Onde foi criada a primeira rádio?

As primeiras experiências de radiodifusão, feitas por Marconi em 1894, abriram caminho para as inúmeras emissões Rádio dos nossos dias. Em Portugal no ano 1923 foi criada a Sociedade Portuguesa de Amadores de Telefonia sem Fio, precursora das rádios de hoje.

Em Portugal as experiências com este novo meio começaram nos anos 20 do século passado. Em 1935 nasceu a Emissora Nacional de Radiodifusão, atual Antena 1. Um ano mais tarde começam as emissões experimentais da Rádio Renascença.

Após a revolução de 25 de Abril de 1974, são nacionalizadas todas as rádios em Portugal, com excepção da Rádio Renascença.

Em 1976 a Emissora Nacional passa a chamar-se Rádio Difusão Portuguesa (RDP). Desde então muitas outras rádios foram criadas em Portugal, e passaram também a ocupar um lugar importante nas emissões pela internet.

Meio de comunicação se tornou principal instrumento para integração do país e democratização do acesso à informação

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Publicado em 07/09/2022 08h21 Atualizado em 07/09/2022 08h23

Onde foi criada a primeira rádio?

No dia 7 de setembro de 1922, durante a comemoração do centenário da Independência, brasileiros ouviram pela primeira vez uma transmissão de rádio. Nessa data, foi veiculado o discurso do então presidente da República, Epitácio Pessoa. Ele estava no Rio de Janeiro e os aparelhos receptores instalados em Niterói, Petrópolis e São Paulo. Esse momento marcou o início do rádio no Brasil. Anos depois, o meio de comunicação conquistou a população, se tornou paixão nacional e um importante instrumento para integração regional.

Por meio das ondas de radiofrequência se tornou possível romper barreiras geográficas e sociais, promovendo acesso a conteúdos informativos e educativos em todo país. A primeira emissora brasileira foi a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, fundada em 1923 pelo antropólogo e educador Edgard Roquette-Pinto – que também viabilizou a primeira transmissão, em 1922, e é considerado o pai da radiodifusão no Brasil. A emissora tinha como principal propósito promover a educação. Segundo o idealizador, o rádio era a “escola dos que não tinham escola”. Na década de 1920, a taxa de analfabetismo era de 65%, de acordo com censo demográfico da época.

Apesar do potencial, no início, o rádio ainda tocava em caráter experimental e começou a se popularizar na década de 1930. Principalmente após a sanção de uma lei, pelo então presidente Getúlio Vargas, em 1932, que autorizava a transmissão de propaganda pelas emissoras. Esse foi um incentivo para que empresas começassem a investir e os aparelhos de rádio ficassem mais acessíveis. Com isso, passaram a ganhar espaço a música popular e os programas de entretenimento – como radionovelas. Na década de 1950, o rádio viveu a “Era de Ouro”.

Ainda hoje é um dos principais meios de comunicação, capaz de chegar a todos os brasileiros, desde os que vivem nas capitais até os que estão no interior do país, em localidades de difícil acesso.



NOVAS FREQUÊNCIAS - Ao longo dos anos, o rádio resistiu e se adaptou à chegada das novas tecnologias. Uma das principais mudanças pelas quais passa para continuar como um importante instrumento para prestação de serviços é a migração na frequência de transmissão de AM (Amplitude Modulada) para FM (Frequência Modulada). As rádios que operam em AM alcançam uma área maior, porém estão bem mais sujeitas a interferências e ruídos. Por outro lado, rádios FM cobrem uma área menor, mas contam com aumento significativo na qualidade. Além disso, alguns aparelhos mais novos, como celulares e tablets, não sintonizam AM.

Com a migração, também se tornou necessário ampliar os canais disponíveis para comportar mais emissoras. Por essa razão, atualmente existe o que chamamos de “banda estendida”, com novos canais nas frequências de 76,1 FM a 87,5 FM.

Muita gente pensou que ele iria desaparecer com o surgimento da TV. Depois, com a chegada da internet, os rumores sobre um possível fim do rádio voltaram a ganhar força. Mas a verdade é que, anos depois, ele continua aí. 

Por décadas ele foi o meio de comunicação mais importante do mundo. Virou ferramenta de informação, entretenimento, e abriu portas para a popularização da música.

