Por que a digestão e necessária para o aproveitamento dos nutrientes dos alimentos?

Entender como o nosso corpo absorve os nutrientes é um passo importante para quem quer montar uma dieta mais eficiente. Afinal, algumas substâncias podem auxiliar na absorção de outras e, ao levar isso em conta, é possível combinar alimentos que se complementem. Para abordar mais esse assunto, nós preparamos uma matéria falando mais sobre como ocorre o processo de absorção dos nutrientes (vitaminas, minerais, fibras e por aí vai) e como aumentá-lo. Dá uma olhada!

Afinal, como ocorre o processo de absorção dos nutrientes?

É importante destacar que a absorção ocorre quando os alimentos, durante a digestão, são decompostos em moléculas menores para, assim, atravessarem do meio externo (paredes do tubo digestivo, geralmente o intestino delgado) para o meio interno (sangue e linfa, que atuam no transporte e remoção de substâncias em diversas partes do corpo). Esse processo, realizado durante a digestão, é essencial para que haja a absorção de todos os nutrientes - mas, além disso, você sabia que algumas vitaminas auxiliam na absorção dos minerais e vice-versa?

Obs.: Uma curiosidade interessante é que existem várias etapas no sistema digestório que contribuem para a quebra dos alimentos. Ainda na boca, por exemplo, a saliva já inicia o processo de decomposição da comida em moléculas menores. No estômago, o suco gástrico é importante para a quebra das proteínas e o mesmo ocorre no intestino delgado - quando sucos digestivos (produzidos pelo fígado e pâncreas) ajudam a finalizar esse processo de quebra dos alimentos. Todas essas etapas são fundamentais para que, no final, os nutrientes possam ser absorvidos pelo organismo.

Vitamina C ajuda a aumentar a absorção de ferro

Para aumentar a absorção de ferro pelo organismo, uma das melhores dicas é consumir vitamina C. Um bom exemplo, inclusive, é a combinação feijoada (fonte de ferro) com laranja (fonte de vitamina C), que dá supercerto. O ácido ascórbico (vitamina C), quando consumido na mesma refeição que o ferro, tende a potencializar bem a sua absorção, pois ele forma o quelato ferro-ascorbato (um estado mais ferroso) que é mais solúvel. Por isso, uma boa dica é tomar sucos de laranja, limão, abacaxi (e de frutas cítricas, de uma forma geral, que são ricas em vitamina C), logo após as refeições.

Vitamina D é importante para a absorção do cálcio

Você sabia que a vitamina D tem a função de transportar o cálcio do meio extracelular para o intracelular? Ou seja, ela é fundamental para a absorção do mineral e, consequentemente, para a saúde dos ossos, dentes e músculos. Vale destacar que, além de consumir alimentos fontes de vitamina D, como peixes, frutos do mar, ovos, leites e cogumelos, também é importante pegar sol com frequência, pois os raios solares são os responsáveis por ativar a produção da vitamina D.

Use azeite na salada para melhorar a absorção de vitaminas e minerais

Quando se trata de aumentar a absorção dos nutrientes, o azeite também pode ser um grande aliado. Ele auxilia na digestão e na absorção das vitaminas e minerais presentes nos legumes, frutos e diferentes vegetais. Por isso, uma boa dica é usá-lo para temperar saladas e diferentes pratos com hortaliças.

Alguns nutrientes podem inibir a ação de outros

Além de fazer combinações que aumentam a absorção de nutrientes, também é necessário evitar algumas misturas que podem ser ruins de certa forma. O cálcio (presente no leite e derivados), por exemplo, pode atrapalhar a absorção do ferro pelo organismo. Por isso, o ideal é evitar essa combinação de nutrientes, principalmente caso você sofra de alguma deficiência nutricional, como a anemia. A cafeína, para quem não sabe, também pode atrapalhar a absorção do ferro e de outros nutrientes. Por isso, não é muito indicado tomar café logo após as refeições. Tomando certos cuidados, é possível garantir uma melhora na absorção dos nutrientes de uma forma geral.

