Qual a importância das pesquisas sobre erosão dos solos é errado afirmar que as pesquisas devem procurar entender como a erosão pode aumentar a produtividade do solo?

Sumário

Apresentação
Socioeconomia
Clima
Manejo do solo
Aduba��o
Cultivares
Propagação
Plantio
Irrigação
Tratos culturais
Doenças
Pragas
Agrotóxicos
Colheita
Mercado
Rentabilidade
Referências
Glossário
Expediente
Manejo do solo

Solo
Preparo do solo
Cultivo em nível
Adubos verdes e coquetéis vegetais
Adubos orgânicos

O uso e manejo do solo, sem uma avaliação prévia das suas potencialidades e limitações, tem sido um dos motivos da degradação dos recursos naturais fundamentais para a sobrevivência do homem. A degradação, os altos índices de salinidade ou manejo equivocado, por meio do excesso de água, adubações, tráfego de máquinas e falta de um planejamento incluindo sistemas de culturas e sistemas de preparo do solo estão ameaçando as oportunidades e flexibilidades de aumentar os serviços prestados pela natureza e, consequentemente, leva ao aumento de demanda em investimentos para a conservação de solos e recuperação de áreas degradadas. A exploração agrícola com o cultivo de melão em sistemas irrigados, nos solos do Semiárido Tropical brasileiro, pode causar degradação dos solos e consequentemente ameaçar a qualidade e a sustentabilidade do agronegócio da região. O solo degradado não exerce suas funções e com isso compõe sistemas não sustentáveis de produção agrícola.

A principal função ou A única função do solo, no início do desenvolvimento da ciência do solo, era servir de meio para o crescimento das plantas. A partir da década de 1990, outras funções do solo passaram a ser reconhecidas, entre elas destacam-se a capacidade de regular e compartimentalizar o fluxo de água no ambiente, estocar e promover a ciclagem de elementos importantes para o desenvolvimento das plantas e animais e atuar como um tampão ambiental, ou seja, ter a capacidade de não deixar elementos ou substâncias tóxicas entrarem na cadeia alimentar. Portanto, o solo para ter qualidade deve ser capaz de fornecer condições adequadas para o crescimento e desenvolvimento das plantas, fracionar e regular os fluxos da água, promover a ciclagem de elementos importantes como Carbono (C), Nitrogênio (N), Fósforo (P), e Potássio (K), entre outros; e de uma abordagem ampla, promover a saúde e o bem estar de plantas e animais. A perda de qualidade do solo das áreas está associada aos problemas que vêm ocorrendo com o uso inadequado dos recursos naturais, de insumos e práticas agrícolas. A utilização de práticas de manejo e conservação do solo adequadas, considerando-se os parâmetros de qualidade e análise dos principais problemas físicos, químicos e biológicos devem ser abordados de forma sistêmica para contribuir para a sustentabilidade dos solos cultivados com melão.

Solo

Qual a importância das pesquisas sobre erosão dos solos é errado afirmar que as pesquisas devem procurar entender como a erosão pode aumentar a produtividade do solo?

O solo é um recurso fundamental para a agricultura e o ambiente. Este é constituído pelas fases sólida, líquida e gasosa. A fase sólida é forma da por material mineral e orgânico, sendo a proporção de cada um desses componentes variável de solo para solo. Um solo ideal para o desenvolvimento das plantas seria aquele que apresentasse: profundidade adequada ao armazenamento de água e ao crescimento das raízes; ser composto por 45% de parte mineral, 5% de parte orgânica, 25% de parte gasosa e 25% de parte líquida; ter suprimento adequado de nutrientes, sem excesso de elementos tóxicos; textura média, boa estrutura para fácil movimento de ar, água e raízes, e boa atividade biológica; friabilidade e boa drenagem. Com isso, pode-se verificar que análise do solo adequado para o cultivo do melão é complexa, não pode ser avaliado somente por meio de uma análise química, por exemplo.

A cultura do melão se adapta a diferentes tipos de solos, como Argissolos e Latossolos, mas não se desenvolve bem naqueles de baixadas úmidas, com má drenagem como, por exemplo, os Gleissolos e nos tipos muito arenosos e rasos como os Neossolos Quartzarênicos, Regossolos e Neossolos Litólicos. Os solos arenosos causam mais desgaste aos implementos de preparo, são mais propensos à compactação e muito sensíveis à erosão após preparados.

