Quais são as doenças crônicas não transmissíveis segundo a classificação da Organização Mundial da saúde OMS 2003 )?

As doenças crônicas vitimam 38 milhões de pessoas ao redor do planeta e são a maior causa de morte em todo o mundo. Apesar de soar alarmista, esses dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam uma realidade preocupante.

A maioria das doenças crônicas é quase ou completamente assintomática e apresentam quadros críticos pontuais – que é geralmente quando o paciente resolve começar ou recomeçar seu tratamento.

Segundo o Ministério da Saúde, 57,4 milhões dos brasileiros possui ao menos uma das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Dentre as mais prevalentes neste cenário estão a hipertensão, os problemas de coluna, o diabetes, a artrite, o reumatismo, a depressão e a asma. 

Você sabe o que é uma doença crônica não transmissível, como identificá-las e tratá-las? Confira essas informações no texto a seguir:

Acesso rápido ao conteúdo

  • O que é considerada uma doença crônica?
  • Tipos de doenças crônicas não transmissíveis
  • Fatores de risco
  • Doenças crônicas não transmissíveis
    • Diabetes Mellitus
    • Doenças Cardiovasculares
    • Câncer 
    • Doenças Respiratórias 
    • Obesidade
    • Osteoporose
    • Hipertensão

O que é considerada uma doença crônica?

Uma doença crônica é caracterizada pelos seguintes elementos:

  • Condição não tratada em três meses;
  • Não fatal no curto prazo (não emergencial);
  • Quando apresenta quadros pontuais graves.

Apesar de não emergencial é muito importante cuidar desse tipo de condição. Isso porque, na melhor das hipóteses, ela afeta a qualidade de vida e pode restringir a vida da pessoa em diversos aspectos.

Tipos de doenças crônicas não transmissíveis

As DCNTs podem ser agrupadas em duas categorias:

  • Congênitas: condições com as quais o indivíduo nasce ou que surgem nos primeiros meses após o nascimento. Exemplos são as cardiopatias congênitas, fenilcetonúria e espinha bífida;
  • Não congênitas ou infecciosas: estas, por outro lado, são comumente originárias de organismos invasores. Nesse caso, é como se hospedeiro (corpo) e invasor (infecção) chegassem a um equilíbrio temporário. Seu tratamento é lento e às vezes inexistente. 

Fatores de risco

As doenças crônicas não transmissíveis geralmente são o resultado de diversos fatores como os genéticos, ambientais, fisiológicos e até mesmo comportamentais, ou seja, de acordo com o estilo de vida da pessoa. Nesse último sentido, podemos pontuar como super fatores de risco o uso de drogas e dependentes químicos, como o cigarro e álcool.

Além disso, a falta de atividades físicas e dietas pobres em nutrientes corroboram para um sistema imunológico mais fraco e consequentemente mais propenso a infecções. 

De acordo com a OMS, a poluição do ar também é contribui para o aparecimento das doenças crônicas não transmissíveis. Por outro lado, sexo, idade, genética e até mesmo escolaridade representam fatores de risco. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo:

“Nas próximas duas décadas na América Latina e Caribe estima-se que haverá quase o triplo da incidência de doença isquêmica do coração e de acidente cerebrovascular. As populações mais vulneráveis têm maior probabilidade de desenvolver doenças crônicas e as famílias de baixa renda de serem afetadas por elas”.

Doenças crônicas não transmissíveis

Dentre as principais doenças crônicas não transmissíveis que afetam o brasileiro, podemos citar:

Diabetes Mellitus

O Diabetes Mellitus é uma condição crônica e hormonal que se dá devido a elevação dá glicose no sangue – hiperglicemia. Alguns sintomas da doença são a sede e fome demasiadas, visão embaçada, formigamento excessivo nos pés, infecções e cicatrização precária de feridas.

O exame básico para detecção é a chamado glicemia de jejum. O resultado esperado, fica em valores entre 70 e 110 mg a cada 100 ml de sangue.

O tratamento para diabetes inclui o uso do aparelho glicosímetro, que deve ser usado diariamente pelo diabético. É necessário também controle alimentar, realização do exame da hemoglobina glicada, ou A1C, além dos controles de colesterol e triglicérides. Além disso, é possível que seja recomendado pelo médico o ecocardiograma.

Doenças Cardiovasculares

As doenças cardiovasculares são condições que afetam o coração e os vasos sanguíneos. Elas se dividem nas categorias: coronariana; cerebrovascular, arterial periférica, reumática, congênita, trombose venosa profunda e embolia pulmonar.

Além disso, elas tendem a afetar principalmente pessoas acima dos 50 anos, sobretudo homens, e costumam ser silenciosas, não apresentando sintomas evidentes.

Os principais exames para se detectar cardiopatias são:

  • Ecocardiograma;
  • Cintilografia do miocárdio;
  • Eletrocardiograma;
  • Raio x de tórax;
  • M.A.P.A (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial);
  • Holter 24h;
  • Teste ergométrico ou de esforço.