O intestino não está entre os órgãos que recebe muita atenção. A maioria das pessoas só se lembra dele quando sente sintomas de seu mau funcionamento, como em casos de prisão de ventre ou cólicas, por exemplo. Porém a medicina não para de descobrir novas funções desse órgão. Mais do que absorver nutrientes e eliminar toxinas, hoje se sabe que o intestino também age na produção de neurotransmissores e hormônios (que influenciam no bem estar e também no ganho ou perda de peso) e no controle do sistema imunológico e das inflamações pelo organismo. Saiba nesse texto mais sobre esse importante e pouco conhecido órgão do nosso corpo.

Função do intestino delgado

O intestino delgado se estende entre o estômago e o intestino grosso. A principal função do intestino delgado é absorver os nutrientes dos alimentos, permitindo que alguns minerais, vitaminas e outros sejam incorporados na corrente sanguínea para aproveitamento pelo organismo. O intestino delgado é dividido em 3 partes: duodeno, jejuno e íleo, que absorvem os seguintes nutrientes:

  • Gorduras;
  • Colesterol;
  • Carboidratos
  • Proteínas;
  • Água;
  • Vitaminas: A, C, E, D, K e complexo B;
  • Minerais: ferro, cálcio, magnésio, zinco e cloro.

Função do intestino grosso

Última parte do sistema digestivo, o intestino grosso também atua na absorção dos nutrientes contidos nos alimentos ingeridos. Ele também é responsável pela absorção de água e pela quebra da celulose dos alimentos, que é feita com ajuda da microbiota intestinal. Além disso, outra função do intestino grosso é formar o bolo fecal, que elimina resíduos dos alimentos e toxinas indesejadas pelo organismo.

Funções do intestino como um todo

A ciência mostra que o intestino como um todo é responsável por uma série de outras funções, tão importantes quanto a absorção de nutrientes e a eliminação de toxinas. Confira:

Produção de hormônios e neurotransmissores

O intestino é ligado ao cérebro por aproximadamente 500 milhões de células neuronais, que atuam de forma bi-direcional, levando e trazendo informações e comandos. Através da liberação de neurotransmissores e hormônios, esse sistema controla:

  • movimento do alimento no intestino;
  • sensação de bem-estar;
  • sensação de fome ou saciedade.

Além disso, cerca de 90% da serotonina, um dos principais “hormônios da felicidade”, é produzida no intestino. 

Barreira imunológica

Com cerca de 300m2 de área de contato, o intestino é a principal porta de entrada do organismo, o que gera grande interação com o sistema imunológico. O muco que cobre toda a superfície intestinal contém diversas moléculas que barram fisicamente a entrada de patógenos (moléculas causadoras de doenças). “Atrás” do muco está o tecido epitelial, que tem na junção entre suas células o espaço necessário para permitir a passagem de nutrientes, mas barrar patógenos que possam  atravessar o muco. Com isso, cerca de 70% das células do sistema imune estão concentradas no intestino.

Microbiota intestinal e obesidade

Em ação conjunta com o sistema nervoso, a microbiota intestinal atua na produção e liberação de neurotransmissores e hormônios que controlam o movimento da comida no intestino e as sensações de bem-estar, fome ou saciedade. A microbiota influencia também na regulação dos níveis de açúcar no sangue e na forma de armazenamento de gordura no corpo.

Quando em desequilíbrio, ela pode ainda provocar um processo inflamatório, que tem potencial para deixar o intestino permeável, uma condição que permite a passagem de bactérias e toxinas para o organismo. Assim, aumentam as possibilidades de ocorrência de obesidade, síndrome metabólica e Diabetes tipo 2. Saiba mais sobre as funções da microbiota intestinal.