O sistema radicular do meloeiro é, normalmente, superficial, concentrando-se a 30 cm de profundidade, porém, em solos profundos e bem arejados (Argissolos e Latossolos de textura média), atinge profundidades acima de 1 m. Por isso, deve-se dar preferência a terrenos com boa exposição ao sol, escolhendo-se os solos férteis, com 80 cm ou mais de profundidade, de textura média (franco-arenoso ou areno-argiloso), com boa porosidade e que possibilitem o maior desenvolvimento do sistema radicular, a melhor infiltração da água, drenagem mais fácil e apresentem teores de matéria orgânica adequados. Os solos argilosos, como os Vertissolos, por serem pegajosos quando úmidos e duros quando seco, são difíceis de preparar e, nestes casos, recomenda-se o plantio em camalhões para proporcionar melhor drenagem e aeração. Em solos mais rasos deve-se dar preferência ao cultivo fertirrigado, pois neste sistema a aplicação de água e fertilizantes se dá dentro de 30 cm a 50 cm da superfície do solo.

O meloeiro é exigente quanto à fertilidade do solo. No que diz respeito à reação do solo, capacidade de troca de cátions e saturação por bases, comporta-se melhor em solos que apresentem faixa de pH entre 6 e 7,5, boa capacidade de troca de cátions e saturação por bases de 60% a 70%, sendo esta a faixa mais favorável para assegurar o melhor desenvolvimento e produtividade da cultura. Solos com alta capacidade de retenção de umidade também são interessantes para a cultura do melão.

Quando cultivados em solos salinos e sálicos a produção pode diminuir 25% quando a condutividade elétrica for igual a 4 dS/m e de 50% , quando igual a 6 dS/m. É necessário avaliar, antes do plantio, a adequação das condições de aptidão edafoclimáticas do local para o cultivo do meloeiro.


Preparo do solo

Qual a importância das pesquisas sobre erosão dos solos é errado afirmar que as pesquisas devem procurar entender como a erosão pode aumentar a produtividade do solo?

As operações de preparo do solo devem ser realizadas com base em critérios conservacionistas, considerando-se a textura do solo e a declividade do terreno.

Em áreas não cultivadas anteriormente, o preparo inicial do solo inclui a limpeza da área por desmatamento, aração e gradagem. Em áreas já cultivadas, a aração pode ser precedida de uma passada de roçadeira ou grade de discos. Em áreas que apresentam camadas compactadas e/ou adensadas, recomenda-se realizar uma subsolagem. Para complementar a aração, costuma-se gradear a área, facilitando as operações subsequentes e a implantação da cultura. Em geral, a profundidade de aração é de 30 cm enquanto a da gradagem é de cerca de 20 cm. . Nessas operações é comum a incorporação do calcário.

Durante a gradagem deve-se evitar o destorroamento excessivo do solo, deixando-se os torrões que servem para fixação das gavinhas e, ainda, reduzem a área de contato do fruto com a superfície do solo, diminuindo, portanto, a formação da "mancha de encosto". Esta mancha, quando acentuada, deprecia a qualidade comercial do melão. O sulcamento para aplicação do adubo orgânico e dos demais fertilizantes de fundação deve ser feito, no sentido perpendicular à direção dos ventos dominantes, para evitar que a planta seja contorcida pelos ventos. Os adubos recomendados pelo resultado da análise do solo são, em seguida, misturados ao solo com o auxílio de um cultivador ou enxada. Para plantios em pequenas áreas, pode ser usado o sistema de covas, que devem ser abertas com enxada, podendo obedecer ao seguinte espaçamento 2 m x 0,40 m ou 2 x 0,50 m (uma planta por cova) e 2 x 1 m (duas plantas por cova)., Em certas condições, cultivo no período chuvoso ou solo com baixa drenagem é recomendável o fazer canteiros com largura de 1 m a 1,5 m e altura de 15 cm a 25 cm, seguido do sulcamento com a finalidade já especificada.

Cultivo em nível

Qual a importância das pesquisas sobre erosão dos solos é errado afirmar que as pesquisas devem procurar entender como a erosão pode aumentar a produtividade do solo?

Uma prática que deve ser observada, quando o terreno apresentar declividade, no manejo da cultura do melão é o plantio em nível. As linhas de plantio ou os canteiros devem ser feitos seguindo as “curvas de nível”. O plantio em nível diminui o arraste de partículas de solo por enxurradas, provenientes das chuvas de alta intensidade concentradas em curto período. Deve-se analisar esta prática no conjunto das tomodas de decisão pois implica em alterações no dimencionamento do sistema de irrigação quando este for feito por gotejamento. Outras práticas culturais, como a utilização de adubos verdes e coquetéis vegetais podem trazer os measmos benefíos para a cultura.

