Maior taxa de natalidade do mundo

Apenas Itália, Espanha, Grécia e Finlândia tiveram taxas de natalidade mais baixas que Portugal em 2019. A população nacional, contudo, aumentou com a imigração já que os óbitos superaram nascimentos.

Após uma recuperação em 2018, o número de crianças a nascer em Portugal voltou a baixar em 2019. O país registou a quinta taxa de natalidade mais baixa da União Europeia (UE), segundo o Eurostat.

Dados divulgados pelo gabinete de estatísticas europeu, nesta sexta-feira, indicam que no ano passado nasceram em Portugal 86,6 mil crianças, um número inferior aos 87 mil nascimentos que se verificaram em 2018. Este corresponde a um rácio de 8,4 nascimentos por cada mil habitantes.

Há apenas quatro países entre os 27 Estados-membros da UE a apresentar taxas de natalidade inferiores, sendo que três deles são países do sul da Europa. Itália, com sete nascimentos por cada mil habitantes, apresenta a taxa mais baixa. Segue-se Espanha (7,6 por mil), Grécia (7,8 por mil) e Finlândia (8,3 por mil).

Do lado oposto, a Irlanda (12,1 por mil habitantes) destacou-se com a maior taxa de natalidade, seguindo-se França (11,2 por mil), Suécia (11,1), Chipre (10,9) e Estónia (10,6).

Apesar da quebra de nascimentos, Portugal viu a população nacional aumentar no ano passado em 19,3 mil, para um total de 10,295 milhões de habitantes, um máximo desde 2016. Mas esse acréscimo da população terá sido sustentado pela imigração, já que o número de pessoas que morreram foi mais alto do que o total de nascimentos: 111,8 mil pessoas.

População por estados membros da UE

Maior taxa de natalidade do mundo

No total da UE, o Eurostat estima a existência de 447,7 milhões de habitantes, um recuo de 12,8% face aos 513,5 de 2019 que se explica com a saída do Reino Unido do bloco europeu, a 31 de janeiro. Considerando apenas os 27 estados membros, há um acréscimo de 900 mil habitantes durante o ano passado atribuído pelo Eurostat à migração líquida.

A variação natural da população da UE é assim negativa desde 2012, com mais mortes do que nascimentos, tendo, em 2019, sido registados 4,7 milhões de óbitos e 4,2 milhões de nascimentos na região.

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Natalidade corresponde ao número de nascimentos em um determinado lugar. As taxas de natalidade ao longo das últimas décadas e as atuais vêm sofrendo uma queda. As nações industrializadas que ingressaram no processo da Primeira Revolução Industrial na primeira etapa, já haviam reduzido suas taxas ainda no século XIX e início do XX.

Já nos países de economias dependentes as taxas de natalidade sofreram quedas apenas nos últimos anos. Nos países subdesenvolvidos e ex-socialistas os índices diminuem constantemente.

Alguns países realizam medidas para implantação de controle da natalidade, essa pode ser desenvolvida a partir de divulgação nos meios de comunicação, doação de preservativos e pílulas anticoncepcionais, entre outros.

O grupo de países desenvolvidos, após atingir índices muito baixos de natalidade, chegou ao ponto máximo de queda. No caso da Alemanha e Dinamarca as taxas de natalidade já foram superadas pela de mortalidade, isso quer dizer que o número de óbitos é maior do que o de nascimentos, em suma, não há crescimento populacional ou vegetativo.

Essa disparidade faz com o governo de países com esse tipo de problema promova divulgação de incentivos à gravidez para povoar o país e aumentar a População Economicamente Ativa, pois caso o número de nativos seja insuficiente para o trabalho será necessário a entrada de trabalhadores de outras nacionalidades.

Os países que possuem as menores das taxas de natalidade do mundo com índices inferiores a 14% são respectivamente: Japão, Rússia, Suécia, Estados Unidos, França, Luxemburgo, Itália, Alemanha.

Existe outro grupo de países que detêm taxas de natalidades razoáveis ou intermediárias, nesses se encontram Bangladesh, El Salvador, Paraguai, Filipinas e Síria, todos com percentuais entre 25% e 30%, além do Panamá, Brasil, Argentina, Turquia e Albânia com variáveis entre 19% a 24%.

Em outro grupo seleto estão os países que apresentam as mais altas taxas de natalidade do mundo, desses se destacam Afeganistão, Angola, Etiópia, Congo, Lêmen, Costa do Marfim, Somália, Moçambique, Libéria e Uganda, todos com taxas acima de 40%, além de Butão, Nigéria, Gabão, Gâmbia, Laos e Paquistão, com índices que variam entre 35% e 40%, e por fim Guatemala, Arábia Saudita, Saara Ocidental, Sudão e Nepal entre 30% e 35%.

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Qual é o país com maior taxa de natalidade?

→ Países com maiores taxas de natalidade.
Níger – 50‰.
Mali – 47‰.
Uganda – 44‰.
Zâmbia – 43‰.
Burkina Faso – 41‰.

Qual é o país com menor taxa de natalidade?

Em 2021, o país asiático voltou a registrar a menor taxa de natalidade do mundo: o Escritório Nacional de Estatística registrou o nascimento de 260,6 mil crianças, 11,8 mil a menos do que em 2020. Desde 2018, a taxa de natalidade na Coreia do Sul é inferior a um filho por mulher.

Qual foi a maior taxa de natalidade no Brasil?

A queda na taxa de natalidade durante a pandemia é perceptível em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. Em São Paulo, maior estado do país, 317 mil pessoas nasceram no primeiro semestre de 2022, frente aos 367 mil nascimentos no mesmo período em 2019.