Qual a importância dos ciclos econômicos para a formação do território?

O INÍCIO DA FORMAÇÃO TERRITORIAL BRASILEIRA: UMA REFLEXÃO SOBRE O TERRITÓRIO EM SUAPE

Resumo


A ocupação e formação territorial brasileira foram fundamentalmente pautadas pelos tratados territoriais e ciclos econômicos. Faz-se necessário assim, entender as relações políticas, econômicas e sociais da formação territorial, partindo da colonização do território pela coroa portuguesa. Assim, a ocupação do território pelos colonos portugueses, se estabeleceu com a exploração agrícola das terras (extração do pau-brasil) e com os núcleos de ocupação e reconhecimento da faixa litorânea (divisão do território em quinze capitanias hereditárias), utilizando a mão de obra indígena para seu projeto colonial, indígenas que formavam uma população de cinco milhões de habitantes e que se tornaram atores essenciais no processo de formação brasileira.  Em meados dos séculos XVI e XVII passamos para o ciclo econômico do açúcar, baseado na economia escravista de agricultura tropical (escravos indígenas e africanos), com a finalidade de autofinanciamento da expansão territorial da coroa portuguesa. Com o processo de decadência da produção de açúcar, Portugal iniciou a exploração de metais preciosos, ciclo de mineração no planalto central, interiorizando a ocupação do território brasileiro, atraindo novos europeus para a colônia e modificando a configuração socioespacial, outro fator que merece destaque é o considerável aumento da produção pecuária do Sul do país, com a utilização de animais de carga para escoamento de alimentos e transporte para áreas geograficamente acidentadas. Para compreender tal quadro, o objetivo deste artigo foi o de apresentar uma leitura interpretativa sobre essa formação territorial do Brasil, trazendo, além disso, um recorte espacial de Suape / PE, caracterização e um debate sobre o conceito de território. Se tratando de uma área estratégica de grande desenvolvimento econômico e de visíveis transformações socioespaciais, advindas da elaboração e implantação do Complexo Industrial e Portuário de Suape (CIPS), exigindo a partir desse evento, a criação de novos fixos, a ausência de autonomia territorial frente ao capital, modificações nos hábitos e modos de subsistência dos moradores da região. O presente artigo desenvolveu-se através da abordagem qualitativa, utilizando levantamento bibliográfico, partindo da análise da formação territorial do Brasil na perspectiva da tríade “Terra – Território – Estado”, com o especial recorte para área de Suape. Chegou-se à conclusão de que a formação territorial do Brasil foi baseada nos ciclos econômicos, utilizando as leis territoriais para ocupação de mais terras, acentuando-se ainda mais após o declínio do ciclo do açúcar e posterior interiorização do país com o ciclo da mineração. Já com relação à Suape percebe-se que a implantação do Complexo Industrial e Portuário de Suape (CIPS) através da iniciativa privada e das políticas públicas, trouxeram modificações territoriais bem significativas quando tratamos de autonomia territorial e hábitos pré-adquiridos pelos habitantes das comunidades locais.

Palavras-chave: Território, Terra, Formação Territorial, Suape, Estado.


Ciclo econômico são as mudanças na economia, que são marcadas por quatro fases principais: expansão, boom, contração e recessão. 

Cada um desses períodos possui características diferentes, como aumento ou declínio das taxas de juros, desemprego e nível de consumo. 

Entender esses ciclos é fundamental para que os investidores saibam quais atitudes tomar em relação às suas aplicações financeiras.

O que é ciclo econômico?

Os ciclos econômicos são as mudanças que acontecem na economia de um país. Essas mudanças na economia são marcadas por períodos de expansão, boom, contração e recessão. Ou seja, é natural que uma economia passe por períodos de prosperidade e estagnação ou crise. 

Qual a importância dos ciclos econômicos para a formação do território?

Ibc coaching

Desde o século XVII, os cientistas buscam explicar as causas das crises econômicas, tendo como base o comportamento dos mercados. Sendo assim, os estudos dos ciclos econômicos têm por objetivo compreender os fatores que contribuem para o crescimento da economia com flutuações e não pela tendência que deveriam acompanhar. 

Como os ciclos econômicos funcionam?

De acordo com a ciência macroeconômica, ao longo prazo, a tendência é que o Produto Interno Bruto (PIB) apresente um crescimento constante. Porém, no curto prazo, ele é marcado por crescimentos e recessões.

Dessa forma, a economia funciona por meio de períodos de crescimento com muita ou pouca intensidade de flutuações, seguidos de períodos de recessão. Portanto, um intenso período de alta, pode resultar em períodos de recessão futura.

Qual a importância dos ciclos econômicos para a formação do território?

Nova futura

Para a escola monetária, as causas dos ciclos econômicos estão relacionadas às atividades de crédito. Isso porque quando as taxas de juros estão elevadas, a tendência é que as pessoas comprem menos e evitem pegar empréstimos e financiamentos.

Por outro lado, quando as taxas de juros estão baixas, as pessoas compram mais e se endividam mais. Essas tendências de alta ou baixa, impactam positivamente ou negativamente a economia de modo geral. Além disso, a instabilidade da oferta da moeda também pode impactar fortemente as movimentações financeiras. 

Fases

O ciclo econômico é marcado por quatro fases principais, são elas:

1- Expansão: A expansão acontece quando um país está se recuperando de uma fase de recessão. Nessa fase, as taxas de juros normalmente estão baixas, o que estimula o consumo.