Adubos verdes e coquetéis vegetais

Qual a importância das pesquisas sobre erosão dos solos é errado afirmar que as pesquisas devem procurar entender como a erosão pode aumentar a produtividade do solo?

Tanto a utilização de adubos verdes, plantas solteiras, ou a utilização de coquetéis vegetais, mistura de leguminosas, oleaginosas e gramíneas associados ao não revolvimento do solo pode ser uma estratégia de manejo viável para os solos do Semiárido Tropical brasileiro, para o cultivo do melão. Nestes sistemas, as espécies vegetais podem ser semeadas após a colheita do melão ou antecedendo o plantio do mesmo.Quando atingem o estádio de pleno florescimento são cortadas ou dessecadas e depositadas sobre o solo. Este manejo permite a movimentação dos nutrientes das camadas mais profundas do solo, extraídos por meio do sistema radicular, para a sua superfície, após o corte da fitomassa dos adubos verdes e sua decomposição pela ação do ambiente. Além disso, serve como cobertura morta, reduzindo a perda de água do sistema e é fonte de matéria orgânica para o solo.

Porém, a liberação de nutrientes desses coquetéis vegetais depende das características dos mesmos (interação entre as espécies utilizadas, do manejo da fitomassa, da época de semeadura e de corte, da composição química do resíduo vegetal e sua relação C/N) e das condições edafoclimáticas (pluviosidade, aeração, temperatura, atividade macro e microbiológica do solo, e do tipo de solo).

Tanto os adubos verdes como os coquetéis vegetais podem promover melhorias no sistema solo, dentre elas destacam-se:

a) Protegem o solo das chuvas de elevada intensidade que ocorrem no Semiárido em períodos muito concentrados, evitando a desagregação do solo e o selamento superficial.

b) Facilitam a infiltração da água no solo pela redução da velocidade de escoamento da enxurrada e a formação de canalículos após a decomposição das raízes.

c) Permitem a manutenção e elevação do teor de matéria orgânica do solo pelo aporte contínuo de material vegetal.

d) Reduzem as oscilações de temperatura da camada superficial do solo, com reflexo em menor evaporação e maior disponibilidade de água às plantas.

e) Rompem as camadas adensadas de solo, por meio do sistema radicular agressivo de algumas espécies, funcionando como uma subsolagem biológica.

f) Melhoram a estrutura do solo em função da massa de raízes produzidas e das substâncias orgânicas por elas liberadas, resultando num processo de cimentação, aumentando o tamanho dos agregados do solo.

g) Aportam nitrogênio a partir do uso de leguminosas, possibilitando a redução do uso deste nutriente na cultura em sucessão.

h) Reciclam nutrientes através do sistema radicular profundo de algumas espécies.

i) Reduzem a lixiviação de nutrientes, em especial do nitrato ( NO-3).

j) Diminuem a população de plantas espontâneas através de efeito alelopático e/ou supressor.

k) Fornecem substrato para os microorganismos do solo, considerados como os principais agentes na formação e estabilização dos agregados.

Adubos orgânicos

Qual a importância das pesquisas sobre erosão dos solos é errado afirmar que as pesquisas devem procurar entender como a erosão pode aumentar a produtividade do solo?

Além da adubação convencional, a utilização de adubos orgânicos pode ser uma estratégia adotada para o cultivo de melão. Adubos orgânicos são resíduos utilizados na agricultura e que contêm elevados teores de componentes orgânicos, como lignina, celulose, lipídios, graxas, carboidratos óleos e, principalmente, nutrientes. O carbono é o elemento principal existente nestes compostos, mas, destaca-se, também, a presença de N, P, K, Ca, Mg e micronutrientes. A adubação orgânica pode ser definida como a deposição de resíduos orgânicos de diferentes origens sobre o solo com o objetivo de melhorar as propriedades físicas, químicas e biológicas do mesmo. Em termos gerais, os adubos orgânicos podem ser agrupados em:

a) Origem animal (esterco de caprinos, ovinos, bovinos e outros animais).

b) Origem vegetal (adubos verdes e coberturas mortas).

c) Resíduo urbano (lixo sólido e lodo de esgoto).

d) Resíduos industriais (cinzas e outros).

e) Compostos orgânicos (vermicomposto).

f) Biofertilizantes (enriquecidos ou não).

g) Adubos orgânicos comerciais.

