questão 40Apenas uma das alternativas apresenta sinestesia. Indique qual. a) Adorava aquele som doce entrando pela janela. Ver Resposta Alternativa a: Adorava aquele som doce entrando pela janela. A sinestesia é a figura de linguagem em que as sensações não são percebidas pelos órgãos de sentido esperados. Assim, nesta oração, audição (som) e paladar (doce) se confundem. Para você entender melhor:
Professora, produz conteúdos educativos (de língua portuguesa e também relacionados a datas comemorativas) desde 2015. Licenciada em Letras pela Universidade Católica de Santos (habilitação para Ensino Fundamental II e Ensino Médio) e formada no Curso de Magistério (habilitação para Educação Infantil e Ensino Fundamental I). Qual a figura de linguagem na música O vento beija meus cabelos?prosopopeia a atribuição de sentimentos e características humanas a seres inanimados, objetos ou animais. Também pode ser chamada de personificação, por ter esse efeito de personificar (humanizar) esses seres, como ocorre em campanhas publicitárias e textos literários.
Qual a figura de linguagem presente no trecho da música abaixo Eu nunca mais vou respirar Se você não me notar Eu posso até morrer de fome se você não me amar?Assim, podemos apontar as hipérboles: “mil rosas roubadas”, “nunca mais vou respirar” e “morrer de fome”, que são expressões exageradas condizentes com o título da canção, que descreve uma pessoa exagerada quando o assunto é amor.
Qual é a figura de linguagem da frase todos estão morrendo de sede?Em outras palavras, a hipérbole é um recurso muito utilizado, inclusive na linguagem do dia a dia, a qual expressa uma ideia exagerada ou intensificada de algo ou alguém, por exemplo: "Estou morrendo de sede".
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