É claro que em mais de 100 anos de história o rádio já passou por diversas transformações, mas não se pode negar o tamanho da importância que ele teve e ainda tem.

É por isso, senhoras e senhores, que hoje vos será apresentada a história do rádio. Acompanhe nossa programação para mais detalhes 🧐 

Desvendando a história do rádio: os primeiros passos

Essa história começa muito antes do que você imagina. Antes que a invenção do aparelho fosse possível, uma série de descobertas foram necessárias.

Vamos começar lá em 1888, quando o alemão Heinrich Hertz provou a existência das ondas eletromagnéticas. 

Algum tempo depois, Thomas Edison usou o eletromagnetismo para criar o Grasshopper Telegraph, um equipamento que funcionava como um telégrafo sem fio.

Já em 1893, o cientista Nikola Tesla fez a primeira demonstração pública de uma transmissão sem fios.

Onde foi criada a primeira rádio?
Nikola Tesla / Créditos: Divulgação

A tecnologia de Tesla foi retomada anos depois, pelo italiano Guglielmo Marconi, que patenteou a transmissão-recepção eletrônica em 1896.

Há indícios, entretanto, de que o padre gaúcho Roberto Landell de Moura já havia feito uma transmissão aqui no Brasil três anos antes. 

O fato é que, com essa invenção e com a possibilidade de sintonizar um circuito elétrico em determinada frequência, descoberta em 1897 por Oliver Lodge, tornou-se possível usar o rádio como ferramenta de comunicação entre dois pontos distantes. 

O rádio como ferramenta de guerra

Até agora, tudo o que falamos aqui ainda não envolve a transmissão de voz. No começo, o rádio enviava e recebia mensagens em Código Morse.

Foi só em 1906 que Lee de Forest criou a válvula de três elementos e permitiu a amplificação das ondas eletromagnéticas, produzindo som em volume suficiente para ser transmitido e recebido. 

Com isso, o rádio se tornou uma ferramenta extremamente útil no contexto militar. Ele serviu como meio de comunicação entre os fronts de batalha na Primeira Guerra Mundial, foi usado para transmitir avisos às cidades que estavam próximas aos locais de guerra e, mais adiante, virou forma de comunicação entre os aviões que sobrevoavam campos inimigos e as bases militares.

Onde foi criada a primeira rádio?
Radio sendo usado na guerra / Créditos: Divulgação

Com o uso na guerra, a tecnologia radiofônica despertou interesses e conseguiu evoluir de forma mais rápida. Felizmente, pouco tempo depois o rádio foi se tornando cada vez mais uma ferramenta de informação e entretenimento.

A história do rádio no Brasil

O rádio chegou oficialmente em terras brasileiras no dia 7 de setembro de 1922, durante um evento internacional em comemoração ao centenário da independência. 

Naquele dia, foram instaladas estações de transmissão em pontos estratégicos do Rio de Janeiro, Petrópolis, Niterói e São Paulo, e o discurso do presidente Epitácio Pessoa foi transmitido ao vivo. Em seguida, foi tocada a ópera O Guarani.

Apesar da empolgação inicial, o governo brasileiro não demonstrou interesse em investir no rádio. Por isso, no ano seguinte, as empresas americanas que haviam trazido os equipamentos para o Brasil se preparavam para ir embora. 

Foi aí que o médico e cientista Edgard Roquette-Pinto resolveu intervir e o rádio ficou no Brasil com os esforços de um grupo de intelectuais que viam o rádio como uma possibilidade de alcançar os 65% da população que ainda eram analfabetos.

De ferramenta educativa a meio de entretenimento

No dia 20 de abril de 1923 foi fundada a primeira emissora de rádio oficial do Brasil, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, que em 1936 se tornou a Rádio MEC.

A concessão foi dada pelo governo com a condição de que ela fosse essencialmente educativa, e assim foi. 

Onde foi criada a primeira rádio?
Rádio Sociedade do Rio de Janeiro / Créditos: Divulgação

Entretanto, não demorou muito para que esse cenário mudasse. Ainda no começo dos anos 30 o governo autorizou a transmissão de publicidade, o que fez com que o surgimento de novas emissoras disparasse, afinal, agora elas tinham uma forma de se sustentar financeiramente. 

