Quais são as principais rotas dos imigrantes sírios para chegar à Europa?

A rota do Mediterrâneo Central tornou-se a rota mais utilizada de acesso à UE nos últimos anos.

Migrantes e requerentes de asilo utilizam a rota do Mediterrâneo Central para entrar irregularmente na UE.

Mas afinal, o que é "rota mediterrânea"? 

A "rota mediterrânea" é a travessia entre a Líbia situada no norte da África e a Itália,  situada no sul da Europa.

 A rota é utilizada por imigrantes devido a curta distância entre os dois países. Para se ter uma ideia, a costa da Líbia está a menos de 300km da ilha de Lampedusa que é o centro meridional mais habitado da Itália.

Nessa viagem, a maioria dos migrantes provenientes da África subsariana e do Norte de África transitam pela Líbia. Esta situação incentivou o desenvolvimento de redes de passadores e traficantes na Líbia.

O que se tem é que atualmente, a rota do Mediterrâneo, do Norte da África para a Itália, é a única forma de os refugiados chegarem ao continente europeu.

A rota, que tem início na Líbia, é utilizada sobretudo por migrantes da África Ocidental e do Chifre da África, mas não por sírios, iraquianos e afegãos. 

É possível, porém, que em breve esses também tentem chegar à Europa através do Mar Mediterrâneo, já que a chamada rota dos Bálcãs, privilegiada por eles, foi fechada.

Insta salientar que, a rota do mediterrâneo para a Itália é a mais mortal do mundo.

Referências

Pesquisadora em Direito Internacional pela Faculdade de Direito da USP, Désirée Pires é especialista em Direito italiano, Cidadania Italiana e Palestrante.

É Fundadora da Escola Italiana de Direito e Brasile News .

Contatti:

Após o término da Segunda Guerra Mundial, vários países europeus se reconstruíram e se destacaram no seguimento industrial, como a Alemanha e a França, com o crescimento econômico derivado desse setor tais nações se tornaram áreas de atração para trabalhadores, sobretudo, imigrantes.

No primeiro momento os imigrantes eram oriundos da própria Europa, de países como Portugal, Espanha, Itália e Grécia, que se dirigiram às nações mais desenvolvidas industrialmente com intuito de se colocar no mercado de trabalho. As vagas que surgiam nessas indústrias eram direcionadas a trabalhadores que não tinham uma boa qualificação, dessa forma recebiam baixos salários, geralmente não existia vínculos empregatícios, uma vez que eram trabalhos sazonais.

Mais tarde, no decorrer das décadas de 1970 e 1980, houve uma alteração na configuração da origem dos imigrantes que se dirigiam para o continente europeu, esses eram originados das ex-colônias.

Até mesmo as nações menos desenvolvidas do leste europeu começaram a absorver imigrantes, esse processo foi provocado, entre outros motivos, pelo aumento das desigualdades entre países centrais e periféricos. Países que sempre tiveram seus habitantes saindo para outros lugares do mundo passaram a receber imigrantes, sobretudo das ex-colônias como Brasil e o leste europeu.

Atualmente, existem em muitos países de atração movimentos contrários aos imigrantes, em Portugal, por exemplo, há grupos xenófobos, embora sejam poucos. Apesar disso, ocorre um intenso fluxo de imigrantes e, automaticamente, uma saturação no mercado de trabalho. Tal fato provavelmente produzirá reflexos como os que ocorrem na França, com iniciativas radicais e até mesmo violentas.

Os adeptos à xenofobia condenam os imigrantes pela falta de trabalho, entretanto, esquecem que esse fator foi desencadeado pelos seus próprios líderes, que permitiram a entrada desses trabalhadores para executar tarefas que os nativos se recusavam a desenvolver. Esse processo é resultado do imperialismo ocorrido no passado, quando as metrópoles tinham como objetivo exclusivo explorar a colônia e nunca de estabelecer medidas para que essa engrenasse para o desenvolvimento.

Os movimentos xenófobos vêm crescendo gradativamente, especialmente a partir dos anos 80 com as crises econômicas que ocorreram nessa década e nos anos 90 com o aumento do desemprego em escala global. Segundo os líderes e adeptos desse tipo de movimento, essa aversão aos imigrantes não se deve a preconceitos por origem, e sim pela preocupação com a perda de identidade cultural, a competividade entre um nativo e um imigrante, pois o último se sujeita a menores salários e condições precárias de trabalho, isso força uma deflação geral. Além disso, a entrada da religião mulçumana na Europa é vista como uma ameaça, principalmente após os ocorridos em 11 de setembro nos EUA.

Devido às pressões de grupos xenófobos, o governo da França implantou medidas de restrição aos imigrantes, nesse caso, as origens mais afetadas são os africanos e mulçumanos (ex-colônias). Essa realidade não se resume somente à França, pois os outros países europeus desenvolvidos estabeleceram leis extremamente rigorosas para impedir a entrada de imigrantes.

Recentemente, o grupo de imigrantes que mais sofrem com a discriminação são os do leste europeu, os países da Europa Ocidental impuseram a cobrança de vistos, mas para adquiri-los as burocracias são tão grandes que se torna uma tarefa difícil de alcançar.

Esse tipo de discriminação por parte da população da Europa, especialmente da parte ocidental, tem proporcionado o crescimento e a atuação de grupos denominados de ‘neonazistas’. Esses chegam a ser extremistas, na Alemanha ocorre uma grande incidência de atentados a imigrantes.

Essa questão é extremamente complexa e difícil de encontrar uma solução, segundo especialistas, isso se deve aos períodos de exploração das colônias, como se os imigrantes vindos dessas tivessem cobrando por tal ato. Na visão de outros estudiosos, essa temática não terá fim enquanto existir tanta disparidade entre países centrais e periféricos, pois as pessoas desse último sempre vão migrar em busca de sua sobrevivência.

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Qual é a rota dos refugiados para a Europa?

Os migrantes e requerentes de asilo utilizam a rota do Mediterrâneo Central para entrar irregularmente na UE. Empreendem viagens longas e perigosas desde o Norte de África para atravessar o mar Mediterrâneo e chegar à Europa.

Qual é o principal destino dos imigrantes sírios?

Após 11 anos de crise, a vida é mais difícil do que nunca para os deslocados sírios. Desde 2011, milhões de sírios foram forçados a fugir de suas casas e buscaram segurança em países como o Líbano, Turquia, Jordânia e além.

Quais são os principais fluxos migratórios para a Europa?

A Europa sempre foi um continente de migrantes, pois sempre atraiu muitas pessoas que buscam melhores condições de vida. A maior parte desses migrantes vem de países do Oriente Médio, Ásia e África, que enfrentam graves problemas sociais, econômicos e políticos.

Qual é a rota mais utilizada pelos refugiados que se dirigem ao continente europeu e qual é a origem da maioria dessas pessoas?

Maioria dos deslocados chega à Europa pelo Mediterrâneo Atravessar o Mar Mediterrâneo é a principal forma que os imigrantes têm para ingressar na Europa e pedir asilo ou refúgio nos países da União Europeia.