O que podemos afirmar sobre a eletronegatividade dos átomos numa ligação?

Exercícios Resolvidos de Poder Polarizante

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Enunciado

Comente a seguinte afirmação: “As ligações químicas são ou 100% iônicas ou 100% covalentes”. Exemplifique analisando o caráter covalente ou iônico das ligações em F 2 , N F 3 , C F 4 , B F 3 , B e F 2 e L i F.

Passo 1

Uma ligação não é necessariamente 100% iônica ou 100% covalente.

A gente já viu que uma ligação pode ter um caráter iônico maior ou menor e um caráter covalente maior ou menor, dependendo das eletronegatividades envolvidas, da razão carga/raio dos átomos, etc.

Passo 2

Mas pensa na ligação F - F.

Apolar, dois caras iguaizinhos! Bem, nesse caso dá pra dizer que ela é puramente covalente. Mas mesmo uma ligação assim pode assumir características polares, acredita?

A gente pode “provocar” um momento dipolo nessa molécula, aproximando ela de um momento dipolo forte.

Tipo assim. Tá lá a molécula de F 2 tranquilona, com os elétrons igualmente distribuídos, nuvem eletrônica nem um pouco distorcida.

O que podemos afirmar sobre a eletronegatividade dos átomos numa ligação?

E aí um cara super positivo se aproxima dessa molécula.

O que podemos afirmar sobre a eletronegatividade dos átomos numa ligação?

E puxa a nuvem eletrônica em direção a um dos átomos de flúor.

Mas tudo bem, isso foi só pra dizer que mesmo a molécula “mais 100% covalente” pode deixar de ser, frente a determinadas situações.

Passo 3

Então, vamos analisar o caráter covalente das ligações em F 2 , N F 3 , C F 4 , B F 3 , B e F 2 e L i F.

Como a gente já viu, numa situação “normal”, o F 2 é um cara 100% covalente.

Pela tabela de eletronegatividade ( χ N ) , a gente pode pegar os seguinte dados:

χ N = 3,0

χ C = 2,5

χ B = 2,0

χ B e = 1,6

χ L i = 1,0

Conforme a eletronegatividade dos caras ligados ao flúor vai diminuindo, a diferença de eletronegatividade da ligação vai aumentando ( χ F = 4,0).

E com a diferença de eletronegatividade aumentando, o caráter iônico vai aumentando.

No B F 3 , por exemplo, com diferença de eletronegatividade igual a 4,0 - 2,0 = 2,0, o caráter das ligações B - F já é predominantemente iônico (diferença maior que 1,7).

Mas o B e F 2 tem ligações mais iônicas, e o L i F ainda mais.

Tendo tudo isso em mente, é mais adequado falar do caráter iônico e caráter covalente das ligações do que dizer que uma ligação é uma coisa ou outra.

Passo 4

Resumindo:

Ligações consideradas covalentes podem apresentar caráter iônico, dependendo da diferença de eletronegatividade dos átomos ligados. Essa diferença pode causar a distorção da nuvem eletrônica correspondente à ligação, aumentando o caráter iônico.

Ligações estabelecidas entre íons podem ter o caráter covalente aumentado caso o cátion consiga polarizar a nuvem eletrônica do ânion.

Resposta

Ei, a resposta está no passo a passo :)

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Eletronegatividade trata-se da tendência que um átomo apresenta em atrair elétrons, quando se encontra ligado a um elemento químico diferente, formando uma substância composta.

A eletronegatividade dos átomos é uma grandeza relativa, pois ao estudá-la, estamos comparando a força de atração exercida pelos prótons no núcleo dos átomos sobre os elétrons que fazem parte da ligação química. Essa força de atração está relacionada com o tamanho do raio atômico, ou seja, quanto menor o tamanho do átomo, maior será a força de atração exercida sobre os elétrons, pois a distância entre o núcleo e o elétron da ligação é menor. Logo, quanto menor for o tamanho de um átomo, maior será sua eletronegatividade.

Uma das escalas mais utilizadas para relacionar a eletronegatividade dos átomos é a escala de Pauling, mostrada na tabela abaixo. Os valores que Pauling obteve estão relacionados com a energia de ionização e a afinidade eletrônica dos elementos. De forma resumida, a energia de ionização é a energia necessária para remover um elétron de um átomo isolado (ou íon) no estado gasoso. Logo, quanto maior for o potencial de ionização de um elemento, maior será a sua eletronegatividade.

Já a eletroafinidade ou afinidade eletrônica dos elementos trata-se da energia liberada quando um átomo isolado, no estado gasoso, “captura” um elétron. Os átomos que apresentam eletroafinidade elevada possuem maior tendência em ganhar um ou mais elétrons, adquirindo, assim, estabilidade eletrônica. Dessa forma, quanto maior for a afinidade eletrônica, maior será a eletronegatividade do átomo.

A eletronegatividade não é definida para os gases nobres. As variações de eletronegatividade apresentados abaixo estão com seus valores arredondados.

Tabela periódica

Na tabela periódica, a eletronegatividade aumenta de baixo para cima nas famílias (grupos) e da esquerda para a direita nos períodos, como está representado esquematicamente na tabela abaixo. Note que a família VIIIA, referente aos gases nobres, foi desconsiderada.

O que podemos afirmar sobre a eletronegatividade dos átomos numa ligação?

Tabela de eletronegatividade

O que podemos afirmar sobre a eletronegatividade dos átomos numa ligação metálica?

Resposta. Ligação ionica, geralmente acontece entre metal e ametal, devido a grande diferença de eletronegatividade, o metal doa elétrons. Ligação covalente, acontece entre ametal e ametal, com eletronegatividade próximas, os ametais compartilham elétrons.

Qual a relação entre a eletronegatividade com as ligações químicas?

Numa ligação química, o átomo com maior eletronegatividade, ao atrair os elétrons, fica com a carga negativa. Por outro lado, os átomos com menor eletronegatividade perdem elétrons e, em razão disso, adquirem uma carga positiva.

O que podemos afirmar sobre a eletronegatividade de um elemento químico?

A eletronegatividade é uma propriedade periódica dos elementos que indica a tendência que cada um tem de atrair os elétrons em uma ligação química. A eletronegatividade corresponde à capacidade que o núcleo de um átomo tem de atrair os elétrons envolvidos em uma ligação química.

O que é eletronegatividade é como ela está relacionada com o tipo de ligação formada?

Eletronegatividade é uma propriedade periódica que indica a tendência do átomo para atrair elétrons. Ela acontece quando o átomo está numa ligação química covalente, ou seja, no compartilhamento de um ou mais pares de elétrons. O que a determina é a capacidade do núcleo atômico para atrair elétrons vizinhos.