Resolução de problemas desenvolve no aluno o foco e a mentalidade para buscar a solução, através de tentativa Ilustração: Getty Images João está fazendo uma pesquisa para a aula de Ciências e aprendeu que o sono é uma característica dos mamíferos, aves e alguns vertebrados. Ele descobriu que a girafa dorme a mesma quantidade de horas em uma semana que o gato dorme em um dia, e que ambos ficam acordados até oito horas por dia. Quantas horas dorme cada um desses animais, se considerarmos que ambos não dormem no mesmo horário? Show
Esse é um exemplo dos problemas que alunos do 5º ano do Ensino Fundamental I da EMEF Prof.ª Sebastiana Cobra, de São José dos Campos, devem resolver durante as aulas da professora Elisângela de Fátima Faria Ribeiro, que adotou a metodologia de Resolução de Problemas, presente nos Planos de Aula de Matemática de NOVA ESCOLA. Ao perceber o entusiasmo da turma com os novos desafios, ela decidiu criar o “quebra-cuca matemático”, um caderno exclusivo para resolver problemas. “Eles se sentem desafiados”, diz. LEIA MAIS Conheça os novos planos de aula de Matemática Elisângela dá aulas de todas as disciplinas e desde que adotou os novos planos de aula de Matemática vem sentindo os avanços da turma. “A maior dificuldade dos alunos era resolver problemas de lógica, ler as questões com foco, e agora vejo que a forma de raciocinar deles mudou”, conta. “Os planos vêm muito bem explicados, com passo a passo e atividades para aplicar com as crianças, a metodologia e os exercícios já estão prontos, então isso tem facilitado bastante esse processo de aprendizagem”. LEIA MAIS Crianças precisam aprender habilidades socioemocionais na escola Investigação LEIA MAIS Os dez melhores planos de aula para Educação Infantil De acordo com a educadora, que colaborou com a construção do projeto de planos de aula de Matemática, todo o material disponibilizado pelo site de Nova Escola envolve situações e problemas com o objetivo de desenvolver, pouco a pouco nos alunos, o sentimento de fazer matemática, e isso inclui tentar, errar, começar de novo, experimentar, trocar, fazer representações diferentes e discutir isso com os pares. “Se a situação for muito simples, não há essa mobilização toda, não há pensamento matemático”. Benefícios Já no caso dos alunos, a especialista pontua que quando estão envolvidos com a resolução de problemas, errar e acertar fazem parte da mesma situação. Ao descobrir que podem resolver problemas de muitas maneiras, os alunos se sentem mais criativos, realmente participando das aulas. Eles identificam, ainda, que o importante na resolução de problemas não é ser rápido, mas sim gastar tempo pensando. “São aspectos que fazem com que eles desenvolvam autoconfiança. Eles passam a acreditar que são capazes, o que hoje em dia é o contrário do que se vê muito em aulas de matemática, uma crença de que matemática é para poucos, e não é. Matemática é para todos”. Matemática e Ciência Os efeitos disso foram sentidos pela professora Elisângela com sua turma. Ela garante que, em outras disciplinas, os alunos estão dando respostas mais completas e compreendendo melhor as questões, uma vez que se propuseram a ler atentamente e prestar mais atenção às palavras-chave do enunciado. “É nítida essa melhoria em todas as matérias, eles estão pensando de uma forma mais ampla e mais atenta”, conta a educadora. Como usar em sala de aula Para ela, o professor deve centrar a aula no aluno. “O caminho é invertido. O aluno acessa a problematização, discute, levanta hipóteses e tenta estratégias de solução, antes do conceito ter sido ‘ensinado’ pelo professor”, afirma. Além disso, é necessário planejamento, pensar que tipo de problematização é mais adequada para discutir determinado assunto. “É preciso, também, se antecipar e pensar em quais possíveis entraves os alunos podem ter. Que perguntas posso fazer para ajudá-los a refletir sobre a situação?”. Por último, Rita reforça a necessidade de promover discussões de estratégias. “Há vários caminhos para se chegar à solução de uma situação. Quais estratégias foram escolhidas por seus alunos? Não se trata apenas de ver quem acertou ou errou, e sim, de ver caminhos que possibilitaram ao aluno mobilizar seus conhecimentos”, afirma. “A aprendizagem é um processo, é preciso estar atento também à estagnação, por isso, a intervenção do professor é necessária”. Ao todo, 1.500 planos de aula de Matemática produzidos pelo Time de Autores NOVA ESCOLA e alinhados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estão disponíveis no site de Nova Escola. O projeto, que prevê 6 mil planos de aulas de todas as disciplinas, é uma parceria entre NOVA ESCOLA, Fundação Lemann e Google.org. Qual é o objetivo principal do professor utilizar a metodologia de resolução de problemas em sala de aula?Resolução de problemas desenvolve poder matemático nos alunos, ou seja, capacidade de pensar matematicamente, utilizar diferentes e convenientes estratégias em diferentes problemas, permitindo aumentar a compreensão dos conteúdos e conceitos matemáticos.
Qual objetivo de trabalhar resolução de problemas?A resolução de problemas tem grande foco no ensino da matemática por ampliar a forma de pensar do educando, potencializando o pensamento lógico- matemático e evoluir a criatividade, provocando a independência do aluno a compreender que a matemática pode auxiliá-lo em diversas situações da vida.
Qual é o objetivo principal de utilizar a resolução de problemas no ensino da matemática na educação infantil?O objetivo de trabalhar a matemática com as crianças na educação infantil é de que seja ampliada as suas habilidades, aumentar sua capacidade de resolver problemas, desenvolvendo sua argumentação por meio de questionamentos sobre resultados, construindo assim a própria autonomia da criança.
Qual é o papel do professor na resolução de problemas?Procura mostra como é importante o professor proporcionar aos alunos momentos em que os mesmos encontrem o seu próprio caminho para resolver um problema, que eles conduzam suas experiências, formulem e testem conjeturas, com o compromisso de comunicar suas conclusões.
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