Os tratamentos, por sua vez, podem ser feitos por meio de agentes betabloqueadores (que controlam a frequência cardíaca); diuréticos (que aumentam a produção de urina, de forma a limpar o organismo); digitálicos (que aumentam a força do coração) e/ ou inibidores da ECA (que diminuem o esforço do coração).

Câncer 

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos. Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores, que podem espalhar-se para outras regiões do corpo.

Os cânceres com mais incidência no Brasil são:

  • Câncer de traqueia, brônquio e pulmão;
  • Câncer de cólon e reto;
  • Câncer de mama;
  • Câncer de estômago;
  • Câncer de próstata;
  • Câncer de fígado;
  • Câncer de pâncreas;
  • Câncer que acomete o Sistema Nervoso Central; 
  • Câncer do esôfago.

Os sintomas se manifestam de diversas formas, desde caroços a mudanças de hábitos fisiológicos e perda de peso sem motivo aparente. Portanto, é muito comum que se detecte a doença em estágio avançado, geralmente por meio de biópsias. Os tratamentos são relativos, mas o mais comuns são as quimioterapias.

Doenças Respiratórias 

Doenças crônicas respiratórias são condições que afetam os órgãos e o trato respiratório, sendo as mais comuns a asma, a bronquite, a rinite, a sinusite, a laringite e a faringite. Seus sintomas são muito parecidos e em todos os casos, costumeiramente, o paciente apresenta rouquidão da voz, tosse dor de garganta e dificuldade para engolir ou respirar.

Para identificar as doenças, são recomendados os exames de espirometria (teste do sopro), radiografia torácicas, tomografia computadorizada, ressonância magnética e ultrassonografia.

O tratamento, por sua vez, depende do tipo de condição, mas os mais frequentes são a medicação, ventilação líquida ou mecânica, fisioterapia, oxigênio, radioterapia e até mesmo cirurgia em alguns casos.

Obesidade

A obesidade, caracterizada pelo aumento excessivo de gordura corporal, geralmente é causada por maus hábitos e sedentarismo, mas seu diagnóstico pode ir muito além desses fatores.

É por meio da análise do Índice de Massa Corpórea (IMC) é que se entende se, de fato, o indivíduo, é obeso e qual o seu grau de obesidade. O tratamento depende de diversos fatores, mas mudanças na alimentação, a prática de atividades físicas, o acompanhamento com endocrinologista e nutricionista são fazem parte das recomendações.

Além disso, em algumas situações, o especialista pode recomendar procedimentos como cirurgia bariátrica.

Osteoporose

Muito comum em mulheres acima de 45 anos, a osteoporose é uma condição que deixa os ossos porosos e frágeis. Os sintomas apenas aparecem em condições avançadas – dores localizadas nos joelhos, quadris e braços. 

A doença causa deformidade e redução de estatura e perda de massa óssea (muitas vezes pelo uso de determinados medicamentos, problemas endócrinos ou renais).

A densitometria óssea e avaliação de histórico familiar são os principais meios de identificação da doença. Infelizmente não existe cura para a osteoporose, mas as orientações preventivas e o tratamento devem ser seguidos de forma a evitar mais perda óssea.

Hipertensão

De acordo com o Ministério da Saúde, a hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. Ela acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9).

Seus sintomas consistem em dores de cabeça, no peito, tonturas, fraqueza e até sangramento nasal. É uma condição de fácil identificação, bastando a aferição regular. Por outro lado, a hipertensão não tem cura e é preciso mudança nos hábitos para se conviver bem com ela.

As doenças crônicas acometem grande parte da população, mas é possível evitar muitas delas por meio de acompanhamento regular com especialistas clínicos. Da mesma forma, é essencial realizar um check-up anualmente, principalmente após os 50 anos.

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Equipe da Clínica CEU

Responsável pelo conteúdo: Dr Rogério Augusto Pinto da Silva - CRM: 13323 - MG. Currículo Lattes. http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728497Y9

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Quais são as doenças crônicas não transmissíveis OMS?

Entre as principais DCNT estão: doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas (bronquite, asma, rinite), hipertensão, câncer, diabetes e doenças metabólicas (obesidade, diabetes, dislipidemia). Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), as DCNT são responsáveis por 63% das mortes no mundo.

Quais são as doenças crônicas pela OMS?

Doenças crônicas incluem doenças de coração, derrame, câncer, doenças respiratórias crônicas e diabetes. Deterioração visual e cegueira, deterioração auditiva e surdez, doenças orais e desordens genéticas são outras condições crônicas que respondem por uma porção significativa da carga global de doenças.

Quais são as principais doenças crônicas não transmissíveis?

As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são, globalmente, as principais causas de mortalidade. As que mais acometem a população são as doenças do aparelho circulatório, neoplasias malignas, diabetes mellitus e doenças respiratórias crônicas.

Quais os 4 principais grupos de doenças Crônica Não transmissíveis DCNT definido no plano de estratégias para o enfrentamento das DCNT no Brasil 2011

O Plano abordou os quatro principais grupos de doenças crônicas (cardiovascula- res, cânceres, respiratórias crônicas e diabetes) e seus fatores de risco (tabagismo, consumo abusivo de álcool, inatividade física, alimentação não saudável e obesi- dade).