A era do entretenimento

Agora que a rádio já podia ser comercial, a ideia de expandir a programação para algo além do educativo foi tomando forma.

Ainda na década de 30, o radialista Ademar Casé criou o primeiro programa fixo de entretenimento em uma emissora. O sucesso do programa foi tão grande que ele chegou a ter 12 horas de duração.

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Ademar Casé / Créditos: Divulgação

Casé foi o primeiro da história a pagar cachê para cantores, e também a fazer contratos de exclusividade. Foi no programa dele que nasceu o primeiro jingle, a clássica propaganda do Pão Bragança, que foi um marco nas histórias do rádio e da publicidade. 

A Rádio Nacional 

Se Ademar Casé revolucionou o rádio brasileiro, a Rádio Nacional do Rio de Janeiro nasceu para fortalecer e engrandecer esse sucesso.

Fundada no dia 12 de setembro de 1936 e estatizada pelo governo Vargas em 1940, ela rapidamente se tornou a emissora mais ouvida do Brasil. 

Onde foi criada a primeira rádio?
Créditos: Divulgação

O interesse de Getúlio Vargas na emissora era usar o rádio como ferramenta de propaganda governamental, portanto, não havia a preocupação de que ela desse lucro.

Com isso, todo o dinheiro ganho com publicidade podia ser investido de volta na melhoria da estrutura. 

Como podia pagar bem, a Rádio Nacional também tinha os melhores profissionais do mercado. Sempre investindo em novidades, foi nela que nasceram os programas de auditório e as aclamadas radionovelas que paravam o Brasil.

Os cantores e atores do rádio

Desde os anos 30, com o programa Casé, começaram a surgir cantores e cantoras no rádio. Depois, com o radioteatro e a radionovela, também surgiram os primeiros atores do rádio, muitos dos quais nós chegamos a ver depois na tela da TV.

Um desses casos é a atriz Fernanda Montenegro, que começou no rádio aos 15 anos de idade.

Onde foi criada a primeira rádio?
Fernanda Montenegro / Créditos: Divulgação

Na música, nomes como Noel Rosa, Ângela Maria, Orlando Silva, Dalva de Oliveira, Dolores Duran, Cauby Peixoto, Marlene e Emilinha Borba nasceram e cresceram no rádio, conquistando pra sempre o coração dos brasileiros.

Isso sem nem mencionar as irmãs mais famosas do rádio: Aurora e Carmen Miranda. 

Como anda o rádio hoje

Como você pode perceber, a história do rádio foi construída a muitas mãos. Talvez por isso, ele nunca perdeu seu espaço e foi se reinventando com o passar do tempo.

É claro que hoje as emissoras dividem audiência com a televisão, a internet e as plataformas de streaming, mas convive com elas sem perder seu espaço. 

A música, o jornalismo e a publicidade compõem hoje a maior parte da programação radiofônica, seguindo uma nova forma de “fazer o rádio” que nasceu depois do crescimento da televisão.

Além disso, com a entrada das emissoras no mundo digital, hoje podemos ouvir pela internet rádios de qualquer lugar do mundo.

Mais história pra você curtir

E aí, gostou de conhecer um pouco mais sobre a história do rádio? Que tal continuar com a gente pra ficar por dentro de outras curiosidades do universo musical?

Onde o primeiro rádio foi inventado?

No ano de 1896, a primeira companhia de rádio foi fundada em Londres, pelo cientista italiano Guglielmo Marconi, com a emissão e recepção de sinais sem fio. Logo, em 1897, Oliver Lodge inventou o circuito elétrico sintonizado, que possibilitou a mudança de sintonia selecionando a frequência desejada.

Que país criou o rádio?

O italiano Guglielmo Marconi fez o primeiro sistema de telégrafos sem fios, sendo essa transmissão no Canal da Mancha, em 1899.

Qual foi o primeiro rádio do mundo?

A rádio KDKA, instalada numa garagem em Pitsburg, nos EUA, é a primeira estação de que se tem registro. 1920 - surgem, na França, os primeiros rádios a pilha e os fones de ouvido.

Quando surgiu a primeira rádio?

A história do rádio começou com Michael Faraday, que, em 1831, descobriu a indução magnética. Mas o princípio da propagação radiofônica veio mesmo em 1887, através de Henrich Rudolph Hertz.