Desse modo, essa fase do ciclo é caracterizada pelo crescimento da produção de mercadorias e serviços. Como a economia fica aberta aos novos negócios, a tendência é a queda dos índices de desemprego e o aumento dos salários. 

2- Boom: O Boom é o pico resultante do forte crescimento da primeira fase. Dessa maneira, ele é caracterizado como o ponto máximo da produção de produtos e serviços e a economia está no auge.

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Fatos e valores

3- Contração: O Boom não se sustenta para sempre, já que a tendência é que, após atingir seu ponto máximo, a economia comece a diminuir. Essa diminuição das atividades econômicas e consequente aumento dos índices de desemprego, é chamado de contração.

Nessa fase, normalmente as empresas buscam reduzir os preços dos produtos e serviços, com o objetivo de ganhar maior competitividade no mercado, já que o consumo no geral é reduzido. 

4- Recessão: A última etapa do ciclo econômico é a recessão, que é caracterizada pelo declínio econômico. Portanto, nesta fase, a taxa de desemprego é alta, os juros são elevados e, se a economia continuar em queda, a recessão pode se tornar uma crise econômica. Após a recessão, temos a expansão e o ciclo recomeça.

Tipos de ciclos econômicos

Como os ciclos econômicos não têm uma periodicidade regular, podendo durar muito tempo ou serem rápidos, alguns autores da ciência econômica, estabeleceram alguns tipos de ciclos econômicos, de acordo com a sua durabilidade.

1- Ciclos longos de Kondratiev: Os ciclos longos que duram entre 40 a 60 anos, foram estudados por Nikolai Kondratiev, um economista russo. Segundo Kondratiev, esses ciclos fizeram parte das revoluções tecnológicas que impactaram o mundo capitalista, resultando em crescimentos e crises.

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Jrm coaching

2- Ciclos de Juglar: Clément Juglar estudou os ciclos de longo prazo, que duraram entre 7 a 11 anos no séculos XIX, no Reino Unido. Em síntese, Juglar estabeleceu um paralelo entre as altas e baixas do PIB e os gastos com investimentos, flutuações do mercado de trabalho e inflação. 

3- Ciclos de Kitchin: Por fim, este ciclo cuja duração é de 2 a 4 anos, foi estudado pelo estatístico Joseph Kitchin. Em sua análise, ele estudou os ciclos de negócios das empresas de uma economia. Sendo assim, ele considerou as mudanças que as empresas realizam de acordo com as alterações de demanda, preços dos fornecedores e as taxas de juros dos empréstimos.  

A relação entre os investimentos e os ciclos

Ao investir, é essencial levar em consideração a fase do ciclo econômico, afinal de contas, a rentabilidade dos ativos é afetada de acordo com o momento do ciclo.

Por exemplo, quando as taxas de juros estão elevadas, ativos de renda fixa costumam oferecer um retorno mais interessante. Ou seja, nessa fase pode ser mais vantajoso aplicar na renda fixa, que é menos arriscada e proporciona um rendimento mais alto.

Qual a importância dos ciclos econômicos para a formação do território?

Folha vitória

Em contrapartida, quando as taxas estão baixas, a bolsa de valores se torna mais atrativa. Sendo que, normalmente, as empresas estão com margens de lucros maiores e com maior valor de mercado, o que pode aumentar a rentabilidade do investidor.

No entanto, não é recomendado decidir investir em renda fixa quando as taxas de juros estão altas e migrar para a renda variável quando os juros baixarem.

Na verdade, o mais indicado é que você conheça o seu perfil de investidor e estabeleça uma estratégia de investimentos de acordo com a sua tolerância ao risco. Aprenda agora mesmo Como investir? Passo a passo e alternativas por menos de 100 reais

Fontes: Suno, Dicionário financeiro e Capital reseach

Imagens: Nova futura, Ibc coaching, Jrm coaching, Folha vitória, Católica e Fatos e valores

Qual é a importância dos ciclos econômicos para a formação do território brasileiro?

Chegou-se à conclusão de que a formação territorial do Brasil foi baseada nos ciclos econômicos, utilizando as leis territoriais para ocupação de mais terras, acentuando-se ainda mais após o declínio do ciclo do açúcar e posterior interiorização do país com o ciclo da mineração.

Qual a importância dos ciclos econômicos?

Sendo assim, os estudos dos ciclos econômicos têm por objetivo compreender os fatores que contribuem para o crescimento da economia com flutuações e não pela tendência que deveriam acompanhar.

Quais os principais ciclos econômicos responsáveis pela formação do território brasileiro?

Conheça os principais ciclos econômicos do Brasil.
Ciclo do pau-brasil. O ciclo do pau-brasil perdurou entre os anos de 1500 e 1530, período conhecido como pré-colonial. ... .
Ciclo da cana-de-açúcar. ... .
Ciclo do ouro. ... .
Ciclo do algodão. ... .
Ciclo do café ... .
Ciclo da borracha..

Qual foi o papel dos ciclos econômicos no processo de ocupação e consolidação do território?

OUTROS CICLOS ECONÔMICOS BRASILEIROS – Outros ciclos econômicos também tiveram papel importante na organização do território brasileiro, principalmente para interiorizar a ocupação, saindo um pouco da região litorânea.