A adubação orgânica apresenta importantes vantagens: a) aumenta a matéria orgânica do solo, b) melhora a estrutura do solo, c) aumenta a capacidade de retenção de água para as plantas, d) aumenta a infiltração da água da chuva, e) aumenta a CTC, f) complexa ou solubiliza alguns elementos químicos tóxicos ou essenciais às plantas (Fe, Zn, Mn, Cu, Co, Mo), g) diminui os efeitos tóxicos do Al ,. h) aumenta a atividade microbiana do solo.

Os resíduos orgânicos geralmente contêm uma pequena fração mineral (solúvel em água, ácidos diluídos ou soluções salinas), enquanto a maior parte é constituída de compostos orgânicos, os quais devem ser transformados enzimaticamente, para tornar os nutrientes disponíveis às plantas. Este processo é denominado de mineralização, sendo influenciado de acordo com o suprimento de oxigênio, com as características do material orgânico e com as condições ambientais. Considerando que a relação C/N da microbiota decompositora de resíduos no solo apresenta valor aproximado de 10:1, e que sejam liberadas duas moléculas de CO2 para cada carbono incorporado à biomassa microbiana, a mineralização de N pode ocorrer com a adição de resíduos com relação C/N menor que 30:1. Esta relação de C volatilizado e C incorporado à biomassa pode, entretanto, ser muito variável, dependendo principalmente da temperatura, do suprimento de oxigênio e da umidade.

A composição físico-química dos estercos tem grande variação. A quantidade de nutrientes, especialmente de N, P2O5 e K2O, está diretamente relacionada com o teor de massa seca dos estercos. O esterco é considerado sólido se a matéria seca for maior que 20%, pastoso se for de 8% a 20% e líquido se for menor de 8%. O teor de nitrogênio, fósforo e potássio está diretamente relacionado com alimentação e tamanho dos animais, e com parâmetros fisiológicos. O N é a característica principal que é usada na recomendação de adubação, em função de ser o nutriente que as plantas mais necessitam. O aproveitamento da urina nos estábulos ou pocilgas é fundamental porque, em média, 50% do N existente nos dejetos animais é proveniente da mesma.

A distribuição do esterco no solo merece alguns cuidados, os quais estão relacionados com os horários de aplicação no solo e sua incorporação ou não. Os horários para a aplicação devem ser até 10h da manhã, principalmente em dias quentes ou à tardinha. O esterco não incorporado ao solo pode perder, em média, 30% do nitrogênio.

As fontes de matéria orgânica podem apresentar teores bastante diferenciados de N, P2O5 e K2O. No cálculo da quantidade de nutrientes contidos em uma tonelada de esterco sólido, ou 1.000 L de esterco líquido, deve-se considerar a concentração de nutrientes na matéria seca e o índice de eficiência de liberação do nutriente, da forma orgânica para a mineral, no primeiro e segundo ano.

Vale salientar que os adubos orgânicos constituem uma excelente fonte para o aporte de microelementos, via de regra, não contemplados nas formulações químicas convencionais que se limitam aos macroelementos.

 

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Qual a importância das pesquisas sobre erosão dos solos é errado afirmar que as pesquisas devem procurar entender como a erosão pode aumentar a produtividade do solo?

Quais são as consequências da erosão do solo?

A erosão, além de danificar o meio ambiente, retira uma camada superficial do solo que é rica em nutrientes, o que reduz o potencial produtivo das terras e pode gerar prejuízo na lavoura.

O que acelera o processo de erosão do solo?

A erosão acontece na natureza pela ação de ventos e, principalmente, da água da chuva. No entanto, práticas do homem podem acelerar a erosão do solo, como desmatamento desordenado, plantio em terreno muito inclinado, queimadas, monocultivo de culturas, uso abusivo de fertilizantes e agrotóxicos e pastoreio excessivo.

Que atitudes o homem poderia praticar para evitar a erosão do solo causada por ele?

5 alternativas para evitar a erosão do solo.
Conheça a capacidade do solo. A erosão do solo pode ser evitada usando a terra dentro de sua capacidade. ... .
Invista em cobertura de superfície. ... .
Realize o cultivo em faixas. ... .
Aposte no Sistema de Plantio Direto. ... .
Utilize fertilizantes organominerais..

Quais ações podem amenizar os processos erosivos?

Outras técnicas também são utilizadas para amenizar os efeitos erosivos, como o terraceamento (técnica de construir terraços, degraus nas encostas dos morros), o cultivo em curvas de nível (cultivos alternados nas diferentes altitudes dos morros), o plantio associado de culturas que expõem menos o solo, etc.