Ameaças à saúde do intestino

O intestino pode entrar em desequilíbrio por fatores de origem interna ou externa ao organismo, mas de ocorrência relativamente comum. Confira:

  • substâncias tóxicas derivadas da dieta, como alimentos mal digeridos, corantes, conservantes e adoçantes artificiais;
  • mau funcionamento de outros órgãos, que podem produzir toxinas que chegam ao intestino;
  • substâncias liberadas em quadros de estresse crônico;
  • ação de alguns medicamentos, como antibióticos;
  • substâncias químicas, como agrotóxicos, álcool e tabaco;
  • compostos produzidos por bactérias maléficas.

No intestino, essas substâncias podem gerar diversas consequências, que podem ser leves, como:

  • Inchaço e gases;
  • Cólica;
  • Fadiga;
  • Dores de cabeça;
  • Sensibilidade alimentar.

Ou severas, como:

  • Corpo altamente inflamado;
  • Hiper permeabilidade intestinal (leaky gut)
  • Imunidade baixa;
  • Síndrome do intestino irritável;
  • Alergias;
  • Obesidade;
  • Depressão e alterações no humor.

Dicas para manter o intestino saudável

Confira dicas para melhorar a alimentação e os outros fatores de risco para a saúde intestinal:

Selecione melhor seus alimentos – Evite produtos que utilizem versões artificiais de corantes, saborizantes ou conservantes. O bom é que essas informações estão na própria embalagem dos alimentos. Saiba como ler e interpretar a tabela nutricional.  

Dedique atenção à sua alimentação – Em tempos de tantos estímulos, é preciso direcionar a atenção para o momento da nossa alimentação. Isso garante uma melhor mastigação, que é a primeira etapa na digestão dos alimentos. Conheça e pratique o mindful eating.

Controle seus níveis de estresse – Apesar de ser uma reação natural do organismo, o estresse pode se tornar prejudicial se não for administrado. Entre as ferramentas mais utilizadas para isso estão o sono de qualidade e a prática de exercícios físicos. É possível também baixar os níveis de estresse através do contato com a natureza.

Suplemente o intestino – Assim como o whey é recomendado para a formação de músculos, o intestino também tem suplementos específicos para o seu funcionamento. O Collagen Gut é um colágeno desenvolvido para o intestino, e é o primeiro suplemento alimentar do Brasil com certificação FODMAP friendly. Comprovadamente, Collagen Gut pode ser indicado para dietas low FODMAP.

As informações fornecidas neste site destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para o profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. Assim, as informações contidas aqui não se destinam a diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença. Procure sempre o aconselhamento do seu médico ou outro prestador de cuidados de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter a respeito de sua condição médica. Por fim, nunca desconsidere o conselho médico ou demore na procura de ajuda por causa de algo que tenha lido em nosso site e mídias sociais da Essential.

Por que a digestão e necessária para o aproveitamento dos nutrientes dos alimentos?

Questões: 1) Por que a digestão é necessária para o aproveitamento dos alimentos? R: Durante a digestão os nutrientes são diminuídos em moléculas, assim podem ser absorvidos no intestino e disponibilizados para o corpo por meio do sistema circulatório.

Qual e a importância do processo de digestão?

Por que a digestão é importante? Como falamos no início do texto, a digestão é importante porque seu corpo precisa dos nutrientes dos alimentos e bebidas para funcionar adequadamente e se manter saudável. Proteínas, gorduras, carboidratos, vitaminas, minerais e água são nutrientes.

O que acontece com o alimento durante o processo de digestão?

No estômago, o alimento se mistura a uma solução aquosa chamada de suco gástrico, que contém ácido clorídrico. A principal enzima do suco gástrico é a pepsina. Utilizada para digerir proteínas, essa enzima começa a quebrar as ligações químicas entre certos aminoácidos.

Por que os alimentos precisam ser transformados em nosso organismo?

Quando comemos alimentos como pão, carne e verduras, eles não estão em uma forma que o corpo possa aproveitar para nutrir-se. Os alimentos e bebidas que consumimos devem ser transformados em moléculas menores de nutrientes antes de serem absorvidos para o sangue e transportados às células de todo o corpo.